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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

SECUNDARISTAS

4ª AULA - A RESTAURAÇÃO DO ALTAR

Texto da aula: I Reis 18:17-40

1. INTRODUÇÂO

Momento em que o povo de Israel vivia:

Acabe foi rei em Israel, quando o reino estava dividido (Judá, ao sul – sede Jerusalém e Israel, ao norte - a
sede era em Samaria) (I Reis 16:29).

Acabe fez o que parecia mal aos olhos do Senhor, mais que todos os reis que foram antes dele (I Reis
16:30) e, ainda pior, casou-se com uma estrangeira, Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios. (I Reis 16-31).
A união de Acabe com Jezabel, não foi apenas um simples casamento pois os resultados foram terríveis –
uma verdadeira afronta ao Senhor. Acabe, tornou-se servo e adorador de Baal, levantando a ele um altar,
construindo, também, outros ídolos, o que muito desagradou ao Senhor (I Reis 16: 31-33).

Elias, cujo nome significa Jeová é Deus, foi profeta nesse período e preocupava-se com as medidas que
estavam sendo adotadas por Jezabel para tentar suprimir totalmente o culto ao Senhor em Israel (I Reis
18.4). Elias, como profeta fiel ao Senhor, apontava o pecado, denunciando os prejuízos para o povo de
Israel decorrentes dessa união, o que incomodava ao rei Acabe.

Antes do acontecimento que será estudado nesta aula, Elias havia profetizado um período de seca,
conforme a palavra do Senhor. A profecia se cumpriu e vieram três anos de seca, o profeta, por orientação
do Senhor, apresentou-se perante o rei para confirmar que a seca veio como conseqüência da apostasia de
Israel e que, só o Senhor poderia mandar chuva sobre a terra acabando com a extrema fome do povo (I
Reis 18:1-2).

Acabe ao encontrar-se com Elias, o recebe com uma acusação:

— És tu o perturbador de Israel? (I Reis 18:17)

Acabe tenta caracterizar Elias como alguém que perturbava o seu reinado, não reconhecendo que, na
verdade, era ele próprio o perturbador de Israel, por ter permitido a introdução da idolatria.

 A fidelidade dos servos incomoda aos que tentem deter a Obra de Deus.

Durante o reinado de Acabe o povo de Israel se corrompeu, adotando a idolatria introduzida por Jezabel e
seus profetas, ficando dividido entre seguir a Baal ou ao Senhor, Deus de seus pais.

2. ELIAS CONCLAMA O POVO PARA A UMA DECISÃO

Então Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o
senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu - I Reis 18: 21.

A situação do povo era de incertezas. Os pensamentos das pessoas estavam divididos.

Até quando coxeareis...:. O coxo tem um caminhar inseguro, firmando o passo ora de um lado, ora de
outro – um caminhar deformado.

... entre dois pensamentos:?: Não havia decisão por parte do povo, estavam com as mentes
atingidas pela idolatria e insensíveis ao pecado.
Se o senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o
Elias queria o povo novamente seguro e definido no caminho. Uma mudança de mentalidade.
Porém o povo nada lhe respondeu
Não houve resposta ao apelo de Elias, haviam se tornado insensíveis.

 Elias percebeu que, na situação em que o povo se encontrava, não era mais o momento para
continuar argumentando e sim, a hora do povo ver o poder de Deus se manifestando.

 Elias propõe ao povo fazer prova do Senhor:

Trazendo 2 bezerros, preparando o holocausto e o deus que responder com fogo esse será Deus.– E todo o
povo respondeu: É boa esta palavra : I Reis 18:23-24

Só uma prova verdadeira com o Deus vivo, desfaz a confusão da mente. Elias não argumenta, deixa o
Senhor agir.

3. A RESTAURAÇÃO DO ALTAR: I Reis 18:30-39

O altar do Senhor estava em ruínas, mostrava a indiferença e o desprezo pela Obra do Senhor, causada
pelos pensamentos coxeantes.

O altar é o lugar da adoração pelo sacrifício, pelo perdão dos pecados. Elias reparou o altar diante do povo
demonstrando que, para se chegar a Deus o altar não pode estar destruído. Reparar o altar significa colocar
em ordem as orientações básicas do Senhor para o seu povo.

A restauração não foi feita de qualquer jeito mas segundo a orientação do Senhor (v.32), com conhecimento
dos fundamentos e promessas feitas ao povo de Deus, cada detalhe da reconstrução era um ato profético:

v.30 “...chegai-vos a mim...”


O povo estava sendo convidado para ver o milagre, conhecer o Deus vivo.
A primeira coisa é entender a necessidade de corpo. Se não houver este entendimento, não
há como restaurar a Obra.

v.31 “...tomou doze pedras...”


Fala das 12 tribos, colégio apostólico, fala da experiência da Igreja com a doutrina onde a
sua identidade é consolidada, o altar precisa de uma base sólida para ser reconstruído e
toda a base da Igreja está em conhecer a doutrina revelada.

v.32 “...fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.”
A semente é o alimento (Palavra) = o altar estabelecido traz sustento espiritual.
O altar precisa ser estabelecido segundo os limites da Palavra. Jesus revelado no todo, no
Velho e no Novo Testamentos.

v.33 “...armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha.”


A lenha – o homem diante do altar para ser queimado - se anular. Quanto mais a sua vida
estiver no altar, a razão, a carne consumidos pelo fogo, mais identificado estará com o
projeto de salvação (sacrifício de Jesus).
Bezerro em pedaços – fala da morte e do sacrifício de Jesus. Todo o seu sofrimento na cruz
do calvário. “...sem derramamento de sangue, não há remissão do pecado...” (procurar
versículo).

“...e o pôs sobre a lenha.”


A visão de Deus é de cima para baixo. E o que Deus vê? O sacrifício, o sangue.
O fogo só vai descer se Ele estiver vendo o sacrifício de Jesus.

v.34 “...enchei de água quatro cântaros e derramai sobre o holocausto e sobre a lenha...”
O derramar da água primeiro sobre o holocausto nos mostra que o sacrifício de Jesus nos
traria a purificação pela ação de Sua palavra e esta mesma operação ocorreria
posteriormente sobre a Igreja (a lenha), operação confirmada pela trindade (três vezes).

v.36 “...oferecendo-se a oferta de manjares...”


Porque a vida no altar precisa ser um ato de adoração e de glorificação ao Senhor.

 a oração de Elias: o segredo da simples oração de Elias, comparada ao esforço dos profetas de Baal
(retalharam-se com facas até ao meio-dia), estava na restauração do altar.

 fogo - o fogo caindo como sinal do Deus, capaz de mudar a mentalidade existente até então, levando o
povo a uma nova mentalidade acerca de servir verdadeiramente ao Deus vivo.

 Como tem sido o nosso caminhar?


 Como está a nossa mente?
 Como se encontra o nosso altar?

4. CONCLUSÃO

Restaurar o altar é acertar a nossa vida com Deus. O momento é de colocar em prática as doutrinas básicas
da obra do Senhor: É o Espírito Santo quem nos convoca nesta hora! Estamos vivendo no Corpo, em
comunhão com as orientações do Senhor para com a sua Obra?

O verdadeiro Deus respondeu com fogo do céu.

I Reis 18:39 – “Então caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto e a lenha e as pedras e o
pó e ainda lambeu a água que estava no rego.”

O fogo veio do alto, uma operação do Espírito Santo, que faz queimar o pecado, a incredulidade.

Quer o fogo do céu em sua vida? Restaure o altar.

* NOTA AOS PROFESSORES DE JOVENS

O texto principal da aula está em I Reis 18:17-40, mas para melhor entendimento do estudo e
preparação da aula, os professores devem também, ler os capítulos 16 e 17 de I Reis.

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