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Pastor Marcos Alexandre Monteiro

Igreja Evangélica Missão Boas Novas – Rua São José, 137, Jardim Tropical, Serra, ES
Pastor Marcos Alexandre Monteiro

Prólogo: Deus Fala por meio do Filho

Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras,


aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho
(Hebreus 1.1).

No Antigo Testamento, Deus falou por meio dos profetas inspirados.


Profetas como, Isaías, Jeremias, Amós, Miqueis etc., foram usados por
Deus para revelar a mensagem divina ao povo. O objetivo do profeta era
sempre revelar a vontade de Deus ao povo. O último profeta da Antiga
Aliança foi considerado João Batista, que também proclamou a Palavra de
Deus ao povo, conduzindo-o ao arrependimento. Prosseguindo, Hebreus
destaca a maior revelação de Deus, isto é, Deus falando por intermédio do
Filho, o Messias, Jesus Cristo.

Para os judeus, as palavras do Antigo Testamento têm importância crucial,


sendo consideradas inspiradas e válidas para todos os povos. A reverência
a palavra era tão grande, que ao lê-la, todos ficavam em pé. Portanto,
assim como os judeus consideravam a profecia do Antigo Testamento
inspirada, deveriam considerar as palavras de Jesus Cristo. Assim como
demonstravam respeito e reverência ao Antigo Testamento, deveriam
demonstrar as palavras de Jesus Cristo.

O objetivo do autor é proclamar a universal supremacia de Jesus Cristo, a


Palavra de Deus encarnada na realidade imediata do ser humano 1 (João
1.14). Cristo, como a Palavra Divina, tem maior importância que as
1 (João 1.14) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
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palavras dos profetas antigos. Os profetas falavam em nome de Deus,
entretanto, Jesus Cristo é a representação do próprio Deus falando ao
homem. Cristo é o Logos encarnado, a Palavra de Deus de forma concreta.

Hebreus tem caráter exortativo, isto é, o autor deseja chamar a atenção


para uma vida que esteja em acordo com a vontade de Deus. Assim como
as palavras dos profetas no Antigo Testamento tinha caráter exortativo,
pois, buscavam conduzir o povo ao arrependimento, abandonando seus
pecados e voltando-se a Deus, assim, são as palavras de Jesus Cristo e,
mais intensamente, o próprio Cristo, como Logos Divino, Palavra de Deus.
Tanto as palavras de Jesus Cristo quanto a sua vida é uma exortação ao
povo ao arrependimento. A vida do Cristo manifesta concretamente a
vontade de Deus e, portanto, cada um deve segui-lo, isto é, fazer o que Ele
fez.

A Carta aos Hebreus Valoriza o AT e o Ressignifica na Pessoa de Cristo

O Antigo Testamento é uma revelação de Deus aos judeus, mas em Cristo,


Deus culmina a sua revelação. Moises recebeu a primeira revelação de
Deus no monte Sinai, recebendo as Tábuas da Aliança com os dez
mandamentos. Estes mandamentos expressam a vontade de Deus, aquilo
que Deus desejava do seu povo. Entretanto, os mandamentos na pessoa
de Jesus Cristo são ressignificados. Se na lei de Moises é proibido matar,
com Cristo, até odiar alguém se torna motivo de condenação. Se na lei de
Moises é proibido adulterar, com Cristo, até olhar para uma mulher e a
cobiçar se torna adultério 2 (Mateus 5.21,22,27,28).

2 (Mateus 5.21,22,27,28). Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas
qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem
motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu
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Cristo é a Palavra Eterna, a mesma Palavra dita por Deus aos antepassados.
O que isso significa? As palavras dos profetas não era deles próprios, a voz
era do profeta, mas a Palavra era de Deus. A palavra humana é limitada e
perene, mas a Palavra de Deus é Eterna, pois, quando Deus fala, ele
expressa aquilo que ele é. Isto é, a Palavra de Deus revela-o. Como a
Palavra de Deus é eterna, ela tem validade universal, vale para todos os
povos e todos os tempos. A palavra humana pode ter valor apenas dentro
de um contexto e um tempo histórico, mas a Palavra de Deus tem valor
eterno, para todos os tempos e todas as eras.

Jesus Cristo, como Palavra Eterna de Deus, o Logos, já existia antes que o
mundo viesse a existir: “em verdade, em verdade vos digo que antes que
Abraão existisse, eu sou” (João 8.58). Cristo, como a expressão maior da
Palavra de Deus, é Eterno, e já existia antes da fundação do mundo 3 (1
Pedro 1.20). Cristo não veio a existência em um instante do tempo, ele já
existia. Tudo neste mundo foi criado, teve um princípio, mas Cristo não foi
criado, não tem princípio e nem fim. Ele é o alfa e o ômega, o próprio
princípio e o fim 4 (Apocalipse 1.8), pois, tudo começa e termina em Cristo 5
(Efésios 1.10). Sem ele, nada do que existe existiria, pois, ele é a causa da
existência do mundo 6 (João 1.3).

irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo
do inferno. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém,
vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração
cometeu adultério com ela.
3 (1 Pedro 1.20). O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da

fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós.
4 (Apocalipse 1.8). Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e

que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.


5 (Efésios 1.10). De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da

plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.
6 (João 1.3). Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se

fez.
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A Supremacia do Filho

O escritor aos Hebreus demonstra a superioridade de Cristo em relação


aos anjos, a Moises, ao sacerdócio araônico e a antiga aliança.

O Filho é superior aos anjos. Sendo assim, ele é superior as teofanias do


Antigo Testamento, onde anjos aparecem como mensageiros de Deus. O
Antigo Testamento é marcado por teofanias angelicais, isto é, aparições de
anjos. Anjos apareceram a Abraão, a Ló, a Moises e aos profetas,
entretanto, a maior teofania é a realizada pelo Filho. Sendo assim, por
mais que as aparições de anjos no Antigo Testamento tenham seu devido
valor, a manifestação do Filho, Jesus Cristo, é superior a todas elas. Os
anjos são mensageiros, trazendo a Palavra de Deus ao povo, mas o Filho é
a própria Palavra e, portanto, a própria Mensagem.

O Filho é superior a Moisés. Sendo assim, ele é superior a Lei. Moises é


muitíssimo reverenciado pelos judeus, sendo considerado um dos maiores
profetas da história de Israel. Os fariseus almejavam ser igual a Moises 7
(Mateus 23.2). Moises tinha uma posição tão elevada dentro da tradição
judaica que, após a sua morte, até Satanás foi disputar o seu corpo8 (Judas
9). Mesmo Moises tendo esta grande reverência, Jesus Cristo é superior a
ele. Moises foi apenas um profeta, mas o Filho é o próprio Logos Divino.
Moises foi uma casa, isto é, um local de habitação de Deus, mas o Filho é o
próprio construtor da casa 9 (Hebreus 3.3).

7 (Mateus 23.2). Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus.


8 (Judas 1.9). Mas, o Arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a
respeito do corpo de Moisés...
9 (Hebreus 3.3). Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés,

quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.


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O Filho é superior ao sacerdócio de Arão. Sendo assim, ele é o Grande


Sumo Sacerdote10 (Hebreus 4.14). O sacerdócio de Arão teve a sua
relevância, por meio dele, Deus manifestou sua graça perdoando o povo
de seus pecados, desde a construção do Tabernáculo até o período do
Templo de Salomão. Arão e seus descendentes foram escolhidos como
sacerdotes para representar o povo perante Deus, entretanto, com a vinda
do Messias, Jesus Cristo, ele se tornou o representante do povo por
excelência. O sacerdócio de Jesus se tornou superior ao sacerdócio de
Arão, pois, o sacerdócio de Arão serviu a um tempo determinado, mas o
sacerdócio de Jesus Cristo é eterno, sendo válido para todos os tempos11
(Hebreus 7.28).

O Filho é superior a antiga aliança. Sendo assim, ele é portador de uma


Nova Aliança. A antiga aliança ou antigo concerto, foi dada por Deus a
Moisés no monte Sinal, e tinha validade para a nação de Israel. A Nova
Aliança foi dada por Deus por intermédio do Filho, tendo validade
universal. A antiga aliança veio em tábuas de pedras, a Nova Aliança é a
impressão da lei de Deus diretamente nos corações humanos 12 (Jeremias
31.33; Hebreus 10.16). Portanto, a Nova Aliança, sendo representada por
Cristo, é superior a antiga aliança. Isto significa que, não dependemos mais
da antiga aliança, mas da Nova, na pessoa de Jesus Cristo.

10 (Hebreus 4.14). Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus,
que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
11 (Hebreus 7.28). Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a

palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
12 (Jeremias 31.33). Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois

daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. (Hebreus 10.16). Esta é a
aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: porei as minhas leis em
seus corações, e as escreverei em seus entendimentos.
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Como se dá na Prática a Superioridade do Filho?

Os anjos, como mensageiros, anunciavam a Palavra de Deus, mas agora


nós temos a Palavra de Deus escrita (a Bíblia) e a Palavra Viva de Deus (o
Logos Divino – Jesus Cristo). No Antigo Testamento os anjos traziam em
vários momentos a Palavra de Deus. Os anjos são mensageiros. O
significado da palavra anjo em grego é mensageiro13 (Salmos 148.2). A
partir da Nova Aliança, os anjos são enviados para servir a favor dos
salvos14 (Hebreus 1.13) e a Palavra de Deus foi deixada escrita na Bíblia. No
Antigo Testamento a Palavra de Deus foi transmitida por muito tempo de
forma oral, e só posteriormente ela foi escrita em papiros e pergaminhos.
Jesus abriu na sinagoga o rolo em pergaminho do profeta Isaias. Hoje,
temos a Palavra de Deus escrita na Bíblia, Antigo e Novo Testamento.
Também temos o próprio Filho, como a própria Palavra de Deus Viva.

Na prática devemos valorizar a Bíblia como Palavra de Deus. Isto se dá por


meio da leitura e prática de sua mensagem. A Bíblia hoje é o livro mais
vendido do mundo, mas infelizmente, não é o mais lido, pois, mesmo os
cristãos não mantem uma leitura constante dela. Da mesma forma ocorre
com a mensagem de Jesus Cristo. Jesus é aceito por muitos, mas são
poucos os que realmente praticam aquilo que ele pregou. Não basta dizer
com a boca que aceita a Cristo, é preciso praticar a sua palavra. Todos os
que realmente aceitam a Cristo, praticam o que ele disse. Apenas ouvir

13 (Salmos 148.2). Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos (ou
mensageiros).
14 (Hebreus 1.14). Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados

para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?


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não é suficiente, é preciso praticar 15 (Mateus 7.24-27). Portanto, Cristo se
torna superior e o centro de sua vida quando você valoriza a Bíblia por
meio da leitura e da prática de sua mensagem e, também, quando você
aceita a Cristo, tendo a vida transformada.

Moisés recebeu as tábuas da Lei no Monte Sinal, mas o Filho é a própria


Lei e seu objetivo é escrevê-la em nossos corações. Na antiga aliança, a lei
é algo externo ao homem, sendo primeiramente dada em pedras e depois
escrita em rolos de papiro e pergaminho. Entretanto, com a Nova Aliança,
a lei passa a ser intrínseca ao homem (dentro dele), escrito em seu
coração. A lei revela o próprio caráter de Deus, ou seja, aquilo que Deus é
em essência. Com a antiga aliança, a lei apenas apontava o erro, não tendo
poder nenhum para mudar vidas. Mas, a Nova Aliança não veio para
apontar o erro e declarar quem é pecador, antes, veio para salvar os
pecadores. A Nova Aliança tem caráter Salvador, pois foi dada pelo Próprio
Filho, Jesus Cristo, cujo o nome é Salvação 16 (Lucas 2.11).

Devemos também saber que não basta carregar a lei em tábuas de pedras,
isto é, não basta ter a Bíblia em casa, ou tê-la aberta no Salmo 91. A Bíblia
precisa fazer parte de nossas vidas, e isto ocorre, por meio de práticas
concretas. Ter a Bíblia na mão é prática da antiga aliança, mas tê-la dentro
do coração, sendo transformado constantemente por ela e seguindo os
passos de Jesus, é fato da Nova Aliança.
15 (Mateus 7.24-27). Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica,
assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu
a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não
caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras,
e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a
areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela
casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
16 (Lucas 2.11). Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o

Senhor.
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Os sacerdotes ofereciam o sacrifício pelos pecados de si mesmo e pelos


pecados do povo, mas o Filho é o próprio sacrifício, oferecendo a si
mesmo no Tabernáculo Celestial 17 (Hebreus 9.24). Isto é, o Filho ao voltar
ao céu, seu lugar de origem, ofereceu a Deus Pai a sua trajetória perfeita
que ele teve aqui na terra, sendo aceito por Deus como uma trajetória
imaculada (sem pecado), e nós recebemos o perdão dos pecados. Sendo
assim, se queremos ser chamados de discípulos de Jesus Cristo, devemos
imitar as suas práticas, buscando ao máximo ser igual a Ele. Se o Cristo,
renunciou a tudo o que era e o que tinha para nos salvar, ele não aceita
nada menos do que a renúncia de tudo o que temos e somos 18 (Lucas
9.23).

No Antigo Testamento Deus fez alianças com vários homens como Noé,
Abraão, Moisés etc., mas estes quebraram a aliança, pois eram homens
imperfeitos e pecadores. Entretanto, o Filho se colocou como mediador de
uma Nova Aliança, mantendo a fidelidade perfeita aos padrões de Deus 19
(Hebreus 3.1,2), fato que nenhum homem pode cumprir, pois, todos os
homens são pecadores, e devido ao pecado foram separados de Deus20
(Romanos 3.23). Nada que o homem faça poderá salvá-lo. As antigas
alianças não foram suficientes para salvar o homem, por isso, Deus
estabeleceu uma Nova Aliança por meio do Filho. Sendo assim, ao homem
resta apenas confiar em Deus, esperando a salvação por meio de Cristo.

17 (Hebreus 9:24). Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de
Deus.
18 (Lucas 9.23). E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e

tome cada dia a sua cruz, e siga-me.


19 (Hebreus 3.1,2). ...considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa

confissão, sendo fiel ao que o constituiu...


20 (Romanos 3.23). Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

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Fontes de Pesquisa
1. Bíblia de Jerusalém.
2. Bíblia Sagrada João Ferreira de Almeida Corrigida e Fiel.
3. Comentário Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse.
4. Comentário Judaico do Novo Testamento, de David Stern.
5. Teologia Sistemática, de Louis Berkhof.

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