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DIÁLOGO INTERRELIGIOSO

O que é? => Conjunto de relações interreligiosas positivas e construtivas


Com pessoas e comunidades de outros credos religiosos
Para uma mutua compreensão e reciproco enriquecimento
Em obediência à verdade e respeito à liberdade
Para se obter a paz. (Diálogo e Anuncio, 9)

O diálogo se dá entre aquelas religiões que juntamente com o cristianismo confessam com fé de Abraão, bem como
tradições asiáticas.

O porquê do diálogo => A Igreja é missionária por natureza, por isso deve anunciar e dialogar. Deve ser missionária
porque crê no projeto universal de salvação.
O diálogo é uma exigência intrínseca, porque é próprio de DEUS dialogar (DEUS vem ao encontro do homem).
CIC 850: Origem= O mandato missionário tem sua fonte última no amor da Trindade (Missão do FILHO e do ES.)
Objetivo= participarem da comunhão trinitária.
Motivo= O amor de DEUS por todos os homens.

O CV II quis apresentar a doutrina que é imutável (depósito da fé) de forma diferente, mantendo a substância. Neste
sentido, formula a Nostra Ætate (28/10/65).
Fontes Remotas da Encíclica:
1. Ecumenismo: diálogo entre cristãos separados. Em 1910 é considerado o Batismo do ecumenismo.
2. D. Inter.: Pode-se considerar seu inicio em Chicago. Objet.: unir as religiões contra toda forma de in-religiao. “Chave
de ouro”.
3. Teologia das religiões: Noé e as religiões não cristãs / Abraão. A aliança abraamica torna o cristianismo sacramento da
salvação.
4. Movimento missionário.

Fontes próximas: S. Joao XXIII desejou uma declaração/texto sobre os judeus.

PP Paulo VI: Viagem historia à Jerusalém; mudança de atitude diante judeus e mulçumanos. O programa de pontificado
foi o diálogo (Ecclesiam suam, 1964); 4 círculos concêntricos: Dialogo com o homem, com as grandes religiões,
Ecumenismo, interior. Dicastério para os n-cristãos (Pentecostes).

!!! Citações importantes do Magistério !!!

- Lumen Gentium 16: Aqueles que sem culpa ignoram o Evangelho, mas buscam a DEUS sob influxo de Sua graça e
cumprem por obras sua vontade (manifestada pelo ditame da consciência), são salvos.

- Gaudium et Spes 22: A graça opera de modo invisível nos não cristãos. O Espirito Santo oferece a todos a possibilidade
de associarem-se ao Mistério Pascal de CRISTO.

- Ad Gentes 35: As demais religiões são como sementes do Verbo nelas adormecidas. São uma preparação para o
Evangelho.

- Redemptoris Missio (S. JP II) 7: Há uma diferença essencial no cristianismo: não só o homem busca a DEUS, mas
DEUS vem ao encontro do homem.

Os critérios Teológicos (fundamentos para o diálogo)


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1. Vontade salvífica de DEUS PAI (LG 16, origem e fim comum de todos).

2. Única mediação de CRISTO (NA, 2). Enquanto logos ilumina a todos. Razao pela qual o cristianismo é católico. Além
disso, as sementes do Verbo / CRISTO uniu-Se ao homem todo (GS 22) e cristologia da imagem (Nele todos foram
criados).

3. Universalidade da ação do ESPIRITO SANTO (NA 4): ELE não é uma alternativa à CRISTO.

4. A função salvífica da Igreja como sacramento universal de salvação: 1Tm 2: “Ele quer que todos sejam salvos e
cheguem ao conhecimento da verdade.”

Como entender “Extra Ecclesiam nulla salus.”

A Igreja é sacramento universal (LG 48) da salvação (NA 4) = deve anunciar a cruz de CRISTO como sinal do amor
universal de DEUS e fonte de toda graça.

Há uma necessidade da pertença: os que acreditam em JESUS, logo na Igreja.

Há uma necessidade salvífica de seus ministérios: A Igreja é dispensadora de todas as graças. Verifica-se meios
indispensáveis para a salvação: Desejo implícito de pertencer a Ela = conformidade da vontade à de DEUS.

Posições teológicas quanto ao valor salvífico das religiões


- Exclusivismo: (Karl Barth) = só a fé cristã salva.
- Inclusivismo: (Karl Rahner) = “certo poder de salvação”
- Pluralismo: CRISTO não é o único salvador. Defende que o próprio DEUS quer o pluralismo.
- Eclesiocentrismo: visão estrida do Extra Ecclesiam...
- Cristocentrismo: a salvação pode ocorrer nas outras, mas nega-lhes uma autonomia salvífica.
- Teocentrismo: há um exagero. CRISTO é o “melhor” meio, mas não ficaríamos sem salvação sem ELE.

- NOSSA FÉ: A fonte de toda salvação é o mistério pascal de CRISTO. Podemos distinguir dois modos de ação do
ESPIRITO SANTO:

1. Ação peculiar na Igreja.

Extra Ecclesiam nulla salus (CIC 846): Aos que a reconhecem, mas não quiserem nela entrar ou permanecer não podem
salvar-se.”

(CIC 845): A Igreja é o lugar em que a humanidade deve reencontrar sua unidade e sua salvação.

2. Ação universal nas religiões e ritos = de alguma forma, a Redenção de CRISTO, atinge também as demais religiões.
“Eis que faço nova todas as coisas.” Elas exercem certa função salvífica pois são uma certa preparação para o Evangelho.

Dinamismo no Diálogo

* Redemptoris Missio, 7 = Cada membro é chamado a praticar o diálogo.

1. Vocação para o diálogo: Leigos (vivem com pessoas de outras religiões, são sinais do Senhor e de Sua Igreja.)
Sacerdote (é homem da missão e do diálogo, pois deve anunciar a todos a salvação de CRISTO.) Religiosos (S. Teresinha,
parte estática da missão).
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2. Formação para o diálogo

Deve-se promover a formação para informar (saber de sua própria religião) e ser formado.
PP Francisco: (I) O dever da identidade, (II) coragem da alteridade e (III) sinceridade das intenções.

3. Formas do diálogo
- Da vida: O cotidiano em seus diversos momentos. É o mais básico.
- Das obras: colaboração em vista do desenvolvimento e libertação da humanidade. Pelas obras damos provas de nossa
fé.
- Intercâmbio teológico: os especialistas.
- Da Experiência humana: partilha espiritual; que é a fórmula suprema do diálogo entre os homens. O DEUS fez em
você e em mim. Deve-se ser na verdade e na caridade

Obstáculos e perigos para o diálogo


1. Uma fé escassamente enraizada; 6. Sensação de autossuficiência;
2. Conhecimento insuficiente de outras religiões; 7. Intolerância
3. Falta de entusiasmo para anunciar CRISTO;
4. Relativismo que leva ao sincretismo;
5. Irenismo: leva ao sacrifício da verdade;

As regras do diálogo

(I) Compreensão mutua e não conversão.


(II) Cada qual mantem sua identidade.
(III) Se deve evitar a oração interreligiosa, pois cada religião concebe DEUS de uma fora. Há o perigo de este tipo de
prática podem levar ao relativismo e sincretismo.

HINDUISMO
- NAE: perscrutam o mistério divino mediante mitos e sutis filosofias em resposta as vicissitudes humanas tendo como
remédio o ascetismo, profunda meditação e refugio amoroso em DEUS.
- ACENO: A Índia foi evangelizada por São Tomé. A partir da chegada de S. Francisco Xavier em Goa, deu-se início ao
diálogo-inter. O nome Hinduísmo foi dado pelos ingleses em meados de 1800 (rio).
- VERDADE: “Sanatam Dharma” = verdade eterna. Está unido ao Karma (reencarnação ligada às obras) para se alcançar
o ser supremo = autorrealização divina, pois cada um encontra esta verdade dentro de si.
- PONTOS DOUTRINAIS: os dogmas são substituídos por disposições cotidianas = libertação total. É mais um modo de
vida do que religião.
- ESCRITURAS: Vedas ; CASTAS: 5 ; DIVINDADES : Brahman.

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