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Apostila da Disciplina

Introdução a Teologia Bíblica

INTRODUÇÃO

Houve um tempo em que a Palavra Inspirada de Deus não era ainda escrita. Não há evidências de
que o homem tivesse a Palavra de Deus escrita antes do encontro de Jeová com Moisés no Sinai
Ex.17:14.
O estudo metódico da Bíblia ensina que Deus escolheu um povo em particular para ser o
intermediário da Revelação. Abraão, conhecido como o pai da fé, foi chamado para deixar sua
terra e parentela e ser o condutor do povo de Deus e Pai de muitas nações. Deus escolheu o povo
Hebreu (Judeu) Dt. 14:12, e o separou, para que fosse o repositório da Sua verdade e por meio dele
pudesse entregar Sua mensagem ao mundo.
“ Deus fez de homens Livros” , antes de dar a Palavra escrita.

Adão trouxe a História da Criação e de sua queda, através de 930 anos, entregando-a a
Lameque pai de Noé, de quem foi contemporâneo por 56 anos. Lameque foi contemporâneo de
Sem, filho de Noé, por mais de 90 anos.
Noé foi um pregador fiel da Palavra (transmissão oral), durante sete gerações antes do Dilúvio e
de onze gerações após o Dilúvio, sendo contemporâneo por 58 anos de Abraão e morrendo 17
anos antes da saída de Abraão para a terra prometida.
Abraão, ouvindo dos seus antepassados as grandezas e a longaminidade de Deus, assim como as
Histórias do Dilúvio e da Torre de Babel, teve sua fé fortalecida e pode transmiti-la ao seu filho
e netos, pois faleceu Abraão quando Jacó e Esaú tinham 14 anos.
Á vida de Jacó, em busca das promessas de Deus, é uma prova real da transmissão oral, dos
feitos e das Promessas de Deus para o Homem. Jacó certamente transmitiu a Palavra as
gerações futuras e ao seu neto Coate, que transmitiu a Anrão que transmitiu ao seu filho
Moisés.
Moisés teve todas as informações para escrever Gênesis quando Deus ordenou que fizesse.

A Bíblia é composta de 66 livros, sendo 39 Velho Testamento e 27 Novo Testamento, sendo dada
através de quarenta homens diferentes, de variadas regiões, culturas, costumes, profissões, e de
períodos distantes. Cada um destes homens recebeu de Deus a Inspiração, porém cada um
conservou o seu estilo, suas características próprias, e apesar das inúmeras diferenças e
particularidades, a Bíblia é Um Todo, Completo e Coerente. Este trabalho de composição das
Escrituras levou aproximadamente 1600 anos; desde 1500 antes de Cristo, quando Moisés começou
a registrar (Ex.17:14), até o final do primeiro século depois de Cristo, quando o apostolo João
escreveu, estando exilado na Ásia Menor. Todos os autores receberam a Inspiração para escrever,
registrar a Palavra, portanto a Palavra de Deus a Bíblia, que é Inspirada e não os autores.Todos os
autores foram instrumentos, que receberam a Inspiração para escrever através do Espírito Santo, o
Autor Divino.
A Bíblia é a Palavra de Deus Revelada aos homens, Nela, encontramos o Plano de Deus para toda a
Humanidade. De Adão até o Dilúvio temos a História da raça humana, guiada apenas pela Lei da
consciência humana chegando a corrupção total, esquecendo-se da Transmissão Oral da Palavra, a
violência se multiplicou de tal maneira que chamou o Juízo para si através do Dilúvio. Apenas a
família que guardou a Palavra foi poupada e usada para dar continuidade para a raça humana. Após
o Dilúvio, mais uma vez Deus trata do homem de maneira universal, e mais uma vez este homem
acaba chegando em outro juízo que foi a confusão das línguas na Torre de Babel. A partir daí,
houve a chamada de Abraão, para sair do meio do seu povo para formar um novo povo escolhido e
separado por Deus para ser Seu porta-voz e abençoar todas as famílias da terra. Abraão vai
passando esta herança e responsabilidade aos demais Patriarcas, até chegar em Moisés, que no
monte Sinai recebe o primeiro registro, dando início aos demais.
A Lei foi dada por Moisés, e o povo viveu debaixo Dela, registrando sua História, guardando as
Alianças e aguardando as Promessas e Profecias, (apesar da infidelidade de Israel), até a chegada
do Messias. Jesus Cristo o Messias, trouxe a nova aliança no seu sangue, trouxe a Graça.
No Éden a lei moral de Deus foi quebrada pela desobediência do primeiro Adão, fazendo com que
o pecado passasse como herança a toda a raça humana, (descendência de Adão), por isso Deus
providenciou, prometeu, profetizou, a cerca do último Adão que é Jesus Cristo. Jesus não conheceu
o pecado, mas sofreu o castigo pelo pecado em nosso lugar, o justo pelos injustos, Ele fez isto por
amor , Ele quis nos substituir morrendo crucificado. Ele ressuscitou , triunfou e nos libertou da Lei
e da morte e fez justiça , para a justiça de todo aquele que crê (Rm. 10:4).
Jesus Cristo é o personagem central de toda a Bíblia, tanto no Velho Testamento quanto no Novo.
Ele, Jesus, é anunciado por meio de personagens que são “tipos” de Cristo, por meio de suas
aparições (Teofanias), por meio das ofertas de sacrifício que apontavam para Ele, o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo, por meio dos profetas que o anunciavam.
O Plano de Salvação é desde a Eternidade (1Pd 19-21). O casal do Éden caiu em pecado, por
desobediência, porque deu ouvidos aos enganos de satanás (Gn.3:7) inimigo de Deus e destruidor
dos homens, desobedeceram, conheceram a maldade pois só então se incomodaram com a nudez, o
homem se tornou corruptível (pecador). Mas Deus não desistiu dele, imediatamente providenciou a
salvação, sacrificou um animal inocente e fez vestes para o casal (Gn.3:21). Não quer dizer que
Deus não ama os animais ou não se importa com eles ou que gosta de sangue. Não, não é nada
disso! O Senhor estava apenas simbolizando toda a Obra de Jesus, anunciando ao homem que Ele
mesmo providenciou o perdão para os nossos pecados. O sangue de Jesus derramado na cruz, nos
limpa de todo o pecado, apaga as nossas transgressões e nos dá vestes novas. Ele nos reveste de
corpo, alma e espírito e nos reaproxima de Deus. (Gn.3:15 e Rm.3:25) Jesus é o único que tem
poder para nos salvar!
Bibliografia:
A BÍBLIA E COMO CHEGOU ATÉ NÓS
John Mein

Deus tem levantado uma geração santa, uma geração de adoradores, uma Igreja da Palavra e do
Poder.

Os Judeus ficaram conhecidos como o povo do livro. Hoje, nós que somos a Igreja, precisamos
resgatar isto, sermos também conhecidos como aqueles que amam e guardam a Palavra.
Nas décadas de 60 e 70 no Brasil, os crentes eram conhecidos como os “Bíblias”, é uma pena que
com o passar do tempo e com o crescimento dos Evangélicos acabamos perdendo este apelido.
O Rei Davi amava a Palavra e o seu prazer estava na Lei do Senhor:
Sal 119: 2,4,6,9,10,11,15,20,33,35,48,50,99,105,143.
Davi era homem segundo o coração de Deus, homem da Palavra.
V.20 – o meu sentimento em relação à Palavra deve ser semelhante ao de Davi.
V- 99 – Devo buscar a palavra de todo coração Sl 119:160,165
V- 160 – Sou o povo do livro, pois Ele é desde o principio e dura para sempre. Não abro mão da
veracidade, inerrância e da infalibilidade da Palavra de Deus
I- Jesus é a Palavra
Jo 1:1-14 “ No princípio era o Verbo...”
O Verbo se fez carne
A Palavra “encarnou”
I Jo 5: 6 Jesus é uma Pessoa da Trindade Divina, Ele é a Palavra
Jesus Cristo é o personagem central de toda a Escritura. Ele é o critério pelo qual se deve
interpretar a Bíblia. A negação das Escrituras é a negação do próprio Jesus, qualquer ataque a
Palavra é um ataque a pessoa de Jesus.
A Bíblia conhecida e usada por Jesus era o Antigo Testamento, em rolos, feitos de pele de animais.
“Jesus fazia uso criativo do Antigo Testamento e não se limitava a uma simples leitura de fatos
históricos, ele fazia uma interpretação divinamente inspirada e a aplicação dos textos bíblicos
como Palavra de Deus para cada situação”.
Lc 24:27 “ E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu
respeito constava em todas as Escrituras”.
Jo 5: 39 “ Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que
testificam de mim”.
Jo 5:46 “ Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu
a meu respeito”.
Jo 10:35 “ ... a Escritura não pode falhar”.
Para conhecermos a Palavra de Deus necessitamos fazer uso de uma interpretação cristo-cêntrica,
ou seja, uma interpretação bíblica que coloca Cristo no centro de nossa compreensão das
Escrituras.

II- A Autoridade das Escrituras e a Pós-Modernidade

O século passado (séc. XX) marcou a transição da era Moderna para a Pós-moderna. O termo
pós-modernidade surge na década de 30, mas nas décadas de 60 e 70 ocorreu a “explosão cultural”
que mudaria o mundo. O homem contemporâneo ou pós-moderno tem diante de si o descortinar de
um novo mundo que propõe o fim da História e o início de uma Era sem precedentes.
Os desafios da pós-modernidade são a quebra dos paradigmas modernos e a desconstrução do
conhecimento e da razão. O abandono ou a relativização da moral e da ética.
O fenômeno da pulverização dos conceitos e o excesso de informação provocam um
distanciamento e um desconhecimento de tudo o que é verdadeiro e de tudo o que é real. Tal
fenômeno demonstra que não existe mais um conceito ou uma definição para o que quer que seja,
existem variados sentidos, explicações, definições, interpretações e aplicações. Tudo é relativo,
tudo depende da perspectiva, da leitura de cada um. O excesso de informação pode levar a
desconstrução dos valores provocando a desestruturação da família e da sociedade, propondo
novos modelos completamente avessos a Vontade de Deus manifesta em sua Palavra.

“ Tudo o que é sólido se desmancha no ar”(discurso pós-moderno)

O Relativismo, o Pluralismo, o Subjetivismo colocam em cheque o Absoluto que é a Palavra de


Deus. A própria existência de Deus é um Absoluto, portanto está em discordância com o mundo
atual.
Ex 3:14 ...“ Eu Sou o que Sou ...”
Ex 3:14 ....Eu Sou me enviou a vós”.
A fé cristã é sólida, é absoluta fundamentada na Palavra de Deus.
A Bíblia é a Palavra de Deus, inerrante (sem erros), infalível e em tudo verdadeira.
A Bíblia é a Autoridade máxima na vida do cristão apesar de todo discurso da Era Pós-moderna,
pois a pós-modernidade vai passar como passaram as demais Eras da História mas a Palavra
permanece para sempre.

III- A autoridade das Escrituras e o Liberalismo Teológico


Correntes Teológicas:
Ortodoxia – crença correta, doutrina correta, sã doutrina
doxa - doutrina
orto - reto, correto
Ser ortodoxo significa identificar-se de forma sistemática com a crença e com a fé cristã, conforme
o testemunho das Escrituras.
Outro significado da palavra Ortodoxia é fundamentalista, alguém firme nos fundamentos da
doutrina cristã. Porém, graças ao fenômeno da pulverização dos conceitos, fundamentalista
também pode significar extremista, radical, fanático religioso.
Apesar de todos os embates a boa ortodoxia foi conservada durante toda a antiguidade e durante
toda a Idade medieval, conservando a crença na Inspiração, Inerrância e Infalibilidade.
Na Idade Moderna, uma corrente de estudo da Bíblia surge para questionar todos os fundamentos
da fé Cristã. No modernismo é que foi gerado o liberalismo.
Liberalismo Teológico séc XIX
Afirma que a Bíblia contem a Palavra de Deus.
Valorização da razão, crer em tudo que é racional, compreensível. É a racionalização de todos os
milagres a tentativa de explicar ou negar o sobrenatural.
Exemplo: as dez pragas do Egito são explicadas racionalmente, tendo uma razão natural para cada
uma delas.
O relato da historia de Israel é puramente histórico e fictício, trata-se de uma coletânea dos
costumes dos povos pagãos assimilados e contados pelos judeus. O velho testamento é a junção
de todas essas culturas copiadas e divinizadas pelo povo de Israel. A Bíblia é um relato humano
(intuição), produzido pelo imaginário coletivo, assim como Deus também é uma Construção.

Neo-Ortodoxia séc XIX e XX


Afirma que a Bíblia torna-se a Palavra de Deus.
Trouxe de volta o liberalismo com uma roupagem nova, sutil e perigosa. Prega que a Bíblia é a
fonte da revelação (A Bíblia não é a Fonte e sim a Revelação). Se denominam Evangélicos ou
Moderados mas são liberais.
Afirmam que a Escrituras torna-se a palavra de Deus quando fala conosco.Desta forma a Escritura
está condicionada ao homem e não o contrário. Colocam a Bíblia como apenas um livro.
*Soren Kuerkegaard – Teólogo Dinamarquês que é considerado Pai do Liberalismo teológico. Era
pastor. Séc XIX
*Rudolf Bultmann – Teólogo Alemão – Diz que a Bíblia é um mito.Coloca a Bíblia no mesmo
nível da mitologia grega, como mitologia judaica. Deus é visto dentro de uma história mitológica.
Séc XIX
* Karl Barth – Teólogo Alemão- Principal figura da neo-ortodoxia. Pastor e filho de Pastor. É
uma figura duvidosa e controvertida. Séc XIX

Neo-Ortodoxia ou Neo-Liberalismo?
O Neo-Ortodoxo diz que a Bíblia quando fala ao seu espírito, ai então, ela se torna palavra de
Deus. Para a Bíblia se tornar a Palavra de Deus, depende do seu estudo. (Mt 22:29 – Mt 24:35)
Semiótica – não deve ser usada como método de leitura das Escrituras.
II Tm 3: 16; II Pd 1:20-21
Semiótica – é um método de leitura utilizado pela Teologia Liberal.
Desconstruir (se libertar dos preconceitos). Desconstruir conceitos bíblicos (esquecer o que
aprendemos).
Cada um tem a sua leitura, cada um tem a sua interpretação.
Semiótica: visão parcial., idéia do caleidoscópio tudo depende da lente que se usa.
Devemos lembrar que: A Bíblia interpreta a si mesmo, ela se auto explica, não depende do homem.
O perigo dos sofismas da mentalidade pós-moderna, vivemos hoje uma guerra ideológica.
Sofisma: Raciocínio, que possui lógica e verdade aparentes, usado para produzir ilusão de validade,
tendo como conclusão um paradoxo ou um impasse. O importante é convencer, mais importante
até que a Verdade. Aparente verdade que induz ao erro. Utiliza parte da verdade para conduzir ao
engano completo.

V- Canonicidade
Cânon - origem grego = Kanõn = cana ou régua.
- origem hebraica = Kanéh = vara ou cana de medir
Cana de medir ou régua transmitem a idéia de trabalho minucioso, detalhado, mensurado. Cada
palavra passa por uma análise como se fosse medida.
O uso desta palavra Cânon é anterior a Bíblia, significa: Instrumento que mensura.
Ez 40:3 ; Gl 6:16.
Cânon também significa: padrão, regra, norma, pelo qual tudo deve ser julgado.Tornou- se
sinônimo de Escritos Sagrados e Escritos Autorizados.
Os livros que compõem o cânon são somente os livros Inspirados por Deus.
Cânon , hoje significa Palavra ou Escritura Sagrada, Inspirada por Deus. Os Livros Sagrados são
Autorizados pela própria Escritura. O Cânon legitima o Cânon.
Dt 31:24 – Devemos ter reverência a Palavra de Deus pois é livro Sagrado, esteve ao lado da Arca
da Aliança.
II Reis 22:8; Josué 31:8
O Cânon Judaico:
Torah ( Lei ou Pentateuco)
Os Profetas ( Profetas Anteriores e Profetas Posteriores)
Os Escritos ( Poesia e Sabedoria)
O Talmude e a Mishná são importantes coletâneas de textos rabínicos e compilação de tradições
orais muito respeitados e utilizados para a compreensão e interpretação da Lei, porém não são
canônicos.
Gemara – comentários.
Em 1227, copistas ingleses, dividiram a Bíblia em capítulos.
Em 1551, dividiram em versículos.
Em 1955 a comunidade judaica considerou está divisão oficial. (Estas divisões vieram para ajudar
a compreensão dos textos bíblicos e não para alterá-los).

Conceitos errados quanto a Canonicidade:


1- Idade: a idade é importante, mas não pode ser considerada isoladamente. A antiguidade dos
escritos não devem ser a única prova da veracidade.
2- Língua Hebraica: também é um critério que não pode ser usado isoladamente. Nem tudo o que
está em hebraico é inspirado, algumas porções da Escritura estão em aramaico. A antiguidade de
outras línguas isoladamente também não provam nada.
3- Valor Religioso: as Escrituras obviamente têm valor religioso, mas nem tudo o que é
religioso é inspirado.

Conceitos corretos quanto a Canonicidade:


1- Escritura autorizada : Livro Inspirado que a si mesmo se legitima, afirma ter vindo diretamente
de Deus.
2- É profético: Escrito por um servo de Deus, um Profeta reconhecido pelo povo.
3- É digno de confiança : Fala a verdade a cerca de Deus e do homem. Não é fantasioso.
4- É dinâmico: Transforma vidas. Tira o homem da escravidão e leva para liberdade.Texto Vivo.
5- É aceito: Foi e é reconhecido pela comunidade Judaico – Cristã.

Apócrifos
No Grego clássico significa “oculto ou difícil de entender”.
Apócrifos é o nome que foi dado aos textos que foram acrescentados a Septuaginta, os quais não
faziam parte das Escrituras judaicas.
Em 1546 dC no Concílio de Trento a Igreja Romana determinou a inclusão dos apócrifos ao Cânon
do Velho Testamento, com algumas exceções. Os católicos romanos não usam o termo apócrifo
mas os apresentam como Deuterocanônicos que quer dizer “ acrescentados posteriormente ao
Cânon”. A maioria dos apócrifos foram escritos por judeus em hebraico e aramaico e após serem
traduzidos para o grego adquiriram grande popularidade. No entanto, depois que a Escritura
Hebraica foi definida, os “livros de fora”, passaram a ser considerados problemáticos e perigosos.
Estes livros foram acrescentados ao cânon mas não foram aprovados pelos cristãos
Reformados. Tem o seu valor como livros históricos e servem para estudo como os livros
seculares.

VI- Oficialização do Cânon

Data do reconhecimento e da Fixação do Cânon


Em 90 dC, em Jâmina, perto da moderna Jope, em Israel, os rabinos em um concílio sob a
presidência de Johanan Bem Zakai, reconheceram e fixaram o Cânon do Antigo Testamento. O
trabalho desse Concílio foi apenas o de ratificar (legitimar) aquilo que já era reconhecido e aceito
por todos os judeus através dos Séculos. Jâmina, após a destruição de Jerusalém no ano 70 dC,
tornou-se a sede do Sinédrio- o supremo tribunal dos judeus.
Novo Testamento
A formação do Cânon do Novo Testamento levou apenas duas gerações. Por volta do ano 100 dC,
todos os livros estavam escritos. O que demorou foi o reconhecimento Canônico, por causa do
cuidado e escrúpulos das igrejas de então, que exigiam provas concludentes da Inspiração Divina
de cada um desses livros. ( É importante ressaltar que este processo todo de reconhecimento e
fixação do Cânon se deu no período da Igreja Primitiva, Apostólica e dos pais pós-apostólicos,
tempos que a Igreja de Jesus foi perseguida e fiel até a morte. A Igreja se tornou Romana muitos
séculos após o fechamento do Cânon.) A ordem dos 27 livros, como temos atualmente em nossas
Bíblias, vem da “Vulgata Latina”.
Em 367, Atanásio considerado um dos grandes pais da Igreja defensor ardoroso das Escrituras e
combatedor das heresias, patriarca de Alexandria, publicou uma lista dos 27 livros canônicos, os
mesmos que temos hoje. Mais tarde em 393 dC, no Concílio de Hipona (África), esta mesma lista
foi mais uma vez confirmada. Finalmente, em 397 dc no Segundo Concílio de Cartago, o Cânon do
Novo Testamento foi definitivamente reconhecido e fixado Oficialmente.

Cânon da Igreja Católica Romana


Nas Bíblias da Igreja Romana, o total dos livros é de 73, porque no Concílio de Trento, em 1546
(depois da Reforma Protestante), foram incluídos no Cânon do Antigo Testamento 7 livros
apócrifos, além de 4 acréscimos a livros Inspirados e já canonizados, somando um total de 11
livros apócrifos.
Os apócrifos são no total 14 escritos, sendo 10 livros e 4 acréscimos a livros. Antes do Concílio de
Trento, a Igreja Romana aceitava a todos como canônicos , mas após o Concílio passou a aceitar
apenas 11 dos apócrifos como canônicos. A Igreja Reformada, Evangélica, formalmente rejeita
todos os acréscimos apócrifos.
Os livros apócrifos são:
1- Tobias
2- Judite
3- Sabedoria
4- Eclesiástico
5- Baruque
6- I Malaquias
7- II Malaquias ( ambos após o livro canônico de Malaquias)
Os acréscimos são:
1- Éster (de 10:4-16:24)
2- Cântico dos Três santos Filhos (Daniel 3:24-90)
3- História de Suzana (Daniel cap. 13)
4- Bel e o Dragão ( Daniel cap.14)
A BÍBLIA através dos Séculos
Antonio Gilberto (CPAD)

VII- Inspiração / Revelação / Iluminação

Inspiração: É o sopro de Deus, o hálito de Deus. É a forma pela qual Deus falou aos homens,
mediante os profetas, pela boca do próprio homem.
II Tm 3:16 “ Toda Escritura divinamente inspirada ... “
Não se trata de Inspiração poética, trata-se de autoridade Divina.
Theopneustos – soprada por Deus. Deus sopra do seu interior e revela sua Palavra ao homem.
Homens movidos pelo Espírito Santo escreveram palavras respiradas, sopradas por Deus.
Hb 1:1-2 – No Velho Testamento Ele nos falou através de Profetas. No Novo Testamento nos fala
através de Jesus. Deus decidiu usar o homem e trabalhar em parceria.
Inspiração dos escritos e não dos escritores.
A Bíblia é a Inspiração de Deus, porque ela é verdadeira, infalível, inerrante e eterna.
Os escritores eram falíveis, humanos, pecadores, naturais. Os homens passaram e passam, mas a
Bíblia permanece para sempre. A palavra de Deus é supratemporal, ela é acima do tempo.
A Palavra é ética e moral, suas verdades são eternas e essenciais para a vida cristã.
Conceito errado:
Psicografia (escrever de forma inconsciente).
A Bíblia não foi psicografada, pois Deus conservou o estilo literário de cada escritor, sua
personalidade, sua individualidade, seu contexto. Isto é um milagre.
Deus conservou a consciência dos homens para a escrita, como também a intenção do coração,
mesmo com toda a imperfeição humana.
Revelação: É tirar o véu.
A Palavra se revela, caem as escamas dos olhos e tomamos conhecimento da verdade.
Deus se revelou e se revela ao homem. Ele se revela na natureza, em Jesus e na Palavra.
Sl 19; Hb 1:1-4
Iluminação: É trazer luz.
O Espírito Santo traz a luz, ilumina nossa mente para entender e nos capacita para extrair
verdades profundas dos Textos, inclusive daqueles que achamos que já conhecemos muito.

VIII- Veracidade / Inerrância / Infalibilidade

• VERACIDADE
Do latim veracitate,
qualidade de veraz,
verdadeiro, verdade,
apego a verdade.

Muitos são os ataques a veracidade das Escrituras. O livro de Jonas tem sido amplamente utilizado
como argumento de Liberais que tem o livro como absurdo, falso, uma anedota. A História de
Jonas tipifica Israel e o próprio Jesus aponta para “ o sinal de Jonas”quando repreende os judeus.

• INERRÂNCIA
Do latim inerrantia,
qualidade de inerrante,
que não pode errar,
infalível, não errante, fixo.

Inerrância na mensagem, no conteúdo das Escrituras,


apesar de problemas de escrita e de tradução.

• INFALIBILIDADE

Do latim infallibile,
que não falha, que nunca se
engana ou erra, que não
pode deixar de ser, de
acontecer, inevitável.

Jesus é o Alfa e o Ômega, o início e o fim, o


primeiro e o derradeiro. Ap 22:13
Jesus é o segundo Adão. Rm 5:14-17
A História passada e presente revela a infalibilidade
das Escrituras assim como a harmonia dos
acontecimentos com as profecias escatológicas.
IX- As Escrituras e as Evidencias Externas

1-Historicidade de Jesus Cristo:


Jesus é o personagem mais documentado de toda a História. É impossível negar a historicidade de
Jesus, por causa da quantidade e diversidade de documentos e fontes.
O Império Romano, o grande Império derradeiro, produziu inúmeros documentos. Citavam um tal
de “cristos” ou “xistos”, um tal “filho de carpinteiro”. Todo imperador romano, Cezar Romano,
tinha oficiais nas províncias, como Herodes (oficial na Palestina – Judéia). Em todas as províncias
tinham seguidores de Jesus por isto os oficiais escreviam para o Império Romano para saber como
se tratava politicamente este povo (todos esses relatos se tornaram preciosas fontes documentais).

2- Josefo:
Grande historiador Judeu, que viveu no ano 37 ao ano 100 d.C. Tem credibilidade no meio judeu,
cristão e secular – Relatou a história de Jesus Cristo.
3- Tácito:
Foi o mais importante historiador romano. Considerado um decoro (autoridade máxima) da historia
romana. Viveu no ano 600 ao ano 120 d.C e relata a historia de “Christus”.
4- Luciano:
Escritor satírico. Viveu no ano de 125 a 190 d.C. Escrevia as comedias, as parodias da época.
Talentoso, era romano. Para o romano a história de Jesus podia se transformar numa grande piada.
Um rei para os romanos se sentava no lugar dos “Cezares”, recebia honras, era como um Deus, um
rei jamais iria até a cruz.
5- Historicidade Bíblica:
É o livro mais vendido do mundo, o mais copiado, o mais traduzido, também o mais exposto,
conservado integralmente. A Bíblia sobreviveu todos este séculos à uma investigação devastadora.
A arqueologia é a ciência que dá o maior respaldo para o relato Bíblico histórico.
6-Evidências Proféticas:
Para todo o período da História, houve e há uma profecia bíblica.
Exemplo: Gn 16:12 – está acontecendo hoje. Fala da nação de Israel e dos descendentes de Ismael
que hoje habitam na faixa de Gaza e são inimigos da nação de Israel (Nação irmã - Pai Abraão).
7-Indestrutibilidade e Integridade dos autores
Mc 13:31; I Co 15:1-6; II Tm 2:2
O testemunho de Paulo. De geração a geração.

X- Cronologia da História Geral e História Bíblica

escrita queda do Imp. Rm

Pré-História IV aC VdC
(4.000 a .c ) (500dC)
d.C
Antiguidade clássica

Antiguidade ou História Medieval ou História. História


Historia antiga Idade Media Moderna Contemporânea
4000 a .c 476 (500) 1500 180
Escrita Queda do Império Era dos Revolução Francesa
Romano do Ocidente Descobrimentos

A Pré-História:
Neste ano de 2009 comemora-se o bicentenário de Charles Darwin, cientista inglês, autor da Teoria
da Evolução das Espécies. A Teoria Evolucionista de Darwin é um ataque direto a Palavra de Deus
que traz o relato da criação, chamado de Teoria Criacionista.
No Brasil e em muitos países a Teoria Evolucionista é apresentada como ciência em contraste com
a Teoria Criacionista. È extremamente importante mostrar que as duas posições são Teorias,
nenhuma delas tem comprovação cientifica.
Teoria: Conhecimento especulativo. Conjunto de hipóteses sistematicamente organizadas que
pretende, através de sua verificação, confirmação ou correção, explicar uma realidade determinada.
Teoria Evolucionista: Defende a geração espontânea e a evolução das espécies a partir uma forma
de vida, tudo tem início com uma grande explosão.
Teoria Criacionista: Defende a idéia de um Criador inteligente que fez todas as coisas e todos os
seres vivos prontos, acabados, segundo a sua espécie.
Este confronto levanta a questão sobre a idade da Terra e de como foi este período chamado de
Pré-história.
A Pré-história é um período controvertido. Afinal o planeta tem seis mil anos de existência ou
dezesseis bilhões?

A Pré-história para os Evolucionistas:


• Paleolítico: Idade da pedra lascada
Paleolítico Inferior ( 500.000 a 30.000 a .C ).
Paleolítico Superior: (30.000 a.C à 8.000 a .C )

• Neolítico: Idade da pedra polida ( 8000 a.C a 5000 a.C) Este período se aproxima da
historia bíblica fazendo uma conexão com a historiografia oficial.
Os dez mandamentos são obras pedra polida. Todos os registros feitos antes da invenção da escrita
eram feitos em pedra, argila. Eles tinham a arte de polir a pedra e também a madeira (porém esta
mais perecível). Adão, Noé, Moisés, viveram neste período.

A Pré-história para os Criacionistas:


De acordo com o texto Bíblico, este período é muito mais próximo dos nossos dias, pois a terra não
pode possuir muito mais do que seis mil anos, sendo quatro mil antes de Cristo e dois mil depois de
Cristo. Adão após a queda teve que sair do jardim, crescer e multiplicar, dele saíram vários clãs que
percorreram a terra, sociedade coletora, nômade que se abrigava também em cavernas.

A Antiguidade:
A História como ciência é baseada nos registros, portanto é “ inaugurada” com o advento da
escrita, aproximadamente a quatro mil anos antes de Cristo.
Transmissão Oral: De Adão até Moises a Revelação de Deus é guardada e passada oralmente,
verbalmente. A História da Criação, do pecado e queda do homem, a promessa de redenção, as
Alianças, os juízos Dilúvio e Babel assim como os poemas e canções foram transmitidos de
geração a geração verbalmente até chegar em Moises.
A iniciativa foi de Deus, Ele deu a ordem a Moises para registrar, escrever tudo em um livro.
Moisés utilizando os conhecimentos obtidos no Egito compõe a escrita hebraica.
Escrita Primitiva: Arte Rupestre, Escrita Cuneiforme, Hieróglifos, Alfabeto Fenício, Alfabeto
Hebraico. Inicialmente os registros foram deixados nas paredes das cavernas, em muros, em
lápides, em pedra e argila. Posteriormente descobriram o Papiro, uma espécie muito rústica de
papel e também o pergaminho feito de couro de animal, membranas guardas em rolos.
Moisés aproximadamente 1200 aC.
Davi aproximadamente 1000 aC e sua descendência por mais aproximadamente 1000anos.
Esdras e Neemias aproximadamente 450 aC, e um exercito de escribas não mencionadas na
Escritura e muitas vezes nem na História encarregaram-se de escrever, copiar, reescrever e guardar.
Septuaginta: É a tradução mais antiga e mais famosa das Escrituras, do Hebraico para o Grego.
Ptolomeu II reuniu na cidade de Alexandria, no Egito, 70 (72) estudiosos , que fizeram a tradução
em 70 (72) dias, daí o nome Septuaginta –LXX, por volta de 280 aC.
Ptolomeu II, fez um paralelo com os 70 líderes de Moisés (Êxodo 24:1-14) e os cristãos da Igreja
Primitiva fizeram um paralelo com os 70 enviados por Jesus (Lucas 10:1-20). Foram enviados para
levar a mensagem a todos os cantos da terra e a tradução para uma língua “universal” foi vital neste
processo.
Em 70 dias foi feita a tradução da Lei e num período de aproximadamente 200 anos foi concluída
toda a tradução das Escrituras do Hebraico para o Grego, que faz parte da Septuaginta, que é
reconhecida como Septuaginta.
Os Manuscritos do Mar Morto: Rolos encontrados em treze cavernas em Qumran, e em outros
lugares próximo ao mar Morto como Massada e Murabaat. Foram encontrados rolos e fragmentos
de todos os livros judaicos, exceto o de Ester, textos apócrifos, escatológicos, regras e
códigos,manual de disciplina, hinos, textos astrológicos, comentários e orações.(1947- 1960)
Qumran era uma fortaleza israelita de 800 aC, formada por essênios.
Antiguidade Clássica : Jesus nasceu neste período ( 4000 a .C à 476 d.C ).
Neste período nasce a Igreja (Pentecostes).
Moisés viveu na Idade Antiga, por volta de 1700,1600 antes de Cristo.
→ Nascimento da Igreja – Pentecostes – aproximadamente ano 40 d.C.
Queda do Império Romano do Ocidente, no ano (476), 500 d.C, séc V.
Nenhuma outra obra da antiguidade clássica, sobreviveu intacta.

Idade Antiga Idade Média ou Medieval Id. Moderna Id. Contemporânea ou pós-moderna

4000 a .C 476d.C 1500 d.C 1800 2009


Queda do Império Era dos Era das Revoluções
Romano do Ocidente descobrimentos
( Obs: as linhas do Tempo são apenas explicativas, não estão nas proporções exatas)
Mudanças: Econômicas, Sociais e Políticas, determinam a mudança das “Eras” na História. Este
corte é feito para possibilitar a pesquisa e o conhecimento.
Na antiguidade temos os grandes impérios até chegarmos ao Romano. Com a queda deste Império,
a ameaça dos bárbaros e a ascendência da Igreja, que se tornou Romana, o ocidente sofre uma
mudança de “Era”.
O formato da sociedade no Império era urbana, na idade média o formato passa a ser rural – época
do feudalismo. A Igreja toma-se a grande Senhora Feudal da Idade Média. Os nobres, o clero, os
trabalhadores (o povo- plebe) e a terra principalmente permanecem sob o domínio da Igreja.
Quando a Idade média se esgota, começam as grandes navegações, descobrimentos, retorna o
comércio e a vida urbana (renascimento comercial e urbano), fase de transição para a Idade
moderna.
Vivemos hoje a Pós-modernidade ou contemporaneidade, marcada pelo pluralismo.
O grande desafio do homem contemporâneo é a preservação das Escrituras. O volume de
informações tentam destruir nossos alicerces, pois negam os Absolutos. A Palavra de Deus é um
Absoluto, não podemos e não devemos relativizar a Sua Mensagem. Quando olhamos para a
ciência, vemos uma tentativa de negar ou relativizar Deus.
Não existe Pós-Modernidade que possa anular a Bíblia,apesar de confundir para tentar destruir a
fé,ela irá passar como passaram todas as “Eras” , mas a Palavra permanecerá Eternamente.

Fatos Históricos
Dentro da História os “tiranos” tentaram apagar a Bíblia como também exterminar os Cristãos.
Ex: NERO 50dC promove uma “matança” de cristão. Nero era piromaníaco, gostava de fogo, esta
foi a razão pela qual ele colocou (movido por Satanás) fogo em Roma. Colocou a culpa nos
Cristãos para acabar com as suas memórias.
No ano 300 d.C, tentou Diocleciano matar a memória dos cristãos de uma forma pior que a de
Nero.
Voltaire – Séc XVIII - Filosofo – Teólogo – Cientista. Acreditou plenamente na razão pondo em
descrédito a Bíblia. Neste século inclusive houve um tremendo avanço cientifico – surgindo das
Indústrias – automóveis, grandes invenções. Voltaire afirmava que ninguém iria mais lembrar do
Deus da Bíblia, porém, 50 anos após a sua morte, a casa onde ele havia morado, tornou-se uma
grande distribuidora de Bíblias.
Esboço da Matéria

O caráter singular da Bíblia, ou seja: Ela é única.


Bíblia/ Livro
Origem no Grego = Biblos - nome usado para casca do papiro (Séc 11 a.C).
Contém: 66 livros – 39 A.T, 27 N.T.
Testamento = Aliança, ou pacto (acordo entre duas partes). Os escritores bíblicos datam de 1400
AC- 90dC
São mais de 40 autores, de cultura; cronogia; posição e lugares diferentes.
A Bíblia em si é um milagre.
É um livro absolutamente coerente.
A Bíblia foi escrita na Ásia, África e Europa, Oriente Médio.
Mesmo com todas as diferenças, a revelação Bíblica é progressiva, ou seja, o N.T foi profetizado
no A.T e o A.T é explicado no N.T
Foi escrita em três idiomas: Hebraico, Aramaico e Grego.
A.T – Escrito em Hebraico e Aramaico.
N.T – Grego koiné – Grego popular, universal.
A Bíblia é um “todo coeso”, não é uma colcha de retalhos, ela tem começo, meio e fim.
A Bíblia tem fidelidade histórica, é coerente e relacionada à História Universal.
Todo descobrimento arqueológico tem respaldo bíblico e não ao contrario, como a ciência tenta
afirmar.
A Bíblia é copia fidedigna dos escritos originais – os originais já não existem mais. Os escritos
originais foram escritos em material perecível como: pedra, caco de cerâmica, argila, couro.
Prevendo este perecimento das escrituras, os judeus passaram a copiar originais em papiro, um
material mais resistente. Ex: Septuaginta - 70 judeus que traduziram do Hebraico para o Grego os
escritos do A.T.
Os judeus foram infiéis em muitos aspectos, mas em relação a preservação da Palavra e a
permanência dos escritos., devemos ser sempre gratos a eles.
A escrita em Aramaico: língua que mais tocava o coração do judeu. Palavras como “ABA”
(Paizinho).
“A Bíblia é a Palavra de Deus”, como dizem os ortodoxos. O que tirar um til desta Palavra é
maldito.
Inspiração – Toda a Bíblia é inspiração divina.
Problemas para a Igreja:
A Bíblia não contém a Palavra de Deus, como dizem os teólogos Liberais.
Ela é a Palavra de Deus, somente quando fala comigo, como dizem os Neortodoxos (que deveriam
chamar-se Neoliberais). Sabemos que Bíblia não depende do leitor, é o leitor que depende Dela.
Exemplo: ensinam os Neortodoxos que o livro de Jonas é uma piada, e só se torna revelação
quando vem de encontro às nossas necessidades. Isto é FALSO, pois a Bíblia é eternamente
inspirada por Deus. Ela não está sujeita a minha interpretação, eu que estou sujeito a Ela.
Mt 22:29 – Duas coisas essenciais para o crente, principalmente para liderança:
• Conhecimento das escrituras.
• Conhecimento do poder de Deus.
Mt 24:35 – Somos a geração da Palavra e do Poder.

Bibliografia Simplificada

• Manual Bíblico
• Pós modernismo um guia para entender a filosofia do nosso tempo, Stanley. J. grenz,
Editora Vida Nova
• Cristianismo e Liberalismo

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