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Apresentação

A década de 90 ficou conhecida no meio evangélico como sendo a


“década da colheita”
colheita”. A ordem era levantar os olhos e ver as terras
brancas para a ceifa (João 4.35). Desde então muita coisa foi feita.
Missionários foram enviados ao campo a fim de propagar as boas
novas do evangelho da graça de Deus. Estes por sua vez abandonaram
famílias, lares, empregos, estudos, etc, com a finalidade de que o nome
de Jesus se elevasse principalmente entre os povos pagãos.
Entretanto, ainda há muito que se fazer. A realidade atual assusta.
Centenas de nações desconhecem o Jesus da Bíblia. Nada sabem sobre
o Cristo que andou pelas estradas empoeiradas da galiléia. Nada
conhecem sobre o seu amor revelado à pecadora arrependida, ao cego
de Jericó, a Zaqueu o publicano e muito menos sobre a sua morte e
ressurreição. Estão cegos quanto ao juízo eterno, e desprovidos de
qualquer esperança relacionada ao porvir.
Diante deste quadro, e esperando amenizar os efeitos desta
realidade, lançamos na revista da Escola Bíblica Dominical,
“Crescimento Bíblico”, o tema: “Missões: Os desaf ios da Ig
desafios Igrreja frente
frente
ao século XXI”. Certamente nos inquietará desafiando a autenticidade
de nosso cristianismo.
Esperamos que neste trimestre você se aplique não apenas a
conhecer a vontade de Deus quanto à evangelização das nações, povos,
línguas, raças e famílias da terra, mas que também prove de forma
permanente o sentimento que ocupa lugar no coração divino: o
sentimento de amor e paixão pelas almas dos filhos dos homens.
“Que Deus te abençoe querido irmão”

Arnaldo Ribeir
Arnaldo o Dias F
Ribeiro ilho
Filho
MinistrodeMissões
MISSÕES: “OS DESAFIOS DA IGREJA FRENTE AO
SÉCULO XXI”
Lição 01 Ouvir o clamor do inferno
Sumário
Lição 02 Ouvir o clamor da terra
Lição 03 Ouvir o clamor do céu
Lição 04 Paixão pelas Almas
Lição 05 Priorização do reino de Deus
Lição 06 Cada crente um doador da graça
Lição 07 Cada crente um mantenedor
Lição 08 Cada crente um intercessor
Lição 09 Cada crente um missionário
Lição 10 Cada crente um agente multiplicador
Lição 11 Dependência do Espírito Santo
Lição 12 Responsabilidade pessoal
Lição 13 Resumo das 12 lições (Recapitulação)

COMENTÁRIO
Nilma Leite Nogueira (Presidente Depart. Feminino)
Ana Lúcia de Souza Almeida (Ministra de Música)
Arnaldo Ribeiro Dias Filho (Ministro de Missões)
Kleber Paulo Santana (Ministro de Ed.Cristã)
Luciano da Silva Menezes (Coord. da EBD)
Eliude Fernandes Silva Félix (Seminarista)
Elaine José Alves (Coordenadora de Artes)
Nilton Félix Batista (Coord. da EBD)

EDITORAÇÃO
Kleber Paulo Santana

SUPERVISÃO
Natanael Nogueira de Sousa
(Pastor Presidente)

A Nossa Revista Bíblica BÍBLIA (Edição Revista e Corrigida)


Dominical

Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do Setor


Oeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF
OUVIR O CLAMOR DO INFERNO
Versículo Chave
E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia
de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta
do seu dedo e me refresque a língua, porque estou
atormentado nesta chama
(Lucas 16.24)

Lição 01 - 04 de janeiro de 2004


Objetivos da Lição

• Mostrar a terrível situação dos que morreram sem Cristo;


• Comprovar, bíblicamente, a realidade deste fato;
• Desafiar a igreja à uma tomada de posição diante desta situação.

Culto Familiar
Segunda – (Isaías 6.1-5) – O clamor do pecador Despertado
Terça – (Atos 16.27-31) – O clamor do pecador desesperado
Quarta – (Lucas 15.17-19) – O clamor do pecador arrependido
Quinta – (Romanos 7.18-24) – O clamor do pecador consciente
Sexta – (Atos 2.37,38) – O clamor do pecador compungido
Sábado – (Lucas 16.19-31) – O clamor do pecador perdido

SUGESTÃO DE HINOS - 011 - 355 - 430 (Harpa Cristã)

LUCAS 16.19-31

19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho


finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
20 - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia
cheio de chagas à porta daquele.
21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do
Crescimento Bíblico - 4
rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para
o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao
longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e
manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a
língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus
bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e
tu, atormentado.
26 - E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de
sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem
tampouco os de lá, passar para cá.
27 - E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
28 - pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de
que não venham também para este lugar de tormento.
29 - Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30 - E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos
fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
31 - Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas,
tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

INTRODUÇÃO

A
prouve a Deus um estudo temático neste trimestre voltado para a
área de missões. Esperamos que nesta série de 13 lições sejamos
desafiados quanto às necessidades da obra missionária no presente
século. Nosso desejo é nos confrontar com a realidade de um mundo sem
Deus e o que podemos fazer diante desta realidade. São doze desafios
que passam pelo céu, terra e inferno. Vamos começar pelo primeiro desafio.
Portanto prepare os seus ouvidos e ouça o clamor do inferno.

I – NO INFERNO HÁ UM CLAMOR PESSOAL

“E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim...” (v 24)
Embora o inferno seja um lugar onde não há espaços para
arrependimento, nos é mostrado através desta parábola o clamor insistente
Crescimento Bíblico - 5
de um homem perdido. Em uma atitude desesperada ele clama aos céus
em favor de si mesmo e de outros. O seu clamor pessoal abrange dois
aspectos: Misericórdia e alívio. Vejamos cada um deles.

1. Um clamor por misericórdia: “tem misericórdia de mim” (v


24b) - O homem no Hades pede clemência. Solicita compaixão. Ele roga
aos céus baseado em um vínculo familiar com Abraão a quem chama de
pai. O fato de ser descendente de Abraão não lhe outorga o direito ao
paraíso. A filiação só pode ser validada se o descendente viver em atitude
de fé como viveu Abraão o pai da fé. O clamor por misericórdia é rejeitado.
O nosso desafio consiste no fato de que apesar de não podermos ouvir a
prece deste perdido ouçamos o clamor do inferno. O clamor que diz que
a morte eterna é irremediável. Que quem lá chega de lá nunca sai. Que o
inferno é um caminho sem volta. Um lugar cuja passagem é apenas de
ida. Como podemos permanecer indiferentes diante deste clamor? Como
podemos olhar para os perdidos e não sentir compaixão? A Bíblia diz:
“Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados
para a matança, se os puderes retirar” (Pv 24.11).

2. Um clamor por alívio: “manda a Lázaro que molhe na água a


ponta do seu dedo e me refresque a língua” (v 24c) - O segundo pedido
pessoal do homem é por alívio. Em tormento ele sente a dor proveniente
de chamas que nunca se apagam. O moribundo espera refrescar-se a fim
de tomar um pouco de alento. O alento lhe é negado. Deus não concede
alívio a quem alívio não deu. O alívio só é possível na vida presente. A
igreja não pode aliviar o sofrimento daqueles que se encontram no inferno,
mas pode evitar que perdidos para lá se destinem apontando-lhes o
caminho para o céu. Não podemos ficar surdos diante deste clamor. Se
não há esperança para os que já se foram, todavia há para os estão diante
de nós. Cumpri-nos o dever de proporcionar alívio aos atormentados de
espírito enquanto estamos no dia chamado hoje.
a) O destino do homem é traçado nesta vida: “lembra-te de que
recebeste os teus bens em tua vida” (v 25) - Diante do clamor pessoal do
homem perdido respostas lhe são dadas. A resposta, é que não há respostas.
É-lhe mostrado que o destino eterno do homem é traçado enquanto em vida.
Vivo, o homem pode ser alcançado pela misericórdia divina. Uma vez morto
segue-se o juízo, restando tão somente a aplicação da pena. O rico foi para o
inferno não por falta de oportunidades, mas por recusa-las. A graça divina é
abundante, mas só podemos desfrutar dela para obtermos salvação no
Crescimento Bíblico - 6
momento presente. Morrendo o homem em seus delitos e pecados cessa-se
o efeito da graça. Não há mais como recupera-lo e redimi-lo.

b) Há um abismo de separação que impossibilita qualquer mudança


de lugar: “E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e
vós” (v 26) - A segunda resposta dada ao rico em razão de seu apelo
pessoal diz respeito à barreira de separação existente entre o inferno e o
paraíso. É-lhe dito que tal barreira é intransponível não havendo qualquer
possibilidade de mudança. O fio de esperança em que ele se agarra se desfaz.
Não há esperanças. Absorver tais palavras causa-lhe maior tormento. Abraão
a quem ele chama de pai nada pode fazer. Sua situação é irreversível. Ele
negou-se andar pelo caminho que conduz à vida. Agora é atormentado
pela morte eterna. O desafio maior da Igreja diante deste quadro é mostrar
a direção àqueles que ainda não morreram embora mortos estejam para
Deus. Se a igreja não apontar o caminho agora não poderá faze-lo depois.

II – NO INFERNO HÁ UM CLAMOR POR TERCEIROS


“Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai” (v 27) - Não
havendo respostas para o clamor pessoal o rico intercede por terceiros.
Dois pedidos ele faz: Clama por uma testemunha e pela família. Vejamos:

1. Clamando por uma testemunha: “Não, Abraão, meu pai; mas,


se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam” (v 30) - O
rico pede um milagre. Que lázaro ressuscite a fim de testemunhar aos seus.
O parecer lhe é desfavorável. Se fosse necessário a ressurreição de mortos
para testemunhar da salvação, aos vivos se dispensaria tal ofício. Não
obstante aos verdadeiramente vivos cumpre tal responsabilidade. Se a igreja
não o fizer, ninguém mais o fará. A obra da evangelização é de exclusividade
da igreja. Nenhuma instituição por melhor que seja poderá requere-la. O
homem clamou, mas os céus indeferiu o pedido. No entanto nos é dito que
se rogarmos ao Senhor da seara ele enviará ceifeiros para a seara.

2. Clamando pela família: “pois tenho cinco irmãos, para que lhes
dê testemunho” (v 28) - Não havendo esperanças para si, o rico clama
pelos de sua casa. Sua intercessão é rejeitada sem demora. No inferno não
há respostas às orações nem mesmo quando em favor de outros. O
eternamente perdido é de uma indignidade tão grande que a súplica não lhe
cabe bem. Somente na terra os ouvidos de Deus se abrem à prece por
terceiros. Na terra a intercessão é um mandamento, no inferno é uma
Crescimento Bíblico - 7
abominação. As portas da graça estão abertas à intercessão da igreja em
favor dos perdidos daqui. Quanto aos perdidos de lá tais portas jamais se
abrirão.

a) A lei de Deus fala por si só: “Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés”
(v 29a) - Após interceder pelos seus lhe sobrevêm a resposta. Abraão chama
a atenção do rico para aquilo que ele mais desprezou na terra: A lei mosaica.
“Eles têm Moisés”, diz-lhe Abraão. O rico pede a ressurreição de um
fisicamente morto, mas lhe é mostrado algo espiritualmente vivo: A Bíblia
(Velho Testamento). Ouçam-na é o clamor do patriarca. A Igreja não pode
fazer-se de surda diante deste clamor. Se é preciso ouvir as escrituras,
alguém precisa soa-la diante dos homens. Romanos 10.14 diz: “Como,
pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele
de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”

b) Os profetas são reforço ao testemunho da lei: “Eles têm os Profetas;


ouçam-nos” (v 29b) - Abraão não faz referência somente à lei mosaica. Ele
também aponta para os mensageiros de Deus: os profetas. O rico recusou o
testemunho tanto de um como do outro e agora testemunha a sua própria sina.
Ao apontar para Moisés, Abraão faz referência à lei, ao apontar para os profetas
à qualquer um que tem o “assim diz o Senhor”. Sabemos o que Deus diz e é
nosso dever proclamar as boas novas aos perdidos sem Deus. Se não
proclamarmos agora não haverá como proclamar depois. É agora ou nunca.
Não é somente o rico que clama, Abraão também clama. Quando ele
diz “ouçam-nos”, significa que há a quem possa se ouvir. Eu e você
estamos inseridos neste contexto.

CONCLUSÃO
Ouvir o clamor do inferno é um verdadeiro desafio. Milhares de
perdidos que rangem os dentes sem cessar na esperança frustrada de se
verem livres de um tormento sem fim. Clamando por toda a eternidade
não há quem possa ouvi-los. Ao ouvir tais apelos nossos corações devem
mover-se na direção daqueles cujas vidas ainda resta esperança. Ouçamos,
portanto, o clamor do inferno para que por todos os meios possamos
salvar os que clamam na terra. Que Deus em Cristo nos abençoe.
• “Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” (Pv
23.14). Este texto pode ser o teu lema?
• O que estás fazendo por aqueles cujas vidas ainda resta esperança?
• Você se sentiu sensibilizado a investir mais na obra missionária?
OUVIR O CLAMOR DA TERRA

Versículo Chave
E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava
um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo:
Passa à Macedônia e ajuda-nos!
(Atos 16.9)

Lição 02 - 11 de janeiro de 2004


Objetivos da Lição
• Mostrar, de acordo com a Bíblia, a condição espiritual dos povos;
• Esclarecer que as necessidades espirituais dos homens escravizados
pelo pecado, só pedem ser preenchidas pela igreja;
• Desafiar os alunos a reagirem predispondo-se para o serviço.

Culto Familiar
Segunda – (Romanos 8.18-24) – Clamor por redenção
Terça – (Atos 8.26-31) – Clamor por conhecimento da Palavra de Deus
Quarta – (João 4.1-26) – Clamor por salvação
Quinta – (Marcos 5.1-20) – Clamor por libertação
Sexta – (Marcos 7.24-37) – Clamor por auxílio divino
Sábado – (Atos 16.6-10) – Clamor por ajuda

SUGESTÃO DE HINOS - 127 - 256 - 634 (Harpa Cristã)

ATOS 16.6-10
6 - E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos
pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.
7 - E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o
Espírito de Jesus não lho permitiu.
8 - E, tendo passado por Mísia, desceram a Trôade.
Crescimento Bíblico - 9
9 - E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão
da Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!
10 - E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia,
concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.

INTRODUÇÃO

A
palavra “ouvir” usada no tema desta lição, tem bem mais
implicações do que o simples fato do som entrar por nosso
canal auditivo. Ouvir o clamor da terra implica em envolvimento e
compromisso com o que esse clamor representa. Esta lição objetiva, portanto,
esclarecer quais os três passos indispensáveis para se ouvir o clamor da terra.
I – IMPLICA EM IDENTIFICAR A CONDIÇÃO
ESPIRITUAL DOS POVOS
O clamor da terra só fará algum sentido para nós se conhecermos a
situação espiritual da humanidade. A Bíblia diz que “o mundo jaz no
maligno”. A conseqüência dessa verdade é que a humanidade vive sob
constante influência do mal, o que gera escravidão e morte espiritual.

1. Estão escravizados no pecado - Todos os problemas da humanidade


são decorrentes de um único problema, o pecado. A Palavra de Deus
afirma que “... todos estão debaixo do pecado” (Rm 3.9b). O homem,
portanto, não anda de acordo com sua própria vontade, mas, faz a vontade
da carne e dos pensamentos (Ef 2.3). Satanás tem obscurecido sua mente,
o que lhe facilita o controle de suas ações.

2. Estão afastados da presença de Deus - “Porque todos pecaram


e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23) - A atuação do pecado
no mundo contaminando todos os homens afastou-os da presença de
Deus. O criador não pode compactuar com o mal e a iniqüidade crescente
no meio de suas criaturas, por isso, ergue-se entre eles um muro de
separação. Isto significa que, além de escravos do pecado o homem
encontra-se agora num estado de morte espiritual.
II – IMPLICA EM COMPREENDER A
NECESSIDADE DOS POVOS
A situação espiritual da humanidade gera necessidades espirituais. A
perfeita compreensão dessas necessidades é o 2º passo para “ouvir o
Crescimento Bíblico - 10
clamor da terra”, vejamos:

1. Necessidade de liberdade - A principal necessidade de um escravo é a


liberdade, porém nenhum deles pode se autolibertar. Através de seus próprios
esforços ou atitudes meritórias, o homem não pode romper as cadeias com
as quais o pecado o aprisionou. Quebrar essas cadeias e trazer liberdade à
humanidade só pode ser possível através de uma interferência externa. “Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres” (Jo 8.36).

2. Necessidade de reconciliação com Deus - O homem foi criado para o


louvor da glória de Deus. O pecado não alterou esse propósito, mas privou-o
do contato direto com o seu Senhor. Tendo sido criado como um ser espiritual,
o homem está sempre em busca de algo que possa satisfazer sua sede de Deus.
O maligno procura interferir nessa busca oferecendo alternativas como o culto
aos ídolos, o esoterismo, o ocultismo e outras práticas condenáveis à luz das
escrituras, e que acabam por afastar ainda mais a criatura do seu Criador.
III – IMPLICA EM RESPONDER A SUPLICA DOS POVOS
“E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia...”
(At 16.10b) - Conhecida a situação espiritual e identificada a necessidade dos
povos entramos no terceiro passo para se ouvir o clamor da terra, ou seja: a
ação propriamente dita. A resposta de Paulo aos macedônios, dá-nos o exemplo
de que o atendimento à súplica dos homens é a principal responsabilidade da
igreja. Porém, como os cristãos podem responder a esta súplica?

1. Predispondo-se para o serviço - A observação dos passos anteriores


seria inútil se a igreja se mostrasse indiferente ante o sofrimento da
humanidade. Precisamos nos conscientizar da responsabilidade que Jesus
nos confiou. Afinal, ouvir o clamor da terra é se comprometer com ela.
Predispor-se para o serviço não significa necessariamente candidatar-
se ao campo missionário, mas ser um missionário à disposição de Deus
no local onde Ele nos colocou.
2. Pregando o genuíno evangelho de Cristo - Somente a igreja pode
apresentar a solução para a humanidade e somente em Cristo o homem
pode encontrar essa solução. Ele tanto se interessou pelo problema da
humanidade que se ofereceu para soluciona-lo. Foi ao mesmo tempo o
sacerdote e a oferta, propiciando a expiação que satisfez a ira de Deus
contra o pecado. Por meio desse sacrifício, o homem obteve o pagamento
da sua liberdade e pôde ter acesso direto ao trono da graça.
Crescimento Bíblico - 11
“Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens:
Jesus Cristo, homem” (I Tm 2.5).
CONCLUSÃO
Um dos maiores desafios da igreja frente ao século XXI é sem dúvida,
ouvir o clamor da terra. A nenhuma outra organização foi confiada tamanha
responsabilidade. Não podemos permitir que os problemas do dia-a-dia
agravem nossos ouvidos e nos torne insensíveis ao sofrimento daqueles
para quem fomos chamados a socorrer.
• Na sua concepção como está a situação do povo hoje?
• Você sabia que a liberdade dos povos depende muito da sua oração?
• Você tem pregado o evangelho habitualmente?
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“JANELA 1.8/8.1” almas sem paz, sem Deus e sem
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salvação. O segundo texto mostra
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Já sabemos que a janela 10/40 é os meios que o Senhor usa para nos
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um território que se estende desde mover do comodismo e fazer
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a África Ocidental através da Ásia, missões: É a perseguição. A Igreja
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entre os graus 10 e 40 ao norte do hoje não é missionária como devia
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Equador. É onde está a maior ser, porque não há perseguição,
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concentração de pessoas não
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então sobra muito tempo para
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alcançadas pelo evangelho de Jesus. discussões, reuniões sociais e
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Quero, no entanto, falar de uma “banquetes cultuais”.
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outra “janela” proposta por Deus Em Atos 1.8: “Recebereis a
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na Bíblia, que se estende a todos os virtude do Espírito Santo, que há
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povos, línguas e nações. É claro que de vir sobre vós; e ser-me-eis
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estou usando o termo “janela” testemunhas”. Em Atos 8.1: “E
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apenas como um chamativo para a fez-se, naquele dia, uma grande
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mensagem que quero apresentar.
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perseguição contra a igreja que
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1.8 e 8.1, são, na verdade, dois estava em Jerusalém; e todos
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textos que se encontram em Atos foram dispersos...”. Se
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dos Apóstolos. O primeiro atentarmos para o versículo 4,
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demonstra a condição em que veremos o benéfico resultado
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devem estar os que pretendem levar desta perseguição: “Mas os que
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a Palavra aos perdidos em todos os andavam dispersos iam por toda
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lugares: Jerusalém, Judéia, Samaria, parte anunciando a palavra”.
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Santa Maria, Gama, Portugal Japão, Bendita “janela” 1.8/8.1.
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etc, etc. Devemos estar cheios do
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Espírito Santo, ou então, é melhor Kleber Paulo Santana
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ficar só em “Jerusalém”, e assistir Ministro de Educação Cristã
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de “camarote”, a condenação das
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OUVIR O CLAMOR DO CÉU

Versículo Chave
Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem
enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu:
eis-me aqui, envia-me a mim
(Isaias 6.8).

Lição 03 - 18 de janeiro de 2004


Objetivos da Lição
• Ensinar para a igreja, de acordo com o texto bíblico, as verdades
sobre a chamada divina;
• Mostrar de acordo com o texto, as características da mensagem profética;
• Desafiar velhos, jovens e crianças a responderem ao apelo de Deus:
“A quem enviarei?”

Culto Familiar
Segunda – (Marcos 10.46-52) – Clamando por uma visão
Terça – (1 Samuel 3.1-14) – Clamando por um obreiro
Quarta – (Jeremias 33.1-3) – Clamando por ajuda de Deus
Quinta – (Provérbios 8.17-21) – Clamando por sabedoria
Sexta – (João 1.15-23) – Clamando por arrependimento
Sábado – (Isaías 6.1-13) – Clamando por purificação

SUGESTÃO DE HINOS - 065 - 220 - 430 (Harpa Cristã)

ISAIAS 6.1-13
1 - No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado
sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.
2 - Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas
cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.
3 - E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o
Crescimento Bíblico - 13
SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
4 - E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e
a casa se encheu de fumaça.
5 - Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um
homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios;
e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos!
6 - Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa
viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7 - e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus
lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado.
8 - Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e
quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.
9 - Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não
entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
10 - Engorda o coração deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fecha-
lhe os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus
ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado.
11 - Então, disse eu: até quando, Senhor? E respondeu: Até que se
assolem as cidades, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador,
e a terra seja assolada de todo.
12 - E o SENHOR afaste dela os homens, e, no meio da terra, seja
grande o desamparo.
13 - Mas, se ainda a décima parte dela ficar, tornará a ser pastada;
como o carvalho e como a azinheira, que, depois de se desfolharem,
ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela.

INTRODUÇÃO

N
a primeira lição o desafio é ouvir o clamor do inferno. Na
segunda o da terra. O desafio de hoje é ouvir o clamor do céu.
O clamor de um Deus apaixonado por missões. De um Deus sedento
por salvar as almas dos filhos dos homens.
De acordo com o texto o clamor do céu abrange três aspectos: Primeiro
o céu clama por um enviado, depois, por uma voz profética e por último, por
um resposta. Será que estamos dispostos a ouvir? Vejamos o primeiro clamor:
I – O CÉU CLAMA POR UM ENVIADO
“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e
quem há de ir por nós?” (v. 8).
Crescimento Bíblico - 14
Deus busca alguém a quem possa enviar. Alguém que acene
positivamente ao seu chamado. Alguém que diga sim e jamais não, ao
clamor divino. Alguém que largue tudo e entre na seara. Alguém que
arrisque a própria vida para falar da vida de um Deus que concede vida.
Por estas características dá para perceber que qualquer um não serve.
Quem serve então? O texto responde. Vejamos:

1. A quem enviarei? Significa dizer que não se pode enviar


qualquer um - A Indagação não deixa margens para dúvidas. Se Deus
pergunta a quem enviarei, decorre disto que não pode ser qualquer
um. Quando Isaías disse “eis-me aqui”, uma brasa viva tirada do
altar já havia tocado sua boca e por decorrência seus lábios. Sua
iniqüidade foi tirada, e purificado o seu pecado. Só podemos ir se
espelharmos a santidade de um Deus santo que não tolera pecado. Ir
sem refletir o caráter de Deus é abominação. O missionário verdadeiro
não é o que mostra a carteirinha, mas o que mostra a vida. Vida com
Deus implica em arrependimento, confissão e regeneração. Somente
os nascidos de novo possui tais requisitos. Se você é nascido de novo
ouça então o clamor do céu e vai.

2. E quem há de ir por nós? Fala de um representante legal - Deus


clama por um enviado que o represente. Um enviado desempenha o papel
de embaixador. O embaixador não cuida senão dos negócios do governo
que o envia. Fomos chamados para representar o governo divino. Quando
questionado pelos seus pais Jesus lhes respondeu: Por que é que me
procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
(Lc 2.49). Jesus é embaixador de Deus ao passo que nós somos de Cristo
(2 Co 5.20). O embaixador é um representante legalmente constituído,
doutra sorte não teria legitimidade. Fomos constituídos para representar
Deus na terra. Para espelhar seu amor, caráter e compaixão. Somente a
Igreja possui credencial para isto. Se ela não o fizer, o trabalho não será
feito. Deus conta comigo e com você. Ouçamos o clamor do céu e nos
apresentemos como embaixadores.

II – O CÉU CLAMA POR UMA VOZ PROFÉTICA


“Então, disse ele: Vai e dize a este povo” (v 9).
Primeiro o céu clama por um enviado. Quando surge, Deus coloca em
seus lábios uma palavra profética: “Vai e dize a este povo”. A voz profética
só fala aquilo que Deus falou e tem endereço certo. Avaliemos ambos:
Crescimento Bíblico - 15
1. A voz profética fala o que Deus falou: “Então, disse ele: vai
e dize...” - A carta de Deus já está escrita. Somos portadores de uma
mensagem que já existe. Não nos cabe acrescentar nem omitir
absolutamente nada. Portanto falemos do Cristo ressurrecto, do seu
maravilhoso amor, de sua graça que não conhece limites. É disto que
a Bíblia trata. Ela fala do bálsamo que produz alívio, do caminho que
conduz ao céu e do remédio que sara as feridas da alma. Em um mundo
onde tantas vozes ressoam confundindo a criatura humana precisamos
fazer soar em alto e bom som as boas novas do evangelho. Eis o
clamor de Deus, quem o escutará?

2. A voz profética tem destino certo: “vai e dize a este povo” -


A palavra profética tem um destinatário: o povo. A expressão povo
não é um termo subjetivo. Fala de pessoas, de gente de carne e osso a
quem Deus ama. Não importa se é negro ou branco, se mora em palácio
ou casebre, se é rico ou pobre, se é do primeiro ou do terceiro mundo.
Se for povo, se for gente, se for pessoa, Deus está interessado e espera
que nos interessemos também. Significa que o clamor do céu implica
em um comprometimento com gentes de todas as raças. A Bíblia diz:
Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redargüidos
pela lei como transgressores (Tg 2.9). Não podemos excluir do reino
a quem Deus não excluiu.

III – O CÉU CLAMA POR UMA RESPOSTA


“Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim” (v 8b).
Quando Deus faz perguntas, Ele espera respostas. A quem enviarei,
e quem há de ir por nós? Ou o homem acena positiva ou
negativamente. Não há meio termo. A questão não é se vou ou não
vou responder, mas o que vou responder. Isaías responde: “eis-me
aqui, envia-me a mim”. Com isto, revela o que Deus espera de nós
na obra missionária: prontidão e disposição.

1. Eis-me aqui: Uma resposta que revela prontidão - Deus precisava


de um homem para enviar. Isaías diz: “Eu sou esse homem”. Ele revela
com isso prontidão. Prontidão é o ato ou efeito de se estar pronto. Quando
os soldados nos quartéis estão de prontidão significa que a qualquer
momento em que a corneta tocar, estarão a postos, preparados para sair.
Estarão uniformizados, armados, alerta, etc. Diante do clamor do céu a
Igreja precisa viver em estado de prontidão. Há dois mil anos atrás Deus
Crescimento Bíblico - 16
fez soar a corneta dizendo: “Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...”
(Mt 28. 19-20). A ordem já foi dada, a corneta já foi tocada. Resta saber
se estamos uniformizados, armados e alerta.

2. Envia-me a mim: Uma resposta que revela disposição - Não


basta estarmos prontos, é preciso disposição. Nos quartéis muitos soldados
embora uniformizados, armados, etc, não estão com a menor vontade de
sair em cumprimento ao chamado. Prontidão é o estado do corpo enquanto
que disposição é o estado da alma. É na alma que reside o desejo, à
vontade de se obedecer a Deus. Isaías não diz somente “eis-me aqui”
(prontidão), mas também “envia-me a mim” (disposição). Há muitos
crentes dizendo-se prontos, mas na hora do vamos ver recuam.

CONCLUSÃO

O céu clama por um enviado, por uma voz profética e por uma resposta.
Se não atendermos a este clamor quem atenderá? Se a igreja com a
totalidade de seus membros não se mostrar pronta e disposta quem se
mostrará? Quem poderá substituir a Igreja na grande missão de evangelizar
o mundo? Não há substitutos. Há coisas que os ímpios podem fazer igual
ou até melhor que os crentes, mas anunciar as boas novas do evangelho
somente os crentes poderão faze-lo. Se não fizerem, não será feito.
• Diante do clamor divino, que resposta você dará?
• Você está dizendo: Eis-me aqui, envia-me a mim ou eis-me aqui, envia
fulano de tal?
• O que você tem a dizer a “este povo”?

“Noventa e nove ovelhas, andavam longe do


meu Salvador; andavam assim desgarradas,
torturadas, gemendo de dor;
num deserto sem pasto e sem água; sem
alento, sem pai e sem pastor.”
Pastor Emiliano Alves dos Santos
PAIXÃO PELAS ALMAS
Versículo Chave
E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve
compaixão deles, porque eram como ovelhas
que não têm pastor; e começou a
ensinar-lhes muitas coisas
(Marcos 6.34)

Lição 04 - 25 de janeiro de 2004


Objetivos da Lição
• Explicar o verdadeiro sentido de “paixão pelas almas”;
• Mostrar, comprovando biblicamente, que não podemos levar almas a
Cristo, sem esta paixão;
• Desafiar os cristãos a buscarem em Deus este amor e exercitá-lo.

Culto Familiar
Segunda – (João 3.16) – O amor de Deus pela humanidade
Terça – (Lucas 19.10) – A morte de Jesus pelos pecadores
Quarta – (Êxodo 32.30-35) – O amor de Moisés pela nação
Quinta – (Romanos 9.1-5) – O amor de Paulo pelo seu povo
Sexta – (João 15.12-14) – O amor de Jesus pelos seus amigos
Sábado – (Marcos 6.34-42) – A compaixão de Jesus pela multidão

SUGESTÃO DE HINOS - 011 - 018 -355 (Harpa Cristã)

MARCOS 6.34-42

34 - E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão


deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a
ensinar-lhes muitas coisas.
35 - E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se
aproximaram dele e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já
Crescimento Bíblico - 18
muito adiantado;
36 - despede-os, para que vão aos campos e aldeias circunvizinhas e
comprem pão para si, porque não têm o que comer.
37 - Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E
eles disseram-lhe: Iremos nós e compraremos duzentos dinheiros de pão
para lhes darmos de comer?
38 - E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles,
disseram: Cinco pães e dois peixes.
39 - E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em grupos, sobre
a erva verde.
40 - E assentaram-se repartidos de cem em cem e de cinqüenta em
cinqüenta.
41 - E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos
ao céu, e abençoou, e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para
que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.
42 - E todos comeram e ficaram fartos,

INTRODUÇÃO

F
oi a paixão pelas almas que levou o missionário João Nelson Hyde
implorar a Deus com insistência: “Ó Deus, dá-me almas ou
morrerei!”. É este amor que nos impulsiona a pregar o evangelho
sem restrições.
Queremos, com a ajuda do Espírito Santo, tratar deste tema, esperando
que os nossos corações impulsionados pela graça de Deus, reajam ao
apelo do Senhor: “Ide” e, movidos de tal maneira que possamos ganhar
almas preciosas para o Reino de Deus.
A paixão pelas almas é uma obra divina implantada em nós:

I – É IMPLANTADA EM NÓS COMO UM AUXÍLIO DIVINO

Sem este auxílio não teríamos verdadeira compaixão pelas almas


perdidas, logo o evangelho não seria pregado com a devida ênfase que
merece. Imagine a presteza de uma mãe em livrar o seu filho caído em um
trilho férreo, ao ver se aproximando os pesados vagões. Assim também
agirá o crente que tem esta chama ardendo em seu coração, fará tudo que
for possível para livrar almas do fogo eterno. Assim, este amor foi
implantado em nós com os seguintes objetivos:
1. Para nos fazer ver os homens perdidos como vê o Senhor – “E
Crescimento Bíblico - 19
Jesus, saindo, viu uma grande multidão...” (v 34a) – Jesus viu não apenas
um amontoado de pessoas, ele viu indivíduos reunidos formando uma grande
multidão. Ali, aos olhos do Senhor, estavam pessoas aflitas, sufocadas e
perdidas. Sem esta visão não podemos ganhar almas. Onde estão fixos os
nossos olhos? Os discípulos de Jesus estavam deslumbrados com a beleza
do mar e da praia, Jesus, no entanto, viu a multidão desesperada.
“O Senhor não vê como vê o homem”, e conhece bem o que há no
homem. É desta visão que carecemos e não podemos perde-la para não
sermos desobedientes à visão celestial (At 26.19).

2. Para nos fazer condoer dos homens perdidos como faz o Senhor
– “...e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm
pastor” (v 34b) – Jesus viu pessoas em terrível estado de inimizade para
com Deus; seres enfermos e mortos no pecado. Corações obstinados e
mentes doentias, pessoas prontas para crucificar o Filho de Deus. No
entanto, não julgou e nem condenou, apenas compadeceu. Somente com
este sentimento podemos ganhar almas. Devemos nos lembrar que também
já fomos “multidão como ovelhas que não têm pastor”. Como bem se
expressou o missionário David Livingstone: “A graça gratuita de Deus
produziu em mim um sentimento de grande amor e de profunda
gratidão para com aquele que nos resgatou com seu sangue. Sua
misericórdia exerceu influência em minha vida inteira”.

3. Para nos levar a dar o que recebemos do Senhor – “...e começou


a ensinar-lhes muitas coisas” (v 34c) – “De graça recebestes de graça
daí”. O Senhor tem poder para curar, para multiplicar pães, para libertar
da opressão, no entanto, sua preocupação inicial foi com a instrução pela
palavra. O alimento celestial em primeiro lugar. Quem se compadece
entrega a mensagem de Deus as almas famintas.

II – É IMPLANTADA EM NÓS COMO ESTÍMULO DIVINO


Somos estimulados pelo amor de Deus que foi derramado em nós, a
realizar a obra missionária das várias maneiras disponibilizadas a nós:
Indo, contribuindo, intercedendo, etc. É a atuação deste estímulo que:

1. Elimina toda atitude egoísta – “...despede-os, para que vão aos


campos e aldeias circunvizinhas e comprem pão para si, porque não
têm o que comer” (v 36) - Os seguidores de Jesus estavam tomados
pelo desânimo, pela indiferença, pelo comodismo e egoísmo. Imagine se
Crescimento Bíblico - 20
a igreja tivesse como única resposta alternativa para o mundo nas trevas o
“Vão e procurem vocês mesmos alimento”. Como encontrariam vida no
meio dos mortos? (Lc 24.5). Como poderia “se virar”, uma geração paralisada
pelo pecado que não tem quem lhe ajude a receber a bênção? (Jo 5.7).

2. Implementa práticas altruístas – “Ele, porém, respondendo,


lhes disse: Dai-lhes vós de comer” (v 37) – Somente a Igreja tem a
resposta para o homem sem esperança. Os políticos podem ajudar a
resolver os problemas sociais; a medicina pode curar muitas doenças; a
polícia pode dar uma certa segurança; mas somente a Igreja pode dar
“pão celestial aos famintos”. Se cruzarmos os braços para não atender
a esta ordenança divina, o mundo não poderá ser salvo. Não foi aos seres
celestiais que ordenou mas a nós, o seu povo: “Dai-lhes vós de comer”.

3. Torna suficiente o pouco que somos e que temos quando


ofertamos a Deus - “E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver.
E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes” (v 38) – Pouco
alimento não? Levando em conta a grande multidão de homens, mulheres
e crianças, “que é isto para tantos?” (Jo 6.9) No entanto, era o que
faltava para o Senhor alimentar a multidão. A oferta que levarmos a Deus,
pequena ou grande, será multiplicada milhares de vezes, se necessário
for, para atender a obra missionária. Uma vez que a matemática não
permite multiplicar “zero”, precisamos levar o pouco que temos ao
Senhor, ainda que seja “todo o nosso sustento” (Mc 12.44).
Veja que na seqüência o Senhor: a) Abençoou. Multiplicou até ser
suficiente para todos; b) Repartiu. Este é o segredo da multiplicação, o
compartilhamento; c) Deu. A bênção de Deus está sobre a vida dos que
têm um coração generoso. “Daí e ser-vos-á dado”. Com apenas cinco
pães e dois peixes, Jesus alimentou milhares de pessoas, e “todos
comeram e ficaram fartos” (vv 41,42).

CONCLUSÃO
Sem este sentimento, não podemos e nem devemos tentar ganhar almas
para o Reino de Deus. Um coração “apaixonado” pelos perdidos, nunca
cessará de falar, de contribuir, de orar, de instigar. Seu coração missionário
não descansará, enquanto não ver o “filho pródigo” retornar.
• Você consegue ver a “multidão” com os olhos de Jesus?
• Consegue sentir compaixão pelo seu estado desgarrado?
• O que tem doado e o que tem feito pelas almas?
PRIORIZAÇÃO DO REINO
DE DEUS
Versículo Chave
Buscai, antes, o Reino de Deus, e todas essas coisas
vos serão acrescentadas (Lucas 12.31)

Lição 05 - 01 de fevereiro de 2004


Objetivos da Lição
• Mostrar o que é priorizar o reino de Deus;
• Ensinar que esta priorização envolve total renúncia;
• Desafiar cada aluno a empenhar-se na tarefa de fazer discípulos de
todos os povos.

Culto Familiar
Segunda – (Mateus 6.24) – O Reino primeiro que as riquezas
Terça – (Mateus 6.25-34) – O Reino, motivo de preocupação
Quarta – (Lucas 9.57-62) – O Reino, motivo de renúncia
Quinta – (Mateus 21.28-32) – O Reino de Deus implica em obediência
Sexta – (Mateus 25.1-13) – O Reino de Deus deve ser aguardado
Sábado – (Lucas 12.13-31) – O Reino em primeiro lugar

SUGESTÃO DE HINOS - 115 - 224 - 515 (Harpa Cristã)

LUCAS 12.13-31
13 - E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta
comigo a herança.
14 - Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou
repartidor entre vós?
15 - E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a
Crescimento Bíblico - 22
vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
16 - E propôs-lhes uma parábola, dizendo: a herdade de um homem
rico tinha produzido com abundância.
17 - E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde
recolher os meus frutos.
18 - E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros
maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
19 - e direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para
muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
20 - Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o
que tens preparado para quem será?
21 - Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.
22 - E disse aos seus discípulos: Portanto, vos digo: não estejais
apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre
o que vestireis.
23 - Mais é a vida do que o sustento, e o corpo, mais do que as vestes.
24 - Considerai os corvos, que nem semeiam, nem segam, nem têm despensa
nem celeiro, e Deus os alimenta; quanto mais valeis vós do que as aves?
25 - E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura?
26 - Pois, se nem ainda podeis as coisas mínimas, por que estais ansiosos
pelas outras?
27 - Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem
fiam; e digo-vos que nem ainda Salomão, em toda a sua glória, se vestiu
como um deles.
28 - E, se Deus assim veste a erva, que hoje está no campo e amanhã
é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pequena fé?
29 - Não pergunteis, pois, que haveis de comer ou que haveis de beber,
e não andeis inquietos.
30 - Porque os gentios do mundo buscam todas essas coisas; mas
vosso Pai sabe que necessitais delas.
31 - Buscai, antes, o Reino de Deus, e todas essas coisas vos serão
acrescentadas.

INTRODUÇÃO

P
riorizar é elevar em mais alto grau de importância, é empregar
maior força, mais tempo, mais vontade, mais de tudo o que
temos ou do que somos para alcançar um alvo, um objetivo, uma
meta. O que é prioridade para Deus, na era da graça, senão que o seu
Crescimento Bíblico - 23
reino seja estabelecido em nossas vidas? A Igreja do Senhor é o território
sobre o qual Ele reina. A priorização do Reino é um desafio missionário
no mundo atual, pois não há motivo maior para a Igreja do que levar a
sério a grande comissão (Mc 16.15). Vejamos aqui três ações
especialmente relacionadas com missões, que nos conduzem à
priorização do Reino:

I - EMPENHAR-SE EM FAZER A VONTADE DO PAI

A vontade de Deus é que todos sejam salvos, que todos sigam o


caminho, e a verdade, e a vida, Jesus Cristo (1 Tm 2.4). Mas se isto é
tarefa muito difícil para nós, empenhemo-nos em alcançarmos de todas
as nações um povo para o seu Nome (At 15.14). De que modo devemos
nos empenhar:

1. Vivendo como filhos abnegados - Será impossível darmos um


passo em direção às nações senão conseguirmos, antes, nos
desprendermos dos bens materiais. Enquanto pensamos em aumentar o
“bolo”, jamais seremos capazes de dividi-lo (Ec 5.13; Is 43.23). Não
viva para trabalhar, ajuntar ou enriquecer, mas trabalhe para viver, dividir
e abençoar (Pv 11.24). Trabalhe pensando em cumprir a grande
comissão. A quem sirvais a Deus ou às riquezas? (Lc 16.13) Jesus é o
nosso melhor exemplo de abnegação!

2. Cooperando na extensão do Reino - Desde o momento que fomos


chamados para a salvação, até estarmos face a face com o Senhor devemos
fazer progredir, ampliar, ramificar a sua igreja, pois este é o tempo de
Deus para os gentios. Alguns julgam suficiente a sua própria salvação,
mas fomos chamados para servir, trabalhar para Cristo: evangelizando,
contribuindo, orando. Ele nos deixou a missão de abençoarmos outras
vidas, outras famílias, outros povos. Sê tu uma bênção cooperando para
que o evangelho de Cristo seja pregado (Gn 22.18; Zc 8.13).

II - MANTER A FÉ ABUNDANTE
Quão grandiosa é a missão de evangelizarmos o mundo. É maravilhosa
demais para atingirmos só por esforço próprio. Quanto maior a obra,
maior deve ser a nossa fé. Temos que levar as boas novas até os confins
da Terra. Depositemos a nossa confiança em Deus, pois, pela fé, isto é
possível em nossa geração (Ef 6.16; Jo 6.28-29).
Crescimento Bíblico - 24
1. Diante dos obstáculos visíveis - Citemos alguns: 1) Econômico -
queda da renda familiar, variação cambial (dólar), desemprego, alta dos
impostos e taxas públicas, globalização, etc; 2) Sociais - regimes ditatoriais,
segregacionistas e anti-proselitistas (não permite a conversão), as guerras,
doenças, as diferenças culturais, fome, etc. Sabemos que a situação mundial
não melhorará, antes, ficará pior. Mas o nosso desejo é igual ao do Pai,
de levarmos o evangelho aonde Cristo não foi anunciado. Nós temos o
escudo da fé, então vamos em frente marchando para a batalha (Ef 6.16).
Martinho Lutero orava: “... estou pronto a dar, como um cordeiro, a
minha vida” (Heróis da Fé - CPAD - pp. 24).

2. Diante dos obstáculos invisíveis - Citemos alguns: 1) pessoais -


preconceito, egoísmo, medo, etc.; 2) Espirituais - principados e
potestades, “demora” divina, pequena fé, etc. Deus é o dono da obra e
não nós. Se Ele diz pregai em “nínive”, então obedeçamos e avancemos
por fé. Em Cristo temos autoridade para rompermos obstáculos,
entretanto, devemos aguardar com confiança, e a resposta virá em seu
tempo dentro da vontade do Pai (Dn 10.12-13).

III - AVANÇAR ATÉ QUE VENHA O FIM


Assim, como foi João Batista, a Igreja é, nesta era, a voz de Deus
que clama no “deserto”, o mundo. Ele pregava: “... Arrependei-vos,
porque é chegado o reino dos céus” (Mt 3.2). Esta deve ser, também,
a ênfase da nossa pregação: “... O tempo está cumprido, e o reino de
Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho” (Mc
1.15). Com esta mensagem devemos avançar!

1. Onde não há fundamento - Isto não quer dizer onde não há igreja,
e sim, onde não há o próprio Cristo. Sabemos de povos em nossa geração,
que jamais ouviram as Boas Novas e outros que já ouviram, mas que não
possuem um nativo se quer convertido ao Evangelho de Cristo. Os países
muitas vezes são constituídos por uma diversidade de povos com cultura
e língua próprias. Avancemos, pois em direção a esses povos.
Vejamos a lista de povos não-alcançados: - bloco muçulmano: 4000
povos; bloco hindu: 2000 povos; - bloco budista: 1000 povos; - grupos
tribais: 3000 povos; - chineses: 1000 povos. Perfazendo um total de 2,3
bilhões de pessoas aproximadamente.
Povos não-alcançados são grupo humano (povo) dentro do qual não
existe uma comunidade nativa, de crentes em Cristo com números ou
Crescimento Bíblico - 25
recursos suficientes, para evangelizar seu próprio grupo sem a ajuda de
missionários transculturais. Às vezes são chamados de “povos
escondidos” porque tradicionalmente tem estado fora da atenção e dos
propósitos missionários da igreja. (COMIBAM Internacional)

2. Fazendo discípulos de todos os povos - Pregar o evangelho é


muito mais que anunciar a Cristo como Salvador, é conduzir cada
convertido pelo caminho da salvação, a buscar a estatura de varão perfeito.
Por isso para fazermos missões precisamos enviar não apenas missionários-
evangelistas, mas principalmente missionários-ensinadores, a fim de que
a igreja local possa andar por si mesma. Ser discípulo de Jesus não é ser
apenas aluno, mas um cooperador da obra de Deus.
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual
ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas,
que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestidos
brancos e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9).

CONCLUSÃO

A necessidade da humanidade é tremenda e Deus ama a cada um.


Fazer discípulos até os confins da terra, aos olhos humanos, é impossível,
mas pela fé somos capazes de agradar a Deus (Hb 11.6) e de trabalharmos
para alcançarmos os 11.000 povos restantes (aproximadamente). Para
cumprirmos o Ide de Jesus, por mais que tenhamos a visão correta
precisamos de fé real e abundante. Priorizemos o Reino e será possível
alcançarmos o mundo.
• Você é um filho(a) abnegado das coisas deste mundo?
• Você tem clamado a Deus para aumentar a sua fé?
• Você crê que a tarefa da igreja é fazer discípulos de todos os povos?
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Missões,
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Responsabilidade
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de todos!
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CADA CRENTE UM DOADOR
DA GRAÇA
Versículo Chave
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite
e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o
para uma estalagem e cuidou dele
(Lucas 10.34)

Lição 06 - 08 de fevereiro de 2004


Objetivos da Lição
• Explicar de modo claro o que vem a ser um doador da graça;
• Mostrar a necessidade da renúncia na vida do doador da graça;
• Desafiar cada aluno a comprometer-se com esta tarefa missionária,
doação da graça.

Culto Familiar
Segunda – (Mateus 10.6-8) – Doando aos necessitados
Terça – (Atos 3.1-9) – Doando cura aos enfermos
Quarta – (2 Coríntios 9.6) – Doando para a obra
Quinta – (Malaquias 3.10) – Doando para Deus
Sexta – (2 Timóteo 4.1-3) – Doando a Palavra aos povos
Sábado – (Lucas 10.25-37) – Doando aos pobres

SUGESTÃO DE HINOS - 016 - 334 - 568 (Harpa Cristã)

LUCAS 10.25-37

25 - E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo:


Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
26 - E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
27 - E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o
Crescimento Bíblico - 27
teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.
28 - E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás.
29 - Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E
quem é o meu próximo?
30 - E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém
para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e,
espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
31 - E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote;
e, vendo-o, passou de largo.
32 - E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e
vendo-o, passou de largo.
33 - Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-
o, moveu-se de íntima compaixão.
34 - E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e,
pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele;
35 - E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao
hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to
pagarei, quando voltar.
36 - Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que
caiu nas mãos dos salteadores?
37 - E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois,
Jesus: Vai e faze da mesma maneira.

INTRODUÇÃO

O
mundo está sedento de graça, embora muitos não reconheçam
isso. A sociedade hodierna anda sem rumo, à deriva, e como
cristãos sabemos que o melhor lugar onde eles podem se firmar é
na graça de Deus.
Esta lição tem a finalidade de nos despertar para a responsabilidade de
proclamar, conforme disse Paulo, “o evangelho da graça de Deus”. Somos
os seguidores de Deus aqui na terra, então o que será que o mundo está
enxergando a respeito de Deus toda vez que nos observa? Temos sido
despenseiros desta superabundante graça? Afinal, o que significa doar graça?

I – DOAR GRAÇA SIGNIFICA COMPADECIMENTO


“... vendo-o, moveu-se de íntima compaixão” (v.33) - Como já vimos
na lição quatro, a compaixão e o cuidado para com o próximo fazem
Crescimento Bíblico - 28
parte de nossa fé e de nossa obediência a Deus. Amar a Deus implica em
amar ao próximo.
A graça de Cristo deve produzir em nós: amor, misericórdia, e
compaixão pelos aflitos e necessitados.
Compadecer-se do necessitado, deve ser o ponto de partida para nos
fazer agir em seu favor.

1. Atentando para a necessidade do próximo - Muitas vezes não


queremos enxergar a necessidade de quem está à nossa volta.
Mendigos, prostitutas, bêbados, meninos de rua e tantos outros, são
pessoas indesejáveis para nós; desconsideramos a existência delas e
fechamos nossos olhos diante de suas necessidades. No entanto, essas
são pessoas extremamente desejáveis para Deus; era exatamente com
essas e outras pessoas, de condutas questionáveis, que Cristo mais se
relacionava em seu ministério.
Fomos chamados para sermos transmissores da graça de Deus a essas
pessoas, e não para evitar qualquer contato com elas. Quanto mais
distanciados estivermos delas, mais afastados estaremos da missão para
qual fomos vocacionados.

2. Socorrendo-o em suas aflições - Diante da percepção das aflições


do próximo, temos que lhe prestar socorro, atando as feridas, dando
alimento, prestando o auxílio de que precisa. A maior contribuição que
um cristão pode dar ao mundo, é dispensar ao próximo a graça de Deus,
e uma das formas de fazer isso é socorrendo ao aflito. Por meio da graça
de Deus dispensada a nós, somos capacitados a fazer o bem aos outros,
estender a mão a quem precisa e amar ao próximo. Não podemos nos
eximir destas responsabilidades. O cristão é (ou deveria ser) um agente
de socorro em potencial para o necessitado.

II – DOAR GRAÇA SIGNIFICA RENÚNCIA


“... pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem
e cuidou dele” (v.34) - Renunciar-se em prol de quem necessita é uma
forma de servir. Temos que servir ao próximo com prontidão e liberalidade,
sabendo que a cada dia, Deus nos capacitará a fazermos ainda mais, pois
essa é à sua vontade para nossas vidas, Ele nos chamou para este serviço.

1. Renúncia do seu conforto - Renunciar nosso conforto em benefício


do próximo não é uma atitude fácil, toda renúncia traz sofrimento, no
Crescimento Bíblico - 29
entanto, quando renunciamos de coração, nos sentimos gratificados por
nossa ação.
Se vivemos para agradar a Deus, então temos que ter certo
desprendimento de nosso conforto. Assim será mais fácil compartilhar
com o próximo nossas roupas, nosso alimento e nossos recursos
financeiros com os quais Deus tem nos abençoado.
Como cristãos, não temos que priorizar nossa auto-satisfação. Esta
deve ser buscada com moderação, e uma vez alcançada, deve ser colocada
a serviço daqueles que nos cercam.

2. Renúncia do seu tempo - O cristão cheio da graça de Deus saberá


priorizar o seu tempo em favor do próximo, ainda que seus afazeres sejam
urgentes. Interromper uma viagem, cancelar um compromisso, deixar de
lado o passatempo predileto para dizer ao próximo: estou aqui, conte comigo,
vou te ajudar... pode custar muito, mas acredite, essa é a melhor forma de
expressar o amor de Deus que existe em nós. Toda vez que deixamos de
compartilhar com o próximo, nosso tempo, ou qualquer outra coisa, estamos
cerrando nosso coração para ele, numa atitude de falta de graça.

III – DOAR GRAÇA SIGNIFICA COMPROMETIMENTO


“... tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida
dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar” (v.35)
- Não assumir compromisso nos dá certa tranqüilidade, afinal não existe
problema se não estamos envolvidos. Tanto o sacerdote, quanto o levita, não
quiseram comprometer-se com o homem à beira do caminho; ora, essa é uma
situação mais cômoda, para que se contaminar? No entanto, não é essa a
atitude que Deus exige de nós. Somos agentes da graça de Deus, e como tais,
precisamos nos envolver com os problemas das pessoas, tratando-os como
se fossem nossos; afinal, elas são receptoras em potencial da graça de Deus.

1. Comprometimento com seus primeiros passos - Temos que suprir


a todas as necessidades do aflito, inclusive as de cunho espiritual. Ajudar
ao próximo em sua iniciação à fé é essencial, e o discipulado em si,
representa o cuidado com o próximo, que em geral, só tem aquele que
possui uma vida que brota da graça de Deus.

2 . Comprometimento com sua maturidade espiritual - Além do


cuidado com a iniciação à fé do novo crente, temos também que nos
preocupar em acompanha-lo até a sua maturidade. A idéia é que este
Crescimento Bíblico - 30
tenha a capacidade de andar com suas próprias pernas, chegando a ponto
de levar outros ao mesmo crescimento, afinal, ovelha é que gera ovelha.

CONCLUSÃO

O crente não pode apresentar-se insensível ante o sofrimento e a


necessidade dos outros. A insensibilidade neste caso, o descaracteriza
como cristão. Temos o grande exemplo de Jesus, que tratou pecadores
marginalizados com misericórdia, e a eles dispensou sua graça.
O mundo pode fazer muitas coisas boas aos homens, coisas que a
igreja faz, mas tem algo que o mundo não tem condições de fazer no
lugar da igreja: o mundo não tem como doar graça, de onde tiraria? Só a
igreja é sua despenseira.
• Você se considera um doador da graça?
• Como vai o seu tempo para Deus?
• O que você tem feito para ajudar no discipulado da sua igreja, já que
não podes ir?

DEPARTAMENTO
DE EDUCAÇÃO
CRISTÃ

Existe para prestar


ser viços didáticos.
serviços
Procure-nos!
CADA CRENTE UM MANTENEDOR
Versículo Chave
Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio
estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa
parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e
sacrifício agradável e aprazível a Deus
(Filipenses 4.18)

Lição 07 - 15 de fevereiro de 2004


Objetivos da Lição
• Ensinar, bíblicamente, o significado do serviço de mantenedor;
• Mostrar, de modo claro, que o mantenedor está semeando, logo irá
colher os frutos pelo seu serviço;
• Desafiar a igreja, no sentido de que cada crente seja um mantenedor
da obra missionária.

Culto Familiar
Segunda – (2 Coríntios 9.6) – Contribuindo de coração
Terça – (2 Coríntios 8.1-24) – Sendo generoso com a obra
Quarta – (1 Coríntios 9.4-15) – Mantendo os que vivem do evangelho
Quinta – (2 Coríntios 12.15) – Gastando e se deixando gastar pelas almas
Sexta – (2 Coríntios 11.8,9) – Suprindo as necessidades dos missionários
Sábado – (Filipenses 4.10-19) – Mantendo o missionário na obra

SUGESTÃO DE HINOS - 001 - 056 - 093 (Harpa Cristã)

FILIPENSES 4.10-19

10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a


vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis
tido oportunidade.
11 - Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-
Crescimento Bíblico - 32
me com o que tenho.
12 - Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira
e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome,
tanto a ter abundância como a padecer necessidade.
13 - Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
14 - Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.
15 - E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do
evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo
com respeito a dar e a receber, senão vós somente.
16 - Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a
Tessalônica.
17 - Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a
vossa conta.
18 - Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou,
depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado,
como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.
19 - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas
necessidades em glória, por Cristo Jesus.

INTRODUÇÃO

D
os vários desafios que temos de enfrentar, quanto ao envio de
missionários ao campo, este, talvez, seja o maior deles: o de
mantenedor. Ou seja, enviar missionários, custa caro e a nossa
oração ao Senhor pedindo que envie trabalhadores para a sua vinha,
quase sempre, não inclui a disposição em manter aquele a quem Deus
enviar.
O objetivo desta lição é mostrar o verdadeiro sentido de manter obreiros
no campo missionário.
O que significa ser um mantenedor?

I – SIGNIFICA SUPRIMENTO PARA A OBRA MISSIONÁRIA


Em uma reunião, pediu-se que a Índia fosse o lugar escolhido para o
início das operações missionárias. Foi dito: “Há uma mina de ouro na
Índia, porém, parece achar-se no centro da terra; quem se anima a explora-
la?” O missionário Guilherme Carey respondeu: “Eu me atrevo a descer;
lembrai-vos, porém, de que vós tendes de sustentar as cordas”. Com estas
palavras, quis dizer que deveriam manter os custos daquele empreendimento.
Crescimento Bíblico - 33
Este fato ilustra bem as responsabilidades do mantenedor, mas quais
são os benefícios para o missionário?

1. Esta é a melhor forma de nos lembrarmos dos missionários


(vv 10-13) – Para o apóstolo Paulo, a chegada de sustento, enviada
por parte dos filipenses, significava mais que bem material, significava
que os crentes daquela localidade haviam lembrado do servo de Deus
na obra missionária. Que atitude nobre! Paulo ficou muito alegre em
saber que seus irmãos se lembraram dele e fez questão de esclarecer
que não se tratava de reclamação por causa das dificuldades, pois
neste ponto era totalmente experimentado e sabia confiar naquele que
supre as necessidades. A questão é de cumprimento de obrigação, por
parte daqueles que enviam obreiros ao campo, que também os
mantenham com o sustento.

2. Esta é a melhor forma de compartilharmos do sofrimento dos


missionários – “Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha
aflição” (v 14) – As cartas que recebemos dos missionários, que um dia
enviamos, nos contam das necessidades enfrentadas no seu dia-a-dia. São
aflições provenientes da escassez, estando em um país estranho,
trabalhando pela causa do evangelho, longe de parentes e amigos que
poderiam no momento das dificuldades financeiras, socorre-los. É uma
atitude egoísta, da nossa parte, deixar que padeçam por falta de recursos
para remédios, alimentação adequada, e o mínimo de conforto. É bom
lembrar neste momento que: “assim ordenou também o Senhor aos
que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14).
Reflita bem: “Qual o soldado no exército que tem de pagar suas
próprias despesas?” (1 Co 9.7a, BLH).

3. Esta é a melhor forma de nos comunicarmos com os missionários


(v 15,16) - Em relação à oferta missionária que os filipenses doaram, é
dito que eles fizeram comunicação. As Escrituras ordenam: “Comunicai
com os santos nas suas necessidades...” (Rm 12.13). Esta comunicação
vai muito além de enviar e receber cartas. Sobrepuja os elogios, ou palavras
de consolo. É preciso algo mais concreto: dinheiro, por exemplo. Isto é
comunicar com alguém nas suas necessidades. Veja: “Porque também,
uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica” (v 16).
Que exemplo digno de ser seguido!
II – SIGNIFICA BÊNÇÃOS DE DEUS PARA O SEU POVO
Crescimento Bíblico - 34
Quando Paulo escreveu estas palavras: “E digo isto: Que o que semeia
pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em
abundância também ceifará” (2 Co 9.6), sabia que esta é uma lei natural
estabelecida por Deus. Quem semeia vinte grãos de trigo colherá mais do
que aquele que semeia dez grãos. É uma lei natural e Deus opera por
meio de leis naturais. No texto a seguir, o apóstolo deixa claro que as
bênçãos de Deus estão intimamente relacionadas à nossa atitude generosa
com a obra, em todos os sentidos: “E Deus é poderoso para tornar
abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo,
toda suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Co 9.8). De
que modo isto acontece?

1. O mantenedor está semeando, logo irá colher – “Não que


procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta” (v
17) – O apóstolo Paulo, ao receber a oferta, fez questão de deixar claro
que não se tratava de presentes. Os missionários não estão pregando a
palavra de Deus com o intuito de ganhar dádivas. Para o apóstolo aquilo
era sinal evidente de que os crentes estavam dando fruto e, que este fruto
redundaria em bênçãos. Ele fazia questão de receber as ofertas porque
sabia que Deus as reverteria em “aumento para a vossa conta”. Tem o
mesmo sentido do que foi dito em 2 Co 9.10: “Ora, aquele que dá a
semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a
vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça”.

2. O mantenedor está ofertando a Deus – “... cheio estou, depois


que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como
cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus” (v 18) –
O nosso compromisso, primeiramente, é com o Senhor. Quando entregamos
a nossa oferta missionária, estamos oferecendo um sacrifício que agrada a
Deus, pois estamos fazendo demonstração de amor para com a sua obra e
estamos obedecendo a sua ordem de evangelizar o mundo inteiro.
Se você é um mantenedor, continue neste propósito, porque o que
você está fazendo causa prazer em Deus.
3. O mantenedor está sendo recompensado por Deus – “O meu
Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades
em glória, por Cristo Jesus” (v 19) – A promessa é de muita bênção. O
modo do Senhor nos abençoar é: “Segundo as suas riquezas”. Servimos
a um Senhor que é Dono do ouro e da prata. O mantenedor está cuidando
das coisas de Deus, logo, Deus cuidará das suas coisas. Manter a obra
Crescimento Bíblico - 35
missionária realmente atrai para si, copiosas bênçãos. Está escrito:
“Suprirá todas as vossas necessidades...”.
CONCLUSÃO
Ser um mantenedor, enviar e sustentar missionários, a fim de que o mundo
seja evangelizado, é um maravilhoso desafio feito por Deus à sua Igreja.
Você já parou para pensar que em todo este tempo em que você deixou
de contribuir com a obra missionária, muitas almas já pereceram?
Reflita bem e comece hoje mesmo a manter trabalhadores na seara do
Senhor. Procure o Departamento de Missões, desperte tua alma para
ofertar ao Senhor, e espere Dele as bênçãos que é segundo a sua riqueza.
• Você é um mantenedor de missionários?
• Você já parou para pensar no valor de uma alma?
• Você sabia que a sua salvação se deve a missionários que evangelizaram
o Brasil?
PASSA À MACEDÔNIA
(Atos 16.9,10)

“Cada coração com Cristo é um missionário e cada coração sem Cristo é


campo missionário” Assim definiu Kick Hills, missões.

O mundo todo geme e aguarda ansiosamente pelo envio de missionários.


Precisamos nos despertar lembrando-nos que, como disse Wan Adans, “o único
entre os doze apóstolos que não se tornou um missionário veio a ser um traidor”.
Assim vamos meditar em três itens importantes:

1. A MISSÃO DOS SALVOS – “Passa à Macedônia”.


Temos uma grande responsabilidade sobre os nossos ombros. O evangelho
de nosso Senhor Jesus Cristo nos foi entregue, para que o levemos às pessoas
carentes dele.
A Igreja é o grande celeiro das bênçãos espirituais, neste momento de grande
fome espiritual, devemos abri-lo para suprimento dos povos.
As bênçãos da salvação nos foram confiadas, não sejamos “desobediente
à visão celestial” (At 26.19). Receio que se nos descuidarmos não teremos nada
para apresentar à grande multidão faminta que espera de nós alguma coisa (Jo
6.5-9), ou ainda, que venham a dizer: “Apresentei-o a teus discípulos, mas
eles não puderam curá-lo” (Mt 17.16).
Passar à Macedônia é diferente de passear na Macedônia, ou passar pela
Macedônia. Muitos estão querendo ser missionários por motivação errada, até
mesmo pelo fato de que é um título bonito e elegante. Além do mais, para esses
“missionários” é uma oportunidade de conhecerem outros países. Para eles é
um motivo de vanglória, aprender a falar muitas línguas.
(Continua na página 45)
CADA CRENTE UM
INTERCESSOR
Versículo Chave
Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para
a sua seara (Mateus 9.38)

Lição 08 - 22 de fevereiro de 2004


Objetivos da Lição

• Mostrar, de maneira convicente, a necessidade de intercessores;


• Mostrar as qualidades de um verdadeiro intercessor;
• Desafiar os crentes ao exercício da intercessão.

Culto Familiar
Segunda – (João 17.1-9) – Intercessão pela Igreja
Terça – (Atos 12.5) – Intercessão pelo apóstolo
Quarta – (Gênesis 18.23-33) – Intercessão pelo justo
Quinta – (Romanos 10.1,2) – Intercessão pela nação
Sexta – (Colocensses 4.2-6) – Intercessão por missões
Sábado – (Mateus 9.35-38) – Intercessão por mais missionários

SUGESTÃO DE HINOS - 340 - 372 - 427 (Harpa Cristã)

MATEUS 9.35-38; COLOSSENSES 4.2-6


35 - E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas
sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo.
36 - E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque
andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
Crescimento Bíblico - 37
37 - Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas
poucos são os ceifeiros.
38 - Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
Cl 4.2-6
2 - Perseverai em oração, velando nela com ação de graças;
3 - orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da
palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso;
4 - para que o manifeste, como me convém falar.
5 - Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.
6 - A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para
que saibais como vos convém responder a cada um.

INTRODUÇÃO

A
intercessão não pode minguar na vida prática da Igreja, porque
em todos os tempos, Deus chamou e capacitou pessoas,
atendendo as orações do seu povo. Claro que Deus é soberano
para enviar quem ele quer, mas estabeleceu que obreiros para a sua seara
seriam convocados a partir do apelo dos seus servos. As nações já estão
“maduras” para a ceifa, os missionários são poucos, portanto devemos
rogar por mais missionários.
O propósito desta lição é mostrar a necessidade de intercessores e que
qualidade de vida devem ter para verem suas orações respondidas. Eis os
tópicos da lição:

I – A NECESSIDADE DE INTERCESSORES (MT 9.35-38)

O missionário W. B. Anderson, disse que sua mãe orou durante anos


pedindo que as portas dos países pagãos se abrissem. Depois que seus
filhos nasceram, orou pedindo que obreiros entrassem por essas portas e
Deus enviou um de seus filhos a Índia e duas filhas à China. Vemos neste
testemunho a importância da intercessão. Deus está pronto para atender
ao clamor de seu povo. Vejamos, então, a necessidade da intercessão:

1. Há uma grande obra a ser realizada – “E percorria Jesus todas


as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o
evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo” (v 35) - Guilherme Carey tinha um modo todo próprio de
esperar na resposta de Deus. Ele pregou um sermão certa vez,
Crescimento Bíblico - 38
desenvolvendo os dois pontos principais: “Esperai grandes coisas de
Deus”; “Obrai grandes coisas para Deus”. O crente intercessor não
pode pensar e nem agir de modo diferente. Precisa saber que a obra é
extensa demais e, aos nossos olhos, impossível de ser realizada. No entanto,
o Senhor da obra é poderoso para através da Igreja, salvar o mundo inteiro.
Antes de ajoelhar-se em fervente oração, tome consciência de que
estás fazendo uma grande obra” (Ne. 6.3).

2. Há uma grande multidão desesperadamente perdida precisando


ser salva – “E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque
andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor” (v
36) – Se o nosso coração permanecer frio, dormente e indiferente diante de
tão grande caos, teremos então que começar a suplicar por nos mesmos.
Devemos orar como certo filho de Deus orou: “Senhor, dá-me o teu coração
de amor para com os pecadores, teu coração ferido por causa de seus
pecados! Dá-me as tuas lágrimas enquanto os admoesto dia e noite!”
É simplesmente desastroso, pensar que muitos crentes nunca
derramaram uma única lágrima de intercessão pelas almas perdidas.

3. Há um grande campo missionário com escassez de missionários


– “Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas
poucos são os ceifeiros” (v 37) – O contraste é muito grande. De uma
lado bilhões de almas perdidas à espera de uma palavra que lhes indique
o caminho da salvação. Do outro lado umas poucas centenas de
missionários prontos para realizar esta imensa tarefa evangelizadora. Se
isto não for motivo suficiente para nos dedicarmos à intercessão, de que
mais necessitamos para uma tomada de posição? Quantas vezes
precisaremos ouvir o clamor aflito: “Passa à Macedônia e ajuda-nos”
(At. 16.9), para começarmos a interceder?
4. Há um poderoso Senhor pronto para enviar mais missionários
– “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua
seara” (v 38) – Não devemos questionar os motivos que levaram o Senhor
a nos ordenar: “Rogai”. Compete-nos obedecer. Com certeza teríamos
muito maior sucesso na obra missionária e muito mais pessoas seriam
comissionadas, se dispuséssemos de maior tempo para a intercessão.
Crentes que nunca irão, podem dar subsídios para que outros vão.
O evangelista Moody, foi excepcional orador diante de Deus, por isso
mesmo, ganhou cerca de um milhão de almas e conseguiu reunir o maior
grupo de pregadores que já trabalharam juntos na obra missionária. Com
Crescimento Bíblico - 39
certeza, isto é fruto de muita intercessão. O Senhor Jesus não estava
mentindo nem brincando quando ordenou que pedíssemos por mais
missionários. Há poucos trabalhadores no campo, porque há poucos
intercessores diante do Pai.

II – AS QUALIDADES DOS INTERCESSORES (CL 4.2-6)


O intercessor é alguém que assimilou no mais profundo da sua alma, a
obra missionária. Sabe que não pode ir, pois não sente no coração a
chamada divina. No entanto, a chama missionária arde em seu espírito
inquietando-o de tal modo, que alívio só encontra na oração. O intercessor
fez da intimidade do seu quarto, o seu campo missionário, para ali obedecer
a ordem de Jesus: “Rogai, pois, ao Senhor da seara”. Suas qualidades
são evidenciadas da seguinte maneira:

1. É perseverante na oração – “Perseverai em oração, velando nela


com ação de graças” (v 2) – É consciente do dever de “orar sempre e
nunca desfalecer”. Sabe que aqueles que foram enviados, enfrentarão trevas
densas, e não poderão prevalecer se na retaguarda, não tiver alguém na
“brecha” (Ez 22.30), “velando com ações de graças”. Tem como
fundamento para a sua oração intercessora, os exemplos da própria Escritura
Sagrada. Foi a intercessão de Abraão que impediu a destruição de Ló e
suas filhas (Gn 18.23-33). Foi por causa da intercessão de Ana que Deus
levantou em Israel o maior juiz de todos os tempos (1 Sm 1.26-28).

2. É consciente de que o evangelho só entrará em portas abertas


por Deus – “orando também juntamente por nós, para que Deus nos
abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo,
pelo qual estou também preso” (v 3) – Em resposta às intercessões dos
crentes, Deus tem aberto grandes portas para entrada do evangelho. Muros
já caíram, sistemas políticos ruíram para que se tornasse uma possibilidade
a evangelização mundial. Muita coisa ainda precisa ser feita; existem ainda
muitos obstáculos para serem removidos e é nisto que reside toda a
importância do intercessor. Na época de Paulo haviam muitos intercessores
em quem se podia confiar, daí a razão do seu pedido.

1. Tem atitude harmoniosa com a oração – “Andai com sabedoria


para com os que estão de fora, remindo o tempo” (v 5) – Interceder
pelos missionários e pela salvação das nações e depois impedir a salvação
do meu vizinho com o meu mau testemunho, que tamanha incoerência!
Crescimento Bíblico - 40
Se não posso ir aos campos mais longínquos até os confins da terra,
minha oração pode. Posso ficar nos campos de “Jerusalém”, perto da
minha casa, no colégio, no trabalho, etc.
Deus quer vasos limpos para o seu serviço; instrumentos santos para
a sua obra. Exige pureza na vida íntima.
Um certo missionário orou a Deus assim: “O ‘eu’ não somente deve
morrer, deve ser bem enterrado, porque o mau cheiro da vida
interesseira, se não for sepultado, afugentará as almas que querem
chegar-se a Cristo”.

2. Tem linguagem apropriada para uma vida de intercessão – “A


vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que
saibais como vos convém responder a cada um” (v 6) – Falar bem
com Deus é importante, mas falar bem com os homens é totalmente
necessário para produzir salvação. O intercessor não pode em momento
algum se esquecer que é também responsável pela salvação dos perdidos.
O intercessor não pode ser um murmurador. Orar pedindo missionários
e fazer críticas destrutivas quando é enviado alguém para os campos é
irracional. A língua do crente intercessor deve ser consagrada a Deus.
CONCLUSÃO
A obra missionária caminha sobre os joelhos de quem ora e intercede.
Quem se ocupa com a intercessão por missões, não lhe sobra tempo para
criticar ou murmurar pelo que está sendo feito nos campos. O intercessor,
embora não vá aos campos, fica em fervente oração, tapando a “brecha”
para que Satanás não impeça a obra. É pela força da sua oração que as
portas são escancaradas para que o evangelho atravesse fronteiras.
• Você é um intercessor?
• Quantas orações você já fez, este ano, por missões?
• Se você não é um intercessor, como espera que os missionários sejam
prósperos nesta obra?

“Se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim,


não há sacrifício grande demais que
não faça por amor a Ele.”
- C.T.Studd - Fundador da Missão AMÉM -
CADA CRENTE UM
MISSIONÁRIO
Versículo Chave
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo
uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e
não vai após a perdida até que venha a achá-la?
(Lucas 15.4)

Lição 09 - 29 de fevereiro de 2004


Objetivos da Lição
• Esclarecer, com testos bíblicos, o que cada crente deve fazer, por ser
um missionário;
• Mostrar o verdadeiro preparo para a obra missionária;
• Desafiar cada aluno a assumir o seu papel de missionário.

Culto Familiar
Segunda – (2 Timóteo 4.1-3) – Pregue a Palavra
Terça – (João 4.39-42 – Dê o seu testemunho pessoal
Quarta – (Marcos 5.19,20) – Testemunhe para a sua família
Quinta – (Ezequiel 3.16-27) – Seja um atalaia
Sexta – (Atos 13.1-3) – Obedeça o Espírito Santo
Sábado – (Lucas 15.1-10) – Procure as ovelhas perdidas

SUGESTÃO DE HINOS - 065 - 115 - 127 (Harpa Cristã)

LUCAS 15.1-10
1 - E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
2 - E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe
pecadores e come com eles.
3 - E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4 - Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas,
Crescimento Bíblico - 42
não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que
venha a achá-la?
5 - E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;
6 - e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-
lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7 - Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se
arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento.
8 - Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma,
não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
9 - E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos
comigo, porque já achei a dracma perdida.
10 - Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um
pecador que se arrepende.

INTRODUÇÃO

C
om esta parábola, Jesus desperta a igreja para a sua grande
missão: Caminhar em busca da ovelha que se perdeu. No
entanto, para tornar-se mais eficiente neste resgate, a igreja deve
vencer o seu maior desafio, que é fazer de cada um de seus membros um
evangelista amoroso, que supera as dificuldades que o impedem de partir,
preparando-se para entrar nesta batalha em busca do pecador, a fim de
cumprir a obrigação de cada crente: ser um missionário.

I – SUPERANDO AS DIFICULDADES

Todo desafio tem suas barreiras, para a igreja que deseja fazer de cada
crente um missionário, Cristo e os apóstolos deixaram seu exemplo lutando
contra o comodismo (Mc 10.21,22); o preconceito (Mt 23.13) e as investidas
do inimigo (At 13.10). No contexto deles e também no nosso, ainda são as
maiores dificuldades que o cristão deve superar para assumir a sua missão.

1. Abandonando o Comodismo: Nada melhor para superar o


comodismo do que enxergar a realidade. Enquanto estamos
confortavelmente sentados no banco da igreja, milhões de pessoas morrem
sem Jesus. Ainda existem países na Europa Central com menos de 1% de
cristãos evangélicos, como: Eslováquia, Bósnia, República Checa, Albânia,
Kosovo e Áustria. Sem falar nos mais próximos, como vizinhos e amigos
Crescimento Bíblico - 43
que morreram sem Cristo. É preciso que cada crente esteja consciente da
urgência em se deixar o comodismo, e fazer sua a afirmação de Paulo:
“Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas
vossas almas” (2 Co 12.15).

2. Deixando o Preconceito: “E os fariseus e os escribas


murmuravam dizendo: Este recebe pecadores e come com eles” (v.2).
Se já existem os preconceitos, em relação aos mais próximos, imaginem
às 6.700 culturas diferentes espalhadas pelo mundo. Esses preconceitos
geralmente nos fazem desacreditar no poder transformador da Palavra,
nos fazendo crer que para alguns não há mais solução. Não devemos
esquecer de que o Senhor morreu por todos sem distinção (Rm 3.23,24).
Cabe a cada um superar esse preconceito, individualismo e orgulho,
chegando à mesma conclusão de Pedro: “Reconheço, por verdade, que
Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele
que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” (At 10.34,35)

3. Investindo contra Satanás – Em toda a narrativa bíblica vemos


claramente a luta do inimigo para que a mensagem de Deus não seja
propagada. É importante lembrar que ele atua com astúcia, tanto na vida
do crente fazendo-o esquecer da sua missão de evangelizar, quanto na
vida do pecador, afastando-o de Deus (Ef 6.12; 2 Co 11.14-15; 1Tm
4.1). No entanto, quando cada crente assume a sua responsabilidade como
missionário, ele é revestido pelo poder de Deus, a igreja é fortalecida e o
pecador é resgatado, porque o crente está sob a proteção direta do Senhor
e as portas do inferno jamais prevalecem contra a Sua igreja ( Mt 16.18).

II – PREPARANDO-SE PARA A BATALHA


Para vencer o desafio de ganhar almas, a igreja tem investido no preparo
dos seus membros, pois o crente que leva a sério a sua missão, sabe que
é imprescindível preparar-se antes de se embrenhar nesta longa jornada.

1. Por meio do Conhecimento da Palavra: Não se leva uma mensagem


que não se conhece. Quando Paulo incentiva Timóteo a pregar a Palavra,
ele enfatiza a importância de saber manejá-la (2 Tm 2.15). Se o cristão
deseja aceitar o desafio de ser um missionário, é imprescindível que conheça
não somente os textos bíblicos, mas o contexto histórico no qual e para
qual foi escrito, pois somente assim pode transmitir com segurança e
veracidade a Palavra de Deus, tirando dúvidas, desmascarando as inúmeras
Crescimento Bíblico - 44
seitas que surgem a cada dia, fazendo fluir a genuína mensagem de Cristo.

2. Por meio de Conhecimentos Seculares: Jesus conhecia exatamente


o comportamento e cultura de cada um daqueles a quem lhes dirigia a
palavra e por isso elas lhes falavam diretamente ao coração (Mt 9.4-13;
15.3-11; 22-18-33). Ao jovem Daniel o conhecimento diversificado,
também auxiliou dando-lhe oportunidades junto ao rei da Babilônia (Dn
1.3,4). Conhecer culturas diferentes, aprimorar os conhecimentos em
história, geografia, artes, informações do cotidiano, etc., é uma excelente
referência, que abre portas para levar o evangelho a outros países ou
criar oportunidades de pregar a mensagem onde quer que se encontre.

3. Por meio da Prática da Palavra: Quando é enviado a um país


fechado para o evangelho, geralmente o missionário primeiro se estabelece
na comunidade, testemunha acerca de Deus até que tenha abertura para
começar a evangelizar. O testemunho do cristão seja em outro país ou na
sua comunidade, é o que dá autoridade a sua pregação, pois as pessoas
tendem a ver primeiro o resultado prático da palavra, naquele que a prega.
Portanto, se o cristão pratica a palavra do Senhor, terá respaldo para
levar a Sua mensagem e certamente será ouvido (Gn 41.38,39).

III – ENTRANDO NA BATALHA


Só tem chances de vencer a batalha aquele que entra na luta. A igreja
somente vencerá seu desafio de alcançar todos os continentes da terra, se
cada crente se dispor como soldado fiel à sua missão de transformar o mundo.

1. Transformando o Mundo: “E não vos conformeis com este


mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus” (Rm 12.2). A medida em que o cristão é transformado, se dispõe
a também transformar o mundo. E transformar não é apenas bradar o nome
de Cristo, pois o “IDE” que Jesus ordena (Mc 16.15) é muito mais que
lançar palavras ao vento, é fazer com que elas criem raízes nos corações
das pessoas. Estando consciente da grandiosidade desta tarefa, o cristão
com certeza, não sobrecarregará a outros, a sua parte nesta missão.

2. Sendo Fiel a Sua Missão: “Ninguém que lança mão do arado e


olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62). Cristo foi fiel a
sua missão até a morte e morte de cruz (Fp 2.7,8). A fidelidade do crente
Crescimento Bíblico - 45
que se dispõe a fazer a obra missionária é imprescindível, pois além do
investimento financeiro e espiritual envolvido, ele ainda é, em qualquer
circunstância, considerado como referência por todos aqueles que dele
recebem a mensagem.

3. Comemorando a Vitória: Sofrimento e vitória são as duas palavras


mais conhecidas pelo cristão (At 5.41). E quando se dispõe a entrar na
Batalha em prol da evangelização do mundo, elas adquirem uma conotação
muito especial. Pois a sensação de vitória a cada alma conquistada para
Cristo, impulsiona ao sofrimento e busca por uma nova alma, tornando-
se um processo contínuo. Esta é a maravilhosa missão que o Senhor
concedeu a cada membro da Sua Igreja, até que o sofrimento seja extinto
e a vitória plenamente alcançada (1 Jo 5.4; Ap 21.4-7).
CONCLUSÃO
Para vencer o desafio de resgatar as milhares de ovelhas perdidas
espalhadas pelo mundo, a igreja precisa urgentemente que cada um de
seus membros quebre a redoma das dificuldades, desça do pedestal da
indiferença se preparando para a evangelização do mundo, e entre na
batalha assumindo a sua parte nesta missão: “Porque, se anuncio o
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho” (1 Co 9.16).
• O que você tem feito para ajudar a igreja no seu desafio?
• Você tem se disposto como soldado para entrar nesta batalha?
• Você tem se preparado para assumir a sua missão?
(...continuação da página 35)
De acordo com Atos 16.10, para passar à Macedônia é necessário: a) Estar
convicto da chamada divina – “Concluindo que Deus nos havia chamado”; b)
Ter objetivos bem definidos – “Para lhes anunciar o evangelho”. Por isso é
importante que nos preparemos e estejamos à disposição de Deus para que Ele
nos envie. “Mantenha as suas ferramentas prontas, Deus lhe indicará a sua
tarefa” (Paul E. Holdcrft). Quando Deus lhe chamar, pelas infinitas formas que
Ele tem, e o teu coração missionário se inquietar, passa à Macedônia.

2. O CLAMOR DOS PERDIDOS – “Ajuda-nos”.


Cala-te por um minuto e, quem sabe, no silêncio da noite, você consiga ouvir
o clamor desesperado dos que se perdem: “O que faremos, irmãos?” (At 2.37).
“Que me é necessário fazer para me salvar?” (At 16.30). “Ajuda-nos”.
Podemos agora mesmo ouvir o clamor dos perdidos:
a) Nas letras rebeldes das suas canções;
(Continua na página 50)
CADA CRENTE UM AGENTE
MULTIPLICADOR
Versículo Chave
Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe
outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco
talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles
(Mateus 25.20)

Lição 10 - 07 de março de 2004


Objetivos da Lição
• Mostrar, com comprovação bíblica, que o crente foi chamado para
dar fruto;
• Destacar os vários meios pelos quais podemos e devemos dar fruto;
• Desafiar a igreja a multiplicar-se por meio da evangelização.

Culto Familiar
Segunda – (João 15.1-12) – Multiplicando discípulos
Terça – (Gálatas 5.22-26) – Multiplicando o fruto
Quarta – (2 Coríntios 9.6-10) – Multiplicando as ofertas
Quinta – (Efésios 6.18,19) – Multiplicando as orações
Sexta – (Mateus 9.37,38) – Multiplicando missionários
Sábado – (Mateus 25.14-30) – Multiplicando talentos

SUGESTÃO DE HINOS - 224 - 440 - 466 (Harpa Cristã)

MATEUS 25.14-30

14 - Porque isto é também como um homem que, partindo para fora


da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens,
15 - e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada
um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
16 - E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com
Crescimento Bíblico - 47
eles e granjeou outros cinco talentos.
17 - Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois.
18 - Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro
do seu senhor.
19 - E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou
contas com eles.
20 - Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe
outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis
aqui outros cinco talentos que ganhei com eles.
21 - E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o
pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22 - E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor,
entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos.
23 - Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco
foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24 - Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor,
eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e
ajuntas onde não espalhaste;
25 - e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26 - Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente
servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;
27 - devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando
eu viesse, receberia o que é meu com os juros.
28 - Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.
29 - Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas
ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.
30 - Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto
e ranger de dentes.

INTRODUÇÃO

P
ara que vades e deis frutos.” (Jo 15.16) - Três anos foram suficientes
para que Jesus concluísse o preparo especial que deu aos discípulos.
Sua intenção era que os discípulos produzissem outros discípulos
semelhantes a eles mesmos. Dessa forma, o plano de salvação seria
proclamado ao mundo através da multiplicação de discípulos. Mediante
essa estratégia, a conquista do mundo seria apenas uma questão de tempo
e da fidelidade ao seu plano. Vejamos como isto é possível:
Crescimento Bíblico - 48
I - CONHECENDO O MESTRE

“... conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor”. (Os.6.3) -


Eles o conheceram pessoalmente, andaram com ele, ouviram as suas palavras
e viram o seu poder. Foram autorizados pelo Cristo ressurrecto a serem as
suas originais testemunhas pois seguiram seus passos e o conheceram.
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.(Mt.16.16). A força destas
palavras indica quão significativa é a iniciativa humana na realização do
plano de Deus. Pedro reconheceu ser o seu Senhor a principal “Pedra
Angular”, sobre a qual todos nós somos pedras vivas na construção da
sua igreja (Ef. 2.20-22).

1. Para dar testemunho - “E nós somos testemunhas de todas as


coisas que fez...” (At.10.39) - Sem convicção não se pode convencer a
ninguém sobre qualquer fato que seja. O testemunho pessoal era
imprescindível no plano de Jesus. Não foi por acaso que ele trabalhou
com os 70 e destes escolheu 12, os quais foram suas testemunhas.
Suas próprias vidas eram o testemunho vivo da morte e ressurreição
de Cristo e agora podiam falar do que viram sem que restasse qualquer
sombra de dúvida.

2. Para dar frutos - “... vos designei para que vades e deis frutos ...”
(Jo 15.16) - Na parábola da videira e seus ramos (Jo 15), vemos que o
propósito da videira (Jesus Cristo) e dos ramos (os crentes) é o de produzir
fruto. Esta parábola deixa bem claro que o ramo (o crente) que não produz
fruto é considerado inútil para o reino e este será cortado pelo viticultor.
Este é o princípio: - a reprodução da vida de Cristo na personalidade
humana, primeiramente em nós mesmos e então nos outros.

II - FAZENDO DISCÍPULOS
A grande comissão da qual os discípulos foram incumbidos por Cristo
não se trata apenas dos discípulos irem até às extremidades da terra para
pregar o evangelho (Mc 16.15), e, sim, “fazer discípulos”.

1. Pelo exemplo - “... porque eu vos dei o exemplo...” (Jo 13.15) -


Sabendo que a melhor forma de ensinar é dando o exemplo, Jesus
providenciou para que os seus discípulos aprendessem a sua maneira de
viver diante de Deus e dos homens. Além de os ensinar a orar (Lc 11.1-
4), também os conduziu à oração (Mt 26.37-44); jamais abriu mão das
Crescimento Bíblico - 49
sagradas escrituras e incentivou o seu uso constante (Mt 22.29). Não
obstante, tirava vantagem de todas as oportunidades que surgiam e por
isso mesmo seu ensino era perfeitamente realista. Seu exemplo foi marcante
e incontestável e sua doutrina permanece firme até o fim.

2. Pela pregação - “... e como ouvirão se não há quem pregue?”


(Rm 10.14c) - A missão primordial do povo de Deus é a evangelização
do mundo visando a reconciliação do homem com Deus. A realidade do
evangelho deve ser conhecida pelo exemplo e pela palavra de Deus.
O que prega a palavra é o porta-voz de Deus entre os homens, como
acontecia no Antigo Testamento por meio dos profetas e no Novo
Testamento, por meio dos discípulos, tendo como exemplo e padrão
supremo o próprio Senhor Jesus Cristo.
Esta missão tem duas finalidades importantes: 1) Proclamar as boas
novas aos perdidos; 2) Apascentar os salvos, discipulando-os.

III - A SERVIÇO DO REINO


“... prossigo ... para o prêmio da soberana vocação...” (Fp 3.14) -
Servir ao Senhor é uma maravilhosa e suprema vocação. Além disso, é
importante sabermos que o mesmo salvador que nos chama, também
promete nos dar forças para obtermos sucesso em seu serviço.

1. Para a glória de Deus - “... longe esteja de mim gloriar-me, a não


ser na cruz de Cristo.” (Gl 6.14) - O apóstolo João diz que o discípulo
aprovado é aquele que não fala de si mesmo (Jo 7.18). Sua mensagem tem
como critério da maior importância a proclamação da cruz., busca sempre
o progresso da obra do Senhor e jamais sua glória pessoal.
Nunca podemos nos esquecer do grande exemplo dado a nós pelo
próprio Filho de Deus, que, tendo em si todo poder e autoridade despojou-
se de tudo isso e durante seu ministério terreno deixou bem claro que não
buscava sua própria glória (Jo 8.50).

2. Aguardando a recompensa - “Os que semeiam em lágrimas


segarão com alegria.” (Sl 126.5) - No mundo em que vivemos, honras e
condecorações caem no esquecimento rapidamente, porém as
recompensas de Deus são coroas que não desaparecem.
Conforme os ensinamentos de Paulo, Deus trará à luz os nossos atos
e os proclamará aprovando-nos com louvor e recompensando-nos
segundo as nossas obras (1 Co 4.3-5).
Crescimento Bíblico - 50
Se desempenharmos a tarefa e nos dedicarmos a ela, ouviremos o “muito
bem” de Deus (Mt 25.21) e ao final receberemos a coroa da vida.
Já dizia Jim Elliot: “Não é nenhum tolo aquele que dá o que não pode
guardar, a fim de ganhar o que não pode perder.”
CONCLUSÃO
Este é o desafio. Não há necessidade de melhores métodos, e, sim, de
melhores servos. Servos que conheçam o seu Senhor mais profundamente
do que meramente por ouvir falar. Servos que estejam dispostos a nada
ser a fim de que ele seja tudo e seu grande plano se realize.
• Você é um agente multiplicador?
• O que você tem feito para multiplicar o número de salvos?
• Que tipo de fruto você está dando?
(...continuação da página 45)
b) Nas suas literaturas pornográficas;
c) Em suas festas mundanas;
d) Em suas modas censuais;
e) Em suas religiões mortas.
Diante deste clamor, não podemos ficar de braços cruzados. Consciente ou
inconscientemente eles esperam de nós esta ajuda. Sem o nosso coração missionário,
sem o nosso espírito revolucionário e, sem o nosso evangelho restaurador, eles
morrerão e sem nunca terem experimentado o que nós experimentamos; porque
não lhe falamos de Cristo, eles gemerão: “Ai de mim que vou perecendo”. Eles
nos pedem ajuda, porque sabem que temos o “Pão da Vida”. Tenhamos compaixão
deles porque “são como ovelhas que não tem pastor”.

3. O PODER DO EVANGELHO – “Anunciar o evangelho”


“Existem muitas religiões, mas apenas um evangelho” – G. Owen. É este o
evangelho que devemos pregar aos povos. O apóstolo Paulo disse que o Evangelho
é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Poder de Deus
e não dos homens. No entanto, este poder nos foi outorgado. Paulo disse que a sua
linguagem e a sua pregação “não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.4).
De que adiantaria levar palavras a quem tem fome? Eles estão mortos e
precisam do poder do Cristo ressurrecto.
Precisamos estar convictos de que fomos chamados para anunciar as boas
novas. Se somos como Tomé, não devemos ir, ou então todos morreremos com
eles (Jo 11.16). Somente o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo tem subsídio
e substância para que alegremente o tomemos como bagagem para, uma vez em
“Macedônia”, o repartamos com abundância aos que nada têm.
Kleber Paulo Santana
Ministro de Educação Cristã
DEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO
SANTO
Versículo Chave
E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito
Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a
que os tenho chamado
(Atos 13.2)

Lição 11 - 14 de março de 2004


Objetivos da Lição
• Provar biblicamente, que é o Espírito Santo que chama e capacita
para a obra missionária;
• Mostrar que o Espírito Santo nos auxilia nas boas obras, no testemunho
e na pregação do evangelho;
• Desafiar cada crente a uma vida cheia do Espírito Santo.

Culto Familiar
Segunda – (Atos 1.8) – Revestido de poder pelo Espírito Santo
Terça – (Efésios 5.15-19) – Cheios do Espírito Santo
Quarta – (João 16.13-15) – Dirigidos pelo Espírito Santo
Quinta – (Atos 8.29-35) – Usados pelo Espírito Santo
Sexta – (Atos 16.6) – Impelidos pelo Espírito Santo
Sábado – (Atos 13.1-12) – Enviados pelo Espírito Santo

SUGESTÃO DE HINOS - 225 - 275 - 290 (Harpa Cristã)

ATOS 13.1-12
1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores,
a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém,
que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2 - E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Crescimento Bíblico - 52
3 - Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram.
4 - E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e
dali navegaram para Chipre.
5 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas
sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
6 - E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu,
mágico, falso profeta, chamado Barjesus,
7 - o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, varão prudente. Este,
chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus.
8 - Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta
o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul.
9 - Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito
Santo e fixando os olhos nele, disse:
10 - Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo
de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?
11 - Eis aí, pois, agora, contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem
ver o sol por algum tempo. No mesmo instante, a escuridão e as trevas
caíram sobre ele, e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão.
12 - Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu,
maravilhado da doutrina do Senhor.

INTRODUÇÃO

E
m que base Deus escolhe as pessoas para fazerem coisas especiais?
Como se explica um pastor de ovelhas transformado em um rei?
Um pregador eloqüente surgindo a partir de um pescador rude e
leigo? Como poderia uma escrava vir a se tornar uma rainha?
Aparentemente, para cada evento, para cada pessoa, apresenta-se um
critério diferente, porém, a verdade é que para cada um de nós, seus
servos fiéis, Deus tem um chamado específico.
Nossa preocupação nesta lição deve ser quanto à nossa dependência
do Espírito Santo em nosso.

I – CHAMADO PESSOAL

Sempre que Deus quis realizar algo na face da terra, se utilizou dos
homens. Ao longo da história bíblica, lá estava Deus escolhendo alguém
e chamando pelo nome para determinada obra. Assim ele fez com Paulo
Crescimento Bíblico - 53
e Barnabé (At 13.2), no deserto disse: “Moisés, Moisés!” (Êx 3.4). Em
cima do monte, especificou para Moisés quem assumiria o ofício sacerdotal
em Israel (Ex 28.1). Na casa de Eli, Deus chamou a Samuel (I Sm 3.4),
etc. Assim, vemos que no Reino de Deus, a voz de comando pertence a
Ele especialmente no que diz respeito à nossa vida ministerial.

1. Para uma obra específica - No momento em que Paulo e Barnabé


foram chamados, ficou também muito claro que a obra que deveriam
fazer já havia sido determinada por Deus (V.2). Sabemos que aquele que
chama é o que distribui as tarefas dando também a capacitação especial
para o desempenho de cada uma delas.
Quando Deus chamou a Moisés, deixou bem claro para que o havia
chamado (Êx 3). Assim também fez com Gideão (Jz 6.14), Samuel (I Sm
2.35) e a Jeremias ainda disse: - “...antes que saísses da madre, te
santifiquei e às nações te dei por profeta.” (Jr 1.5). De nada adiantaria
se Jeremias quisesse, por sua própria conta, ser um sacerdote ou um rei,
pois Deus o constituiu profeta.

2. Para um tempo específico - Para todo propósito debaixo do céu


há um tempo determinado.(Ec 3.1) - Vemos através da história de Israel
um protótipo da história da redenção. Entendemos que o plano de Deus
no envio de seu Filho a terra já estava traçado, porém, por meio do povo
de Israel, o cenário estava sendo preparado por Deus para que seu nome
se tornasse conhecido aos homens, até que chegou o grande dia em que
Jesus desceu do céu à terra enviado pelo Pai.
Não seria diferente na história da igreja. Deus tem obras específicas a
serem desenvolvidas por pessoas específicas e dentro do tempo por Ele
determinado. Só ele pode determinar os tempos (At 17.26).
O apóstolo Paulo gastou grande parte do seu tempo perseguindo a
Igreja, porém, chegou para ele o tempo determinado por Deus, em que
veio a ser o “portador” da mensagem que revolucionaria o mundo.
3. Com recursos específicos - Nunca podemos esquecer que nada
podemos fazer sem a ajuda de Deus (Jo15.5). O Espírito Santo é o nosso
principal recurso quando entendemos que a verdadeira obra de Deus só
pode ser realizada com sucesso através do seu poder. “Não por força,
nem por violência, mas pelo meu Espírito.” (Zc 4.6)
A dependência de Deus é primordial para que os resultados sejam
permanentes e as vitórias sejam reais.
À exemplo de Moisés que, no momento do seu chamado estava
Crescimento Bíblico - 54
consciente de sua incapacidade e disse: “Quem sou eu?” (Ex 3.11).
Porém, imediatamente recebe de Deus a seguinte resposta:
“Certamente, eu serei contigo.”
A questão não é quem somos, mas quem estará conosco para nos
conceder os recursos que precisamos.

II – EM NOSSO SERVIÇO PARA DEUS


Os apóstolos entendiam o que significava o serviço no reino de Deus.
Não era uma atividade qualquer, como no mundo secular onde
desempenhamos funções com os talentos naturais que possuímos. Era
necessário um pré-requisito todo especial, a saber: - A dependência do
Espírito Santo para trabalhar.(At 6.3)

1. Diante das obras - Toda obra dentro do reino de Deus é um ofício


de extrema importância quando temos a consciência de que todo o nosso
trabalho deve ser para a glória de Deus. (I Co 10.31). Assim sendo, não
é com a capacidade humana que nos tornamos habilitados para o serviço
da casa do Senhor, seja ele qual for. Somente pelo fruto do Espírito Santo
(Gl 5.22) é que nossas obras, sendo provadas no fogo, serão aprovadas
por Deus (I Pe 1.7) e então, seremos recompensados (Ap 22.12).

2. Por meio do testemunho da verdade - A promessa de Jesus já foi


cumprida. A virtude do Espírito Santo já foi derramada (At 1.8), e a
finalidade dessa virtude é a de nos tornar testemunhas de Cristo na terra,
pois, para isto mesmo fomos chamados.
A Bíblia nos afirma que o Espírito Santo dá testemunho da verdade e
nos guia em toda verdade para que possamos testemunhar somente a
verdade (Jo16.13). Este é um dos ofícios do Espírito Santo, tanto para
convencer o incrédulo do pecado, como também para ensinar, corrigir e
guiar o crente no caminho da verdade.

3. No avanço do evangelho - Toda obra realizada para Deus sofrerá


oposição espiritual, de forma que a dependência do Espírito Santo torna-
se imprescindível para o avanço do evangelho (At 13.9).
Recebemos da parte de Jesus uma ordenança que está completamente
fora do alcance humano (Mt 10.7,8), mas que nos mostra a forma de
como pregar o evangelho. Além disso, o texto nos diz: “...de graça
recebeste, de graça daí” (Mt 10.8). Mas, o que de fato recebemos de
graça? Senão o poder especial para destronar qualquer ação contrária ao
Crescimento Bíblico - 55
avanço do evangelho.
Os discípulos deviam dar livremente o que receberam de Cristo,
como o ensino e o que receberam do Espírito Santo, como o poder de
Deus em ação de forma que o evangelho genuíno se expandisse por
todas as línguas, povos e raças.

CONCLUSÃO

Tudo começou quando Jesus chamou alguns poucos homens para que
o seguissem. Seu objetivo principal foi o de alistar homens que pudessem
dar testemunho de sua vida tendo suas próprias vidas radicalmente
transformadas. Agora, completamente dependentes do Espírito Santo,
são escolhidos, chamados e comissionados para uma grande obra.
Hoje, o mundo está a procura de alguém que conheça o caminho
traçado por Jesus e entende a direção do Espírito Santo para sua vida, a
fim de trazer luz aos que estão em densas trevas. Você é um candidato?
• Quem é de fato, para você, o Espírito Santo?
• Você tem dedicado tempo para o serviço missionário?
• Você tem contribuído para a expansão do evangelho?

No
próximo
trimestre, estaremos
estudando o seguinte tema:
DOUTRINAS BÍBLICAS.
O objetivo é ensinar ao povo de Deus
as doutrinas que, com o passar do tempo,
ganharam novos significados, perdendo
a sua essência. Precisamos resgatar a
verdade sobre Deus, sobre o
homem, sobre os
anjos, etc.
RESPONSABILIDADE PESSOAL
Versículo Chave
Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me
gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim
se não anunciar o evangelho!
(1 Coríntios 9.16)

Lição 12 - 21 de março de 2004


Objetivos da Lição
• Mostrar que a responsabilidade imposta por Deus ao crente é pessoal;
• Ensinar que apesar de estarmos cumprindo com uma obrigação,
receberemos recompensa pelo que fizermos;
• Desafiar cada aluno a empenhar-se de acordo com esta responsabi-
lidade pessoal.

Culto Familiar
Segunda – (Mateus 28.19-20) – Ide e pregai o evangelho
Terça – (João 4.34-38) – Levantai os vossos olhos
Quarta – (1 Coríntios 9.16-18) – Cumpra a tua obrigação
Quinta – (2 Timóteo 4.1-3) – Pregue a Palavra
Sexta – (Marcos 6.37) – Dai-lhes vós de comer
Sábado – (1 Coríntios 9.16-23) – Faça o possível para ganhar almas

SUGESTÃO DE HINOS - 016 - 093 - 355 (Harpa Cristã)


1 CORÍNTIOS 9.16-23

16 - Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois


me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!
17 - E, por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má
vontade, apenas uma dispensação me é confiada.
18 - Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o
Crescimento Bíblico - 57
evangelho de Cristo, para não abusar do meu poder no evangelho.
19 - Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para
ganhar ainda mais.
20 - E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para
os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar
os que estão debaixo da lei.
21 - Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei
para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.
22 - Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me
tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.
23 - E eu faço isso por causa do evangelho, para ser também
participante dele.

INTRODUÇÃO

O
que entendemos por responsabilidade pessoal, quando falamos
do compromisso de pregar o evangelho? Indica o meu grau de
comprometimento com Cristo, que me deu este dever e tenho
que cumpri-lo. Nesta lição estudaremos o assunto abrangendo os
seguintes aspectos:

I – CUMPRO A MINHA OBRIGAÇÃO


Pregar o evangelho é cumprir um mandamento divino. Segundo
Mt 28.19 todos os servos de Cristo são comissionados a ir, ensinar e
batizar. Minha responsabilidade com a evangelização é mais do que
um desafio, e isso pode ser comprovado em vários textos bíblicos, o
dever de evangelizar vai além dos sentimentos. Vejamos o que Paulo
nos ensina sobre esse compromisso.

l. Não há motivos para vanglória - Tudo que o homem fizer, deve


manifestar a glória de Deus (Sl 34.1-3), revelando a satisfação de ser
conhecido e conhecer ao Senhor; não devemos nos gloriar em nada que
lhe fizermos, nem em nosso processo espiritual ou em qualquer atividade
em favor da pregação do evangelho (Gl 6.14). Não é mérito, talento ou
vontade minha, tudo é de Deus, o plano, a execução e os resultados.

2. É uma responsabilidade imposta por Deus - A experiência de


Paulo no decorrer de sua vida e especialmente no acontecimento do
Crescimento Bíblico - 58
caminho de Damasco, foi decisiva para seu envolvimento na obra de
evangelização. Houve uma determinante quanto ao futuro de Paulo,
tornou-se um vaso escolhido para levar as boas novas da salvação aos
gentios, aos reis e aos filhos de Israel (At 9.15). O comissionamento vem
do Senhor, é obra de Deus inspirada pelo Espírito Santo.

3. Haverá juízo para quem não pregar - Os homens reagem de forma


diversa, favorável ou não à vontade de Deus, e os juízos são determinados
de acordo com cada uma dessas atitudes. O juízo se agrava pela consciência
do dever não cumprido. Podemos constatar esta verdade em Ez 33.7-11,
fomos constituídos atalaias com a missão específica de avisar ao pecador
do seu erro para que não morra, e seu sangue não seja cobrado de nós.

II – O SENHOR PROMETE RECOMPENSA


Na seara do Senhor, tanto o que planta quanto o que rega, receberá a
recompensa segundo o seu trabalho (I Co 3.8). Jesus falando aos discípulos
em (Mt 10.41-42), lhes ensinou que até um copo de água servido a um
necessitado, será recompensado. O texto é claro em dizer que todos serão
recompensados segundo suas obras (Mt 16.27). “Não é tolo aquele que dá
aquilo que não pode reter, a fim de ganhar aquilo que não pode perder”
(James Elliott, missionário evangélico martirizado por índios no Equador).

1. Ao que fizer de bom grado - A exemplo de Cristo, assim como Ele


se dispôs a abrir mão do céu para vir a terra, ser o maior missionário de
todos os tempos, fazendo cumprir a vontade do Pai, devemos nós muito
mais, anunciar o evangelho voluntariamente. Se a lei do Senhor está arraigada
em nosso coração, nos deleitamos em fazer a vontade de Deus por amor. O
comprometimento com Cristo faz com que sintamos prazer em servi-lo e
assim estaremos prestando o melhor culto e serviço a Deus (Hb 10.9).

2. Ao que fizer pela graça - A graça de Deus se revelou ao homem na


pessoa de Cristo, em toda a sua trajetória do Edem até hoje, Deus tem exercido
e demonstrado sua graça para conosco. Ef 1.7, diz que temos a redenção
pela riqueza de sua graça. Paulo considera a graça de Deus suficiente, e não
tira proveito da igreja como fazem muitos hoje, enriquecendo às custas do
evangelho. Somos ensinados a dar, do mesmo modo que recebemos. “de
graça recebestes, de graça daí”. E em At 8.20 Pedro diz que “o dom de
Deus não se alcança por dinheiro”. Sejamos diligentes para pregar a graça
que imerecidamente nos alcançou e superabundou.
Crescimento Bíblico - 59
3. Ao que não abusar do poder do evangelho - A pregação da palavra
deve estar isenta de interesses pessoais, não visando benefícios próprios,
mas o bem comum para que o próximo seja salvo (I Co 10.33). Devemos
estar atentos para não usar o poder do evangelho em nosso nome. II Co
4.5) deixa claro que somos apenas servos de Cristo, que toda a mensagem,
honra e glória pertencem a Ele. Todos temos a responsabilidade, ou melhor,
o dever de pregar a palavra, porém, nunca devemos chamar esta honra
para nós, afinal não fomos crucificados por amor a ninguém.

III – POSSO USAR DE TODOS OS


MÉTODOS TRANSCULTURAIS
Todos os meios podem ser usados para que a confiança do público
alvo seja alcançada. A pregação do evangelho exige renuncias e Paulo
nos diz no Vs. 19 que renunciou seus direitos em respeito às convicções
dos outros, com isso expandiu seu ministério e não embaraçou o
evangelho. O missionário deve estar disposto a conformar-se com os
padrões culturais e sociais de seus ouvintes e suas convicções, para poder
alcança-los, desde que não viole os princípios cristãos.

1. Em relação à cultura - Conquistar almas para Deus era o objetivo


de Paulo, e para isto não media esforços, submetendo-se a ser como judeu,
para alcançá-los; aceitou seus ritos para melhor entendê-los. Aos que viviam
debaixo da lei, não os julgou, pois tinha interesse neles também (Rm 9.1-
5). Submeter-se aos rituais do povo, sem comprometer a mensagem
verdadeira, foi uma estratégia de trabalho usada por Paulo para alcançar
seu objetivo (At 21.24). Quando questionado sobre assuntos polêmicos,
Paulo deixa claro que em respeito às convicções de outros irmãos e por
amor a estes, devemos limitar nossa liberdade a fim de não enfraquecê-los.
Exercitando o amor ao próximo abriremos mão de convicções pessoais, e
recusaremos o que possa fazer alguém tropeçar. Por pequenas coisas não
devemos destruir alguém por quem Cristo morreu.

2. Em relação à força e a fraqueza - Cristo nos deu ensinamentos


sobre este item, quanto a suportar as fraquezas dos fracos apesar de sermos
fortes (Rm 15.1). Se for para o bem espiritual daqueles a quem pregamos,
façamos todo o empenho para agradar-lhes. Sendo fortes, por amor nos
tornamos fracos; Paulo não necessitava passar por tantas lutas, porém
visando cumprir o seu ministério, submeteu-se a prisões, açoites, trabalho
árduo, perigo de morte, apedrejamento, naufrágio, etc., porém, estava
Crescimento Bíblico - 60
visando agradar a Deus e não a si próprio. Aquele que se envolve na obra
por amor, sente todos os sintomas daquele que está fraco (II Co 11.29),
podemos chamar a isso empatia, ou seja, colocar-se na posição do outro,
essa foi a atitude de Cristo, que não tendo nenhum pecado, se fez pecado
por nós.

3. Servir a todos no meio de todos - Paulo procurava agradar a


todos, tanto judeus como gregos, e aos irmãos da fé, sendo seu exemplo
valiosíssimo para nós, que temos por hábito buscar sempre nosso bem
estar, em detrimento do conforto do irmão. Nós que somos objeto do
amor de Deus e fomos atingidos por ele, temos obrigação de expandir
esse amor , perdão e ajuda, mesmo que nos custe um alto preço. Quanto
mais nos dermos em amor, tanto mais receberemos, pois, o amor de Cristo
se aperfeiçoa em nós (I Jo 4.12).
CONCLUSÃO
Esta lição veio confrontar-nos com o papel individual de cada servo
do Senhor na evangelização do mundo, e nos despertar para o fato de
que o comprometimento é pessoal, não podendo atribuir a terceiros a
responsabilidade.
• Você tem cumprido a sua obrigação no que se refere a evangelização?
• Você sabia que todos nós somos responsáveis por missões?
• Que tipo de recompensa você espera de Deus pela sua participação em
missões?

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RECAPITULAÇÃO

Versículo Chave
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo
(Mateus 28.19)

Lição 13 - 28 de março de 2004


Objetivos da Lição
• Mostrar a terrível situação dos que morreram sem Cristo;
• Comprovar, bíblicamente, a realidade deste fato;
• Desafiar a igreja à uma tomada de posição diante desta situação.

Culto Familiar
Segunda – (Lucas 16.19-31) – Clamor do inferno
Terça – (Isaías 6.1-13) – Clamor do céu
Quarta – (Marcos 6.34-42) – Paixão pelas almas
Quinta – (Filipenses 4.10-19) – Um mantenedor
Sexta – (Lucas 15.1-10) – Um missionário
Sábado – (Mateus 28.16-20) – Um fazedor de discípulos

SUGESTÃO DE HINOS - 065 -220- 515 (Harpa Cristã)

MATEUS 28.16-20
16 - E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que
Jesus lhes tinha designado.
17 - E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
18 - E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o
poder no céu e na terra.
Crescimento Bíblico - 62
19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação
dos séculos. Amém!

INTRODUÇÃO

O
objetivo desta lição é fixar as verdades estudadas no trimestre.
Nosso desejo é nos confrontar com a realidade de um mundo
sem Deus e o que podemos fazer diante desta realidade.
I – PRECISAMOS OUVIR O CLAMOR
1. Do inferno (Lc 16.19-31) - Um clamor pessoal por misericórdia.
O homem no Hades pede clemência. Solicita compaixão. Seus rogos
são inúteis. Clama por alívio. O destino do homem é traçado nesta vida.
Diante do clamor pessoal do homem perdido é-lhe mostrado que o
destino eterno do homem é traçado enquanto em vida. Vivo, o homem
pode ser alcançado pela misericórdia divina. Uma vez morto segue-se
o juízo, restando tão somente a aplicação da pena.

2. Da terra (At 16.6-10) - O clamor da terra só fará algum sentido para


nós se conhecermos a situação espiritual da humanidade. A Bíblia diz que
“o mundo jaz no maligno”. A conseqüência dessa verdade é que a
humanidade vive sob constante influência do mal, o que gera escravidão e
morte espiritual. Estão escravizados no pecado; estão afastados da presença
de Deus; Necessitam de liberdade; necessitam de reconciliação com Deus.
3. Do céu (Is 6.1-13) - Deus busca alguém a quem possa enviar. A quem
enviarei? Significa dizer que não se pode enviar qualquer um. E quem há de
ir por nós? Fala de um representante legal. A voz profética fala o que Deus
falou: “Então, disse ele: vai e dize...” A voz profética tem destino certo:
“vai e dize a este povo” - A palavra profética tem um destinatário: o povo.

II – PRECISAMOS RESPONDER A ESTE CLAMOR


1. Tendo compaixão das almas (Mc 6.34-42) - Jesus viu pessoas em terrível
estado de inimizade para com Deus, no entanto, não julgou e nem condenou,
apenas compadeceu. Somente com este sentimento podemos ganhar almas.
2. Priorizando o Reino de Deus (Lc 12.13-15; 22-31) - A vontade de
Deus é que todos os homens sejam salvos. Será impossível darmos um
passo em direção às nações senão conseguirmos, antes, nos desprendermos
dos bens materiais. Não viva para trabalhar, ajuntar ou enriquecer, mas
trabalhe para viver, dividir e abençoar (Pv 11.24). Trabalhe pensando em
Crescimento Bíblico - 63
cumprir a grande comissão. A quem sirvais a Deus ou às riquezas? (Lc
16.13) Jesus é o nosso melhor exemplo de abnegação!

3. Tornando-se um doador da graça (Lc 10.25-37) - Atentando para


a necessidade do próximo - Muitas vezes não queremos enxergar a
necessidade de quem está à nossa volta. Mendigos, prostitutas, bêbados,
meninos de rua e tantos outros, são pessoas indesejáveis para nós;
desconsideramos a existência delas e fechamos nossos olhos diante de
suas necessidades. No entanto, essas são pessoas extremamente desejáveis
para Deus. Devemos socorrê-las em suas aflições. Diante da percepção
das aflições do próximo, temos que lhe prestar socorro, atando as feridas,
dando alimento, prestando o auxílio de que precisa.

4. Suprindo a obra missionária (Fp 4.10-19) - As cartas que recebemos


dos missionários, que um dia enviamos, nos contam das necessidades enfrentadas
no seu dia-a-dia. São aflições provenientes da escassez, estando em um país
estranho, trabalhando pela causa do evangelho, longe de parentes e amigos que
poderiam no momento das dificuldades financeiras, socorre-los. É uma atitude
egoísta, da nossa parte, deixar que padeçam por falta de recursos para remédios,
alimentação adequada, e o mínimo de conforto. É bom lembrar neste momento
que: “assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho,
que vivam do evangelho” (1 Co 9.14). Reflita bem: “Qual o soldado no
exército que tem de pagar suas próprias despesas?” (1 Co 9.7a, BLH).

5. Tornando-se um intercessor - (MT 9.35-38; Cl 4.2-6) - Há uma grande


obra a ser realizada. O crente intercessor não pode pensar e nem agir com
incredulidade. Precisa saber que a obra é extensa demais e, aos nossos olhos,
impossível de ser realizada. No entanto, o Senhor da obra é poderoso para
através da Igreja, salvar o mundo inteiro. Antes de ajoelhar-se em fervente
oração, tome consciência de que estás fazendo uma grande obra (Ne. 6.3).
III – PRECISAMOS AGIR EM PROL DESTE CLAMOR

1. Superando as dificuldades (Lc 15.1-7) – Devemos abandonar o


comodismo. Nada melhor para superar o comodismo do que enxergar a
realidade. Enquanto estamos confortavelmente sentados no banco da igreja,
milhões de pessoas morrem sem Jesus. Ainda existem países na Europa
Central com menos de 1% de cristãos evangélicos, como: Eslováquia,
Bósnia, República Checa, Albânia, Kosovo e Áustria. Sem falar nos mais
próximos, como vizinhos e amigos que morreram sem Cristo. É preciso
que cada crente esteja consciente da urgência em se deixar o comodismo, e
fazer sua a afirmação de Paulo: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e
me deixarei gastar pelas vossas almas” (2 Co 12.15).
Crescimento Bíblico - 64
2. Tornando-se um agente multiplicador (MT. 25.14-30) - Na parábola
da videira (Jo 15), vemos que o propósito de Jesus Cristo e dos crentes é o de
produzir fruto. Esta parábola deixa bem claro que o crente que não produz
fruto é considerado inútil para o reino e este será cortado pelo viticultor.

3. Vivendo na dependência do Espírito Santo (At 13.1-12) - Sempre


que Deus quis realizar algo na face da terra, se utilizou dos homens. Sabemos
que aquele que chama é o que distribui as tarefas dando também a
capacitação especial para o desempenho de cada uma delas. Nunca podemos
esquecer que nada podemos fazer sem a ajuda de Deus (Jo15.5). O Espírito
Santo é o nosso principal recurso quando entendemos que a verdadeira
obra de Deus só pode ser realizada com sucesso através do seu poder.
“Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6).

4. Assumindo a responsabilidade individualmente (I Co 9.16-23)


- Pregar o evangelho é cumprir o mandamento divino. Segundo Mt 28.19
todos os servos de Cristo são comissionados a ir, ensinar e batizar. Minha
responsabilidade com a evangelização é mais do que um desafio, e isso
pode ser comprovado em vários textos bíblicos, o dever de evangelizar
vai além dos sentimentos. O comissionamento vem do Senhor, é obra de
Deus inspirada pelo Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Concluímos estas lições reanimando cada irmão a abraçar esta causa e
levar à sério a grande comissão dada pelo Senhor Jesus. Que haja uma
atitude de resposta positiva, diante do clamor em todos os lugares e de
todas as formas. Este é o maior desafio da Igreja frente ao século XXI.
Segue o questionário das lições estudadas no trimestre:
I – Qual foi o pedido do rico a Abraão? (Lição 01)

II – Explique com suas próprias palavras a condição do homem: a)


Escravizado no pecado; Afastado da presença de Deus. (Lição 02)

III – Se Deus não pode enviar a qualquer um, a quem Ele pode enviar?
(Lição 03)

IV – O que significa ter compaixão pelas almas? (Lição 04)

V – Porque Jesus mandou os discípulos providenciarem pão para a multidão,


sabendo que era uma façanha impossível naquelas circunstâncias? (Lição 04)

VI – O que é priorizar o Reino de Deus? (Lição 05)


Crescimento Bíblico - 65
VII – O que significa ser um doador da graça? Explique cada ponto da
lição. (Lição 06)

VIII – O que é um mantenedor da obra missionária? (Lição 07)

IX – Qual foi a ordem do Senhor em relação aos pregadores do evangelho?


(1 Co 9.14) (Lição 07)

X – Mencione os quatro subtópicos que mostram a necessidade de


intercessores. (Lição 08)

XI – Mencione as qualidades do intercessor. (Lição 09)

XII – Do que necessitamos para sermos um missionário? (Lição 10)

XIII – De acordo com João 15, o que é um crente multiplicador? (Lição 11)

XIV – Discuta a chamada pessoal de Abraão, de Moisés, de Paulo. (Lição 12)

XV – De acordo com Ez. 33.7-11, o que receberemos de Deus, se


deixarmos de pregar o evangelho? (Lição 13)

GLOSSÁRIO
ALENTO = Coragem; ânimo; força.

ARRAIGADO = Enraizado.

EMBRENHAR = Esconder (nas brenhas, no mato).


EMPATIA = Tendência para sentir o que sentiria caso se estivesse
na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa.

INDEFERIR = Desatender; despachar desfavoravelmente.

MORIBUNDO = Que está morrendo; que vai acabar; desfalecido.

PRESTEZA = Ligeireza, prontidão; rapidez, agilidade.

PROTÓTIPO = Primeiro tipo ou exemplar; original, modelo.

SUBJETIVO = Relativo a sujeito; existente no sujeito; individual.


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CRISTÃ

PÁGINA DO PROFESSOR
COMO GANHAR ALMAS
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera
nestas coisas...” (1 Tm 4.16)

O texto acima contém uma admoestação que faz referência ao assunto,


à ordem e à maneira de se pregar:

1. Quem prega deve saber que os homens são agentes morais: racionais
e responsáveis;
2. Estão em rebelião contra Deus, totalmente indispostos, inteiramente
tomados de preconceitos, e comprometidos contra Deus;
3. Estão entregues à auto-satisfação como objetivo de sua vida. Esse
estado é a depravação moral, ou seja, a fome do pecado dentro de si
mesmos. Precisa de uma transformação moral radical;
4. Deus é infinitamente benfazejo, e os pecadores incrédulos são
egoístas e radicalmente opostos a Deus;
5. Essa inimizade é voluntária, e só pode ser vencida através do ensino
do Espírito Santo;
6. O evangelho serve a esse fim, e quando é sabiamente apresentado,
podemos esperar confiadamente a cooperação do Espírito Santo. Isso está
explícito na ordem de Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações;
...e eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”;
7. Se não tivermos sabedoria, se formos incoerentes e antifilosóficos e
se não seguirmos uma ordem natural na apresentação do evangelho, não
temos direito de esperar pela cooperação divina;
8. Os pecadores devem ser convencidos da sua inimizade. Não
conhecem a Deus, e por conseguinte ignoram muitas vezes a oposição
do seu próprio coração contra ele;
9. Todos os homens sabem que cometeram pecado, porém nem todos
estão convictos, nem da culpabilidade, nem das más conseqüências que o
pecado merece. Quase sempre não sentem o fardo do pecado nem os
horrores e terrores do remorso; não têm senso de condenação nem de
estarem perdidos;
10. Sem convicção, porém, não podem entender nem apreciar a
salvação do evangelho. Ninguém pode inteligentemente e de coração,
pedir ou aceitar perdão enquanto não percebe como é real e justa a sua
condenação. O evangelho deixa de ser uma boa-nova para o pecador
indiferente e sem convicção de pecado;
11. Esmagado até à contrição pelo poder convincente da lei, a revelação
do amor de Deus manifestado na morte de Cristo há de gerar no pecador
o sentimento de desgosto de si próprio e aquela tristeza segundo Deus,
que a ninguém traz pesar;
12. O pregador deverá dirigir a verdade às pessoas presentes, aplicando-
a de modo tão pessoal que cada uma sinta que a mensagem é para ela. É
como se tem dito muitas vezes de certo pregador: “Ele não prega, ele
explica o que outros pregam, e parece que fala diretamente a mim”;
13. Não devemos pensar que basta a piedade sincera para nos dar
êxito em ganhar almas. Há de haver sabedoria também bom senso,
sabedoria espiritual para adaptar os meios ao fim. Assunto, maneira, ordem,
tempo e lugar, todos precisam ser sabiamente ajustados ao fim que temos
em vista;
14. Para sermos bem sucedidos em ganhar almas, precisamos ser
observadores, estudar o caráter das pessoas, aplicar os fatos da experiência,
da observação e da revelação às consciências de todas as classes;
15. É muito importante que sejam explicados os termos empregados:
Arrependimento, fé, regeneração, conversão, etc;
16. É importante assegurar-lhe que “Deus nos deu a vida eterna, e
essa vida está no seu Filho”; que Cristo nos foi feito sabedoria, justiça,
santificação e redenção; e que, do princípio ao fim, ele achará toda a sua
salvação em Cristo.

Até o próximo trimestre


Kleber Paulo Santana
(Ministro de Educação Cristã)
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

Informações Gerais
ESCOLA DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA - EETAD
NÚCLEO 826
Local Dia Horário
Sede Sábado 18:00 às 21:00 h
Valparaízo Segunda-feira 19:30 às 22:00 h
Jardim Novo Oriente Segunda-feira 19:30 às 22:00 h
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St. do Gama Quinta-feira 19:30 às 22:00 h
Pedregal Quinta-feira 19:30 às 22:00 h
Cristalina Sábado 19:30 às 22:00 h
(Matrículas Abertas)

Biblioteca Areópago
Para quem deseja fazer pesquisas ou ler um bom livro
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Escola Bíblica Dominical


Uma grande benção ao alcance de todos
Horário: 09:00 às 11:00 h
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Discipulado 1
Discipulado 2
Toda quinta-feira, das 20:00 às 21:30 h

CULTOS PRINCIPAIS NO TEMPLO SEDE


Aos Sábados - 19:30 às 21:30 h (Departamentos)
Aos Domingos - 18:30 às 20:30
Ensino Bíblico
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Segunda a Sexta-feira - 06:30 às 07:30 h
Sexta-feira - 20:00 às 21:30 h

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