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TEOLOGIA COMUNICATIVA

NA FÉ E NA PRATICA
Shamsher S. Bahadur

1. Algumas Pressuposições Básicas


Tal como foi adiantado por Villa (Capítulo 1), Deus comunica para
satisfazer a necessidade humana de reconciliação e procura revelar a Sua
natureza de um modo familiar e compreensível. Todos aqueles que procuram
comunicar as Boas Novas de forma a realizar os propósitos de Deus, baseiam
necessariamente a sua teologia da comunicação num determinado número de
pressuposições. Estes podem ser sumariados em nove subpontos:

1.1 Raízes da comunicação


Deus é o originador e o iniciador da comunicação e sem o trabalho de
Deus na e através de Jesus Cristo encarnado, como o ponto central do fenómeno
de comunicação, a comunicação efetiva, da perspetiva do "reino" é uma
miragem e um exercício de futilidade.

1.2 0 homem e a comunicação


A comunicação crista não está unicamente dependente da capacidade
humana de comunicar, apesar da importância do factor humano estar
implicitamente reconhecido na Bíblia. A fonte primária e o autor de toda e
qualquer comunicação efetiva do Evangelho é o Espírito Santo.

1.3 Relação entre a perspetiva cultural e a comunicação


Todas as culturas e subculturas desenvolvem os suas próprias regras
fundamentais de comunicação. Ou seja, cada cultura ou subcultura tem o seu
próprio sistema de sinais, gestos, símbolos (redes de comunicação interpessoal) e
sistemas de valores e crenças (perspetivas). Estes fatores colocam reais
limitações às capacidades pessoais de comunicação da mensagem do Evangelho
a indivíduos de culturas diferentes, sabendo-se que a Bíblia é influenciada,
primeiramente, pelas culturas hebraica e helénica, em segundo lugar, pela
interpretação cultural de um grupo ou do próprio indivíduo e, em terceiro lugar,
pelo contexto cultural de referência das audiências.
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1.4 A neutralidade da cultura


A cultura é neutra, em si mesma, apesar de corrompida no seu uso pelo
homem degenerado. Deus está acima da cultura (Niebur, 1951), mas trabalha em
e através das formas culturais do homem, reconciliando, redimindo e
transformando tanto o homem como a sua cultura, na qual ele está inserido. O
comunicador cristão "...olha para o poder criativo do Deus redentor e para a
história da interação dramática (comunicação interpessoal) entre Deus e o
homem," (Nida, 1972:209), com a realização última do acto criativo de redenção
que é a vinda de Jesus Cristo.

1.5 A singularidade da comunicação cristã


A comunicação crista é singular e está inserida na sua própria categoria,
porque:
5a É uma tarefa imperativa/obrigatória de cada membro da Igreja. Por
exemplo, em Mateus 28:18-20, em grego as palavras "ide" e "fazei
discípulos" são ambas imperativas e têm o significado de ordens.
5b A comunicação crista revela a atuação de Deus em situações
humanas concretas ou na história.
5c A comunicação c ri stã apela tanto para a fé, como para a
compreensão.
5d A comunicação cristã chama a uma viragem definitiva de
paradigmas pessoais, ou seja, chama a uma decisão: "a favor" ou
"contra" Jesus Cristo (João 3:16, 18).
5e A comunicação cristã tem um carácter redentor e reconciliador.
5f A comunicação crista é motivada pelo amor agape, ao invés de ser
motivada por conquistas pessoais ou por razões humanas.
5g A comunicação cristã tem uma natureza profética. Ela não somente
queima, como se de um fogo interior se tratasse, mas segura o "ser" total
do homem, levando-o à acção (João 9:4; Actos 4:20). É como uma espada
de dois gumes que divide os pensamentos mais íntimos do homem
(Hebreus 4:12).
5h A comunicação cristã é liberdade e esperança para um mundo
fragmentado (Lucas 4:18-19). Kraemer (1956) refere-se também a I João
1:1-4 como a Magna Carta da comunicação cristã.

1.6 Natureza participativa da comunicação do Evangelho


No processo de comunicação cristã, o papel de Deus e o do homem
constituem uma cooperação mútua. Todavia, Packer (1961:27) adverte que
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"enquanto nós nos precisamos de lembrar constantemente de que é


nossa responsabilidade proclamar a salvação, precisamos de não esquecer
de que é Deus que salva..."

1.7 A Igreja e a comunicação


A Igreja é o agente de Deus na terra e o meio pelo qual Ele se
expressa a Si mesmo ao mundo. Para usar os termos de McLuhan (1964),
a Igreja é ao mesmo tempo "o meio" e "a mensagem."

1.8 Orientação e comunicação


A abordagem é desenvolvida a partir da orientação do "ponto
de contacto," tal como Paulo fez no sermão do Monte de Marte (Actos
17:22-34). A abordagem da "base comum" ou "adotiva" de Robert Nobili da
Índia e Matteo (Mateus) Ricci da China, dois padres Jesuítas, não é aqui
adotada.
Na abordagem do "ponto de contacto" os paralelismos enfatizados não
são têm como objetivo uma troca simplista, mas sim providenciar uma base
racional para a comunicação, sem envolver qualquer campo inicial de
acordo (Nida, 1972).

1.9 Contextualização e comunicação


A comunicação cristã precisa de ser sempre baseada na Bíblia e não
no contexto, no seu esforço de traduzir e contextualizar a mensagem cristã:
Consequentemente, uma das nossas tarefas essenciais, quer venhamos
da Asia ou do Ocidente é descontextualizar a nossa própria teologia. Temos
que aceitar o princípio da Reforma de buscar para recuperar o significado do
texto bíblico e só depois interpretá-lo da perspetiva da nossa própria situação.
Isto é uma chamada à redescoberta da teologia bíblica nos nossos próprios
contextos culturais variados. (Nicholls, 1984:247)
Estas pressuposições demonstram a singularidade da comunicação
cristã, uma vez que esta é de Deus e vem de Deus. A comunicação cristã
incorpora os padrões éticos e morais de Deus em todos os perigos do
processo de comunicação. Não se trata de um mero prolongamento do
homem: Deus é central para o conceito.

2. Relação entre Teologia e Comunicação


No âmbito deste nosso estudo, teologia pode ser definida como o
estudo da proclamação, declaração e descrição da interação contínua
(comunicação) do homem com Deus, de forma a restabelecer as linhas
partidas da comunicação entre Deus e o homem, dentro do contexto de
referência do homem, em e através do filho unigénito de Deus, Jesus Cristo.
A palavra "teologia" é constituída pela junção de duas palavras gregas:
theos que é traduzido por "Deus" e logos traduzida por razão, consideração,
revisão ou reflexão.
Assim, quando a "teologia" é discutida numa perspetiva cristã, ela é vista
como uma ciência que explora a relação entre Deus e o universo, uma explicação
metodológica do conteúdo da fé cristã que é apoiada por ramos relevantes da
ciência, tais como a arqueologia, a etnologia e a história (Tillich, 1971; Hodge,
1978).
Van der Meiden (1981), na sua defesa de uma teologia comunicativa em
vez de uma teologia da comunicação, afirma que uma "teologia da
comunicação" sugere que a comunicação tem certos aspetos da teologia
incorporados nela. Em alternativa, este autor define teologia comunicativa como
"...teologia orientada e centrada na comunicação construída à volta do coração
da teologia." Assim, passa a não haver uma teologia da comunicação, uma vez
que a comunicação foi incluída no termo "teologia" (ibid.).
Teologicamente falando, o cristianismo pode ser completamente
interpretado como uma religião de comunicação, tanto divino-humano, como
inter-humano.
Consequentemente, a teologia não é só uma ciência que estuda Deus, mas
é também o estudo dos processos de comunicação entre Deus e a Sua
comunidade escolhida. Esta comunicação entre Deus e o homem, e Deus e o
mundo, é canalizada através de estruturas humanas e métodos de comunicação já
existentes.
A palavra "comunicação" tem origina na palavra latina communicare que
significa "compartilhar," "conceder," ou "tomar parte em," e a sua raiz tem o
mesmo significado que a palavra "comunhão." Em grego, este termo é usado em
dois sentidos. Em primeiro lugar significa "ter uma porção" (p. ex. Romanos
15:27). Em segundo lugar, tem o sentido de "dar uma porção" ou "ir compartilhar
com" (p. ex. Romanos 12:13).
No vocabulário cristão evangélico a palavra "comunhão" também é usada
para se referir à Ceia do Senhor. O significado duplo da palavra "comunhão" é
significativo. Esta relação próxima entra a comunicação e o acto central de
adoração representa a centralidade histórica da comunicação efetiva no
cristianismo efectivo. O testemunho cristão, o evangelismo, a mordomia, a
educação e as missões são todos eles actos de comunicação (fore, 1968).
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A afinidade, ou relação próxima, entre teologia e comunicação pode ser


utilmente delineada desta. forma: 1) a teologia num sentido mais lato é fruto da
comunicação; 2) o alvo da teologia é a comunicação da interacção de Deus com
o homem; 3) a teologia revela-se a si própria num contexto comunicacional; 4) a
comunicação é um instrumento da teologia (Van der Meiden, 1981).
A relação próxima entre teologia e comunicação dá-se no nível
fundamental; ambas têm um fundamento ou uma base comum a partir da qual os
dois sistemas crescem. Teologia é comunicação e, como tal, torna-se redundante
falar de uma teologia da comunicação. Quer dizer que a comunicação é parte
integrante da teologia e uma teologia que não é, ou que não pode ser comunicada
não é teologia.

3. A Necessidade de uma Teologia Comunicativa

(…) A comunicação está toda ela infiltrada na sociedade, quer seja a


nível interpessoal ou a nível de massas e determina formas de pensar, a
cosmovisão (worldview). A forma de pensar influencia o tomar de
decisões, o comportamento, os valores, as normas e as atitudes. Pela utilização
de qualquer forma de comunicação, para evangelismo e missões, há a
necessidade, não apenas de ser crítico e discriminatório, mas também de ter
uma base bíblica sólida para todas as actividades de natureza comunicativa.
Hoje em dia, o mundo é um campo missionário global com fronteiras que
são mais espirituais do que geográficas, devido a fenómenos migratórios e à
difusão das religiões maioritárias. Estamos numa era de confrontação com as
filosofias seculares e as perspectivas religiosas.
A teologia comunicativa pode ajudar a satisfazer as necessidades que estes
desafios colocam, através da formulação de objectivos e estratégias de
comunicação, as quais evitam ciladas colocadas por perspectivas e filosofias
seculares.
Podem ser identificadas quatro respostas genéricas que são exigidas aos
comunicadores cristãos:
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Em primeiro lugar, há o perigo da teologia cristã ser abstracta, fazendo


dependê-la fortemente do. lógico e do racional, e estreitando a sua ênfase para as
questões epistemológicas e metafísicas dos filósofos. As mensagens teológicas
precisam de ser finamente diferenciadas e responder a questões que resultam dos
assuntos quentes que estão na ordem do dia na nossa geração.
Em segundo lugar, a igreja não pode ignorar os efeitos da fragmentação
social e a sobrecarga de informação. Muito mais do que o simples desinteresse e
preocupações de análise, a igreja deveria responder com participação e serviço,
tendo como modelo o princípio encarnacional de Jesus, ao invés de uma atitude
de paternalismo, de forma a providenciar um ponto de referência espiritual para a
coesão e integração sociais.
Em terceiro lugar, o nacionalismo e o revivalismo religiosos no meio das
religiões não cristãs tem demonstrado a crescente urgência da nossa tarefa de
evangelismo e missões. Nos nossos dias, o mundo está a desafiar os nossos
caminhos e os nosso métodos de comunicação da mensagem do Evangelho.
Temos que redefinir os nossos métodos de comunicação através de uma teologia
da comunicação claramente desenvolvida.
Finalmente, a tarefa missionária num determinado instante é um
empreendimento cultural, para ser ainda mais exato, é uma actividade
trans-cultural nas sociedades pluralistas dos nossos dias. Os comunicadores
cristãos precisam de ser criativos e flexíveis nos métodos e nas técnicas
escolhidas de forma a atingir um grupo cultural específico. A cultura pode ser
definida como "...o modo global de vida de um povo, a legação social que o
indivíduo adquire do seu grupo" (Kluckhohn, 1949:17). É o "projeto, a planta, ou
o plano para a vida" (Luzbetak, 1976:62).
Uma vez que a cultura é uma parte, uma parcela de um indivíduo, um guia
para o seu modo global de vida que regula o seu comportamento, e uma vez que
é única de sociedade para sociedade e de subsociedade para subsociedade, a
comunicação da mensagem do Evangelho chama a uma indigenização da
mensagem. Esta indigenização ou contextualização da mensagem cria uma
necessidade urgente por uma teologia da comunicação relevante.

4. A Teologia da Comunicação na Fé na Prática


Até agora a nossa discussão demonstrou uma afinidade muito próxima
entre a teologia e a comunicação. Esta relação é vista tanto no método, como na
função das duas disciplinas. Ficou também demonstrado que há uma necessidade
real para o desenvolvimento de uma base teológica para a comunicação da fé e
da prática.
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A Palavra de Deus providencia um sólido fundamento para os princípios e


métodos de comunicação que efetivamente comunicam a fé cristã e a sua
prática.

4.1 Deus e a comunicação


A Bíblia inequivocamente afirma a natureza comunicativa de Deus:
1 Deus revela-se a Si mesmo.
A natureza do nosso Deus é a de um comunicador. Em Génesis 1:26 vê-se Deus
a tomar uma decisão em concílio e em diálogo. A expressão "Deus disse" ocorre
onze vezes no primeiro capítulo de Génesis. No Deus triúno vemos Deus como
uma personalidade relacional que se interpreta a Si próprio em três pessoas à
volta da sua unidade de auto-referência e de referência para os outros (Heinrichs,
1981).
2 Deus origina e inicia o acontecimento da comunicação.
Em Êxodo 4:12 vê-se Deus a instruir Moisés, "Vai, pois, que eu darei força à tua
palavra e te ensinarei o que deves dizer." A história de Israel é a história de Deus
a estabelecer comunicação vez após vez com o Seu povo. O Salmista e os
Profetas testificam que a presença de Deus invoca a comunicação (Salmos 8, 19,
66, 100; Isaías 55:6-13; Hebreus 1:1-12).
3 Deus estabelece relacionamentos.
A revelação de Deus é uma ofe rt a de relacionamento connosco ou de
comunicação connosco.
A pessoa de Deus que encontra a pessoa do homem, a totalidade da
pessoa humana, esta pessoa tenciona responder pessoalmente, a todos os
níveis do seu ser. (Heinz, 1981)
Este ansiado desejo constrangedor de relacionamento com o Seu povo parece ser
a ordem de trabalhos da comunicação de Deus. Deus não tinha que correr atrás
de Adão ou de salvar a família de Noé, ou chamar Abraão para o
estabelecimento de uma relação de comunicação, mas Ele fê-lo. A revelação de
Deus e a história do homem é uma rede de incontáveis relacionamentos de
natureza comunicativa.
Deus não é um Deus de religiões de indivíduos isolados, com
conhecimento religioso, mas de um povo com quem ele tem um relacionamento
pessoal, o povo do Seu Reino no qual a sua comunicação será perfeita. Deus é ao
mesmo tempo a mensagem e o meio. Deus em Cristo é o amor encarnado, a
verdade encarnada, a vida encarnada (João 14:6).
4 Deus comunica para ser entendido.
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Deus revela-Se a Si mesmo na história normal e quotidiana do Seu povo. Como


Kraft (1983:21) assinala a mensagem do Deus verdadeiro raramente nos chega
através de formas impressionantes (I Reis 19:11--12). O facto do acontecimento
ser impressivo está relacionado com o conteúdo da mensagem e não na forma em
que é expresso.
5 Deus está orientado para o recetor.
Ele revela-Se a Si mesmo na língua e na cultura do povo. Na Bíblia, Deus
revela-Se usando termos do mundo hebraico, greco-romano, ou helénico. Assim,
pode-se ver que Deus toma atenção ao contexto de referência (perspetiva,
cosmovisão) da Sua audiência, incluindo as suas crenças, valores e modos da
sua rede de comunicação interpessoal (Actos 10).
6 Deus usou uma extensão/variedade de "media ".
Deus usou revelações naturais, aparições, sinais, símbolos, metáforas, drama
profético, parábolas, histórias, visões, sonhos, etc. dentro do contexto existente
dos canais de comunicação humanos.
7 A linguagem de comunicação de Deus é interativa.
Com uma comunicação biunívoca, o homem é livre para O tocar (Lucas 24:39),
para experimentá-lO (Salmos 34:9), para vê-1O (João 14:9) e para ouvi-10
(Marcos 1:11). A aproximação interativa de Deus pode ser vista no seu
raciocínio para com a nação de Israel: "Venham! Vamos discutir este assunto..."
(Isaías 1:18). Deus toma as questões das pessoas de uma forma séria e lida com
as realidades concretas das suas vidas (Jó; Génesis 18:16-33; II Reis 20:1-11).

4.2 0 homem e a comunicação


A pressuposição básica aqui apresentada é que o entendimento do homem acerca
de si mesmo é incompleto. O homem é um mistério para o próprio homem e só
se encontra completo em Deus. Ou seja, o homem só pode encontrar significado
no seu relacionamento com Deus.
A comunicação é o factor humano fundamental, o carimbo da nossa
humanidade,...mais conspícuo pelas suas falhas do que pelos seus sucessos na
história da vida humana, pelo que daqui resulta que, no que diz respeito a todo
este processo de comunicação, o tipo de entendimento que temos do homem é
central e básico... O que esperamos encontrar [na Bíblia] é a orientação correcta
e o fundamento certo para o nosso problema de comunicação, o qual começamos
a compreender intrinsecamente, ou seja do ângulo da intenção de Deus e do Seu
propósito para com o homem. (Kraemer, 1956:13)
Dentre todos os seres criados por Deus, só o homem é espiritual uma vez
que a própria vida de Deus habita no homem, feito à imagem de Deus, a Imago
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Dei (Génesis 1:26-27). Esta natureza espiritual fundamental do homem é descrita


na Bíblia por palavras tais como alma (hebraico: napesh; grego: psyche); espírito
(hebraico: ruach; grego: pneuma). Estas palavras dão pistas muito importantes
acerca da relação do homem com Deus. Como Brunner (1939:97) diz,
Falando figurativamente, Deus produziu todas as outras criaturas num
estado acabado: eles são o que deviam ser e é assim que eles permanecem. Mas,
Deus mantém o homem dentro da Sua oficina, com as Suas mãos. Ele náo o
criou e terminou, simplesmente; de facto, a natureza humana consiste no facto de
que nós devemos e precisamos de nos manter nas mãos de Deus.
Tendo sido criado à imagem de Deus para os Seus propósitos tem
implicações profundas para o homem; ele é um colaborador de Deus (Génesis
1:28;2:5), mas debaixo da autoridade de Deus. O homem tem responsabilidade
moral perante Deus, para com o seu vizinho e para com o mundo ou meio
envolvente (Génesis 8:17, 9:10; Salmos 50:10; 104:10-11). Como uma "nova
criatura," ele é o filho de Deus em Jesus Cristo (Romanos 8:16; João 1:12).
Por outro lado, a Bíblia profusamente refere que o homem está corrompido
pelo pecado. Este facto conduziu a uma fragmentação da personalidade humana
e daqui as suas acções (p.ex. Romanos 3:23; I João 1:18); também conduziu à
separaçao de Deus o que afecta a natureza do homem em geral (p.ex. Isaias
53:6; Gálatas 3:22).
Nos finais do século XVII e século XVIII, época esta que ficou
popularizada com a designação de "iluminismo," começaram a surgir os pontos
de vista seculares mais influentes em relação ao homem. Os conceitos e as
crenças tradicionais foram fortemente questionadas e os valores éticos e morais
da sociedade começaram a ficar sujeitos a mudanças catastróficas. Os valores e
as crenças religiosas começaram a ser desprezados por expressões religiosas
mais inovadoras. A velha compreensão cosmológica foi rejeitada e o
"humanismo" e o "existencialismo" produziram uma "nova" ordem cosmológica.
O homem auto-suficiente era "o que estava a dar," enquanto Deus "estava fora da
jogada."
Estas teorias especulativas afetaram o papel de perceção do homem
como uma criatura comunicativa. Surgiu a ideia de que o homem comunica por
causa da sua necessidade sociológica, por causa da necessidade de organização
da sociedade afim de evitar a anarquia. Ou seja, o estado social do homem
força-o a comunicar. O homem desenvolvendo-se no seu processo de
evolução necessitava de comunicar. Estes teorizadores também propunham que o
homem comunica como resultado de um acaso de natureza antropológica:
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tempo puro + acaso + matéria = homem


(Darwin, 1958; Huxley, 1959).
Por outro lado, a Bíblia deixa bem claro que Deus criou o homem à sua própria
imagem. O homem não é apenas o resultado de um "big bang!" O homem
transporta a Imago Dei (Génesis 1:26-27; 5:2).
O comunicador cristão toma a posição de que o homem só pode encontrar
um completo sentido de preenchimento, através de um entendimento bíblico do
que ele próprio é. Somente na Bíblia o homem pode obter respostas concretas e
eternas para tais questões como quem ele é e de onde é que ele veio, qual é o
propósito da sua vida na terra e qual é o seu destino final.
Somente na ordem cosmológica bíblica, o homem pode funcionar de
acordo com todas as suas capacidades. Somente aqui, o homem tem ambos os
factores: um ponto de referência e um ponto significativo de comunicação
relacional interpessoal; no sentido horizontal, na comunidade e no mundo, e no
sentido vertical, no reino espiritual ou com Deus.
Quando houver uma saudável função de relacionamento vertical é que a
comunicação do homem com o seu semelhante e com o seu mundo se vai tornar
de tal forma que haverá totalidade (wholeness), restauração e transformação.
Isto porque a presença de Deus está sempre associada com o processo de
comunicação, o qual restaura e transforma, o qual é dinâmico, criativo e activo
na sua função, natureza e âmbito. As Escrituras testificam que a mensagem
bíblica de Deus tem como objetivo trazer inteireza à comunidade e ao indivíduo
(p.ex. Génesis 2:18; Efésios 2:11-18).
Um dos propósitos básicos da comunicação é construir relacionamentos
com significado e daí fomentar a confiança e o amor, fatores que são básicos às
sociedades salutares. Estas sociedades só são completas quando são injetadas
pelo poder de Deus no e através do Cristo encarnado. Noutras palavras, a fonte,
as bases e as normas da comunicação cristã são investidas por Deus. O
vislumbre de tais sociedades é refletido na Igreja universal. Está certo que o
Corpo de Cristo está cheio de manchas, mas ao mesmo tempo esta é a única
instituição que pode reivindicar o poder de Jesus Cristo e, consequentemente é a
única sociedade que pode trazer inteireza ao mundo.
Devido ao pecado do homem há uma falha na comunicação. Ironicamente,
enquanto este afirma estar consciente do seu carácter finito e insignificante, o
homem continua a agir e a actuar como um semideus, trazendo cada vez mais
desespero, depressão e vazio à sua vida. Ao colocar-se a si mesmo como o
centro de toda a criação, o homem deixa enfraquecer as suas tendências
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desumanizastes. Tornando-se a medida de todas as coisas, acabou por perder os


seus próprios valores.
Só havia uma esperança para o homem: que Deus quebrasse o que O
separava dele, bem como os canais de comunicação quebrados. Deus, em Cristo,
realizou essa tarefa.

4.3 0 modelo encarnado de comunicação


No desejo de Deus em comunicar e estabelecer o relacionamento
quebrado com o homem, o sistema supremo foi o Seu Filho unigénito, Jesus
Cristo, o Deus encarnado (João 3:16-17).
Deus tornou-se homem para que pudesse restaurar as linhas de
comunicação quebradas. Deus tornou-se homem de forma a trazer inteireza às
vidas vazias, fragmentadas e sem esperança. Como é que Jesus encarnado
conseguiu isto?
Jesus não veio somente, Ele tornou-se. Ele não atravessou simplesmente a
distância infinita entre o céu e a terra para ficar mais perto de nós. Ele também
cobriu estes poucos de centímetros que separam uma pessoa de outra, para se
identificar connosco na condição humana, na qual estamos imersos. (Kraft,
1973:214) Isto é, Deus entrou no nosso contexto de referência em Jesus
encarnado, o Cristo (Gálatas 4:4-5) que se tornou carne e viveu entre nós (João
1:14).
A Encarnação significou que o Rei dos Céus nasceu numa manjedoura
(Lucas 2:7). Ele cresceu como qualquer criança normal (2:40). Como homem,
Jesus era semelhante ao Seu irmão em todos os aspetos (Hebreus 2:17); Ele
sentiu a dor da ira; Ele cansou-se; Ele experimentou mágoa e chorou; Ele foi
desprezado e escarnecido, rejeitado e zombado; Ele estava preocupado e perturbado
quando foi tentado pelo que Ele é capaz de ajudar aqueles que são tentados; e,
finalmente, Ele sofreu a morte, a morte de um criminosos na cruz, apesar de não
ter pecado ou falta alguma.
Jorgensen (1976) afirma que "ouvir" e "ver," "palavra" e "imagem," são
dois elementos básicos da comunicação ligados à Encarnação. Hebreus 1:1-2
mostra claramente esta ligação: Deus falou-nos pelo Seu Filho, sendo o Filho a
imagem expressa do ser de Deus. O método encarnado de comunicação é, para
além de tudo o mais que se possa apontar, interativo, uma comunicação
biunívoca. O diálogo é o completar do processo de comunicação de Deus com o
homem, ainda que a resposta seja a rejeição. Neste diálogo, Jesus permanece ao
nosso lado, mas ao mesmo tempo ao lado de Deus e confronta tanto o homem
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como Deus, no sentido de obter uma resposta. O diálogo envolve vulnerabilidade


da parte de Deus, por nossa causa.
Este é o aspecto central, o coração de toda a comunicação cristã. Aqui
temos a comunicação interpessoal entre dois indivíduos, não simplesmente a
comunicação de uma mensagem impessoal, a qual é linear. Jorgensen (1981)
declara que a Encarnação é o climax da utilização de Deus das estruturas
humanas da comunicação. Nas palavras de Kraft (1979:175), "em Jesus, Deus
tornou-Se uma parte integrante de um contexto humano específico que muitos
nem sequer reconheceram que Ele tinham vindo de um outro lugar." A utilização
das estruturas humanas por Cristo pode ser identificada nos termos dos seguintes
seis princípios genéricos de comunicação:
1) Jesus comunicou no contexto de referência do receptor, utilizando
uma linguagem que era perceptível para a sua audiência. Quando Ele falava para
pescadores, Ele falava em pescar homens. Aos agricultores, Ele falava em
técnicas agrícolas, usando palavras e imagens que lhes eram familiares, tais como
semear, ceifar, lavrar, peneirar, jardinar, colher frutos.
Um canal de comunicação indígena que Jesus utilizou com certa
regularidade foi a parábola. A parábola é uma metáfora ampliada que compara
uma verdade religiosa com uma experiência vulgar de uma determinada
circunstância da vida. A parábola recorre à utilização de personagens e situações
acerca da qual os ouvintes estão ligados por sentimentos fortes. Todavia, uma
parábola tem uma volta no seu texto, forçando o ouvinte a enfrentar uma questão
inesperada acerca da sua própria vida.
2) Jesus aceitou a Sua audiência e o seu ponto de vista. Por exemplo,
na conversa de Jesus tanto com a samaritana (João 4:5-42), como com
Nicodemos (João 3:1-3), nota-se uma atitude de respeito mútuo. A cada um dos
participantes foi dada a realização completa do seu próprio potencial em termos
de quem ele era no relacionamento estabelecido.
3) Jesus compreendeu a sua audiência (João 2:25). Isto não só porque
Ele era o Deus encarnado, mas também porque Jesus viveu no meio do Seu
povo. Jesus fazia questão de participar na vida quotidiana das pessoas; na
sinagoga, nos casamentos, no trabalho, nas festas e nas ruas. Esta era a razão
pela qual Ele se podia aproximar de qualquer pessoa com tanta facilidade e
à-vontade, quer fossem centuriões, fariseus, donas-de-casa, crianças, agricultores,
pescadores, eruditos, ricos ou pobres.
4) Jesus aceitou a liberdade de escolha da Sua audiência. Ele sabia
que alguns o haviam de aceitar, enquanto outros o rejeitariam (Lucas 5:32). No
entanto, Ele nunca forçou ninguém a aceitá-lO; a escolha pertencia sempre à
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audiência: "Quem tem ouvidos, preste atenção!" (Marcos 4:9). Ele procurava
aqueles que sentiam necessidades profundas nas suas vidas e respondiam a Ele e
às Sua palavras.
5) A comunicação de Jesus era activa. Raramente Jesus utilizava
monólogos--o "Sermão da Montanha" (Mateus 5-7) era uma excepção--ou
comunicação unívoca. Ele fazia perguntas. Ele escutava com interesse e
simpatia. Ele fazia a pessoa pensar profundamente.
6) Jesus tinha credibilidade. Ele tinha credibilidade porque Jesus não
era um indivíduo estereotipado (Mateus 7:28- -29). Ele afirmava ser Deus, mas
conviveu com prostitutas, publicanos e toda a ralé da sociedade. As suas
mensagens eram arrasadoras, mas ao mesmo tempo familiares: vulgares na sua
forma, mas profundas no seu conteúdo.
Em essência, Cristo demonstrou um processo de graça e graciosidade, não
manipulatório mas deferente em termos de liberdade humana, com um propósito
sempre presente de incitar à verdade e à confiança, certeza e segurança. Isto é a
comunicação encarnada.

4.4 A Igreja Primitiva e a comunicação


Os primeiros seguidores de Jesus, tal como o seu mestre, comunicavam
dentro do contexto de referência da sua audiência. Eles olhavam para o método
encarnado de comunicação como o seu modelo.
A mensagem era específica, penetrante e vigorosa (II Coríntios 5:20;
Lucas 2:14). Na dispersia a mensagem era contextualizada e orientada para as
necessidades, tanto sentidas como reais, da audiência.
Em Jerusalém, a mensagem era ajustada às necessidades do povo judeu.
Os apóstolos dirigiam-se à sua audiência e não esperavam que estes viessem ter
com eles. Geralmente, começavam na sinagoga, o ponto central da educação e
adoração judaica. Esta era a sua casa de reuniões. A base da sua argumentação
baseava-se principalmente nos textos messiânicos validados encontrados nas
Escrituras. Eles também usavam o método "pesher" pelo qual as palavras de
profecia eram interpretadas no contexto dos eventos que então estavam a suceder
(Green, 1970).
Em termos de comunicação, a mensagem cristã combina com as ideias e
os conceitos das suas audiências judaicas. Para além do mais, a mensagem
apostólica tinha credibilidade porque não cabia de uma forma precisa em nenhum
dos espartilhos de predição messiânica, tanto de grupos judeus, como não judeus
(ibid. p. 106-118). Outros fatores de comunicação eram encontrados na vida
dinâmica da comunidade; amor, alegria, confraternização e íntima fraternidade.
149

As pessoas podiam aperceber--se facilmente o poder da comunidade cristã


primitiva; o poder de perdoar, a capacidade de ultrapassar defeitos de carácter, a
resistência à oposição e até a morte alegre por causa de Jesus (ibid. p. 131).
As missões gentias também mostram este aspecto encarnado do ministério
de comunicação ou evangelístico dos apóstolos. O significado de Antioquia no
iniciar das missões gentias tem sido destacado repetidamente por estudiosos do
Novo Testamento. Em resumo, Antioquia era uma cidade cosmopolita, possuía
uma grande população judaica que estava helenizada e era o centro diplomático e
comercial do Oriente. Há ainda a acrescentar, que os habitante de Antioquia
estavam familiarizados com termos filosóficos abstratos tais como salvação,
vida, poder, criação, prazer, renovação e regozijo. Assim, quando os cristãos
pregavam usando estes termos, eles estavam a falar no contexto de referência
ideológico desta audiência.
A Igreja primitiva tinha uma grande sensibilidade cultural; os crentes de
então realizaram um tremendo trabalho de tradução tanto de palavras, como de
ideias de forma a que estas pudessem ser inteligíveis para as pessoas do seu meio
cultural. Este foi o segredo da sua comunicação provocar impacto. Apesar da
Igreja primitiva usar os épicos gregos, os mitos homéricos e também os filósofos
estóicos para comunicar o Evangelho, a mensagem era completamente baseada
na Bíblia.
Os comunicadores cristãos não proclamavam simplesmente o Evangelho
oralmente, mas também viviam a mensagem que pregavam. O que eles diziam,
eles faziam. Eles constituíam um exemplo. Eles demonstravam inteiramente o
conceito de que o meio é a mensagem.
Um outro método muito importante usado pelos comunicadores da Igreja
primitiva era o evangelismo doméstico. A família ou a casa era muito importante
para a cultura judaica e para a cultura greco-romana. Para o judeu, a casa era
quase tão importante como a sinagoga devido às várias funções de comunicação
aqui encontradas (Actos 17:5; 18:7; 16:15; 32-34; 21:8; I Coríntios 1:6; 16:15).
No Velho Testamento, a casa era o centro dos acontecimentos da
comunicação de Deus. Considere-se, por exemplo, o caso de Noé e da sua
família, David e a sua casa, Saúl e a sua casa, Abraão e a sua casa e assim
sucessivamente. A casa incluía toda a família, homens, mulheres, crianças,
servos e escravos (Deuteronómio 14:26; 12:12).
Logo, o grupo primário era a unidade fundamental tanto da sociedade
greco-romana, como da judaica. Sociologicamente falando, os cristãos primitivos
não se poderiam ter firmado em melhor base de comunicação da fé cristã.
150

Estudos de comunicação atualizados e pesquisa em pequenos grupos têm


repetidamente apontado , para a importância do grupo primário como uma
importante variável no processo de comunicação.
A Bíblia está cheia de exemplos de pequenos grupos (casas) que provam
ser cruciais dentro dos seus agrupamentos naturais (redes), para a comunicação e
difusão da mensagem do Evangelho (p.ex. Actos 10, 16:15; 16:33).
Consequentemente, os métodos de comunicação da Igreja primitiva
estavam plenamente baseados no contexto de referência das suas audiências.
Eles eram moldados à situação dos ouvintes. Tinham credibilidade. Os
missionários da Igreja primitiva começaram a desenvolver a sua acção nos locais
em que se encontravam as suas raízes, na história de Israel. Eles davam ênfase à
relevância da sua mensagem para as necessidades emocionais da sua audiência.
Eles falavam dentro do contexto de referência dos seus ouvintes. Além disso, a
sua comunicação tinha um alvo, um propósito. Eles pediam uma resposta e
apelavam a uma mudança. A sua mensagem proclamava a inteireza, a cura e a
restauração do relacionamento de comunicação. A sua mensagem procurava
remendar as linhas de comunicação quebradas entre Deus e o homem, bem como
entre o homem e o homem.
Mas, o mais importante é que as suas mensagens geralmente não eram
apresentadas a indivíduos isolados, mas a indivíduos que eram membros de um
grupo. Eles usavam técnicas de dinâmica de pequenos grupos de redes de
comunicação para difundir de uma forma mais efectiva o Kerygma.

5. Conclusões
A teologia não é simplesmente uma ciência sistemática que estuda a
natureza e as características de Deus, mas também é o estudo da comunicação
entre Deus e o Seu povo escolhido. Uma teologia comunicativa liga a teologia à
comunicação. Este processo de comunicação não é um acontecimento mecânico
ou estático, mas um processo dinâmico, no qual Deus e o homem participam.
Os princípios da teoria da comunicação estão amplamente demonstrados
através de toda a Bíblia, tanto no Velho como no Novo Testamento, pelos
profetas, apóstolos, pela igreja como uma comunidade, evangelistas e
missionários e, ainda com mais significado, por Deus, o Pai e pelo Filho
encarnado.
Somente o Evangelho apresenta a causa primária da falha de comunicação
no mundo e, consequentemente, só a comunicação cristã do Evangelho é que traz
ou pode trazer a cura verdadeira, inteireza, restauração, paz e salvação à
humanidade. Isto porque a comunicação cristã foi investida por Deus e a Bíblia
151

demonstra que a presença de Deus está em grande profundamente associada à


comunicação que cura e transforma.
O comunicador cristão precisa de padronizar a sua estratégia de
comunicação no modelo de comunicação encarnado, em fé e em prática.
Isto significa que o comunicador cristão precisa de se dirigir à audiência,
precisa de viver a mensagem, precisa de evitar o paternalismo, precisa de
permitir a rejeição enquanto está a promover a fé, crença e discipulado, o
comunicador cristão precisa de ser simples mas não simplista, precisa de ter o
amor agape como o ponto central das suas actividades de comunicação.
Apesar da contextualização ser uma parte integrante da comunicação
efectiva, esta contextualização tem que ser inteiramente baseada nas Escrituras.
A Bíblia tem que ser o seu fundamento, luz e guia. A contextualização precisa de
seguir os exemplos de Jesus e dos seus apóstolos.
A comunicação de Deus (apesar de ser sempre pessoal em natureza)
geralmente não era dirigida a indivíduos isolados, mas sim ao homem na sua rede
natural de relacionamentos. Deus dirige-se ao individual, mas dentro do seu
grupo pequeno ou primário na rede natural de comunicação interpessoal. Jesus e
a Igreja primitiva também utilizaram significativas redes de comunicação
interpessoal de grupos pequenos ou primários e fizeram deles um aspecto
importante dos seus esforços missionários e evangelísticos. *

Nota do editor. O Estudo de Bahadur de Redes de Comunicação encontra-se no Capítulo 4.


(REivi GiPorr" ) 2.0

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