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A grande Comissão, uma missão inacabada

Referência: Mateus 28.18-20

INTRODUÇÃO

1. O método de Cristo é a igreja

A estória: Quando Cristo terminou sua obra, e chegou ao céu, os anjos o receberam com exultante
celebração. Um anjo perguntou-lhe: “Senhor, tu consumaste a obra da redenção, mas quem vai contar essa
boa nova para o mundo inteiro?” Jesus respondeu: “Eu deixou doze homens preparados para essa tarefa”.
Retrucou o anjo: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Jesus respondeu: “Se eles falharem eu não tenho outro
método”.

2. O tempo de agir é agora

Todos os quatro evangelistas deram ênfase à grande comissão. Lucas a repete no livro de Atos.

As últimas palavras de uma pessoa, são as mais importantes e urgentes. Essas foram as últimas palavras de
Cristo.

Os campos já estão brancos para a ceifa. O tempo é agora.

3. A grande comissão envolve toda a igreja

O Congresso de Lausane definiu: “O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o
mundo, a toda criatura”.

Você foi alistado para fazer parte dessa maior missão de resgate do mundo: Não do Katrina, não dos
acidentes naturais, mas do maior acidente cósmico: a queda. Não de uma tragédia temporária, mas da
perdição eterna.

I. A COMPETÊNCIA DO COMISSIONADOR – v. 18

Jesus tem toda autoridade (versão atualizada).

Jesus tem todo poder (versão corrigida).

Exemplo: o caminhão com 30 toneladas e o guarda. O caminhão tem poder, o guarda tem autoridade. Jesus
tem poder e autoridade.

Esta declaração mostra que quem dá a ordem tem autoridade e competência para fazê-lo.

Isto tem duas implicações:

a) É condição básica de êxito sabermos que o nosso Deus é o maior – É esta certeza inabalável que nos dará
as condições de enfrentar o inimigo e as circunstâncias adversas sem temer e sem vacilar.

b) Qualquer ordem dada pela autoridade máxima do universo exige atenção e respeito total – Ao proferir a
ordem Jesus quer ser obedecido de forma clara, completa e urgente.

II. O CERNE DA GRANDE COMISSÃO – v. 19

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Todos os verbos estão no gerúndio, mas FAZER DISCÍPULOS é uma ordem.

a) Jesus não mandou fazer fãs – quem precisa de fãs são os artistas.

b) Jesus não mandou fazer admiradores – Atores e jogadores de futebol é que buscam admiradores.

c) Jesus não mandou apenas evangelizar e ganhar almas, abandonando os bebês espirituais – Ele quer
discípulos.

d) Jesus não mandou apenas recrutar crentes e encher as igrejas de pessoas – Ele quer convertidos maduros.

Um discípulo é um seguidor. Isso implica: 1) Fazer do Reino de Deus seu tesouro; 2) Renunciar tudo por
amor a Jesus; 3) Isso significa guardar as palavras de Jesus.

Hoje temos muita adesão e pouca conversão. Temos grande ajuntamentos e pouco quebrantamento. Temos
igrejas cheias de pessoas vazias de Deus e vazias de pessoas cheias de Deus. Temos grandes multidões de
buscam as bênçãos, mas não a Deus. São religiosos, mas não discípulos de Cristo.

III. O ALCANCE DA GRANDE COMISSÃO – v. 19

“Fazei discípulos de todas as nações”.

A palavra nações é etnias. Onde houver um povo, com sua língua, cultura, raça, etnia ali o evangelho deve
chegar. Ali Deus comprou com o sangue de Cristo aqueles que devem ser chamados e discipulados.

O coração de Deus pulsa pelo mundo todo.

Deus disse a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”.

Apocalipse 5:9 diz que Deus comprou com o sangue do Seu Filho os que procedem de toda tribo, língua,
povo e nação.

A leitura errada de Atos 1:8: Não é primeiro aqui, depois lá. Mas tanto quanto, ou seja, concomitantemente.

IV. AS IMPLICAÇÕES DA GRANDE COMISSÃO

1. Envolve a integração dos novos convertidos – v. 19

A igreja é importante.

Não existe crente isolado, fora do corpo. Não existe ovelha fora do rebanho.

A igreja foi instituída pelo Senhor e os novos crentes devem ser integrados a ela pelo batismo.

2. Envolve ensino aos novos convertidos – v. 19

Há três coisas a destacar:

a) Ensinar o que Jesus mandou (v. 19) – Não se trata de ensinar achiologia, modismos, tradições humanas,
legalismo. Paulo diz que devemos anunciar todo o desígnio de Deus.

b) Ensinar todas as coisas (v. 19) – Não apenas as mais agradáveis. Devemos ensinar toda a verdade, toda a
Palavra, dar não apenas o leite, mas também o alimento sólido.
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c) Ensinar a guardar – Ensinar não é apenas guardar na cabeça, mas obedecer. O discípulo é aquele que
obedece. Hoje, as pessoas querem conhecer, mas não querem obedecer. “Vós sois meus discípulos se fazeis
o que eu vos mando”.

V. MOTIVOS PARA CUMPRIR A GRANDE COMISSÃO – v. 18-20

1. O poder de Jesus à nossa disposição – v. 18

Se Jesus tem todo poder e autoridade, não sobrou nada para o diabo.

O diabo é astuto, ardiloso, sagaz. Mas Jesus tem todo o poder no céu e na terra.

O poder do diabo foi tirado na cruz (Cl 2:15). Ele foi despojado. Está oco, vazio.

O diabo não tem poder nem no inferno. Apocalipse 1 diz que as chavas da morte e do inferno estão nas mãos
de Jesus. As portas do inferno não prevalecem contra a igreja.

Toda a suprema grandeza do seu poder está à nossa disposição (Ef 1:19).

2. A presença de Jesus – v. 20

A presença de Jesus é contínua, em todo lugar. Ele nunca nos desampara, nunca nos deixa. Ele é como
sombra à nossa direita. Ele é o vigia que não dormita nem dorme. Não há situação em que sua presença não
esteja conosco. Ele está conosco na vida e na morte, no tempo e na eternidade.

3. A ordem de Jesus – v. 19

Se o Rei soberano do universo deu uma ordem, cabe-nos obedecer.

CONCLUSÃO

Você tem feito discípulos? Você tem buscado os perdidos? Você tem sido um ministro da reconciliação?
Você tem gerado filhos espirituais? Você ganhado pessoas para Cristo? Uma alma vale mais do que o
mundo inteiro.

A lista de Shindler – “Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”.

O oratório da Criação e da Redenção


O livro de Apocalipse é a revelação do plano vitorioso de Deus na história. Os acontecimentos futuros não
estão nas mãos do destino, mas nas mãos daquele que está assentado no trono e governa o universo. A
igreja, mesmo sendo alvo das mais insolentes perseguições triunfará e seus inimigos serão derrotados. Antes
de tratar da abertura dos sete selos, que representam a perseguição do mundo contra a igreja, João nos
apresenta Deus no trono e o Cordeiro com o livro da história em suas mãos. Nos capítulos 4 e 5 de
Apocalipse temos o oratório da Criação e o oratório da Redenção. Oratório é uma música acompanhada de
solistas, coral e orquestra. Esses dois oratórios têm sete peças musicais: Vejamo-las:

1. A música dos seres celestiais (Ap 4.8,9). Os quatro seres viventes são uma representação dos seres
celestiais. Três verdades são proclamadas nessa música acerca do Deus Criador: sua santidade, sua

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onipotência e sua eternidade. Nessa música o Deus que vive pelos séculos dos séculos recebeu glória, honra
e ações de graças.

2. A música da igreja (Ap 4.10,11). Os vinte e quatro anciãos são um símbolo da igreja glorificada. A
igreja se prostra para adorar aquele que é eterno e deposita a seus pés suas coroas, proclamando sua
dignidade de receber a glória, a honra, e o poder por ter criado todas as coisas, conforme sua vontade
soberana.

3. O solo de um anjo forte (Ap 5.1-4). A terceira música do oratório faz uma transição do Deus da Criação
para o Deus da Redenção. Havia na mão direita daquele que estava assentado no trono um livro escrito por
dentro e por fora, de todo selado com sete selos. A grande pergunta do anjo ecoou: “Quem é digno de abrir o
livro e de lhe desatar os selos?”. Esse alguém digno é procurado no céu, na terra e debaixo da terra, entre
anjos, homens e demônios. Ninguém, porém, foi encontrado digno. Por isso, João desatou a chorar. Parecia
que a história estava à deriva, sem alguém digno para governá-la.

4. O responso do solo (Ap 5.5). O soluço de João foi interrompido por uma ordem vinda de um dos vinte e
quatro anciãos: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, vence para abrir o livro e os
seus sete selos”. O digno procurado agora é o digno encontrado. O Messias é o Leão da Tribo de Judá e a
Raiz de Davi. Ele venceu o pecado, o diabo e a morte e conquistou o direito de abrir o livro e desatar seus
selos. A história não está desgovernada, mas nas mãos do Redentor.

5. A exaltação do Cordeiro pelos seres celestiais e pela igreja (Ap 5.6-10). Quando João se volta para ver
o Leão, contempla um Cordeiro como tendo sido morto. Mas esse Cordeiro que foi imolado é onipotente e
onisciente. O Cordeiro tomou o livro da mão daquele que estava assentado no trono e ao tomá-lo, os seres
celestiais e a igreja prostraram-se diante dele com taças de incenso nas mãos, que são as orações dos santos e
entoaram novo cântico dizendo: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com
o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus
os constituíste reino e sacerdotes e reinarão sobre a terra”. Anjos e homens exaltam a Jesus, o Cordeiro, por
sua morte expiatória e seus gloriosos resultados. O Cordeiro não morreu apenas para possibilitar nossa
redenção; ele comprou-nos com seu sangue e nos fez sacerdotes e reis.

6. A exaltação do Cordeiro por milhões de seres celestiais e pela igreja glorificada (Ap 5.11,12). Um
grande coral composto de milhões e milhões de anjos, querubins e serafins bem como de uma multidão
colossal de remidos, no palco do universo, exaltam o Cordeiro de Deus por sua morte na cruz e tributam a
ele o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.

7. A exaltação cósmica do Deus Criador e Redentor (Ap 5.13,14). A música chega a seu final apoteótico.
Toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava
dizendo: “Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio
pelos séculos dos séculos”. Quando essa música arrebatadora terminou, os seres celestiais deram um
retumbante Amém e a igreja prostrou-se em adoração.

As glórias do Céu
Referência: Apocalipse 21.1-27 – 22.1-5

INTRODUÇÃO

1. A história já fechou suas cortinas. O juízo final já aconteceu. Os inimigos do Cordeiro e da igreja já foram
lançados no lago do fogo. Os remidos já estão na festa das Bodas do Cordeiro.

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2. Este texto é a apoteose da revelação. O paraíso perdido é agora o paraíso reconquistado. O homem caído é
agora o homem glorificado. O projeto de Deus triunfou.

3. A pregação sobre o céu traz profundas lições morais para a igreja: 1) Jesus alerta para ajuntarmos tesouro
no céu; 2) Paulo diz que devemos pensar nas coisas lá do alto; 3) Jesus ensinou que devemos orar: “seja feita
a tua vontade na terra como no céu”; 4) O céu nos estimula à santidade (2Pe 3.14); 5) O céu nos ajuda a
enfrentar o sofrimento (Rm 8.18); O céu nos livra do medo da morte (Fp 1.21).

I. NO CÉU TEREMOS A RESTAURAÇÃO DO PRÓPRIO UNIVERSO – V. 1

1. A redenção alcançou todo o cosmos – v. 1

A natureza escravizada pelo pecado (Rm 8.20,21), agora está completamente restaurada. Deus não cria um
novo céu e uma nova terra, mas torna-os novo, como do nosso corpo, fará um novo corpo. Não é
aniquilamento, mas renovação.

2. Não haverá mais nenhuma contaminação – v. 1

“E o mar não mais existirá”. Isso é um símbolo. Aqui o mar é o que separa. João foi banido para a Ilha de
Patmos. Também o mar é o que contamina (Is 57.20). Do mar surgiu a besta que perseguiu a igreja. No novo
céu e na nova terra não haverá mais rebelião, contaminação nem pecado.

II. O CÉU É CONHECIDO PELO QUE NÃO EXISTE LÁ – v. 4

1. No céu não haverá dor

A dor é conseqüência do pecado. A dor física, moral, emocional, espiritual não vai entrar no céu. Não
haverá mais sofrimento, enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, traição.

2. No céu não haverá mais lágrima

Não haverá choro nas ruas da nova Jerusalém. Este mundo é um vale de lágrimas. Muitas vezes alagamos o
nosso leito com nossas lágrimas. Choramos por nós, pelos nossos filhos, pela nossa família, pela nossa
igreja, pela nossa pátria. Entramos no mundo chorando e saímos dele com lágrimas. Mas Deus é quem vai
enxugar nossas lágrimas. Não é auto-consolo.

3. No céu não haverá luto nem morte

A morte foi lançada no lago de fogo (Ap 20.15). Ela não pode mais nos atingir. Fomos revestidos da
imortalidade. Tragada foi a morte pela vitória. No céu não há vestes mortuárias, velórios, enterro, cemitério.
No céu não há despedida. No céu não há separação, acidente, morte, adeus.

III. O CÉU É CONHECIDO POR QUEM VAI ESTAR LÁ – V. 2

1. A cidade santa, a nova Jerusalém, a noiva adornada para o seu esposo

A igreja glorificada, composta de todos os remidos, de todos os lugares, de todos os tempos, comprada pelo
sangue do Cordeiro, amada pelo Pai, selada pelo ES é a cidade santa, a nova Jerusalém em contraste com a
grande Babilônia, a cidade do pecado.

Ela é a noiva adornada para o seu esposo em contraste com a grande Meretriz.

O Senhor só tem um povo, uma igreja, uma família, uma noiva, uma cidade santa.
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2. Essa noiva foi adornada para o seu esposo

O próprio noivo a purificou, a lavou, a adornou. Ela será apresentada igreja santa, nova pura, imaculada,
sem defeito. A noiva amada, comprada, amparada, consolada, restaurada e glorificada.

3. Essa noiva vai estar no céu pela graça – v. 6,7

Feito está! Deus já completou toda a obra da redenção (Jo 19.30; Ap 16.17; Ap 21.6).

Os sedentos bebem de graça da água da vida. Todos os que têm sede podem saciar. Todos os que buscam
encontram. Todos os que vêm a Cristo, ele os acolhe.

IV. O CÉU É CÉU PORQUE LÁ ESTAREMOS EM COMUNHÃO COM DEUS – V. 2,3,7

1. Porque a vida no céu será como uma festa de casamento que nunca termina – v. 2

As bodas passavam por quatro fases: 1) O compromisso; 2) A Preparação; 3) A vinda do Noivo; 4) A festa.
O céu é uma festa. Alegria, celebração, devoção. Deleitar-nos-emos em seu amor. Ele se alegrará em nós
como o noivo se alegra da sua noiva. Esta festa nunca vai acabar.

2. Porque o céu será profundamente envolvido pela presença de Deus – v. 3

O céu é céu porque Deus está presente. Depois que o véu do templo rasgou, Deus não habita mais no
templo, mas na igreja. O Espírito Santo enche não o templo, mas os crentes. Agora somos santuário onde
Deus habita. Veremos Cristo face a face. Vê-lo-emos como ele é. Ele vai morar conosco. Não vai mais haver
separação entre nós e Deus. A glória do Senhor vai brilhar sobre nós.

3. Porque no céu teremos profunda comunhão com Deus – v. 3b

Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus. Aqui caem as divisas não só do Israel étnico, como das
denominações religiosas. Lá não seremos um povo separado, segregado, departamentalizado. Lá não
seremos presbiterianos, batistas ou assembleianos. Seremos a igreja, a noiva, a cidade santa, a família de
Deus, povo de Deus.

4. Porque no céu desfrutaremos plenamente da nossa filiação – v. 7

A igreja é a noiva do Cordeiro e a filha do Pai. Tomaremos posse da nossa herança incorruptível.

V. O CÉU É DESCRITO PELO FULGOR DA NOIVA, A NOVA JERUSALÉM – V. 9-27

1. A nova Jerusalém é bonita por fora, ele reflete a glória de Deus – v. 11

Quando João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pôde fazer foi falar em termos de pedras
preciosas, como quando tentou descrever a presença de Deus no trono (4.3).

A glória de Deus habita na igreja. Essa glória é indescritível, como indescritível é Deus. A igreja é bela por
fora. Ela é como uma noiva adornada. Suas vestes são alvas.

2. A nova Jerusalém é bonita por dentro – v. 19,20

Ninguém coloca pedras preciosas no fundamento. Mas no alicerce dessa cidade estão doze espécies de
pedras preciosas. Há beleza, nobreza, riqueza e esplendor no seu interior. Não há coisa feia nem escondida
dentro dessa igreja.
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3. A nova Jerusalém é aberta a todos – v. 13,25

A cidade tem 12 portas: ela tem portas para todos os lados. Isso fala da oportunidade abundante de entrar
nesse glorioso e maravilhoso companheirismo com Deus.

Venha de onde vier, as pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles que procedem de toda
tribo, povo, língua e nação. São todos aqueles que foram comprados pelo sangue do Cordeiro.

Não há preconceito nem acepção de pessoas. Todos podem vir: pobres e ricos; doutores e analfabetos;
religiosos e ateus; homens e mulheres.

A cidade é aberta a todos: Há portas para todos os lados. O noivo convida: Vem! A noiva convida: Vem!
Quem tem sede recebe a água da vida.

4. A nova Jerusalém não é aberta a tudo – v. 8,12,27

A cidade tem uma grande e alta muralha. Muralha fala de proteção, de segurança. Embora haja portas (v. 13)
e portas abertas (v. 25), nem todos entrarão nessa cidade (v. 8,27). Embora as portas estejam abertas, em
cada porta há um anjo (v. 12).

Os pecadores inconversos não podem entrar no céu (v. 8) – O universalismo está errado. A idéia de que toda
religião é boa e todo caminho leva a Deus é um engano. NO céu só entrarão aqueles que se arrependeram de
seus pecados, creram em Cristo e foram lavados em seu sangue. Só aqueles que têm o nome escrito no Livro
da Vida podem entrar!

O pecado não pode entrar na Nova Jerusalém (v.27) – Embora a igreja é aberta a todos, não é aberta a tudo.
Muitas vezes, a igreja tem sido aberta a tudo e não a todos (Pedro e Jesus: Arreda Satanás).

5. A nova Jerusalém está construída sobre o fundamento da Verdade – v. 14

Esse símbolo fala da teologia da igreja. A igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos. A igreja
do céu está edificada sobre o fundamento dos apóstolos, sobre a verdade revelada, sobre as Escrituras.

6. A nova Jerusalém tem espaço para todos os remidos – v. 15-17

A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais. A cidade tem doze mil estádios, ou seja,
2.200 Km de comprimento, de largura e de altura. Não existe nada parecido no planeta. É uma cidade que
vai de São Paulo a Aracaju. Na Nova Jerusalém, a maior montanha da terra, o pico Everest, desaparece mais
de 240 vezes. Essa cidade é um verdadeiro cosmos de glória e santidade.

É óbvio que esses números representam a simetria, a perfeição, a vastidão e a totalidade da Nova Jerusalém.

Não existem bairros ricos e pobres nessa cidade. Não existem casebres. Existem mansões, feitas não por
mãos. Deus é o arquiteto e fundador dessa cidade.

7. A nova Jerusalém é lugar onde se vive em total integridade – v. 18,21b

Não apenas a cidade é de ouro puro, mas a praça da cidade, o lugar central, onde as pessoas vivem é de ouro
puro, como vidro transparente. Tudo ali vive na luz. Tudo está a descoberto. Nada escondido.

8. A nova Jerusalém é o lugar de plena comunhão com Deus – v. 22

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No Velho Testamento a presença de Deus estava no Tabernáculo, depois no Templo. Mas, agora, Deus
habita na igreja. Na Nova Jerusalém não haverá templo, porque a igreja habitará em Deus e Deus habitará
com a igreja. Isso é plena comunhão. A cidade será iluminada não mais pela luz do sol ou pela lua. A glória
de Deus a iluminará.

9. A nova Jerusalém é o paraíso perdido, onde corre o rio da Vida – 22.1-2

A Nova Jerusalém é uma cidade, um jardim, uma noiva. O jardim perdido no Éden é o jardim reconquistado
no céu. Lá o homem foi impedido pelo pecado de comer a árvore da vida, aqui ele pode se alimentar da
árvore da vida. Lá ele adoeceu pelo pecado, aqui ele é curado do pecado. Lá ele foi sentenciado à morte,
aqui ele toma posse da vida eterna.

No Jardim do Éden havia quatro rios. Nesse Jardim Celestial, há um único rio, o rio da Vida. Ele flui do
trono de Deus. Ele simboliza a vida eterna, a salvação perfeita e gratuita, o dom da soberana graça de Deus.
Por ele passa ele traz vida, cura e salvação.

10. A nova Jerusalém é onde está o trono de Deus – 22.3-5

O trono fala da soberania e do governo de Deus. O Senhor governa sobre essa igreja.

Na nova Jerusalém vamos ter propósito. “Os seus servos o servirão”. Nosso trabalho será deleitoso. Vamos
servir àquele que nos serviu e deu sua vida por nós. Os salvos entrarão no descanso de Deus (Hb 4.9). Os
salvos descansarão de suas fadigas (Ap 14.13), no porém do seu serviço.

Na ova Jerusalém vamos ter intimidade com o Senhor. “Contemplarão a sua face”. O que mais
ambicionamos no céu não são as ruas de ouro, os muros de jaspes luzentes, nem as mansões ornadas de
pedras preciosas, mas contemplar a face de Jesus! O céu é intimidade com Deus.

Na nova Jerusalém vamos reinar com Cristo eternamente – “e reinarão com ele para sempre”. Deus nos
salvou não apenas para irmos para o céu, mas para reinarmos com ele no céu. Ele não apenas nos levará para
a glória, mas também para o trono.

Nós seremos não apenas servos no céu, mas reis. Cristo vai compartilhar com sua noiva sua glória, sua
autoridade e seu poder.

CONCLUSÃO

1. Você já é um habitante dessa cidade santa? Seu lugar já está preparado nessa cidade?

2. Onde você tem colocado o seu coração? Na nova Jerusalém ou na grande Babilônia?

3. A qual igreja você pertence: à Noiva ou à grande Meretriz?

4. Qual é o seu destino: o paraíso ou o lago de fogo?

5. Para onde você está indo: para o Casa do Pai, onde o Cordeiro é a lâmpada eterna ou para as trevas
exteriores?

6. Onde está o seu prazer: em servir a Deus ou deleitar-se no pecado?

7. Hoje é o dia da sua escolha, da sua decisão. Escolha a vida para que você viva eternamente!

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O Anticristo trará paz ou guerra?
O Anticristo será um líder que busca a paz e trava guerras. Na busca de paz ele será bem-sucedido e
enganador; ao travar guerras ele será destemido e destrutivo. O Anticristo geralmente é descrito na Bíblia
como um guerreiro. Suas atividades são resumidas em Daniel 9.27:

"Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e
a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está
determinada, se derrame sobre ele."

Em Apocalipse 6.2, João apresenta o Anticristo ao escrever: "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu
cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer."

Nosso mundo precisa desesperadamente de paz, pessoas sinceras de vários contextos de vida trabalham e
oram diariamente por uma paz duradoura. Na verdade, como crentes, somos incentivados pela Bíblia a orar
por paz. Ainda assim, a instabilidade política é profunda em muitas regiões do mundo. A busca de uma paz
permanente no Oriente Médio exige muita atenção e produz muitas manchetes; muitas vidas e carreiras
foram sacrificadas na tentativa de trazer paz à região. Em última análise, no entanto, não haverá paz
duradoura no mundo enquanto ele não for governado por Jesus Cristo, o Príncipe da Paz.

Quando o Anticristo emergir, será reconhecido e aceito por causa de sua habilidade como pacificador. Como
líder da confederação multinacional, ele imporá paz a Israel e ao Oriente Médio, iniciando e formulando um
tratado de paz para Israel. O Dr. Walvoord escreve sobre essa paz:

Quando um gentio, líder de dez nações, apresentar um tratado de paz a Israel, este será imposto com força
superior e não como um tratado de paz negociado, ainda que aparentemente inclua os elementos necessários
para tal acordo. Ele incluirá a delimitação das fronteiras de Israel, o estabelecimento de relações comerciais
com seus vizinhos – algo que Israel não tem atualmente, e, principalmente, oferecerá proteção contra
ataques externos, o que permitirá que Israel relaxe seu estado de constante alerta militar. Também é possível
prever que algumas tentativas serão feitas para abrir áreas sagradas de Jerusalém para todas as religiões a
elas relacionadas.[1]

No decorrer dos séculos, cristãos e judeus fiéis seguiram a exortação de Salmo 122.6 de "orar pela paz de
Jerusalém." Mas a falsa paz do Anticristo não é a "paz de Jerusalém." O tratado ou aliança de paz do
Anticristo só trará uma paz temporária e superficial à região. A princípio ela poderá ser eficaz e
reconfortante, mas não durará. Depois de três anos e meio ela será quebrada e os gritos de alegria serão
substituídos por gritos de aflição. Como todas as obras de Satanás, a vitória proclamada acabará em dor e
violência:

Apesar dos detalhes da aliança não serem revelados na Bíblia, aparentemente ela trará grande alívio para
Israel e para todo o mundo. O tempo de paz é previsto nas profecias de Ezequiel que descrevem Israel como
um povo "em repouso, que vive seguro" nessa época (Ez 38.11). Em 1 Tessalonicenses 5.3 a frase que
estará na boca do povo antes da Grande Tribulação cair sobre eles é: "Paz e segurança." ...A paz de que
Israel desfrutará por três anos e meio se transformará tragicamente numa paz falsa e no prelúdio de um
tempo de angústia incomparável, quando dois de cada três israelitas morrerão na terra (Zacarias 13.8).[2]

Num determinado ponto, por volta da metade da Tribulação, a paz de Israel será desafiada por exércitos
invasores do norte (Ezequiel 38-39). Esses exércitos atacarão Israel, desafiando a paz estabelecida pelo
Anticristo e sua autoridade. Mas Deus intervirá a favor de Israel, protegendo-o e aniquilando os exércitos
invasores (Ezequiel 38.19-39.5). Isso se realizará em parte por um terremoto (38.19,20), em parte por
confusão militar (38.21), e por uma praga acompanhada de granizo e fogo (38.22).

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Depois desse conflito e da quebra da aliança com Israel, o Anticristo se declarará líder mundial. Isso poderá
ser resultado da sua vitória sobre os exércitos invasores. O Dr. Walvoord escreve que "o líder da
confederação de dez nações se encontrará numa posição em que poderá proclamar-se ditador mundial, e
aparentemente ninguém será forte o suficiente para lutar contra ele. Sem ter que lutar para conseguir isso,
ele governará o mundo como instrumento de Satanás."[3] Seu poder e força aumentarão, assim como sua
tirania, e isso resultará num desafio final da sua força militar e política, que culminará na batalha de
Armagedom (Apocalipse 16.14-16). Como tantos líderes e governantes antes dele, o Anticristo prometerá
paz e travará guerras. Ele entrará num conflito de conseqüências globais – um conflito definitivo do tipo
"quem ganhar fica com tudo" – e será derrotado e destruído por Jesus Cristo (veja Salmo 2). (Thomas Ice e
Timothy Demy - http://www.chamada.com.br)

Notas

1. Walvoord, Major Bible Prophecies, p. 319.


2. Ibid., pp. 319, 320.
3. Ibid., p. 341.

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