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surdos!
Darci Nilton Modes on 20/08/2012 - 20:32
É isso o que as Escrituras Sagradas dizem: “Se hoje vocês ouvirem a voz de Deus, não
sejam teimosos como foram os seus antepassados quando se revoltaram contra ele.”
Hebreus 3.15
Este seria a sua companhia e conselheiro constante assim que fosse levado aos céus.
Jesus chamou a esse Espírito conselheiro de Espírito da verdade porque desempenharia
neles e em todos os cristãos, à partir de então, uma série de atividades. Veja que Jesus,
em cada uma das exposições que faz do ministério do Espírito Santo em nós, aponta
para características de relacionamento! O Espírito não só nos influencia, mas se
relaciona, se revela, se faz presente e audível! Jesus diz que ele nos “ensinará todas as
coisas” (João 14.26), nos “fará lembrar tudo o que (ele) eu lhes disse” (João 15.26),
“testemunhará a (seu) meu respeito” (João 15.26), nos “guiará a toda a verdade” (João
16.13), nos “anunciará o que está por vir” (João 16.13).
Observe os detalhes que Jesus enfatiza a respeito do tipo de vida cristã que cada um de
nós está habilitado a viver: somos ensinados, lembrados e guiado de maneira
sobrenatural e infinita por Deus por causa do selo do Espírito Santo que habita em nós.
O objetivo final do Espírito é nos revelar os fatos de acordo com a vontade e propósito
de Deus. Reflita sobre isso!
O apóstolo Paulo, quando escreve sua segundo epístola para seu discípulo Timóteo,
disse “Reflita no que estou dizendo: pois o Senhor lhe dará entendimento em tudo” (2.7)
para lembrá-lo de que o Espírito o ajudará a desenvolver seu ministério de maneira
clara, perceptível e racional. Ele, o Espírito lhe “dará entendimento em tudo”, disse
Paulo.
“Pense no que estou dizendo, pois o Senhor fará com que você, pelo Espírito Santo que
age em sua vida, compreenda todas as coisas” (NTLH).
Jesus nos disse que a Sua proposta de Reino estaria acima da pretensão da religiosidade
de sua época vivenciada pelos fariseus, saduceus, sacerdotes e religiosos da época. Na
verdade, sua proposta nos era redimir de uma vida cristã acima da hipocrisia, da teoria e
da experiência intelectual. Ele nos chamou para um relacionamento pessoal, íntimo e
inovador, tudo intermediado e licenciado pessoalmente pelo Espírito Santo.
Assim, Deus deseja despertar em você a realidade de que Ele ainda fala hoje em dia e de
muitas maneiras a cada um de nós, entretanto, é necessário estar preparado para
discernir e ouvir quando ele nos comunica Sua vontade.
Vamos voltar no tempo mais uma vez: no período em que Josué é desafiado por Deus a
conquistar, pela espada e força a Terra Prometida, tratava-se de uma época em que as
pessoas estavam cercadas por um universo de deuses impessoais que habitavam aquela
região. A maioria dos cidadãos daquela terra eram animistas, ou seja, adoravam a
criação, o sol, a lua, as estrelas. Aliado a isso, invocavam deuses imaginários e a
demônios, bem como lhes construíram altares, personificações, sacerdotes, rituais e
templos.
No processo da libertação este povo passa a conhecer a Deus. Ele se revela lentamente
tendo um intermediador: Moisés e Arão. Ele se comunica por meio deles. E não só isso,
com poder e extremo zelo envia e guarda seu povo em meio às pragas e, finalmente, o
inusitado, abre o Mar Vermelho e os conduz sãos e salvos até o Monte Sinai onde, lhes
quer revelar Sua voz!
Imagino a ansiedade de Deus que, num processo lento e paulatino vai se revelando: usa
um mediador, manifesta seu poder e, finalmente, quer lhes falar como um Pai a filhos a
quem ama. Veja que Deus tem a necessidade de falar com seu povo. A fala se torna um
vínculo de relacionamento, ou seja, o tom da voz, o som produzido pelo pai ou mãe é
muito importante na formação de seu filho! É na fala que se gera a intimidade, é quando
a gente se dá a conhecer!
Veja que fato interessante: o bebê ao nascer rompe com sua genitora ao ser cortado o
cordão umbilical, a única coisa que a ligava intrinsecamente com a mãe! A mudança da
existência fetal para a humana faz com que o bebê grite, emita seus primeiros sons e
comece a respirar. Urgentemente esse bebê para “sobreviver” emocionalmente nesse
novo mundo, livre da sua mãe, chora. Agora a mãe substitui o vinculo do sangue
umbilical pelo seu toque suave e pela sua voz. Alguns cientistas afirmam que o corte
umbilical está estritamente ligado à abertura da boca e a emissão da voz; é por esse
canal de comunicação que o bebê vai expressar suas necessidades e emoções e também
ser suprido por ela. Assim, toda expressão relacional e emocional será com a produção
sonora entre o bebe e o choro, o grito, o acesso de raiva e a voz da mãe que acalenta,
comunica uma ação e sua presença.
O bebê conta com a voz da mãe como elemento sonoro quase que constante para
“viver” em segurança. Ela é portadora das primeiras melodias, dos primeiros ritmos e
dos primeiros significados. Ela comunica sua personalidade e seu caráter. Me pergunto:
será que a necessidade urgente que Deus tinha para falar com seus filhos no Monte
Sinai não era exatamente essa? Reconhecimento de paternidade, revelação de sua
personalidade e segurança?
Ele o fez assim para que eles percebessem que este Deus era pessoal, acima da criação e
o único entre as divindades pagãs que os cercavam (Deuteronômio 4.15-35). Ao
ouvirem a voz de Deus, saberiam que eles eram a única nação entre todos os povos da
terra que serviam a um Deus vivo. Quem eram filhos! Que conhecem não somente o seu
poder, mas sua personalidade também. Que ouvem Sua voz!
Disse o Senhor a Moisés“Reúna esse povo na minha presença para que escutem o que
vou dizer, a fim de que aprendam a temer-me a vida inteira e assim ensinem os seus
filhos.” Então vocês foram e ficaram ao pé do monte Sinai, que estava completamente
coberto de escuridão e de nuvens negras. Em cima do monte havia um fogo, e as suas
chamas subiam até o céu. Do meio do fogo o Senhor Deus falou com vocês; vocês
ouviram a voz dele, mas não viram ninguém; só escutaram a voz. Deus lhes anunciou a
aliança que estava fazendo com vocês e mandou que obedecessem aos dez
mandamentos, que depois escreveu em duas placas de pedra” (Deuteronômio 4.10-13).
Porém algo estranho aconteceu! Ao invés dessa revelação da presença de Deus conduzi-
los a uma vida de temor e santidade, ocorreu o inverso! Essa experiência se tornou em
algo desagradável e assustador ao povo. Veja o texto de Êxodo 20.18-20
“O povo ouviu os trovões e o som da trombeta e viu os relâmpagos e a fumaça que saía
do monte. Então eles tremeram de medo e ficaram de longe. E disseram a Moisés: Se
você falar, nós ouviremos; mas, se Deus falar conosco, nós seremos mortos. Então
Moisés respondeu: Não tenham medo, pois Deus só quer pôr vocês à prova. Ele quer
que vocês continuem a temê-lo a fim de que não pequem. E o povo ficou em pé de
longe, e somente Moisés chegou perto
Eu creio que Deus, como Pai amoroso, fala comigo todos os dias . Quando não a ouço é
porque posso ter construído um “bezerro de ouro” que tomou furtivamente o seu lugar.
Aí, minha voz encobre a Sua e ela passa desapercebida.