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ESBOÇOS DO SERMONÁRIO DE MARTINHO LUTERO SEMBLANO DISPONÍVEIS EM

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@martinholutero

As lágrimas são
salgadas
Sete homens que choraram
https://youtu.be/TKfCf7dduzw

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão” (Sl 126.5).

Introdução

• “Os homens de verdade não choram”.


• Dentre os muitos ditados populares, talvez este esteja entre os mais
antagônicos à realidade.
• Provavelmente criado por homens orgulhoso ou que escondiam bem os seus
sentimentos (por despropositado orgulho), ninguém pode conter as lágrimas,
sejam as externas ou as internas. Não adianta fingir e dizer que não entente:
todos sabem que as lágrimas são salgadas.
• Nesta pregação, vamos analisar sete verdadeiros homens que, sim, choraram,
vertendo as salgadas lágrimas, sob as quais nos uniremos e aprenderemos o
que nos ensina a Palavra de Deus.

Estudos completamente liberados para pregadores. Complemente-o e aprofunde-o através do estudo dedicado dias antes da pregação.
Sugerimos que assista ao vídeo desta mensagem clicando no link mencionado na primeira página deste esboço (ou pelo QR).
Os textos bíblicos se encontram na versão NAA (3ª edição da Almeida Revista e Atualizada). Pg. 1
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Sete homens que choraram

Jesus

• A Bíblia registra três ocasiões nas quais Jesus chorou. Em uma das
oportunidades, Jesus chorou ao ver Jerusalém, que o acolheria com salvas e
sob ramos, em sua entrada triunfal, mas logo depois gritariam “solte
Barrabás!”, a qual seria, poucos anos depois, destruída, sob o juízo divino (Lc
19.41-42), e no jardim do Getsêmani, ocasião em que, tamanho o seu
sofrimento, suou gotas de sangue (Lc 22.39-45).
• Mas aqui quero registrar o sentimento de Jesus ao saber da morte de seu amigo,
Lázaro:

“Quando Maria chegou ao lugar onde Jesus estava, ao vê-lo, lançou-se aos
seus pés, dizendo:
— Se o Senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido.
Quando Jesus viu que ela chorava, e que os judeus que a acompanhavam
também choravam, agitou-se no espírito e se comoveu. E perguntou:
— Onde vocês o puseram?
Eles responderam:
— Senhor, venha ver!
Jesus chorou. Então os judeus disseram:
— Vejam o quanto ele o amava.” (Jo 11.32-36).

o Jesus chorou ao ver a angústia e tristeza daquela família que amava, e


que ali chorava a morte de Lázaro. Jesus sofre ao ver nosso sofrimento.
E, naquele local, a ressurreição de Lázaro acende a nossa certeza do
consolo divino em que o mesmo fará por nós, dando-nos vida eterna,
ao invés de pranto e choro.

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Paulo

“De Mileto, Paulo enviou uma mensagem a Éfeso, pedindo aos presbíteros da
igreja que se encontrassem com ele. E, quando chegaram, Paulo lhes disse:
— Vocês sabem como me conduzi entre vocês em todo o tempo, desde o
primeiro dia em que entrei na província da Ásia, servindo o Senhor com toda
a humildade, com lágrimas e com as provações que me sobrevieram pelas
ciladas dos judeus. Vocês sabem que jamais deixei de anunciar o que fosse
proveitoso e de ensinar isso a vocês publicamente e também de casa em casa...
Porque lhes escrevi no meio de muitos sofrimentos e angústia de coração,
com muitas lágrimas, não para que vocês ficassem tristes, mas para que
soubessem do amor que tenho por você” (At 20.17-20; 2Co 2.4).

o As lágrimas daqueles que não deixam de servir aos seus irmãos, mesmo
que estejam sofrendo por algo naquele momento.
o Lágrimas da igreja que ama e não para a sua caminhada.

Davi

“Tem compaixão de mim, SENHOR, porque eu me sinto debilitado; sara-me,


SENHOR, porque os meus ossos estão abalados.... Estou cansado de tanto
gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago.
De tristeza os meus olhos se consomem, envelhecem por causa de todos os
meus adversários. Afastem-se de mim, todos vocês que praticam a iniquidade,
porque o SENHOR ouviu a voz do meu lamento” (Sl 6.2,6-8).

o O choro diante do Senhor, por causa da dor da enfermidade causada


pelas adversidades impetradas pelos inimigos.

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o A confissão do salmista de que “nadava em seu leito”, tamanha a


quantidade de lágrimas. Um coração sincero, de um homem que amava
a Deus, mas sofria adversidades.

“Já agora a minha testemunha está no céu, e nas alturas se encontra quem
advoga a minha causa. Os meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos
se desfazem em lágrimas diante de Deus” (Jó 16.19-20).

o Lágrimas diante do sofrimento (ainda que com a confiança de que sua


luta estava sob o controle de Deus), mesmo com os seus amigos
zombando dele por causa de sua firmeza diante dos problemas.
o Lágrimas da dor da perda e da humilhação.

Jeremias

“Mas, se vocês não quiserem ouvir, eu chorarei em segredo por causa do


orgulho de vocês. Chorarei amargamente e os meus olhos se desfarão em
lágrimas, porque o rebanho do SENHOR foi levado cativo... Com lágrimas se
consumiram os meus olhos, a minha alma se agita; o meu coração se
derramou de angústia por causa da calamidade da filha do meu povo, porque
crianças e bebês desmaiam pelas ruas da cidade” (Jr 13.17; Lm 2.11).

o Lágrimas por causa da insensibilidade espiritual do povo e sua total


indiferença diante do juízo divino, assim como o testemunho do
mesmo.

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Esaú

“Esaú disse a seu pai:


— Será que o senhor, meu pai, tem somente uma bênção? Abençoe também a
mim, meu pai.
E, levantando Esaú a voz, chorou” (Gn 27.38).

o O choro de ser traído por seu próprio irmão, Jacó, que enganou seu
próprio pai para obter a bênção que seria dedicada a ele.

José

“Quando José levantou os olhos, viu Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe,
e disse:
— É este o irmão mais novo de vocês, de quem me falaram?
E acrescentou:
— Deus lhe conceda a sua graça, meu filho.
José, profundamente emocionado por causa do seu irmão, apressou-se e
procurou um lugar onde chorar. Entrou no quarto e ali chorou. Depois,
lavou o rosto e saiu; conteve-se e disse:
— Sirvam a refeição” (Gn 43.29-31).

“Jacó enviou Judá adiante de si a José para que soubesse encaminhá-lo a


Gósen. E chegaram à terra de Gósen. Então José aprontou a sua carruagem
e foi ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen. Apresentou-se, lançou-se ao
pescoço do pai e chorou assim longo tempo” (Gn 46.28-29).

o Trata-se tanto do choro da tristeza pela traição de seus irmãos, mas


também o choro da saudade, do tempo perdido, do tempo não
aproveitado com seu pai e com o irmão que não conhecera.

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Conclusão

“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5).

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