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CEEC-CENTRO EVANGÉLICO DE EDUCAÇÃO E

CULTURA

CURSO DE COMUNICAÇÃO
ECLESIÁSTICA

Academia 1
janeiro a abril de 2022

Professor: Alex Mariano de Jesus


CEEC-CENTRO EVANGÉLICO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

PLANO DE ENSINO
Curso de Comunicação Eclesiástica

Docente: Alex Mariano de Jesus, 43, bacharel em Comunicação Social com


habilitação em Jornalismo pelo CEUNSP, Centro Universitário N.S. do Patrocínio,
Salto-SP, docente de Escola Bíblica Dominical e Pastor Auxiliar da Igreja
Evangélica Assembleia de Deus de Indaiatuba-SP.

NUCLEO DE INDAIATUBA
Ano/Semestre: 2022/1 (29/01/2022 a 26/03/2022) Carga Horária: 20h,
distribuídas em 8 encontros de 2h30 (Aos sábados, das 14h30 às 17h)

EMENTA

O curso livre de Comunicação Eclesiástica é uma iniciativa voltada para a


otimização das diversas formas de comunicação dentro do âmbito eclesiástico,
tais como falar em público (campo da Hermenêutica, da Exegese bíblica e da
Homilética), administração eclesiástica, tangendo pontos que minimizem a
superfície de erro na comunicação, os quais podem, inclusive, comprometer a
administração local e o entendimento dos objetivos espirituais e
administrativos.

METODOLOGIA

● Aulas expositivas e interativas


● Socialização de trabalhos em grupo

REQUISITOS PARA A PARTICIPAÇÃO

● Presença e participação em sala de aula e realização das atividades propostas


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

- Bloco 1
- O que é Comunicação
- Os Ruídos de Comunicação

- Bloco 2

- A arte de interpretar e transmitir


- Recursos da Comunicação
- Linguagem verbal e corporal
- Bloco 3

- Cuidando da voz e da mente


- A arte de se fazer entender com os vários públicos

- Bloco 4

- Pregar, ensinar, palestrar, aconselhar e orar

- Bloco 5

- Transparência na administração eclesiástica (objetividade, autocrítica, métrica


e feedback)
Curso de Comunicação Eclesiástica

Sumário do Bloco 1:

I- O que é Comunicação

1- A Comunicação e a Bíblia

II-Os Ruídos de Comunicação

1- Os Ruídos de Comunicação e a Bíblia

O que é Comunicação.

 Introdução: Nivelando conhecimento.

A palavra Comunicação, assim como a maioria das palavras de nosso


cotidiano, é convencionada na nossa mente como:

 falar,
 contar (um fato, uma história etc)
 expressar.

Todo esse conceito subjetivo e que faz parte do senso comum está
correto.

Porém, é muito importante saber que o conceito de COMUNICAÇÃO é


mais profundo e abrangente do que os sinônimos acima citados.

Por que “Eclesiástica”?

A palavra igreja vem do grego ekklesia, assembleia, pelo latim


ecclesia-assembleia do povo.

Trata-se de edifício destinado ao culto de uma religião, especialmente


cristã; comunidade dos fiéis de determinada religião; autoridade religiosa.

Comunicação, na sua etimologia latina COMMUNICARE, significa mais


especificamente tornar comum, (tomando todo cuidado com o brasileirismo
que possa aqui ser interpretado).

No sentido mais prático, a palavra Comunicação, respeitando e aplicando


seu conceito etimológico, nada mais é do que COMPARTILHAR.

Lembrete: Um mal do nosso tempo: “Infoxicação”


Segundo o dicionário Michaelis, o conceito de comunicação é:

Ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre o


transmissor e o receptor, através da linguagem oral, escrita ou gestual, por
meio de sistemas convencionados de signos e símbolos.

Um exemplo bíblico que pode ajudar na compreensão do termo, está em


Romanos 12.13: “Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a
hospitalidade;” ACF

Apesar de muitas Bíblias atuais já virem com a palavra “compartilhem”,


ao invés de “comunicai”, em geral, entende-se o texto com o conceito
popular, o que compromete a compreensão integral do texto e perde-se sua
profundidade.

Na mentalidade popular, acredita-se que Paulo está ensinando os


irmãos a falarem para os outros das suas necessidades. Obviamente, não há
problemas em fazer isso, mas Paulo quis dizer o seguinte: Torne aquilo que
você tem (bens materiais), comum aos que passam necessidade, ou seja,
compartilhem.

Portanto, no sentido técnico: Faça a comunicação daquilo que você


possui!

Perceba que fica desconfortável essa interpretação, pois nossa mente


sempre nos leva a associar o termo comunicação à fala, à palavra etc. E
sabemos que ocidentalmente falando e no mundo globalizado em que
vivemos, o termo COMUNICAÇÃO está ligado às várias maneiras de falar,
transmitir e anunciar.

Resumindo, quando falamos algo a alguém, estamos tornando um


conhecimento que era só nosso (um ensino, uma dúvida, uma percepção,
uma opinião), agora COMUM a outa pessoa ou coletividade.

Reflexão: “Não descarte logo a opinião dos outros. A única que


você conhece até então é a sua própria”

Os pontos de contato da comunicação:

Sem pontos de contato, é impossível estabelecer a comunicação.

Mas, afinal, o que são pontos de contato?

Em termos gerais, são tudo aquilo que conecta, liga ou vincula dois
pontos de algo.
Por exemplo, um casal que se conhece num espetáculo musical e
eventualmente, depois se aprofunda no relacionamento, ou até vem a se
casar... O ponto de contato desse casal foi...? Sim, o espetáculo musical.

Obviamente, quando falamos de comunicação, os pontos de contato


são recursos de conhecimento de ambos os lados da comunicação.

No mundo atual, esse conceito é muito usado na relação empresa-


cliente e é chamado de Touchpoint.

A seguir, alguns exemplos de pontos de contato, em termos de


comunicação:

 A Fala: som articulado e coerente de conhecimento


convencionado.
 A Escrita: formas gráficas que respeitam regras
convencionadas.
 Os Símbolos: Mímicas, placas de trânsito, emojis etc.

 Arquétipos (modelo, tipo, paradigma): Ex.: Partituras,


vento, fogo etc.

 LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais)

Os elementos da Comunicação

Para se efetivar a comunicação, são necessários 3 elementos básicos:

 Emissor

 Conteúdo ou mensagem

 Receptor

Não havendo mesmo que seja apenas um desses elementos, não se


configura COMUNICAÇÃO, pois:

1-) Se não há emissor, não há origem. (Por exemplo, um esboço de


mensagem que está guardado, cuja mensagem nunca foi pregada)
2-) Se não há mensagem, extingue-se emissor e receptor. (Por
exemplo: Um casal que não tem diálogo, dificilmente compartilha
sentimentos, aspirações etc)

3-) Se não há receptor, a mensagem se perde. (Por exemplo, um e-


mail na caixa de spam)

A Bíblia e a Comunicação

Acima de qualquer coisa, a Bíblia É comunicação.

Na Sua infinita sabedoria e amor por nós, Deus quis comunicar


conosco, em primeiro lugar, a Sua imagem e semelhança.

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a


nossa semelhança. Gn 1.26A

Não é maravilhoso?

A Bíblia, portanto, no mais puro sentido da palavra, repetimos, é


comunicação, já que traz a nós a luz do conhecimento (que pertencia só a
Deus), mas agora, torna-se comum (compartilhado) a nós.

Veja o exemplo de quando Jesus censurou seus discípulos a respeito do


“pão” dos fariseus e de Herodes. (Marcos 8.10 ao 26).

Qual foi o grande ensinamento que Cristo quis passar aos seus
discípulos?

Analisemos o texto da seguinte forma:

1º) Jesus usa uma metáfora do pão (ponto de contato), para chamar a
atenção dos discípulos (Mc. 8.15), mas estes não tangem mentalmente (ou
até espiritualmente) o que o Senhor Jesus quis explicar. Pelo contrário,
“passaram direto” para uma interpretação literal.

2º) Fica claro na narrativa, que os discípulos não perceberam que o


Salvador fez um trocadilho com o milagre que acabara de acontecer
(multiplicação de pães). Mc. 8. 1-9; 16-21.

3º) O Senhor Jesus entra em Betsaida e, ali opera o milagre “gradual”


da cura de um cego. Mc. 8. 22 a 26.
A cegueira do homem de Betsaida, simboliza as trevas da ausência do
conhecimento de Deus, que os discípulos, não obstante andarem com o
Cristo, ainda tinham.

Quando Jesus cospe no chão (comunicando Sua essência), sua saliva se


mistura ao pó (a nossa essência humana) e nessa comunicação, começa-se a
efetivar a claridade (conhecimento) nos olhos –e na mente- do cego.

Mas, ainda falta contato, e o Senhor Jesus, novamente, passa o lodo


nos olhos do cego, até que este veja plenamente.

A lição que podemos depreender aqui é que os discípulos precisavam se


aprofundar mais no conhecimento do Seu Mestre, até que as trevas da
ignorância espiritual fossem dissipadas.

Sendo assim, o Senhor Jesus, além de curar o cego, ainda trouxe uma
grande lição de como nós devemos estar sempre em comunicação com Ele.

Análise pontual:

 Emissor: O Senhor Jesus

 Receptor: Os discípulos

 Ponto de contato: primeiro, a metáfora do pão; segundo, a


dinâmica da cura.

 Mensagem: Os discípulos ainda não viam claramente as


verdades espirituais. Precisavam melhorar a comunicação.

Se, para Adão, a comunicação com Deus era a visão e a fala, para Abel
era o fogo que comunicava a satisfação divina com a conduta do ofertante.

Para Moisés, Deus usou a sarça com ponto de contato visual e logo em
seguida a voz. Como se não bastasse, Deus mostra a versatilidade do cajado,
para mostrar que Moisés estava em Suas mãos, assim como o instrumento
estava nas mãos do Legislador de Israel.

Usando as palavras de Paulo em Gálatas 4.4: “Mas, vindo a plenitude


dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher... ”. Foi quando Deus
comunicou através de Seu amado Filho, o Seu imenso amor por nós:
“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os
nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da
Palavra da vida.” I João 1.1.

Tal comunicação foi tão completa e abrangente, que o escritor aos


Hebreus exclama: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão
grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos
depois confirmada pelos que a ouviram..?

Finalmente, através da Igreja, a Bíblia torna-se o ponto de contato


contemporâneo entre Deus e a humanidade, no sentido de revelar
(Comunicar) a Sua vontade.

Podemos sintetizar a comunicação bíblica no Antigo Testamento da


seguinte forma:

Vocal e presencial: Com Adão e Eva (Gn. 3.8)

Vocal e Visual: Com Abrão (Abraão) (Gênesis capítulo 18)

Por sonhos: Jacó, José, Daniel e muitos outros mais.

Profetas: nabi (aquele que ferve em inspiração e fala) e roeh (profeta


que tinha visões sobrenaturais)

Visões sobrenaturais e teofanias.

Podemos sintetizar a configuração EMISSOR-MENSAGEM-RECEPTOR


em:

1. – PROFETA (VOZ DE DEUS)___MENSAGEM____POVO


2. – POVO___SACRIFÍCIO (MENSAGEM CIFRADA)___SACERDOTE(DEUS)

Os Ruídos de Comunicação

Entende-se por ruído de comunicação tudo o que desvirtua a mensagem em


si, comprometendo seu resultado.

Vejamos alguns exemplos:

 Distorção: A mensagem mantém sua completude, mas, desrespeitando


seu contexto, o objetivo original fica adulterado.
 Dispersão ou desfoque: Tudo aquilo que chama mais a atenção do que
a mensagem em si.
 Parcialidade: Comunica-se ou entende-se só aquilo que é conveniente
às partes

A Bíblia e os ruídos de comunicação:

“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as


Escrituras, nem o poder de Deus”

Mateus 22.29

 Distorção:

Temos vários exemplos de distorções na Bíblia, mas nada se compara à


maior distorção de todos os tempos:

Estamos falando do clássico diálogo entre a serpente (emissora) e Eva


(receptora):

“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do


campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É
assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim
comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não
comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os
vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.”

Gênesis 3.1-5

Percebemos que a serpente utilizou uma palavra enunciada por Deus,


para causar uma confusão em Eva. Não se tratava de uma nova mensagem,
um novo código e, sim, uma nova interpretação.

A serpente embutiu na mensagem original, uma suposta percepção do


que ela (a mensagem) realmente queria dizer. Esse novo elemento causou o
que chamamos de distorção.
Eva havia entendido o que Deus tinha falado! Mas, ouvindo da boca
sutil e perspicaz da serpente, a mesma mensagem surtiu um efeito contrário
ao primeiro. Obediência cedeu lugar à desobediência.

Podemos usar também o termo adulteração como opção ao termo


distorção.

Dispersão ou desfoque:

“E, estando um certo jovem, por nome Eutico, assentado numa


janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe
sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado
morto.” Atos 20.9

A dispersão ou desfoque pode ocorrer de ambos os lados da


comunicação, tanto pelo emissor, quanto pelo receptor.

Mas, claramente, a dispersão, é um ruído de comunicação que ocorre


mais no receptor, pois entende-se que a concentração de quem emite,
logicamente está maior do que a de que recebe.

Cabe ao comunicador (o responsável pelo estabelecimento da


comunicação) estar mais atento a esse desfoque e/ou dispersão.

“Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não
entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e
fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não
ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se
converta e seja sarado.” Isaías 6. 9 e 10

Nesta passagem acima, além da dispersão funcional, o povo


de Israel é advertido contra a dispersão espiritual.

Parcialidade ou omissão:

Esse ruído de comunicação pode acontecer nos dois lados, quase que
igualmente.

É quando se quer ocultar ou realçar, intencionalmente ou não, uma


parte da mensagem, pela conveniência da parte positiva, ou pela
inconveniência da negativa.
“E ela disse a seu pai: Não se acenda a ira aos olhos de meu
senhor, que não posso levantar-me diante da tua face; porquanto
tenho o costume das mulheres. E ele procurou, mas não achou os
ídolos”. Gênesis 31.35

Reflexão: “Todo ruído de comunicação, de fato, está atentando


contra a essência da mensagem”
Curso de Comunicação Eclesiástica
Academia 1

Janeiro a Abril de 2022

Bloco 2:

A arte de interpretar e transmitir

Antes de entrarmos no assunto da exposição da Palavra (Pregação,


ensino etc) é importante ressaltar que, num ambiente eclesiástico, existem
outras formas de comunicação.

Por exemplo:

- Aconselhamento

“Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão


dos conselheiros.” Provérbios 24:6

- Confissão

“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para
que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” Tiago 5:16

- Discipulado

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em


nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”; Mateus 28:19

Lembrete importante!

Às vezes, Deus nos quer usar nos bastidores, aconselhando,


ouvindo e discipulando. Nem sempre será de cima de um púlpito que
faremos a obra de Deus!

Interpretar

Entrando no campo da exposição propriamente dita, faz-se necessário


um considerável grau de capacidade de interpretação, pois, se não, há o risco
de a mensagem já se originar distorcida.

“E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e


dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?” Lucas 10:25,26
O ideal (lembrando que nem sempre isso é possível) é que todos
aqueles que se propõem ao trabalho eclesiástico, tenham domínio das
técnicas das seguintes disciplinas da teologia sistemática:

 A Hermenêutica,
 A Exegese e
 A Homilética

A cadeia de aprendizado entre essas disciplinas é o ponto de partida


para, do ponto de vista técnico, habilitar o professor (a), pastor, pregador(a),
a manejar a Palavra da Verdade.

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não


tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”
2 Timóteo 2:15

Apesar dos seus nomes aparentemente complicados, essas disciplinas,


na verdade, já são usadas imperceptivelmente nos nossos sermões, pregações
e ensinos. Portanto, é ignorância achar que estuda-las torna-nos mais frios.

Pelo contrário!

Quando estudamos de forma sistematizada e para a glória de Deus,


torna-se uma bênção para nós e para aqueles que serão por nós alcançados.

O estudo delas vai nos fazer perceber isso. Tal estudo é para
aprimorar e não para ensinar o que já fazemos.

“A língua dos sábios adorna a sabedoria”


Provérbios 15:2a

Para começar a interpretar

 A Hermenêutica.

“É a ciência que delineia regras e normas na interpretação de textos


antigos, principalmente das Sagradas Escrituras. Apesar dessas diretrizes,
também ensina as nuances interpretativas individuais, que introduzem à
exegese”

Trata-se de uma ciência, porque utiliza métodos convencionados para


sua aplicação:

 É preciso respeitar as regras gramaticais (sintaxe)


 É preciso estar atentos à origem das palavras (etimologia)
 É preciso considerar as informações ao redor do texto (contexto)
 É preciso ter como pano de fundo a época (histórico)
Exemplo de erro sintático:

“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo


no Paraíso.” Lucas 23.43

Para se forçar uma interpretação, cuja tendência seria sustentar que o


ladrão da cruz não estaria naquele mesmo dia com Cristo no Paraíso, o
simples mau uso da vírgula e a supressão da palavra “que”, já distorceria o
texto:

“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo: hoje estarás comigo no


Paraíso.” Essa forma está errada e dela se pode criar até uma heresia.

Exemplo de erro etimológico:

“E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai (e Moisés


trazia as duas tábuas do Testemunho em sua mão, quando desceu do
monte), Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois
que o SENHOR falara com ele. Olhando, pois, Arão e todos os filhos de
Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; pelo que
temeram de chegar-se a ele.” Êxodo 34.29 a 30

As pessoas normalmente atribuem os “chifres” de Moisés na obra de


Michelangelo a um equívoco de tradução. São Jerônimo tentou traduzir com
fidelidade o texto bíblico original e traduziu o termo Karan, baseado no
radical karen, equivocadamente como “chifres”.

São Jerônimo teria descrito Moisés com um par de chifres ao retornar ao


povo após receber os mandamentos pela segunda vez, quando na verdade, a
tradução correta seria “reluzente” ou “brilhante”.

Muito embora haja teorias de que o autor da escultura, Michelângelo,


tenha feito dessa forma numa tentativa de aproveitar melhor a luminosidade da
capela, este exemplo ilustra bem o que pode ocorrer com a má interpretação
da origem da palavra.
Exemplo de erro de contexto:

“Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Filipenses


4:13

Este, talvez, seja o mais clássico exemplo de desprezo pelo contexto.


Talvez pela força das palavras POSSO, TODAS e FORTALECE, o fato é que, se
“sacarmos” esse versículo do seu entorno (contexto imediato), incorremos no
erro de apregoar que o crente é invulnerável.

Muito embora, pela fé, nós sabemos que o cristão é mais que vencedor,
o que Paulo quis dizer é que ele estava experimentado em toda sorte de
sofrimentos (abatimento, fome e necessidade, versículo 12) e portanto, com a
mente e o corpo treinado pelo Espírito Santo, poderia suportar todas as
situações (boas ou adversas), com alegria.

“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas


necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo.
Porque quando estou fraco então sou forte”. II Coríntios 12:10

Exemplo de erro histórico:

“As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não


lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a
lei.” I Coríntios 14:34

Jamais se pode ciar uma doutrina, ou mesmo uma tese de que o


gênero feminino deve ser reprimido de perguntar, ensinar ou liderar na Igreja.

Certamente, Paulo estava corrigindo algo pontual (entre vários


problemas apresentados em Corinto), no contexto histórico. Provavelmente,
as mulheres da igreja coríntia, trouxeram um costume local de interpelar
quem estava ensinando de forma de desordenada.

O texto, no olhar da Hermenêutica, ainda está no campo da


INTERPRETAÇÃO.

A Exegese

É a aplicação das regras estabelecidas pela hermenêutica, valendo-se


também da percepção pessoal do texto e, obviamente, da orientação do
Espírito Santo.
Portanto, assim como em todas as áreas da vida cristã, a oração e a
obediência à Palavra, são indispensáveis para que o(a) explanador(a), tenha
êxito espiritual.

A exegese é uma análise, interpretação ou explicação detalhada e


cuidadosa de uma obra, um texto, uma palavra ou expressão.
Etimologicamente, este termo se originou a partir do grego exégésis, que
significa “interpretação”, “tradução” ou “levar para fora (expor) os fatos”.

Vale-se, pois, do conhecimento das línguas originais (hebraico, aramaico


e grego), da confrontação dos diversos textos bíblicos e das técnicas aplicadas
na linguística e na filosofia.

A exegese, mais do que ciência ou técnica, é uma vocação, um dom.

Não se pode, porém, ser um bom exegeta, sem antes ser um excelente
hermeneuta.

Em Atos 2.16 a 21, lemos o seguinte:

“Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:


E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito
derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas
profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos
sonharão sonhos;
E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as
minhas servas naqueles dias, e profetizarão;
E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na
terra, Sangue, fogo e vapor de fumo.
O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o
grande e glorioso dia do Senhor;
E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo.”

O apóstolo Pedro-que não era um analfabeto, como se pensa em


alguns locais- certamente conhecia o texto do livro do profeta Joel. Este
conhecimento (que podemos dizer que era hermenêutico), precedeu a
inspiração do Espírito Santo, quando da sua eloquente pregação acima.

O que nos leva a afirmar que Pedro usou de exegese neste


caso? Resposta pessoal.

Refletindo: A melhor extração da essência da Palavra de Deus


sempre será com a ajuda do Seu grande inspirador O Espírito Santo
Homilética

Muitas pessoas não se simpatizam com a palavra “homilética” (assim


também como com as palavras hermenêutica e exegese), pois a consideram
desnecessária numa pregação, por exemplo.

Tal antipatia se dá porque:

 Muitos usam o “termo” na hora errada (não precisa falar homilética,


exegese, sermão etc, quando se está ministrando).

“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a


seu tempo”.
Provérbios 25:11

 Outros desconhecem o seu real significado

Entendemos que a confecção de um bom sermão, procurando respeitar


as regras de hermenêutica e exegese, é a forma ideal de preparar uma boa
mensagem. Mas a perfeição se dá quando há a união desse conhecimento,
com a graça (unção, inspiração e poder) do Espírito Santo.

Homilética, portanto, é a arte, ciência ou dom de preparar um sermão.

Mas, o que fazer com o texto bíblico abaixo?

“Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que


haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o
que haveis de dizer.”
Mateus 10:19

A preparação de um bom sermão, longe de ser algo frio, é um


momento de dedicação, devoção e até mesmo de adoração e auto-edificação.

Lembremo-nos que Deus trabalha de forma interativa conosco.

Nossa mente e nossos talentos devem estar a serviço e Deus para que
sejamos cada vez mais canais de benção para outras vidas.

“Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas


almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.”
2 Coríntios 12:15
Finalizando a primeira parte deste bloco, concluímos o
seguinte:

 A hermenêutica faz o texto ser processado por nossa mente

 A exegese faz o texto transitar por nossas emoções (coração)

 A homilética faz o texto chegar às mentes de quem nos ouve.

 O Espírito Santo é o Azeite que conduz a Palavra até o coração


(mente, emoções e vontades) de quem nos ouve.

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que


espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do
espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração.”
Hebreus 4:12

Recursos da Comunicação Eclesiástica II

Para se estabelecer uma comunicação realmente eficaz, já aprendemos


que é preciso alguns elementos dentro do processo da comunicação, que são
Emissor, Mensagem, Ponto de Contato e Receptor.

Nesta segunda parte deste bloco estudaremos sobre Recursos da


Comunicação, os quais, se bem aplicados, aprimoram e a tornam o mais
próximo do ideal.

Recursos Individuais:

 Boa leitura

 Boa dicção

 Boa postura

Boa leitura:

Infelizmente, o hábito da leitura não é um dos mais difundidos na


nossa cultura brasileira.

Ler promove tirocínio, boa argumentação, vocabulário rico, além de ser


um ótimo entretenimento.
“Se a tua lei não fora toda a minha recreação, há muito que pereceria
na minha aflição.”
Salmos 119:92

Segundo uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro em 2021, o


brasileiro lê, em média, 2,43 livros por ano.

Não é exatamente um número baixo (mas longe de ser alto).

O que chama a atenção é que essa leitura é mais de textos curtos, tais
como notícias, resenhas e outros textos menores, que não chegam a promover
autonomia de raciocínio, análise crítica e outras habilidades cognitivas que se
conseguem numa leitura mais profunda e densa.

“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.


Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia,
com a imposição das mãos do presbitério.
Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento
seja manifesto a todos.”
I Timóteo 4:13-15

Boa dicção:

Falar bem não significa falar difícil.

Claro que um vocabulário rico, se bem utilizado, torna a compreensão


da mensagem mais prazerosa e proveitosa. No entanto, a boa dicção,
está mais relacionada à forma (não ao conteúdo).

“Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará


para a batalha?”
I Coríntios 14:8

Portanto, é preciso alguns critérios primários:

 Evite falar muito rápido.

O ideal aqui é o equilíbrio. Ou seja, falar devagar demais


também é ruim. Mas, se tiver que escolher entre os dois, é melhor falar
mesmo devagar.

 Evite falar muito alto.


“E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava
no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada”.
1 Reis 19:12

Também aqui a palavra de ordem é equilíbrio. No entanto, falar


muito baixo, simplesmente a pessoa ou plateia não vai ouvir. Ou seja, não
haverá comunicação.

 Evite o pedantismo.

Ser pedante é falar palavras difíceis ou de outro idioma, mesmo


sabendo que a grande maioria da plateia não tem acesso instantâneo a essas
palavras ou termos.

“E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como


também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a
sabedoria que lhe foi dada;
Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há
pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e
igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.”

2 Pedro 3:15,16

Palavras difíceis, ou de outro idioma, que não seja do domínio da


plateia, tornam o comunicador inacessível, além de despertar a antipatia por
ele (a).

 Evite gírias.

Nem sempre as gírias são de bom gosto ou de


conhecimento geral. Além disso, elas podem ofender alguém ou
um grupo de pessoas, ou ainda estar em conexão com correntes
ideológicas contrárias à fé cristã.

Exemplos:

 “é brinquedo não!”

Tal expressão ficou popularmente conhecida através de uma novela de


muito sucesso no começo da década de 2000.
 “de boa”

Tal expressão sugere tranquilidade, sossego, mas também, e


alguns casos, malandragem. Ou seja, numa pregação ou ministração,
corre-se o risco de usá-la de forma inadequada.

 “dar a volta por cima”

Essa expressão, que quer dizer que a pessoa que sofreu um revés na
vida, deve se reerguer e vencer aquilo que um dia a derrubou, origina-se num
samba (música popular brasileira)

“Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra


incorrupção, gravidade, sinceridade,
Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe,
não tendo nenhum mal que dizer de nós.”

Tito 2:7,8

 Evite terminologias duvidosas ou da moda:

 “A Palavra veio de encontro à minha necessidade”

 “A igreja estava numa crescente”

 “A Bíblia vai dizer”

 Elimine palavras de baixo calão.

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for
boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a
ouvem.”
Efésios 4:29

E por fim, na dúvida, procure sempre simplificar.

Nosso Senhor Jesus sempre mostrou apreço pelas coisas simples da


vida e utilizava uma linguagem acessível embora culta.

Quanto à parte técnica da dicção, a correta articulação das palavras


favorece o entendimento tanto sonoro quanto espiritual.

Lembrete: Sendo simples, a chance de errar é bem menor.


 Atenção para algumas dicas:

- Seje não existe (é seja)

- Esteje não existe (é esteja)

- Preço ilusório, quando se quer dizer irrisório.

_______________________________________________

Boa postura (Linguagem corporal):

A maneira de se portar diante do público, “fala” muito também.

“E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o
afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a
multidão.”
Lucas 5:3

 Procure sempre manter uma postura ereta, pois isto transmite


segurança aos ouvintes.

 Mantenha os pés completos no chão e também os mantenha


ligeiramente afastados

 Evite gestos exagerados ou repetitivos

 Evite colocar os dois braços atrás do corpo, pois isto transmite


excesso de formalidade, artificialidade e/ou insegurança

 Evite caminhar e, se o fizer, não se movimente muito rápido, ou


ainda, não saia da sua área imaginária de atuação.

“E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e


os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.”
Lucas 4:20
Recursos de Comunicação (GERAL)

 Recursos áudio-visuais

I- Monitores sempre são bem vindos, desde que não tirem a


atenção da ministração.

II- O som deve ser sempre “ambiente”, ou seja, que possa ser
ouvido de maneira uniforme em todas as partes do recinto.

 Outros “detalhes” que interferem direta ou indiretamente na boa


comunicação eclesiástica:

 Limpeza

 Boa disposição de assentos e outros móveis

 Harmonia com a mobília e decorações

 Ventilação e/ou climatização

“Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te


afrontam caíram sobre mim.”
Salmos 69:9

Ao concluir este bloco, lembramos dois pontos de extrema importância:

I- A Graça e a Unção de Deus são indispensáveis na Comunicação


Eclesiástica.

Seja na simplicidade (com capricho) ou na forma mais elaborada,


não nos esqueçamos que sozinhos nada podemos fazer.

“Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse
dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”
João 15:5

II- Tudo deve resultar em glória para Deus.

“E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem.


E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória
a Deus e, comido de bichos, expirou.”
Atos 12:22,23
Curso de Comunicação Eclesiástica
Academia 1

Janeiro a Abril de 2022

Bloco 3:

I- Cuidando da voz e da mente

A voz:

“Por ventura não clama a Sabedoria e a inteligência não eleva a sua voz?
No cume das montanhas posta-se ela, e nas encruzilhadas dos caminhos.
Alça sua voz na entrada das torres, junto às portas, nas proximidades da cidade.
É a vós, ó homens, que eu apelo; minha voz se dirige aos filhos dos homens.

Provérbios 8:1-4”

Quando falamos, produzimos uma corrente de ar que sai dos pulmões e


vai até a cavidade oral, passando por diversos órgãos e estruturas. Os sons da
fala são produzidos quando alguns desses órgãos e estruturas agem sobre essa
corrente, ou seja, quando há mudança dessa corrente de ar. O conjunto de
órgãos e estruturas que produzem os sons de nossa fala é chamado de
aparelho fonador.
O aparelho fonador, também chamado de trato vocal, é uma série de
cavidades variadas e interligadas.
Suas funções vitais são diversas, porém a principal é a ingestão de
alimentos. Pode atuar também como uma passagem para o ar até o trato
respiratório. Na fala, a cavidade oral atua como um volume continuamente
variável para modificar o tom produzido na laringe na produção da vogal e
como uma câmara de obstrução através da qual o ar exalado é direcionado pra
criar algumas consoantes.
O trato vocal pode ser subdividido, em bases anatômicas, em cinco
cavidades:

 bucal ou vestibular

 Oral

 faríngea

 cavidades nasais (par).


O aparelho fonador se divide em três partes:

• Articulatório: é constituído pela língua, faringe, nariz, lábios e dentes; são


estruturas que se encontram na parte superior da glote. O sistema articulatório
é responsável por várias funções primárias, principalmente ao ato de comer –
morder, mastigar, sentir o paladar, cheirar, sugar e engolir.

• Fonatório: constituído pela laringe. Na laringe encontramos músculos


estriados que podem obstruir a passagem da corrente de ar – as pregas vocais.
A glote é o espaço decorrente da não obstrução dos músculos laríngeos. A
função primária da laringe é atuar como válvula que obstrui a entrada de
alimentos nos pulmões por meio do abaixamento da epiglote.

• Respiratório: constituído pela traqueia, pulmões, brônquios e diafragma.


Encontra-se na parte inferior à glote – cavidade infraglotal. Sua função principal
é a respiração.
Como se forma a voz:

A voz humana é um fenômeno que existe desde o nascimento, e se


apresenta de diversas formas, tais como o choro, grito, riso e sons da fala. É
um dos meios de comunicação do indivíduo com o exterior, particularmente
com seus semelhantes.

A voz é produzida na laringe, onde se localizam as pregas vocais (cordas


vocais).

Ao respirarmos as pregas vocais se abrem e o ar entra e sai dos


pulmões. Ao falarmos, elas se aproximam e o ar que sai dos pulmões, passando
pelas pregas vocais, produzindo uma vibração que é a voz.

Assim sendo, a voz é o resultado do equilíbrio entre duas forças: a força


do ar que sai dos pulmões e a força muscular da laringe. Se houver um
desequilíbrio nesse mecanismo, poderá ocorrer uma alteração na voz.
O som produzido nas pregas vocais passa por um “alto-falante” natural
formado pela faringe, boca e nariz. Estas estruturas são denominadas
cavidades de ressonância.
Os sons da fala são articulados na cavidade da boca, através de
movimentos da língua, lábios, mandíbula, dentes e palato, modificando o ar
vindo dos pulmões. Estas estruturas modificam o som produzindo a fala.
A voz é diretamente influenciada pelo estado emocional do indivíduo, ou
seja, quando estamos contentes temos um tom de voz, diferente de quando
estamos tristes ou nervosos.

A frequência natural da voz é determinada, em grande parte, pelo


comprimento das pregas vocais. As mulheres têm voz mais aguda do que os
homens porque as suas pregas vocais são mais curtas. Pela mesma razão, as
vozes das crianças são mais agudas do que as dos adultos.

“Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem
significação.
Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o
que fala será bárbaro para mim.”
I Coríntios 14:10,11

Uma boa voz caracteriza-se por apresentar qualidade agradável,


equilíbrio de ressonância (projeção), intensidade (volume: alto ou baixo) e
frequência (grave: “grosso” e aguda: “fininha”), “limpa”, sem rouquidão ou
outros sintomas e, principalmente sem esforço muscular.

Toda e qualquer alteração na voz é denominada disfonia.

Como cuidar da voz:

 Evite ambiente de trabalho com uso de ar-condicionado, pois ele


é prejudicial à saúde vocal devido ao ressecamento que ocasiona na
mucosa do trato respiratório

 Evite falar em local barulhento, onde seja necessário gritar, fazendo,


assim um esforço vocal. Portanto, faça bom uso do microfone

 Não consuma bebidas muito quentes ou muito geladas. Mudança


brusca de temperatura pode danificar as pregas vocais

 Cuidado com o excesso de café. A bebida desidrata as cordas vocais


e, além disso, provoca um aumento da acidez no estômago, causando
refluxo e ardor na hora de falar
 Muito cuidado com os resfriados e suas consequências
como rinites, sinusites, laringites, faringites, pois esses sintomas
alteram a voz, a disposição física e emocional, principalmente quando
envolvem a laringe (bordas e pregas vocais), devido à tosse, vilã dos
profissionais da voz. A tosse, se não for tratada a tempo, pode provocar
uma disfonia de longa duração.

 Evite pigarrear

 Cuidado com a respiração, pois problemas respiratórios de fundo


alérgico ou decorrentes de limitações estruturais como, por exemplo,
adenoides hipertrofiadas, levam a respirar pela boca. Com isso, fazemos
um esforço maior para falar e respirar, e o ar que entra não fica
aquecido.

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?
Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o
templo de Deus, que sois vós, é santo.”
I Coríntios 3:16,17

Alimentos que beneficiam a voz

1º. Água

Ajuda a hidratar o corpo e consecutivamente as pregas vocais, beba água


sempre uma media de 2 litros de água por dia.

2º. Maçã

Comer uma maçã a cada dia ajuda seu corpo e evita muitos problemas.
3º. Chás

Pode ser com sabores: hortelã, menta, erva-doce… Evite sempre o chá preto
ele pode causar refluxo.

4º. Própolis

Uma resina produzida pelas abelhas que ajuda muito nossa voz, hidratando e
fazendo uma limpeza geral retirando todo o muco.

5º. Frutas Cítricas

Limão, laranja, abacaxi… são ótimos, mas atenção o consumo exagerado pode
causar irritação estomacal; use com cautela.

6º. Romã

Tem propriedades anti-inflamatórias e pode melhorar a rouquidão

Higiene bucal e da garganta

Escovar os dentes todos os dias, após cada refeição e também uma


última vez antes de dormir, utilizando uma escova de dente de tamanho
adequado, com cerdas macias e creme dental com flúor. Complemente a
escovação passando o fio dental entre todos os dentes.

• Manter uma alimentação saudável, controlando a frequência da ingestão de


alimentos doces, principalmente entre as refeições.
• No caso de quem usa aparelho ortodôntico, preocupar-se ainda mais com a
limpeza dos dentes e da gengiva e com o uso do flúor, pois o aparelho retém
muito restos de alimentos.
• Ir ao dentista regularmente.

É preciso cuidar da saúde da boca, pois dela depende a nutrição do


organismo. Além disso, estudos científicos comprovam que a saúde bucal tem
íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas
do corpo. As más condições de higiene bucal podem causar doenças bucais,
que, por sua vez, podem levar a enfermidades (ou agravá-las), principalmente
doenças cardiovasculares e diabetes.

Recursos Extras de Comunicação Eclesiástica

 Gestos coerentes com a voz

“Você sente instintivamente que, quando alguém é mais apaixonado, seus


gestos automaticamente se tornam mais animados e parecem mais
entusiasmados.” – Carol Kinsey Goman, autora de “A linguagem silenciosa dos
líderes”

Alguma vez você já notou qual seu modo de gesticular enquanto fala?
Durante uma apresentação, você sente certa dificuldade em relação ao que
fazer com as mãos?

Parte essencial de uma boa oratória, a maneira com a qual gesticulamos


e nos expressamos por meio da postura corporal, diz muito sobre nossos
sentimentos e ideias.
Caso o indivíduo não adote uma postura assertiva ao gesticular, por exemplo,
pode transmitir ideias equivocadas e ruins ao público e/ou interlocutores.

Dicas práticas para gesticular durante a fala

 Use as mãos em sincronia com a fala

Uma das dicas fundamentais para você gesticular bem durante a fala, é
sempre usar as mãos em sincronia.

Em síntese, isso significa usá-las em adequação ao conteúdo que é


falado, sem que seja de forma repetitiva.

Para tanto, os gestos abruptos não devem ser executados, assim como é
praticamente “proibido” colocar as mãos nos bolsos ou cruzar os braços.

Lembre-se: gesticular com as mãos ajuda a enfatizar determinada frase,


bem como demonstra variadas emoções, e acordo com o conteúdo ministrado.

 Trabalhe o olhar

É importante “falar” não somente com as mãos, mas também com os


olhos. Trabalhar o olhar, passando por toda a plateia, mostrará que você está
atento a todos.

Com a percepção que você tem do público, fica mais fácil adequar seus
gestos e movimentos e com isso, ampliar as chances de acertos durante a fala.

 Não fique parado “feito uma estátua”.

Procure uma posição com os braços soltos ao longo do seu corpo. Ao se


apresentar, procure manter as pernas na distância de um palmo (algo em torno
de 20 centímetros). Assim, você terá uma postura discreta, elegante e
equilibrada.

Nunca fique rígido (a), como uma estátua.

Movimente-se dando alguns poucos passos para direita ou para a


esquerda, por exemplo.

 Faça gestos intencionais

Por exemplo:

 Conte com os dedos quando estiver listando coisas (isso ajuda as


pessoas a acompanharem);
 Use contraste em seus gestos (por exemplo, mova as mãos da esquerda
para a direita ao comparar coisas; indique “grande” ou “pequeno”);
 Enfatize os pontos mais importantes com um “tapa na palma da mão” ou
um “golpe de karatê”. Porém, sempre na medida certa, sem exageros.

Como vimos, pode parecer um tanto quanto desafiador gesticular


enquanto fala. No entanto, encarar esse desafio é uma oportunidade incrível de
aprimorar a sua oratória.

Técnicas de relaxamento para falar em público

 Procure preparar um sermão, esboço ou roteiro

 Treine a articulação das palavras

 Escute a sua voz

 Observe a sua postura

 Fique atento com a tensão e a falta de respiração

Conhecendo os vários públicos

“E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo


vos vejo um tanto supersticiosos;
Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em
que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não
o conhecendo, é o que eu vos anuncio.”
Atos 17:22,23

 Procure conhecer seu público

Conhecer seu público faz toda a diferença na hora de ministrar.


Isso evita que seja, por exemplo, descontraído demais, perante um
público mais austero. Ou vice-versa.

 Procure respeitar a liturgia em vigor no culto e na instituição ou


departamento.

“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas
dos santos.”
1 Coríntios 14:33

I- Saiba quanto de tempo você tem à sua disposição


II- Perceba quando seu tempo terminou

III- Se dividir sua mensagem em partes, cuidado para nenhuma


delas se estender demasiadamente em relação às demais.

IV- Quando informar (não tem necessidade) que vai para a parte
final da mensagem, termine mesmo.

 Procure aproximar seu conhecimento com o do seu público

I- Não subestime seu público falando errado propositadamente


ou de forma muito coloquial.
II- Não seja muito formal, pois isso deixa o público tenso e
fechado.
III- Cuidado com o excesso de humildade e com a falsa
humildade.

 Cuidado para não espiritualizar tudo

I- Confie no poder da Palavra do Senhor Jesus.

“Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará
para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo
para que a enviei.”
Isaías 55:11
II- Se errar, reconheça o erro, e se possível corrija. Você é humano
(a)
III- Deus quer usar seu intelecto, suas percepções, sua cultura e sua
estrutura.

 Deixe-se ser usado por Deus

I- Ao confiar no poder da Palavra, você se torna um canal de benção.


Dê lugar para o Espírito Santo te usar.

II- Procure os dons espirituais, pois com eles, sua comunicação será
mais ousada e virtuosa.

III- E peça ao Senhor para receber graça de administrar seu dom


ministerial com o dom espiritual.
Curso de Comunicação Eclesiástica
Academia 1

Janeiro a Abril de 2022

Bloco 4:

As diferenças e semelhanças entre Pregar, Ensinar, Palestrar,


Aconselhar e Orar.
Num ambiente eclesiástico, há variadas formas de comunicação, tanto
coletivamente, quanto individualmente.

Entender a dinâmica de cada uma dessas modalidades, nos ajuda, não


somente melhorar nossa atuação, mas também entender para qual área cada
um de nós foi chamado(a) no serviço cristão.

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e


outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para edificação do corpo de Cristo;” Efésios 4:11,12

Abordaremos algumas dessas formas:

Pregar: Fixar de forma contundente

A pregação, tal qual a conhecemos, é a forma mais espontânea e


simples de divulgar a Palavra de Deus.
Não obstante essas características (simplicidade e espontaneidade),
faz-se necessário entender que pregar, além de ser uma vocação celestial,
demanda alguns critérios, que servem para tornar a pregação ainda mais
eficaz.

“Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as


com retidão, palavras de verdade. As palavras dos sábios são como
aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das
assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor”.

Eclesiastes 12:10,11

Requisitos Espirituais:

 Leia a Bíblia com constância e abundância


 Viva uma vida de oração
 Esteja à disposição do Espírito Santo para ministrar o Deus quer

Requisitos técnicos:

 Procure ter em mente o esquema COMEÇO-MEIO-FIM (coerência)


 Fale com naturalidade
 Seja você mesmo (a)

Requisitos Gerais:

 Seja coerente com o TEMPO


 Confie no poder da Palavra
 Não se preocupe tanto com o marketing pessoal
 Procure sempre manter o foco em Cristo

Características de uma pregação:

 Menos interativa
 Mais emotiva
 Ênfase na percepção do pregador(a)
 Menor absorção de conteúdo
 Pode-se ter efeito curto
 Carece de muito cuidado para não transmitir e/ou absorver conteúdos
equivocados, por conta do tempo resumido
Ensinar:

Transmitir, através de linguagem oral e corporal, ou ainda, por meio de


exemplos pessoais (conduta).

“Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao


ensino”;
Romanos 12:7

Como lemos nas palavras do apóstolo Paulo, jamais daremos bons


ensinos, sem que haja dedicação.

Isso porque, diferentemente de pregar, o ENSINO, não apela tanto à


emoção, carecendo de critérios mais profundos, para ser mais eficaz.

Requisitos técnicos:

 Conheça ao menos razoavelmente o Assunto e o Tema proposto


 Tenha fundamentos bíblicos
 Não carregue o ensino de fontes muito variadas e duvidosas
 Procure manter um tom de voz coerente com o ensino e equilibrado
com o ambiente
 Aborde temas gerais e específicos, sem contudo, ser reativo

Características de um Ensino (coletivo):

 Interatividade média
 Emotividade média
 Ênfase no conteúdo
 Maior absorção de conteúdo
 Efeito mais duradouro

“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do


firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas
sempre e eternamente.”
Daniel 12:3
Palestrar:

É uma forma de exposição mais informal na apresentação, muito


embora, tratando de assuntos formais no conteúdo.

Trata-se de uma forma de transmissão a uma coletividade, que, em


muitos casos, pode interagir com aquele que está ministrando.

Requisitos técnicos:

 Tenha um bom domínio sobre o assunto


 Seja descontraído, sem apelar para o ridículo
 Seja firme nos seus conceitos, mas respeite os ouvintes
 Seja fiel ao tema proposto
 Procure sempre aprimorar as técnicas de oratória

Características de uma Palestra:

 Mais descontraída
 Variação de emoções
 Ênfase na interação da plateia
 Boa absorção de conteúdo
 Sugestionamento
 Pode-se ter efeito curto e dependente
 Repetição

Aconselhar:

O aconselhamento é uma das áreas de maior responsabilidade dentro


da Igreja.

Muito embora o Salmo 1 fale de “conselho” dos ímpios, se referindo ao


“ajuntamento” destes e sua forma de pensar, entendemos também, que uma
pessoa que seja um pecador não-convertido, dificilmente terá um bom
aconselhamento a nos passar. Muito embora, o contrário também aconteça!

“Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão


dos conselheiros.”
Provérbios 24:6

Requisitos:

 Seja discreto
 Esteja pronto(a), mas não oferecido(a)
 Esteja sempre pronto a ouvir e não sobreponha sua experiência à do
seu ouvinte
 Garanta que sua mente esteja sempre em oração
 Use corretamente a Bíblia
 Seja honesto com quem está aconselhando, que a responsabilidade da
decisão a ser tomada a seguir é sempre de quem está sendo
aconselhado(a) e não o contrário.

Oração:

A oração talvez seja o meio mais primitivo e difundido de demonstrar


relacionamento com Deus. Portanto, também é uma grande forma de
COMUNICAÇÃO.

Oração intercessória individual:

 Só é eficaz com compaixão


 Só é eficaz dentro dos critérios bíblicos

Oração intercessória coletiva:

 É preciso nivelar conhecimento sobre o assunto


 É preciso discrição
 É preciso ser coerente com o tempo
Oração com imposição de mãos:

 Seja prudente com o contato


 Seja prudente com a fala muito próxima

Oração coletiva geral:

 Se alguém for designado para conduzir a oração coletiva, procurar não


sobrepujar a voz da tal pessoa.
 CUIDADO COM O TEMPO DA ORAÇÃO!
Curso de Comunicação Eclesiástica
Academia 1

Janeiro a Abril de 2022

Bloco 5:

Transparência na Administração e Comunicação Eclesiástica:

A boa comunicação eclesiástica está intrinsecamente ligada a uma


administração eclesiástica eficaz e aprovada por Deus.

“Se aquele que ouvir o som da trombeta, não se der por avisado, e vier a
espada, e o alcançar, o seu sangue será sobre a sua cabeça.”
Ezequiel 33:4

Alguns aspectos que não podem ser ignorados nesse sentido são:

 Objetividade:

Uma administração eficaz carece de uma comunicação bastante


objetiva.

Sabemos que vivemos uma vida de fé; mas isso não significa que não
seja necessária uma comunicação objetiva do que se quer obter, através da
Igreja e/ou departamento em prol do Reino de Deus.

O contrário de objetividade é subjetividade, que significa, na prática,


algo que não se tem muito ideia do que seja, algo abstrato e que se não pode
evidenciar. Não convém que a comunicação eclesiástica seja subjetiva!

 Identificar o DNA da Igreja (veja as diferenças das Igrejas que


Paulo instruiu através de suas epístolas e das sete igrejas da
Ásia)
 O potencial que a Igreja ou Departamento tem

“E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado


Marcos.
Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que
desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela
obra.”
Atos 15:37,38

 As estratégias para utilizar esse potencial coletivo e individual:

“Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos,


canhotos, os quais atiravam com a funda uma pedra em um
cabelo, e não erravam.
Juízes 20:16”
____________________________________________________

 Delegação:

Uma das coisas mais importantes na Comunicação Eclesiástica, sem


dúvida alguma é delegar:

Delegar significa dar certo grau de autoridade a fim de se executar algo


por meio de alguém, dentro de um consenso já estabelecido, quando os
objetivos foram compartilhados.

Não significa simplesmente mandar, pois quem delega, na verdade,


está criando em outrem uma extensão de si próprio no seu comandado,
tornando-o assim apto ao desenvolvimento pessoal e espiritual.

“E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando


com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se
seguiram. Amém.”
Marcos 16:20

 Engajamento: I Crônicas 11.17 ao 19


 Reconhecimento: Lucas 19.17
 Correção e progressão: Lucas 10.20
 Métrica:

“E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um


segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com
eles, e granjeou outros cinco talentos.
Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.
Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do
seu senhor.
Mateus 25:15-18”

Medir e conferir os resultados, assim como comunica-los, é muito


importante no desenvolvimento contínuo dentro da Igreja.

Para isso, é necessário seguir alguns critérios:

 Estabeleça metas claras e factíveis (Lembre-se, o IMPOSSÍVEL


pertence a Deus)
 Estabeleça prazos (Lembre-se, o TEMPO é um referencial que
tem grande importância)
 Estabeleça critérios: Quando se estabelece critérios, também se
estabelece justiça.
 Feedback

Feedback significa, nada mais nada menos, que COMUNICAÇÃO.

Ou seja, é a resposta ou retorno daquilo que foi comunicado


anteriormente, no sentido de coletar dados para saber se a comunicação foi
eficaz.

 Saiba ouvir (isso também é comunicação): Lucas 8.18


 Saiba responder:

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para


que saibais como vos convém responder a cada um.”
Colossenses 4:6

 Saiba resgatar:

“Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém


o converter,
Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um
pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de
pecados.”
Tiago 5:19,20

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