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Bibliologia

2º Nível
1
Índice: Páginas:

Conhecendo o poder das escrituras.....................................03

A Bíblia – revelação de Deus..............................................11

Antigo testamento............................................................13

A Criação – os Patriarcas...................................................15

Êxodo – Libertos da escravidão..........................................17

A conquista da terra prometida..........................................18

O período dos Juízes.........................................................20

O Reino Unido..................................................................21

O Deus da Esperança 1 ....................................................26

O Deus da Esperança 2.....................................................28

O Deus dos Patriarcas 1....................................................30

O Deus dos Patriarcas 2....................................................32

Novo Testamento.............................................................34

Evangelhos......................................................................35

Epístolas Paulinas.............................................................38

Epístolas..........................................................................45

Apocalipse........................................................................47

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CONHECENDO O PODER DAS ESCRITURAS

A Bíblia é a Palavra de Deus? Sim. Do livro de Gênesis até o de Apocalipse,


tudo é a Palavra de Deus. Ela foi escrita durante um período de 1.600 anos,
por cerca de quarenta escritores sagrados de diferentes épocas, culturas e
classes sociais. Entre eles havia poderosos monarcas, ilustres estadistas,
mulheres virtuosas, juizes, governantes, profetas, além de lavradores e
pescadores.

O primeiro livro da Bíblia foi escrito por Moisés mil e quinhentos anos a.C.; o
último pelo apóstolo João, no ano 95 d.C. Os escritores sagrados que
participaram da formação do Cânon bíblico, foram inspirados pelo Espírito
Santo. A palavra "inspiração" quer dizer sopro. Deus os encheu de Seu
Espírito e, sem que perdessem sua personalidade, puderam escrever as
maiores verdades que conformam toda a Palavra de Deus, de modo a
convertê-la no primeiro livro de todo o universo. Seus ensinos não se
encontram em nenhuma outra parte da literatura, de tal modo que, ainda os
homens mais ilustres, necessitam conhecer as Sagradas Escrituras.

Gabriela Mistral diz: " ... A Bíblia é para mim o livro. Não vejo como alguém
pode viver sem ela". E Thomas Carlyle, em um momento de inspiração,
expressou: "A Bíblia é a expressão mais fiel que jamais traduziu nas letras
do alfabeto a alma do homem, através da qual, como por uma janela, todos
os homens poderão mirar a eternidade distante e discernir em vislumbres
remotos seu distante e esquecido lar".

O apóstolo Pedro escreveu: "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada
por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de
Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe. 1 :21).

Cada um dos escritores sagrados estava consciente de que o que escreviam,


era resultado da inspiração divina.

Paulo disse: "Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela


sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais
com espirituais" (1 Co. 2:13). Jeremias comenta: "Palavra que do SENHOR
veio a Jeremias, dizendo: Assim fala o SENHOR, Deus de Israel: “Escreve
num livro todas as palavras que eu disse" (Jr. 30:1-2).

" A Isaías O Senhor disse: "Vai, pois, escreve isso numa tabuinha perante
eles, escreve-o num livro, para que fique registrado para os dias vindouros,
para sempre, perpetuamente" (ls. 30:8).

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A Daniel foi ordenado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro,
até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará"
(Dn. 12:4).

Os escritores sagrados enfatizam continuamente, através de todo o cânon


bíblico, que receberam de Deus essas palavras necessárias para o
crescimento na fé. João disse: "Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos
muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram
registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para
que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo. 20:30-31).

Paulo disse: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra
de Cristo" (Rm. 10: 17). Ou como diz a Bíblia de estudo pentecostal: "Assim
que a fé vem como resultado de ouvir a mensagem, e a mensagem se ouve
mediante a Palavra de Cristo". Para que a fé venha é necessário o contato
permanente com a Palavra de Deus, e fora dela não existe outro meio para
que o homem a adquira.

O Salmista Davi disse: "Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de
sua boca, o exército deles" (SI. 33:6).

Em Gênesis 1:1 lemos: "No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra,
porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o
Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve
luz".

Tomemos o exemplo da criação. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, sempre


trabalham em equipe. O Pai é o arquiteto e construtor (Hb. 11: 1 O). Um
arquiteto projeta. Antes de Deus criar este vasto universo fez o projeto
perfeito dele: pensou na beleza das flores, no colorido dos peixes, na
grandeza dos montes, no verdor dos vales, no azul dos céus e na
imponência dos mares. Enquanto Ele trabalhava no projeto, o Espírito Santo
se movia sobre a face das águas; havia densas trevas, mas o Espírito Santo
sempre esperava a Palavra. O Senhor disse: "Mas recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (At.
1 :8).

Ainda que o Espírito tenha o poder divino, jamais atua por Sua própria
conta; sempre espera a Palavra. Quando o Pai tinha elaborado o projeto,
entrou em ação a Palavra, porque disse Deus: "Haja luz; e houve luz" (Gn. 1
:3). Essa palavra expressa de Deus é Jesus Cristo. João escreveu: "No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez ... E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai" (Jo.1:1-3;14).

O Pai projeta e o Espírito se move esperando a expressão divina para atuar.


Na Palavra expressa libera-se todo o poder de Deus; e por isto se produziu o

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milagre da criação. Deus não muda: como atuou na criação, opera da
mesma forma em cada situação que nós tenhamos.

O apóstolo Pedro disse: "Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas
e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da
natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo" (2
Pe. 1:4).

A Bíblia nos dá a faculdade de crer na obra redentora de Nosso Senhor Jesus


Cristo; isto nos converte em filhos de Deus, e Pedro diz que somos
participantes da própria natureza de Deus. Ou seja, que se o Pai projeta,
você pode fazer o mesmo; a fé o capacita para que converta o feio e
tenebroso de sua situação, em algo formoso, útil e produtivo.

Uma vez que você consiga elaborar o projeto em sua mente, pode
apresentá-lo ao Espírito Santo, que se move no meio do caos de seus
problemas, e logo confesse a Palavra que é quem libera todo o poder de
Deus. Pois nós mesmos somos instrumentos de Deus para mudar o nosso
destino, de nossos entes queridos e de nossa nação, tudo por meio da
confissão correta da Palavra de Deus.

Hebreus 4:12 diz: "Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais


cortante , do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e propósitos do coração ".

Podemos ver as partes fundamentais neste texto:

- VIVA. A Palavra de Deus tem tanta vida que o próprio Senhor disse:
"Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt
24:35). Jesus disse aos Seus discípulos que não compreendiam a
profundidade de Suas palavras:

"O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu
vos tenho dito são espírito e são vida" (Jo. 6:63).

- EFICAZ. No grego, energues, Isto é, operante ou dinâmica. Significa que a


palavra está carregada de toda a energia divina, e cumpre o propósito para
o qual Deus a enviou. "Assim será a palavra que sair da minha boca: não
voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para
que a designei" (Is. 55: 11).

- CORTANTE ou tangente mais que uma espada de dois gumes. No grego,


makhaira, que é como o bisturi do cirurgião e está destinada a curar o
homem. A Palavra de Deus, ao ser liberada e chegar até à parte mais íntima
do ser, sara as feridas mais profundas da alma. O fato de que são dois fios
(grego - distonos), significa literalmente "de duas entradas" e assim penetra
muito mais fundo no ser humano, chegando até às juntas e medulas, e
discernindo os pensamentos e as intenções do coração.

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Quando confessamos com fé a Palavra de Deus, estamos liberando Espírito
de vida, razão pela qual o Senhor mandou especificamente a Moisés: "Estas
palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus
filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao
deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te
serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e
nas tuas portas" (01. 6:6-9).

Paulo disse: "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e


aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com
salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (CI.
3: 16).

Davi disse: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus
caminhos" (SI. 119: 105). Quando enchemo-nos da Palavra, nossa vida
ilumina-se, dissipam-se as trevas e vivemos em um novo dia onde a luz da
verdade sempre nos dirige. Portanto repita-a constantemente a ,seus filhos;
não sinta temor de ter como tema de conversa com eles a Palavra. As vezes,
entre familiares, o tema central são os personagens da novela, do esporte
ou da política. Nossas conversas, porém, devem girar em torno do que Deus
nos está ensinando.

O homem deve aprender a assumir a responsabilidade que o Senhor lhe


confiou.

E uma das responsabilidades é construir muro de proteção em seu. A


Palavra de Deus confessada, é esse muro. Quando você declara a palavra da
fé, está levantando muralhas de proteção para sua família, contra qualquer
ataque do inimigo; e no momento da prova, esta não prevalecerá porque
encontrará a resistência daquela muralha de proteção que você edificou.
Davi disse: "O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os
livra" (SI. 34:7). Se Deus é o que peleja por nós, por que vamos nos
angustiar?

Como o Senhor diz no Salmo 46:10 "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus".

Isaías nos ensina sobre a importância de conhecer toda a Escritura, dizendo:


"Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre
regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali" (Is. 28: 10).

O Senhor disse: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o
conhecimento" (Os. 4:6). Deus toma o exemplo do Seu povo Israel e diz que
a sua destruição pelos assírios e pelos babilônicos, foi a falta de
conhecimento da Sua Palavra. Na época atual, a igreja é o povo do Senhor,
que é formado por pessoas de todas as raças, tribos, povos e línguas; que
foram aceitas como tal pela fé em Jesus Cristo. Se nós, o povo de Deus, não
adquirimos o conhecimento da Palavra, poderemos sofrer o mesmo que
aconteceu ao povo de Israel: foi destruído.

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"Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei,
para que não sejas sacerdote diante de mim" (Os. 4:6). Neste texto, o
profeta vai além do conceito pastoral, e refere-se também àqueles que são
autoridades espirituais de seus lares. Você sabia que o pai, diante dos olhos
de Deus, é o sacerdote de sua casa? A sentença do Senhor é: "Porquanto tu
deixaste o conhecimento de Minha Palavra, deixarás de ser essa autoridade
espiritual em casa." E isto é algo muito grave no mundo espiritual; é como
uma casa sem portas, onde os membros da família são expostos à
destruição.

"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento"
(Os.4:6b). Qual é a parte mais sensível de qualquer pessoa? Não são os
filhos? Quantas mães não desejariam que o sofrimento de seus filhos
recaísse sobre padecer elas mesmas, e suplicam: "Senhor, por que enviaste
essa enfermidade a meu filho e não a mim?" Vendo-os dominados pelas
drogas, ou por qualquer outro vício, desejam morrer. Mas são essas as
conseqüências do abandono do conhecimento da Palavra de Deus. Porém Ele
restaurará e protegerá a vida e a família daquele que propõe em seu
coração voltar-se para Deus e esforçar-se por adquirir o conhecimento. Se
você é a autoridade espiritual, é seu dever orar diariamente por sua casa,
erguendo um muro de proteção para que o inimigo não lhe faça dano algum.

O Senhor disse: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que
vos mando?" (Lc. 6:46). Se você vai chamar a Jesus "Senhor" (Kirius, no
grego), tem que fazer o que Ele disse, pois "Senhor" quer dizer: Amo, dono
ou soberano, e Ele diz: "Se não querem fazer nada do que Eu digo, não se
atrevam a chamar-me Senhor; primeiro devem submeter-se à Minha
vontade para que me possam reconhecer como seu amo".

Mas, como crentes, enfrentamos, no dia a dia, um inimigo que se opõe à


nossa rendição total ao Senhorio de Jesus Cristo. Paulo disse: "Nos quais o
deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus" (2 Co. 4:4).

Só existe um Deus verdadeiro; o que Paulo identifica como deus deste


século, é aquele que quis usurpar o trono de Deus, pretendendo tomar o
mesmo lugar do Senhor na adoração; por isto foi arrojado do reino dos céus,
convertendo-se no ser mais malévolo que jamais existiu, e seu propósito é
enganar ao maior número de pessoas da humanidade para não ir só à
condenação eterna. Utiliza muito a tentação para induzir ao pecado. Esta se
converte em um véu que impede que lhes resplandeça a luz do evangelho
de Cristo. Quando uma pessoa deixa que a luz da verdade entre em sua
mente, e em seu coração, sai da miséria, e poderá caminhar pelas sendas
da justiça que o Senhor nos traçou. Viverá em saúde, pois o Senhor
prometeu que não haverá nenhuma enfermidade para Seus filhos.
Caminhará em prosperidade, porque Deus prometeu suprir todas as nossas
necessidades, conforme Sua riqueza em glória. Caminhará em harmonia
familiar, porque Deus prometeu que restauraria a família. O inimigo luta por

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manter o véu da cegueira espiritual, para que não leiam e nem entendam o
que Deus lhes quer revelar.

Paulo disse: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm. 12:2).

O apóstolo pede a cada crente três passos fundamentais:

- Não vos conformeis com este século. Este século tem tomado um
rumo completamente contrário à vontade de Deus, pelo que choca com cada
um dos propósitos divinos. O apóstolo Pedro também se refere ao presente
século e diz a respeito: "fugindo da corrupção das paixões que há no
mundo" (2 Pe. 1 :4). O único meio que nos pode preservar da corrupção, é
guardarmos cada uma das promessas divinas.

- Renovação do entendimento. Nosso entendimento só pode ser


renovado pelo estudo contínuo da Palavra, a qual nos leva a um
conhecimento muito mais profundo acerca do propósito de Deus para nossas
vidas.

- Comprovar a vontade de Deus. É impossível que alguém possa chegar a


conhecer a vontade divina sem que se entregue a esquadrinhar as
Escrituras.

Todos os dias devemos dizer ao Senhor: "Senhor, renova meu entendimento


e ajuda-me a compreender mais e mais Tua bendita Palavra." Há grande
diferença entre recolher umas quantas conchas ou caracóis à beira do mar e
mergulhar nas profundidades do oceano, conhecendo os inescrutáveis
tesouros que se encontram no mar profundo. Assim também não se
compara o conformar-se com uns poucos versículos das Escrituras e ser uma
pessoa que se aprofunda em todo o conhecimento bíblico.

Paulo disse: "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como
por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória,
na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Co. 3: 18). Quando
você lê a Palavra, abre-se o véu e pode olhar com cara descoberta, ver
claramente como você é por dentro; mas vá um passo além, onde pode ver
a glória do Senhor, e poderá escalar os degraus necessários em sua vida
espiritual, subindo de glória em glória, crescendo espiritualmente até que
possa alcançar a estatura de Jesus Cristo.

O Salmista disse: "Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus
inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais
do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou
mais prudente que os idosos, porque guardo os teus preceitos" (SI. 119:98-
100).

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Há três passos fundamentais no processo de amadurecimento, onde
o alimento espiritual é muito importante:

1- O Leite Espiritual

"Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas


e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças
recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado
crescimento para salvação" (1 Pe. 2:1-2). O que mais busca, um bebê
recém-nascido para nutrir-se, é o peito da mamãe; e o apóstolo toma este
exemplo natural para nos dar um grande ensino no plano espiritual. Quando
se permite algo impróprio no leite, este se decompõe e começa a azedar; se
você permite coisas impróprias em sua vida, o leite da Palavra pode azedar,
perdendo seu efeito nutritivo. O impróprio vem a ser a malícia, o engano, a
hipocrisia, as invejas e todas as detratações. Paulo disse aos efésios: "Longe
de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim
toda malícia" (Ef. 4:31).

O apóstolo ensina que cada um deve com, sua própria vontade, desfazer-se
de todas as coisas que impeçam um desenvolvimento espiritual normal, e
apresenta uma lista das coisas que nós não devemos jamais consentir em
nossas vidas:
 Amargura
 Raiva
 Gritaria
 Maledicência
 Ira
 Malícia

É importante compreender que de todas estas coisas nós mesmos nos
devemos despojar, por nossa própria vontade. Ao faze-lo, o leite se converte
em um alimento muito nutritivo para nossas vidas.

2- O Pão

Jesus disse: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra que procede da boca de Deus" (Mí. 4:4).

Quando você pode conhecer amplamente a Bíblia, e a entende, ela é como


pão; mas se ainda se conforma somente com o ler alguns salmos ou
versículos soltos da Bíblia, não estará desfrutando de um desenvolvimento
normal. Uma criança ao nascer é um bebê muito lindo que inspira alegria e
ternura, e emite uns sons guturais que estremecem os corações dos pais;
mas se aos doze anos segue emitindo os mesmos sons, então os pais
estarão enfrentando um problema de retardo mental. Assim como é no
natural, também o espiritual; uma pessoa que aos dez anos de vida cristã,
esteja dependendo de uns quantos versos soltos, ou uns quantos salmos, é
um sintoma de que está enfrentando um problema de retardo espiritual.

3- A comida Sólida:

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"Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo
decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de
novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos
tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo
aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque
é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela
prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o
bem, mas também o mal" (Hb. 5:12-14).

O alimento sólido é para aqueles que têm adquirido maturidade, e a


maturidade é alcançada pelo exercício. Um atleta que quer ser um
profissional e coroar-se campeão, sabe que pode alcançá-la por meio de
uma dedicação total e prática contínua a seu esporte. De igual modo, um
crente só pode alcançar a maturidade espiritual pelo exercitar-se no estudo
da Palavra; quanto mais aprofunda-se nela seus sentidos espirituais
fortalecem-se para um desenvolvimento normal.

O homem de Deus aprofunda-se na Palavra, e que agradável trocar idéias


com pastores e servos de Deus, posto que têm alcançado uma estrutura
espiritual muito profunda. Para chegar a este grau de maturidade é
fundamental que você sacrifique tempo e possa, como disse Jesus:
"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas
mesmas que testificam de mim" (Jo. 5:39).

QUESTIONÁRIO

1. Complete:

Segundo 2 Tm. 3: 16. "Toda escritura é _________________por Deus, e


útil para ______________, para ___________________ , para
______________para ______________em justiça a fim de que o homem de
Deus seja _______________inteiramente __________________ para toda
boa obra".

2. Complete:

A Bíblia é a mesma ____________________de Deus, desde o livro


______________ até __________________; foi escrita em um período de
__________________anos, participaram _________________ escritores. O
primeiro livro da Bíblia foi escrito por ___________________ em cerca de
anos a.C. e o último livro foi escrito pelo apóstolo __________________ no
ano ___________________ d.C.

4. De acordo com Hb. 4:12, explique as partes fundamentais deste texto


com respeito à Palavra que é:
a. Viva :
b. Eficaz :
c. Cortante :

10
5. Segundo CI. 3:16, preencha os espaços em branco.
Habite, ricamente, em vós ______________________; instruí-vos e
______________ mutuamente em toda a _________________louvando a
Deus, e ______________ e cânticos ________________, com gratidão,
________________

7. Paulo disse: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformais-vos
pela renovação de vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm. 12:2). Enumere os três
passos fundamentais que pede o apóstolo a cada crente.
a.
b.
c.

8. Descreva de forma prática os três passos fundamentais no processo de


maturidade espiritual
a. Leite espiritual:
b. O pão:
c. A comida sólida:

Texto: Encontro 3 – Descobrindo uma nova vida – César Castellanos.

A BÍBLIA – A REVELAÇÃO DE DEUS

1 – O que é a Bíblia

A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade, a qual nos ensina tudo


que necessitamos saber sobre Deus, o homem e o plano de Deus para este
homem, um relato progressivo e completo.
Cristo é o centro e o coração da Bíblia. É o único livro do mundo que
revela a pessoa do Deus vivo e verdadeiro – a obra salvadora do Senhor
Jesus Cristo, e o Ministério do Espírito Santo.
A Bíblia também é um livro inspirado por Deus – (2 Timóteo 3:16,17).
Não foi feita por vontade humana, mas movido pelo Espírito Santo (2 Pedro
1:20,21).

2 – Por que devemos estudar a Bíblia?

A Bíblia é o único manual para sua vida cristã e para o trabalho do


Senhor. Ela é a constituição do povo de Deus. (Daniel 11:32)
Ela alimenta, nossa alma e espírito (Jeremias 15:16)
Ela é instrumento que o Espírito Santo usa para guiar os seus passos
(Salmo 119:105)
Estudá-la é um requisito primordial para Deus responder às nossas
orações, e estarmos cheios da Sua palavra (João 15:7)
Ela lhe fará mais sábio e mais entendido. (Oséias 4:6)
Fará crescer em fé. (Oséias 6:3)
11
Levará você a conhecer Deus: Pai, Filho e o Espírito Santo. (Mateus
22:29).

3 – Como devemos estudar a Bíblia

Ler a Bíblia conhecendo seu autor (DEUS) – A Bíblia é o único livro


cujo Autor está sempre presente quando ela é lida, assim sendo, Ele mesmo
estará te auxiliando no seu entendimento. (Isaías 34:16; Jeremias 1:12)
(Lucas 24:25; 1 Coríntios 2:10,12,13)
Ler a Bíblia diariamente (sendo um alimento, assim como você
alimenta seu corpo – alimente também seu espírito e alma). (Dt 17:19)
Ler a Bíblia com oração – (há sempre “algo” especial para você – Deus
fala através da Sua palavra) (Salmo 119:18; Efésios 1:16,17)
Ler a Bíblia aplicando-a a si mesmo. (Tg 1:22)

4 – Conheça um pouco mais da Bíblia e como chegou até nós

A Bíblia tem 31.175 versículos agrupados em 1.189 capítulos que


estão divididos em 929 no Velho Testamento e 260 no Novo Testamento.
A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250 D.C. e a divisão em
versículos foi feita em duas etapas 1445 D.C. o Velho Testamento e 1551
D.C. o Novo Testamento. O maior capítulo é o Salmo 119, que curiosamente
quase todos os versículos dizem respeito à palavra de Deus. O menor
capitulo é o Salmo 117, o maior versículo está em Estér 8:9. Os menores
versículos, devido a várias traduções e atualizações são vários, assim temos
por exemplo; João 11:35, Êxodo 20:13.
Os livros de Ester e Cantares, não contêm a palavra “Deus”, porém a
Presença de Deus é evidente nos fatos, principalmente em Ester.
Na Bíblia existem 32.000 promessas, 8.000 menções de Deus sobre
vários nomes Divinos (Exemplos: Maravilhoso, Grandioso, Poderoso,
Excelso, etc.), 117 menções do diabo sob seus vários nomes. A vinda do
Senhor é referida direta e indiretamente 1.845 vezes – 1.527 no Velho
Testamento e 318 no Novo Testamento. A expressão “Não temas” ocorre
366 vezes, e “Assim diz o Senhor” ocorre 2.600 vezes. No Novo Testamento
há 1.040 referências ao Velho Testamento, provando a sua unidade e
coerência de tema.
Ela possui 66 livros sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo
Testamento. Estes 66 livros foram escritos num período de 16 séculos –
1.600 anos – e tiveram cerca de 40 escritores. Aqui está um dos milagres da
Bíblia, pois estes escritores eram das mais variadas profissões e atividades,
viveram e escreveram em países, regiões e continentes distantes, entretanto
seus escritos formam uma harmonia perfeita. Isto prova que um só os
dirigia no registro da revelação divina – Deus o Autor.

A palavra BÍBLIA é derivada do nome grego dado a folha de papiro preparada


para escrita – “Biblios” – um rolo de papiro de tamanho pequeno era
chamado “Biblon” e vários destes rolos uma “Bíblia”. Portanto, literalmente, a
palavra Bíblia quer dizer, coleção de livros pequenos.

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A Bíblia foi escrita em vários países e continentes diferentes como:
África, Ásia e Europa e em três línguas: Hebraico, Aramaico e Grego.

4.1 – O CÂNON

O Cânon ou Escrituras Canônicas, é a coleção completa de livros


divinamente inspirados, que constituem a Bíblia. Cânon é uma palavra grega
que significa, literalmente “vara reta de medir”, como uma régua, mas no
sentido religioso, não significa aquilo que mede, mas aquilo que serve de
norma, regra.
Referimos aos livros da Bíblia como Canônicos para diferenciá-los dos
Apócrifos.

5 – A estrutura da Bíblia

A Bíblia é um livro de livros, sessenta e seis, divididos em dois


testamentos, ou alianças. Os nomes Antigo Testamento e Novo Testamento,
embora não comumente usados até o fim do segundo século, focalizam as
duas grandes alianças feitas por Deus com seu povo: a Aliança Mosaica
(Êx.24:8; 2Rs23:2) e a Nova Aliança (Mt 26:28).
O Antigo Testamento registra principalmente o envolvimento de Deus
com a nação de Israel, com base na aliança que fizera com os israelitas
através de Moisés no monte Sinai. Partes anteriores do Antigo Testamento
relatam a criação do homem, o dilúvio, a chamada de Abraão e a formação
da nação israelita através da descendência de Isaque e Jacó.
Depois do relato do estabelecimento da Aliança Mosaica, o Antigo
Testamento registra a história do relacionamento entre Deus e Israel; a
peregrinação no deserto; a conquista parcial da terra de Canaã; sua vida
sob a autoridade de juizes e reis, incluindo a divisão da nação entre os
reinos do Norte e do Sul; as muitas advertências proféticas do cativeiro
iminente; os cativeiros e o retorno de Judá à Palestina. Ao longo de todo o
Antigo Testamento estende-se uma linha de profecias com respeito a um
Libertador-Salvador que haveria de vir, o Messias, e à instituição de uma
nova aliança. O cumprimento dessas profecias é a história do Novo
Testamento.

O ANTIGO TESTAMENTO É DIVIDIDO EM 4 GRUPOS

Livros da Lei ou Pentateuco


1. Gênesis
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronômio

Livros Históricos – 12 Livros

1. Josué
2. Juizes
3. Rute
13
4. I Samuel
5. II Samuel
6. I Reis
7. II Reis
8. I Crônicas
9. II Crônicas
10. Esdras
11. Neemias
12. Ester

Livros Poéticos – 5 Livros

1. Jó
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. Cantares

Livros Proféticos – 17 livros

* 5 Profetas Maiores

1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações de Jeremias
4. Ezequiel
5. Daniel

12 Profetas Menores

1. Oséias
2. Joel
3. Amós
4. Obadias
5. Jonas
6. Miquéias
7. Naum
8. Habacuque
9. Sofonias
10. Ageu
11. Zacarias
12. Malaquias

Lição de Casa
Decorar os Livros do Velho Testamento

14
A CRIAÇÃO – OS PATRIARCAS

O livro de Gênesis é o princípio de tudo, quando se refere a tudo, é


tudo. Não é só criação de todas as coisas, do homem, da mulher, mas
também a vida espiritual, que é a Comunhão com Deus, e a origem de uma
nação (Israel)
Da criação até a morte de José (no Egito), abrange um período de
aproximadamente 2.315 anos.

1 – História da criação
(O homem é a coroa, a glória de toda a criação)

Adão não foi criado como criancinha ou um selvagem, mas como um


homem adulto, perfeito, em inteligência e conhecimento, de outra maneira
não poderia Ter dado nomes aos animais e as aves do céu. O homem é
diferente de qualquer outra criatura em sua composição, pois só dele se diz
que foi feito “a imagem e semelhança de Deus”, pois o homem tem corpo,
alma e espírito.
Deus deu ordem a Adão para “encher a Terra e sujeita-a; dominai”, ou
seja, Deus deu autoridade ao homem sobre a Terra.
Deus mandou Adão cultivar e guardar a Terra. A palavra guardar aqui
pode ser entendida de duas formas, no sentido de mordomia (zelo, cuidado)
e no sentido de vigiar, contra o inimigo. Não vigiando, o homem foi
enganado por Satanás e se rebelou contra Deus. Mas, em (Gênesis 3:15)
Deus já anuncia a sua promessa de vencer o inimigo e o seu plano perfeito
começa a ser executado.

Depois que o homem desobedeceu a Deus e ficou longe de Sua


presença, a situação foi ficando cada vez pior. Leia Gênesis 6:5-7

O que o Senhor viu? (v.5)


O que o Senhor sentiu? (v.6)
O que o Senhor decidiu fazer? (v.7)

Vendo a maldade do homem, Deus sentiu um peso no coração e assim


fez cair uma pesada chuva sobre a terra por 40 dias e 40 noites e todos
foram destruídos pelo dilúvio. Porém, um homem chamado Noé foi
preservado, ele e sua família.
Deus salvou Noé porque ele era justo e andava em sua companhia.
Noé e sua família foram salvas através de uma arca. Deus ao preservar Noé
e seus filhos (Sem, Cão e Jafé) no dilúvio, estava também preservando sua
promessa em Gênesis 3:15. Deus fez uma aliança com Noé e a humanidade
em Gênesis 9:8-17, nunca mais a terra seria destruída por dilúvio. O arco-
íris é o símbolo deste pacto.
Com Noé e seus filhos, Deus começou novamente a história e a
humanidade cresceu outra vez. No capítulo 10, Ninrode (nome que significa
= rebelar-se) – descendente de Cão (filho de Noé), fundou um Reino em
oposição ao governo instituído por Deus. Ele chefiou a construção de uma
15
cidade Babilônia (Babel), que representa tudo que é oposto a Deus e a sua
verdade. As idolatrias e o paganismo tiveram suas origens ai. (Apocalipse
17:1-5).
Depois o Senhor decidiu formar um povo para falar sobre Ele a todas
as outras nações e iniciou este projeto com os patriarcas.
Quatro homens foram usados por Deus para iniciar a preservação do
seu povo, através do qual o Messias haveria de vir ao mundo.

Abraão (Pai da Fé) – o primeiro patriarca


A partir do capítulo 12 de Gênesis, em diante, entra um elemento novo
na Revelação de Deus – Ele não se dirige mais para a raça humana toda, Ele
começa uma nação especial, para com ela abençoar todas as nações que O
rejeitaram. Deus chama um homem de Ur da Caldeia para formar esta
nação, Abraão. Com a chamada de Abraão, Deus lhe dá a promessa de
descendência, de possuir uma terra e ser uma benção.
O nome Abrão significa – “Pai da elevação”. Deus mudou seu nome
para Abraão que significa – “Pai de multidões”.
Dos filhos de Abraão, Ismael foi o filho que teve com Agar, serva de
Sara. É o filho da carne. E Isaque, filho de Sara que é o filho da promessa de
Deus, Isaque tipifica Cristo, principalmente na provação de Abraão (Gênesis
22:1-19)
A boa mão de Deus estava com esta descendência. Isaque gerou a
Esaú e Jacó. Jacó gerou a José e seus irmãos. Há no livro de Gênesis treze
capítulos dedicados à vida de José, porque ele é importante na História de
Israel. Leia com atenção essa História maravilhosa de um jovem fiel,
perseverante e com fé em Jeová.

Isaque – o segundo patriarca


O segundo patriarca se chamava ISAQUE.(Leia Gênesis 21:1-3) O
nome de Isaque significa – “Riso”. Quando Isaque nasceu Abraão tinha 100
anos e Sara 90 anos. O nascimento foi um milagre, sua mãe, Sara, não
podia ter filhos. Deus prometeu que Abraão e Sara teriam um filho e Ele
cumpriu a promessa. Quando Abraão ofereceu Isaque como sacrifício, no
Monte Moriá, foi uma figura profética da morte de Cristo. O Monte Moriá é o
mesmíssimo local onde 2.000 anos mais tarde, o próprio Filho de Deus seria
oferecido.
Mais tarde, Isaque se casou com Rebeca e eles tiveram dois filhos
gêmeos que se chamavam Esaú e Jacó.

Jacó – o terceiro patriarca


O terceiro patriarca foi Jacó, irmão de Esaú. O nome de Jacó significa –
“Usurpador”. Mais tarde Deus muda seu nome para Israel, que significa –
“Príncipe de Deus”
Certo dia, Jacó enganou Esaú e teve de sair de sua casa fugindo para
outra terra. Lá ele se casou e teve 12 filhos. Assim, a família começou a se
tornar uma nação, como Deus prometera. Jacó tinha como seu filho
preferido a José. Leia Gênesis 37:3.

16
José – o quarto patriarca
José foi o quarto patriarca, seu nome significa “aumentador” Em
Gênesis 37:4 lemos que devido à atitude do pai de José, seus irmãos o
odiaram. Esse ódio fez com que eles vendessem José como escravo e ele foi
levado para o Egito. Leia Gênesis 37 e 38. José nesta ocasião tinha 17 anos.
De escravo José aos 30 anos tornou-se o governador do Egito porque
tinha uma grande sabedoria vinda de Deus, quando isso aconteceu, Faraó
lhe deu o nome de “Zafenate-Panéia” que significa “Salvador do Mundo”
Mais tarde José perdoou seus irmãos e os trouxe juntamente com seu
pai para o Egito, a família toda tinha 70 pessoas (Gênesis 46:27) e foram
morar na terra de Gósen (Gênesis 47:6).
Jacó aos 147 anos morreu no Egito depois de abençoar seus filhos.
Depois, José também morreu. Leia Gênesis 50:22-26.
José sabia que Deus iria cumprir sua promessa, porque sabia que Deus
é Fiel e Verdadeiro. Um dia, Israel sairia do Egito como um grande povo.

ÊXODO – LIBERTOS DA ESCRAVIDÃO

A palavra Êxodo significa saída. O livro de Êxodo possui 40 capítulos. O


número 40, aparecerá constantemente na Bíblia toda, é o número da
provação; Dilúvio — 40 dias; Israel — 40 anos no deserto, etc. Veremos o
número 40 também na vida de Moisés, que viveu 40 anos no Egito, 40 anos
no Deserto de Midiã e mais tarde conduziria o povo de Israel 40 anos pelo
deserto.
Leia Êxodo 1: 1-14 e entenda como o povo de Israel se tornou escravo
dos egípcios. Mas, o povo de Israel continuava crescendo, então Faraó
mandou que todo menino que nascesse fosse morto (Ex 1:22). Nessa
ocasião nasce um menino muito especial. Leia Exodo 2:1-10. O nome
Moisés significa “Salvo das águas”.
Através desta história extraordinária Deus estava preparando a pessoa
que iria liderar a saída do seu povo do Egito. Moisés cresceu e foi educado
no meio dos egípcios. Ele viveu no palácio até os 40 anos. Então Moisés
atentou para o sofrimento do seu povo. Leia Exodo 2:11-15.
Na terra de Midiã Moisés constituiu família. No Egito o sofrimento do
povo aumentava. Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor e Deus ouviu
o seu clamor (Ex 2:24-25).
Leia Êxodo 3:1-10 e veja como o Senhor chamou Moisés para ser o
libertador do seu povo.
Para cumprir sua missão, Moisés teve que enfrentar muitos
obstáculos, mas o Senhor era com ele. A luta com Faraó para que ele
deixasse o povo ir foi tremenda, e para convencê-lo o Senhor mandou 10
pragas sobre o Egito (Ex 7:14-25; cap. 8,9,10 e 11).
Os egípcios eram um povo que adoravam vários deuses como o Rio
Nilo, o sol (Rá), o próprio Faraó também era considerado um deus. Vários
animais representavam seus deuses, o deus Ptá Apis, era representado por
um touro. A deusa Mut, era representada por uma vaca. A deusa Heka, era
represent,ada por urna rã. Assim, as 10 pragas enviadas por Deus ao Egito,
visaram provar a superioridade do Deus de Israel (Ex 6:,7;8:10 e 22;

17
10:22; 14:4 e 8). As pragas foram verdadeiramente uma Batalha Espiritual
na qual o Senhor Deus prevaleceu (Ex 12:31).
Em meio a esta Batalha Espiritual, há um ponto marcante para a
nação de Israel: a instituição da PÁSCOA. Tudo na Páscoa tipifica ou aponta
para Cristo — O Cordeiro Pascoal (Êxodo 12:1-14). E nessa mesma noite,
em que a Páscoa foi estabelecida, o povo saiu da terra do Egito. Ali se
iniciava uma caminhada que iria durar 40 anos, até o povo entrar na terra
prometida por Deus (Gn 12:1-7; Ex 3:8).
Desde a imigração de Jacó para o Egito descrita em Gn 15.13 até a
saída do povo de Israel, Ex 12:40 e 41, passaram cerca de 430 anos.
Durante os 40 anos de peregrinação, Deus estava sempre cuidando do
seu povo (Ex 13:21; Ex 14:22, Ex 15:25; Ex 1612).
Nessa caminhada Deus deu também ao seu povo a Lei, os
mandamentos que deveriam ser observados. Ele chama Moisés ao Monte
Sinai e lhe dá duas tábuas com os mandamentos (Ex 20:1-17) Dessa
maneira aquele povo começa a ser organizado como nação através da qual o
Senhor abençoaria todas as famílias da terra

A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA

Ao ser chamado no Monte Sinai (ou Horebe), Moisés recebeu do


Senhor Leis Morais, Leis Civis e Leis Cerimoniais ou sacrificiais. Dentro
destas últimas, Deus dá o modelo do Tabernáculo, também chamado de
Tenda da Reunião ou Congregação. Assim, como vimos no livro de Gênesis,
o homem separado de Deus pela desobediência; no livro de Exodo o homem
sendo redimido e liberto; no livro de Levftico (LEIS) encontramos o homem
sendo chamado à prestar culto a Deus. Este livro nos revela a importância
que Deus dá a adoração e a comunhão com Ele.
O livro de Números (Censo) é também conhecido como livro que
retrata as caminhadas do povo ou livro das murmurações, pois o povo pela
sua murmuração e rebeldia, sendo que estava somente há 11 dias de
caminhada para entrar na terra prometida, vagou pelo deserto por 40 anos,
até que se passasse aquela geração inteira. Neste livro são descritos 2
censos (contagem do povo) e também é narrado o 1° reconhecimento da
Terra de Canaã. Leia estes textos: Números 13:1-3; 17-33 e 14:1-30 e
conheça a história de Josué e Calebe.
O livro de Deuteronômio (Segunda Lei) é um livro de recordações e
também de perspectiva do futuro, pois, prepara a nova geração de Israel
para conquistar Canaâ. Este livro também mostra a importância de se
ensinar a Palavra de Deus às crianças, diariamente. Em seu último capítulo
(34), vemos a morte de Moisés, que não entra na terra Prometida e é
substituído por Josué na liderança do povo de Israel.
Chegamos assim, ao livro de Josué, cujo propósito é o de continuar
a História de Israel iniciada no Pentateuco e demonstrar a fidelidade de Deus
para com os Patriarcas dando ao povo de Israel a Terra Prometida.
O nome JOSUÉ é o mesmo de JESUS, cujo significado é “Salvação de
Deus” Segundo o historiador Josefo, Josué teria 85 anos quando sucedeu a
Moisés a frente do povo. Acredita-se que levou 6 anos para conquistar e
dominar a Terra Prometida.

18
Este livro narra muitos episódios de grande ensinamento para nós
como Raabe e os espias (Leia cap. 2). Raabe, uma meretriz (prostituta),
que pela sua fé, coragem e obediência, creu no Deus de Israel e fez parte da
genealogia de Jesus (Mateus 1:5). Deus não faz acepção de pessoas.
Josué é um livro que descreve vitórias e conquistas do povo de Israel, mas
observe o acidente de Ai, onde Israel é derrotado por causa do pecado de
Acã (Cap. 7), nos ensinando que nenhum pecado afeta só o pecador, pois
ninguém vive só. Agora leia o cap.6 veja a extraordinária conquista de
Jericó.

* Jericó foi conquistada por um ato profético. Descreva esse ato profético.
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Assim como prometera (Josué 1:5), Deus esteve com Josué em todo tempo.
Leia Josué 10:12-15 e veja a providência de Deus para que a luta contra os
amorreus chegasse ao final.
Para finalizar leia o cap. 24 e veja como Josué foi exemplo de fidelidade a
Deus levando todo o povo de Israel a fazer uma aliança com o Senhor de
servi-lo e obedecer a Sua voz.

* Você já participou de algum ato profético na igreja? Cite quais.


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* Qual é a importância do Ato Profético?


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Lição de Casa

* Pergunte ao seu líder como ele ganhou a sua vida.

19
O PERÍODO DOS JUÍZES

Você já pensou num povo que vivesse sem governo, cada um fazendo
o que desejasse? Isso seria uma tremenda confusão. Por isso, cada povo
tem um líder, e a palavra de Deus nos orienta a obedecer e honrar a esses
líderes.
Na lição anterior, vimos a conquista da Terra Prometida liderada por
Josué. Enquanto Josué estava vivo, e também após a sua morte enquanto
sobreviveram os anciãos que observavam as leis do Senhor, o povo de Israel
serviu e obedeceu a Deus (Js 24:31).
No livro de Juízes são descritos os primeiros 300 a 350 anos de Israel
na Terra Prometida. Agora Leia Juízes 2:7-15 e veja o que aconteceu após
a morte de Josué.
Mas, mais uma vez o Senhor mostra sua misericórdia para com o povo
de Israel e toma uma providência levantando Juízes para livrar das mãos
dos inimigos (Jz 2:16).
Os Juízes eram homens dotados com o Espírito de Deus, chamados e
capacitados por Deus afim de resolver crises específicas (opressões dos
povos vizinhos) na História de Israel.
A forma de governo nesta época era Teocrática, isto é, Deus era o
governante direto de nação, o próprio Deus era considerado o Rei de Israel.
Os Juízes exerciam autoridade sob orientação divina, tanto em questões
militares, como civis e também decisões legais quando eram chamados a
fazer.
O povo de Israel sofreu opressões das nações vizinhas todas as vezes
que se afastavam da presença de Deus, então um juíz era levantado e a paz
era novamente estabelecida.
Observe o quadro abaixo:
Opressões Juízes Anos de Paz Referência
Mesopotânia OTNIEL 40 3.8
8 anos 3.11
Moabita EÚDE 80 3.14
18 anos SANGAR - 3.30
3.31
Cananéia DÉBORA / 40 4.3
20 anos BARAQUE 5.31,32
Midianita GIDEÃO 40 6.1
7 anos ABIMELEQUE 3 8.28
TOLA 23 9.22
JAIR 22 10.2
10.3
Amonita JEFTÉ 6 10.8
18 anos IBSÃ 7 12.7
ELOM 10 12.9
EBDOM 8 12.11
12.14
Filisteus SANSÃO 20 13.1
40 anos 15.20

20
Poderíamos dizer que o capítulo 22 é o resumo do livro de Juízes, e para
terminar algumas curiosidades:

 Não é mencionado o Tabernáculo no livro de Juizes


 Não há nenhuma referência a leitura das leis
 Não há nenhuma expressão de louvor
 Juizes 17.6 – “Cada qual fazia o que achava mais certo”.

O REINO UNIDO

O texto de 1 Samuel 8:4-10 nos apresenta o último juíz de Israel, Samuel.


Assim, termina o período dos juízes. O povo agora queria ser governado por
um rei. A decisão de Deus quanto ao pedido de Israel foi aceitar.

SAUL
Em 1 Samuel 9:1-17 e 10:1-6 vemos a escolha do primeiro rei de Israel,
Saul. Seu nome significa “Pedido”.
Ele começou muito bem o seu reinado, mas logo foi se afastando de
Deus e em diversas ocasiões desobedeceu a Deus.

Os erros de Saul:
 Impaciência em esperar por Samuel (1 Sm 13:8-1 4)
 Presunção no altar de Deus (1 Sm 13:9)
 A crueldade para com seu filho Jônatas (1 Sm 20:30-33)
 A desobediência na questão de Alameque (1 Sm 15:23)
 O ciúme e ódio para com Davi (1 Sm 18:29)
 A consulta a mulher médium (1 Sm 28:7-11)

Por esses motivos não pôde continuar a ser rei. Numa peleja contra os
filisteus vendo que estava
sem saída, ele se lança sobre sua espada tirando sua própria vida. Leia (l
Sm 31).

DAVI
Antes mesmo da morte de Saul, Deus já havia escolhido um novo rei
para Israel. Leia
1 Sm 16:1-1 3.
Davi foi o 2° rei de Israel. Ele tinha o coração voltado para Deus (At.
f3:22). Seu nome significa “amado”. No reinado de Davi houve uma
unificação de toda a nação. 12 tribos = um só rei. A nação de Israel
conquistou muitas vitórias liderada por ele (II Sm 8:6). Mas, uma das lutas
mais famosas de Davi aconteceu antes dele assumir o trono. Leia 1 Sm
17:31-49.
Outro episódio marcante na vida de Davi, manchando seu reinado com
o pecado foi o adultério com Bate-Seba. Leia II Sm 13. Mas, uma das
qualidades de Davi era estar sempre pronto a arrepender-se.

21
O Senhor usou Davi não somente para estabelecer o reino, mas
também, para instruir a nação quanto a adoração e o louvor à Deus. Assim,
o culto à Deus que estava esquecido pelo povo foi restabelecido na nação de
Israel. Por essa razão, Deus estabelece uma aliança com Davi (Pacto
Davítico). Leia II Samuel 7:1-17 e veja as promessas de Deus para Davi e
sua casa.

SALOMÃO
O livro de 1 Reis começa narrando o final do reinado de Davi e nos
seus últimos dias de vida estabelecendo seu filho Salomão como seu
substituto. (1 Reis 1:32-37)
O nome de Salomão significa, “muito pacífico”. Seu reinado foi um
reinado de paz e esplendor. Ficou célebre ao ter a oportunidade de pedir o
que quisesse a Deus e ele pede SABEDORIA para governar o povo. Leia 1
Reis 3:4-15.
Deus fez muitas coisas através dele, mas talvez sua realização mais
importante tenha sido a construção do Templo. Desejo do coração de seu
pai Davi, mas que Deus concede à Salomão realizar (II Crônicas cap. 3,4 e
5)
Salomão teve 700 esposas e 300 concubinas. Levado pelas suas
mulheres caiu em idolatria, porque não só tolerou a idolatria, mas como ele
mesmo prestou honras, causando a indignção do Senhor (1 Reis 11:1-13).
O reinado de Salomão marca o fim do Período do Reino Unido. Tanto o
rei Saul, como Davi e Salomão, cada um deles reinou 40 anos sobre Israel.

A DIVISÃO DO REINO

Quando Salomão morreu, Roboão seu filho, deveria ser o novo rei.
Mas Roboão foi muito duro com o povo. Os reis da antiguidade sempre
construíam seus monumentos e guarnições militares com o trabalho de
inimigos que haviam sido conquistados. Mas o reinado pacífico de Salomão
não dispunha dessa mão-de-obra.
Em vez disso ele escravizou estrangeiros (I Reis 9.15) e convocou
cidadãos a trabalhar um mês a cada três meses ( I Reis 5.13-15). Também
dividiu o reino em doze distritos sendo cada um deles responsável pela
provisão de um mês de mantimentos para o rei e para a luxuosa corte (Leia
I Reis 4.7,22,23,27 e 28).
Roboão fez muitas ameaças, com isso dez tribos do norte não o
aceitaram e pediram que Jeroboão fosse seu rei. Roboão reinou sobre as
duas tribos do sul – agora o reino estava dividido.
As dez tribos de Norte continuaram a se chamar Israel. As duas do
Sul, que eram Judá e Benjamim, chamaram-se Judá. O reino de ficou com a
capital religiosa da nação: Jerusalém, onde ficava o grande templo que
Salomão construiu.

* O que acontece com o reino do Norte? Leia em sua Bíblia I Reis 12.25-33 e
descreva como era Jeroboão e sua vida religiosa.
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22
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O REINO DO NORTE

O Reino do Norte teve 20 reis. Todos eles não ouviram os profetas de


Deus, não temiam a Deus e não Lhe obedeciam. Leia II Reis 17.6 e veja o
que aconteceu com o povo de Israel.
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O Reino do Norte (Reino de Israel) durou 200 anos e desapareceu para


sempre como nação. Sobre o Reino do Sul (Reino de Judá) reinaram 20 reis.
Desses 20, 12 foram maus reis.
Todas as tribos do Reino do Norte desapareceram. Como restaram apenas o
reino do Sul, todo o povo do antigo Israel é conhecido como Judeus

O REINO DO SUL

No reino de Judá viveram profetas que sempre foram fiéis a Deus. Os


profetas sempre recordavam ao povo as promessas de Deus. Eles sempre
falavam do plano da salvação que Deus tinha traçado para a sua nação e de
como Deus cumpria suas alianças.
Um desses profetas de Deus foi Isaías. Ele alertou o povo sobre a
destruição e o cativeiro que viviam sobre Judá por causa da desobediência.
Mas deu esperança também. Falou que um dia Judá voltaria do cativeiro. E,
mais importante ainda, falou que um dia Deus iria enviar o Messias, o
Salvador.
Leia e marque em sua Bíblia Isaías 9.6,7

* Agora examine II Reis 17. 7-23 e descreva como o Reino de Judá cometeu
os mesmos pecados de Israel.
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Como os profetas falaram, aconteceu. O reino de Judá precisava ser
corrigido. Leia II Crônicas 36.17-21 e veja como o Reino do Sul foi tomado.
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O CATIVEIRO NA BABILÔNIA E O RETORNO

Tudo aconteceu da forma como os profetas tinham falado. Cem anos


depois no cativeiro do Reino do Norte aconteceu uma coisa muito triste com
o Reino do Sul. Ele foi invadido três vezes pela Babilônia.

* Leia Jeremias 25.12. Segundo o profeta, quanto tempo duraria o cativeiro?


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Agora através de pesquisa veja como foram invasões:

1º INVASÃO

1. Quem era o rei de Judá?


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2. Qual rei atacou Jerusalém?


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3. Por que Deus permitiu essa invasão?


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4. Que jovem temente a Deus destacou-se entre o povo que foi levado para
a Babilônia?
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2º INVASÃO

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1. Que rei invadiu Jerusalém novamente?
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2. Quem era o Rei de Judá?


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3. O que aconteceu com o templo que Salomão havia construído?
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4. Qual profeta foi preso juntamente com o povo?


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3º INVASÃO
1. Quem era o Rei de Judá?
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2. O que aconteceu com esse rei?


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3. O que aconteceu com o Templo do Senhor?


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4. O que mais foi destruído em Jerusalém?


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Deus criou seu povo na Babilônia. Algumas pessoas ocuparam altas


posições lá. No cativeiro, o povo abandonou a idolatria. Todos os sábados as
pessoas cultuavam a Deus e liam as escrituras. Mas o povo sentia saudades
de Jerusalém, da Terra Prometida de Abraão, Isaque e Jacó. Então, cumpriu-
se as promessas do Senhor dada aos profetas.
Leia:
Ezequiel 11.17
Isaías 44.28
II Crônicas 36.22 e 23

25
Assim, o povo liderado pelos profetas Neemias e Esdras, retornaram a
Jerusalém e reconstruíram os muros da cidade e o Templo do Senhor.

O DEUS DA ESPERANÇA 1

Texto Bíblico: Texto Básico: Jeremias 31:31-40; 33:10-26; Ezequiel 37:15-


28

Texto Básico: Jeremias 31:31-34; 33:14-18; Ezequiel 37:21-28

Texto Áureo: Jeremias 33:14

Um estudante sério das Escrituras deve reconhecer que o homem pode ser
cheio de esperança, porque existe um Deus, que o Antigo Testamento
apresenta como sendo IAVÉ, o Senhor de Israel, Deus da esperança..

"Eis Que Dias Vem ... Em Que Farei Um Pacto Novo" Jr 31:31

A história dos pactos de IAVÉ com Israel nos relata uma trajetória cheia de
separações causadas pelo pecado de Israel. O povo de Israel nunca se
manteve fiel a IAVÉ, indo sempre após outros deuses, praticando todo tipo
de injustiça, oprimindo o fraco e necessitado.,

Qualquer um no lugar de IAVE tinha todo o direito de se tornar pessimista


quanto ao caráter de Israel.

IAVÉ, porém, sábio Senhor do universo, conhecedor a fundo do coração


humano, Senhor e impulsionador da história, aquele que tem o futuro dos
homens em suas mãos, mostra-se sempre esperançoso de que o homem se
converta seu do caminho.
Isso nos leva à uma reflexão:

A esperança de IAVÉ não está apoiada na história das ações humanas, pois
esta é cheia de contradições. Ora posiciona-se de uma maneira
determinada, ora de outra, possibilitando que esse mesmo homem seja
capaz de frustrar a confiança de qualquer que se fie nele (Jr 17.5).

A esperança de IAVÉ não está colocada nas boas atitudes que o homem terá
num futuro distante, porque o homem, por diversas ocasiões, fez voto de
que daria um sentido diferente a sua vida, corrigindo a sua rota. Mas como
se não houvesse palavras, decepcionou vergonhosamente (Ec 5.4-6).

Em que, então, reside a esperança de IAVÉ?

1 - A esperança de IAVÉ reside no amor que o Senhor tem para com o


homem, mesmo sabendo que ele não é merecedor de oportunidade alguma;
por isso busca-o em sua situação de pecado.

26
2 - A esperança de IAVÉ reside também na certeza que o homem não tem
outra alternativa, a não ser fiar-se num relacionamento com Deus, para que
viva bem.

Aplicação
O homem deve estar ciente de que, é despeito de seu fracasso em, ser fiel a
Deus,.é amado por Deus,: a ponto de IAVE buscá-lo nos seus momentos de
maior crise.

Como servos, devemos manter-nos sempre fiéis a Deus, sabendo que, ainda
que venhamos a cair, podemos nutrir a esperança de que Deus nos
acolherá.

"Escreverei No Seu Coracão" Jr 31:33

É importante lembrar a quem é atribuída a autoria deste texto. Jeremias ( o


profeta, injustamente tachado de chorão, morreu exilado no Egito, acusado
em toda a vida de ser um traidor, sem ver a salvação do seu povo. Ao
contrário de Jonas, queira considerado um nacionalista, que viu o
arrependimento dos assírios e a redenção de Nínive.

Jeremias pregou 40 anos contra os pecados do povo, anunciando o cativeiro


prometido por Deus, sofrendo todo tipo de humilhação.

E justamente esse profeta que apresenta IAVÉ, o Deus da esperança, que se


propõe fazer a maior das transformações no coração do homem.

O mundo, de forma geral, precisa de muitas transformações: sociais,


políticas econômicas, educacionais e no campo do relacionamento familiar.
Mas cremos que somente em Deus podemos efetuar' as transformações
mais profundas, aquelas que dependem de uma disposição do nosso
coração.

Durante algum tempo, prega¬va-se que mudando o sistema ou a estrutura,


todos os problemas da humanidade se resolveriam. Grupos de diversos
matizes patrocinaram, realizaram ou sonharam com revoluções, insurreições
e golpes.

Desde o VI século a.C., IAVE já dizia que uma nova ordem das coisas
precisava ser estabelecida, com a sua palavra no coração dos homens. Hoje,
no início do século XXI, rendemo-nos à eterna sabedoria divina, que superou
em muito toda e qualquer análise da história que prometia qualquer tipo de
utopia.

IAVÉ é sabedor, que o homem é capaz de se, acomodar em seus vícios e


erros, escondendo-se no seu modo de agir, viver; por isso o homem precisa
de uma mudança radical em sua maneira de pensar. Precisa de um novo
pacto com Deus.

27
O DEUS DA ESPERANÇA 2

Aplicação
IAVÈ propô-se a escrever seu pacto no coração do homem. Isso representa
que ele tem as palavras que podem mudar a vida dos seus servos.
O homem se insatisfaz com o que vê à sua volta, e propõe diversas
mudanças. Mas quando olha para dentro de si fica aflito não conseguindo
encontrar alternativa eficiente. Nesse momento, lembra-se de Deus.
Nós precisamos abrir o nosso coração para atuação de Deus em nossa vida,
sabendo que ele pode mudar o nosso coração, infundindo-nos uma
expectativa de dias melhores para o futuro.

“Não Me lembrarei dos seus pecados” Jeremias 31.34


O. Deus do Antigo Testamento, lAVE, o Deus da esperança, através das
palavras do profeta, também tem muito a nos ensinar, para que nós,
homens tão falíveis que somos, venhamos a manter a nossa esperança.

Entre os historiadores é muito difundida uma afirmação célebre: "Aprende-


se com os erros do passado". Aquele que assim procede tem chance de
evitar erros no futuro.

É tendência do ser humano, crer que à medida que for experimentando


dificuldades estará mais apto à vida. Mas que tipo de esperança pode brotar
de uma mentalidade dessa? Até quando nos machucaremos e
traumatizaremos, para aprender alguma coisa?

Cada vez que no lembramos das nossas falhas teremos condições de


superarmos nossos limites? Esse processo não nos é penoso?

Na profecia do Antigo Testamento, a denúncia e o anúncio tinham apenas o


objetivo de motivar mudança de direção e arrependimento. Nenhum profeta
tinha a intenção de oprimir a consciência do povo com os pecados, mas
convertê-la.

Segundo o profeta, Rauqle, a esposa de Israel, estaria chorando pela triste


condição em que o povo do Reino do Sul se encontrava. Mas ela foi
consolada pelo profeta, que dizia: “Há esperança” (Jr 35.17).

IAVÉ, o Deus da esperança, conforta o coração dos homens com essa


tremenda realidade: o que passou, passou! Uma vez corrigido o erro, não se
fica remoendo o passado.

Aplicação:

Ficar remoendo os nossos erros não nos traz bem-aventurança, só nos é útil
até tomarmos a decisão de voltar-mos para Deus.

28
O servo de Deus pode estar certo de seu futuro com o Senhor, pois depois
de perdoar os seus pecados, Deus também os esquecerá definitivamente.

"Farei Que Brote ... Renovo de Justiça" Jr 33.15

Quando se fala da esperança, nós, cristãos, temos que buscar uma base no
Novo Testamento. Cremos que a promessa a que se refere o profeta não é
outra senão a esperança messiânica, vista por nós como cumprida em Jesus
de Nazaré.

É muito importante notar qual o quadro pintado pelo profeta quando surge a
afirmação acima. a texto inicia-se com um comentário do Senhor a respeito
de uma declaração do povo: "Neste lugar do qual vós dizeis: é uma
deso¬lação ( ... )" (Jr 33.10).

Segundo o povo, a visão do lugar em que estava não permitia nenhuma


esperança. O lugar era assolado, não existia vida ali; mas pela ação do
Senhor, algo brotara.

O poder do Senhor é capaz de provocar esperança no coração dos mais


desalentados, naqueles que não conseguem ver nenhuma luz no fim do
túnel. IAVÉ faz brotar a esperança nos contextos mais adversos, dando
certeza de dias melhores.

IAVÉ diz que brotará "um re¬novo de justiça; ele executará juízo e justiça
na terra" (Jr 33.15). Tal declaração tinha o objetivo de provocar certeza no
coração dos ouvintes. A esperança deveria alcançar a todos. Em todos
surgiria a alegre constatação de que novos tempos estavam para chegar.

Diante disso, IAVÉ se tornou um oásis, que faz do coração do homem um


esperançoso.

Aplicação:
Devemos crer que Deus provê salvação para o seu povo, faz nascer no
nosso meio a justiça do seu nome.

Conclusão:
Estudamos sobre a Doutrina de Deus no Antigo Testamento dentro
do tema específico O Deus da Esperança, Tal oportunidade deveria
servir para aprendermos:

1 - Devemos manter a nossa esperança em Deus, sabendo que ele


sempre nos acolhe, mesmo que tal fato seja precedido de uma queda
de nossa parte. Ele nos ama e sabe que é a nossa única opção.

2 - Devemos estar abertos para que o Senhor nos fale, encorajando-


nos a viver os dias que temos pela frente, transformando o nosso
coração!

29
O DEUS DOS PATRIARCAS 1

Texto Bíblico: Gênesis 12.1 - 35.29


Texto Básico: Gênesis 17.1-8; 26.24,25; 35.10-15
Texto Áureo: Gênesis 17.7

Hoje assentaremos' mais uma peça da Doutrina de Deus no Antigo


Testamento: O Deus dos Patriarcas, ou seja, o Deus dos pais: Abraão,
Isaque e Jacó..

Estudar o Deus dos patriarcas é pensar na possibilidade de o Deus criador e


soberano de Israel relacionar-se intimamente com um homem, seu servo,
escolhê-lo dentre outros, eleger uma família entre muitas. Isso é estudar o
Deus que chama pessoas para ele.

"Eu Sou o Deus Todo-Poderoso; Anda em Minha Presença, e Sê


Perfeito" Gn. 17.1

O texto nos informa que o Senhor apareceu a Abraão e se apresentou


dizendo ser o Todo-Poderoso. Esse nome qualificativo foi Incorporado à
tradição de Israel, tornando-se natural a invocação ao nome "El SHADAI", o
Todo Poderoso. Antes de penetrarmos na declaração do texto, entretanto,
convém que fixemos agora o sentido que essa afirmação fazia na mente do
Pai Abraão.

Abraão inicialmente fazia parte de um agrupamento que denominamos de


nômades e semi-nômades. Esses grupos eram constituídos de famílias cujos
líderes eram chamados de "pais", sendo comum cada um dos segmentos do
grupo ser mencionado como "a casa de ... ".

Em Gn 12.1 Abraão é chamado por Deus para sair de sua terra e ir a uma
terra abençoada, o que não lhe foi tão difícil. Mas deixar a sua parentela, a
casa de seu pai, isso era muito, pois Abraão teria de abandonar seu estilo de
vida. Agora deveria ser um "Pai", um patriarca, cortar os laços paternos; ser
o responsável pela moral de sua família e também pela fé de seus filhos.
Havia a idéia de que um patriarca era um fundador de cultos. Então a família
adorava o Deus adorado pelo pai (Gn 4.26, Ex 3.15).
Mas como era visto o deus dos pais?
Os antigos hebreus, errantes, viam o deus da família como o protetor do
caminho. Aquele que cuidava de tudo na viagem. Ele resolvia problemas de
herança e questões de cisternas. Cuidava para que o caminho não
desgastasse demais a família, concedendo sombra e luz a quem
necessitasse. O deus dos patriarcas dirigia a vida cotidiana dos seus filhos,
caminhava junto com os errantes.
Existe a possibilidade de que, num passado remoto, os errantes filhos de
Tera ter sido adoradores da deusa Sin, do culto da lua (Js 24.2.14). A família
que se deslocou de Ur até Padã-Harã era pagã.
Abraão, o filho de Tera recebeu uma revelação que lhe fizera abandonar os
costumes dos pais e a religião de Tera, vindo adorar o Deus "El Shadai", o

30
Todo-Poderoso. O Deus do Patriarca Abraão era o Deus IAVÉ , o poderoso,
que lhe foi ao encontro em Padã-Harã e o convidou para andar com ele.

"Eu 'Sou Deus Todo-poderoso" Gn 17.1

Os povos, naquela época, não tinham a idéia de um Deus Todo.Poderoso.


Imaginavam suas divindades em um panteão, uma espécie de corte, em que
cada um dos deuses se responsabilizava por um elemento da natureza, um
aspecto da vida dos homens.
Nesse episódio bíblico ocorre algo novo. Abraão encontra-se com o Deus que
podia tudo, sem limites. Era o Todo-Poderoso. Abraão ficou assombrado (Gn
17.32), não podia esperar que tal fosse acontecer. Encontrar-se com o
criador, o El Shadai.

"Anda em Minha Presença" Gn 17.1

O Todo-Poderoso se apresentou a Abraão. IAVÉ tinha uma bênção para


Abraão, mas também uma exigência: "Anda em minha pre¬sença, e sê
perfeito".
Isso parece-nos, à primeira vista, um pedido de IAVE a Abraão, mas tal
atitude é extremamente incomum. Era o patriarca quem elegia o deus de
sua predileção, aquele que lhe fosse mais conveniente.
IAVÉ escolheu Abraão. Isso foi inédito. E ainda mais, o sentido do verbo
"andar" usado no hebraico, não é o de caminhar. Não seria um simples
convite para andar junto, o que era de se esperar para os antigos hebreus
errantes: um deus que caminhasse junto com a família.
O verbo andar (H-al-ak), neste texto, tem a idéia de conduta moral. Ter
boas ações conduzir-se bem. IAVÉ convida Abraão para trilhar o caminho da
integridade, da honestidade, da perfeição.
Um pacto é feito entre Abraão e IAVÉ. O El Shadai lhe trocaria o nome e
abençoaria sua vida com uma grande família, dona das terras de Canaã. Mas
para isso Abraão deveria ser um exemplo para todas as nações.

Aplicação:
Os servos de Deus, quando escolhidos, se vêem diante da realidade do
nosso grande Deus. Isso traz algumas implicações sérias para a nossa vida:
um viver que corresponda à vontade de Deus, de tal modo que venha
transformar todos os aspectos de nossa vida.
Devemos colocar-nos diante de Deus, como aqueles que atenderam ao
chamado para uma vida limpa, que querem agradá-lo, pois grande é o nosso
Deus.

"Eu Sou o Deus de Abraão Teu Pai; Não Temas, Porque Eu Sou
Contigo" Gn 26:24

O Senhor faz novamente sua aparição a um escolhido. Só que dessa vez ao


segundo na linhagem da casa de Abraão. Isaque é confrontado com IAVÉ, o
Deus de seu pai.

31
O Deus da família se apresentou recolocando à tona, a bênção que foi dada
a Abraão. Isaque foi considerado um bendito de IAVÉ pelos povos da terra,
após ter tido contato com Deus (Gn 26.26-29).
O contexto de Gênesis 26 nos informa que Isaque estava vivendo uma
situação de conflito. Após duas tentativas de construir seu poço para dali
tirar seu sustento, finalmente Isaque encontrou uma cisterna que não
provocasse conflitos por sua localização. Por isso a chamou Reobote,
significando que IAVÉ lhe dera espaço para que pudesse expandir-se.
O Deus de Isaque se mantivera fiel na palavra dada ao pai Abraão. "Não
temas", é o que o Senhor diz ao seu servo Isaque. Na sua peregrinação, o
Senhor o fizera crescer tanto que chegou a colher 100 vezes mais do que
em qualquer época de sua vida.
Gênesis 26.25 nos dá conta que Isaque respondeu à iniciativa de Deus.
Isaque levantou um altar de adoração ao Senhor, mantendo uma postura
quase que comum na história do culto do Antigo Testa¬mento.
O Deus de Abraão foi aceito e assumido pelo pai Isaque. Havia paz entre a
casa de Isaque e os povos vizinhos a partir daquele momento, porque o
Deus de Abraão era com Isaque.

O DEUS DOS PATRIARCAS 2

"Isaque., Pois, Edificou Ali um Altar e Invocou o Nome do Senhor"


Gn 26.25

O texto nos revela que Isaque, após ter tido a revelação de IAVÉ, produziu
um instrumento litúrgico para o culto de invocação ao Deus de sua família.
Segundo os estudos de G. Fohrer, á tradição patriarcal tinha como natural
que após o pai ter recebido uma revelação, estabelecia o culto ao seu Deus.
É exatamente isso que o texto apresenta.
Erguer um altar é um ato simbólico de muita importância. Significa
testemunhar: "Deste local recebi o Senhor e o adorei". O objetivo é mostrar
concretamente a presença de Deus. Um testemunho para fé de todos os
povos.
Através desse ato, os antigos hebreus saberiam que seu pai Isaque era um
homem de fé, assim como Abraão. Por isso, todos poderiam enfrentar
melhor as exigências da caminhada (Gn 26.25).
Tão logo Isaque adorou a Deus, os seus servos começaram a cavar uma
cisterna para o seu rebanho. Todos estavam seguros agora. Como no
passado, IAVÉ, o Todo-Poderoso estava com ele.

Aplicação:
Quando abençoado por Deus, o ser humano às vezes não se lembra de
glorificar o seu nome. Mas alguns, nessas horas, mostram-se dignos e
infiéis, pois passam a louvar a Deus constantemente.
Queremos erguer altares em nossa vida; Deixar que todo mundo saiba que
fomos abençoados pelo Senhor. Tudo que fizermos para notificar glória de
Deus será pouco diante.das vitórias;que temos recebido ,dele.

32
"Ali Farei um Altar ao Deus que me Respondeu no Dia da Minha
Angústia" Gn 35:3

Este texto nos dá conta da experiência vivida pelo pai Jacó, o terceiro
personagem na história dos patriarcas. Filho de Isaque, pai de todas as
tribos de Israel.
No contexto de Gênesis, Deus dá uma ordem a Jacó para voltar a um lugar
especial: Betel. Ali tivera uma visão com o Deus de Abraão e Isaque, o Deus
do céu e da terra. Jacó recebera de Deusa bênção que fora oferecida a
Abraão.
Jacó teve uma vida bastante controvertida. Foi jurado de morte. Foi tido
como traidor de uma tradição patriarcal, pois enganou seu pai, e por isso
teve de ser afastado do seio de sua família. Tudo levava a crer que teria
uma história de desonra.
De Jacó não se esperava muito. Mas o Deus de seus pais foi buscá-lo numa
noite escura, trazendo-o até o seu trono, para mudar a sua vida. Era
exatamente desse enganador (Jacó), que Deus ia trazer a salvação para
todos os povos.
Para Jacó, então, o lugar chamado Betel significava uma mudança
provocada por Deus em sua história. Jacó fora até ali envergonhado, fugido,
e saíra de lá abençoado por Deus. Por isso Jacó de¬via voltar àquele local.
Antes de Jacó chegar a Betel, decidiu mudar várias situações na vida de sua
família. Todos os ídolos deveriam ser lançados fora. As vestes de todos da
casa deveriam tomar um outro padrão (Gn 35:2),
Jacó tinha consciência da atmosfera de santidade que envolvia Deus de seus
pais. O Deus que o alcançara em Betel fizera dele um patriarca. Cabia a Jacó
zelar pela fé dentro de sua casa. Foi então que Jacó começou a tomar
atitudes esperadas de um "pai" em relação à sua família.

Aplicação:
O homem pode, em sua vida, andar por muitos descaminhos, sem que
venha a valorizar as coisas que são importantes. Mas Deus pode e quer
mudar essas situações.
Devemos ter bem vivo em nossa consciência que Deus. Pode mudar a nossa
vida. Podemos ter certeza que após um encontro com o Senhor seremos
diferentes. Nosso viver passará a ser fruto da experiência que temos com o
Senhor.

Conclusão:
Estamos estudando a Doutrina de Deus no Antigo Testamento sob o prisma
do Deus dos Patriarcas de Israel. Algumas lições podem ser tiradas:

1. Devemos tomar a decisão de andar dignamente diante de Deus, levando


uma vida que tenha o único objetivo de agradar ao Senhor.

2. Devemos dar o nosso testemunho aos homens quanto às vitórias e


bênçãos que o nosso Deus nos tem concedido. Todos devem saber das
maravilhas de Deus através do nosso empenho.

33
3. Devemos permitir que Deus conduza a nossa vida, deixando que molde
nosso caráter, através de experiências que temos tido com o Senhor.

NOVO TESTAMENTO

O cristianismo, nas suas etapas iniciais, considerou o Antigo


Testamento como a sua única Bíblia. Jesus, com os seus discípulos,
apóstolos e o resto do povo judeu, citou-se como “as Escrituras”, “a Lei” ou
“a Lei e os Profetas”, podemos ver isso em Mc 12.24; Mt 12.5; Lc 16.16.
Com o passar do tempo, a igreja, tendo entendido que em Cristo “as
coisas antigas já passaram, eis que se fizeram nova” (II Co 5.17), produziu
muito escritos acerca da vida e da obra do Senhor, estabeleceu e transmitiu
a sua doutrina e estendeu a mensagem evangélica a regiões cada vez mais
distantes da Palestina.
Dentre esses escritos foi-se destacando aos poucos um grupo de vinte
e sete, que pelos fins do séc. II começou a ser conhecido como Novo
Testamento. Eram textos redigidos na língua grega, desiguais tanto em
extensão como em natureza e gênero literário. Todos, porém, forma
considerados com especial reverência como procedentes dos apóstolos de
Jesus ou de pessoas muito próximas a eles. O uso cada vez mais freqüente
que os crentes faziam daqueles vinte e sete escritos (convencionalmente
chamados “livros”) conduziu a uma geral aceitação da sua autoridade. A fé
descobriu, sem demora, nas suas páginas a inspiração do Espírito Santo e o
testemunho fidedigno de que em Jesus Cristo, o Filho de Deus, cumpriam-se
as antigas profecias e se convertiam em realidade as esperanças
messiânicas, que chamou de Antigo Testamento, requeriam uma segunda
parte que viesse a documentar o cumprimento das promessas de Deus. E,
enfim, através de um longo processo já bem entrado no séc. V, ficou
oficialmente reconhecido o cânon geral da Bíblia como a soma de ambos os
Testamentos.

Divisão do Novo Testamento

Desde o século V, o índice do Novo Testamento agrupa os livros da seguinte


maneira:
Evangelhos Históricos Epístolas Paulina Epístolas Apocalíptico
Universais
Mateus Atos (At) Romanos (Rm) Tiago (Tg) Apocalipse
(Mt) I Coríntios (I Co) I Pedro (I (Ap)
Marcos II Coríntios (II Co) Pe)
(Mc) Gálatas (Gl) II Pedro (II
Lucas (Lc) Efésios (Ef) Pe)
João (Jô) Filipenses (Fp) I João (I Jo)
Colossenses (Cl) II João (II
I Tessalonicenses Jo)
II Tessalonicenses III João (III
I Timóteo (I Tm) Jo)
II Timóteo (II Tm) Judas (Jd)
Tito (Tt)
Filemom (Fm)
34
O livro de Hebreus é considerado uma epístola porém não é Paulina nem
Universal.

Essa catalogação dos livros do Novo Testamento não corresponde à ordem


cronológica da sua redação ou publicação; é, antes, uma agrupamento
temático e por autores. Talvez, deve-se ver nesse agrupamento o propósito
de apresentar a revelação de Deus e o anúncio do seu reino eterno a partir
da boa nova da encarnação (Evangelhos) até a boa nova do retorno Glorioso
de Cristo no fim dos tempos (Apocalipse), passando pela história
intermediária da vida e da incumbência apostólica da Igreja (Epístolas).

Atividade em Sala

Será passada a ordem dos livros e os alunos deveram memorizar-la.


Após isso será formado um círculo, no qual os alunos deverão dizer os livros
na devida ordem, caso ocorra erro, o aluno que errou deverá dizer um
versículo decorado que esteja no Novo Testamento.

EVANGELHOS

Introdução

Evangelho é uma palavra de origem grega e significa boa notícia. A


boa notícia que recebemos é a vinda de Jesus, pois através dele obtemos a
salvação, a Vida Eterna. Por isso o conjunto dos quatro livros que relatam o
nascimento, a vida, a morte e a ressurreição de Cristo recebem o nome de
Evangelhos.
Os evangelhos são: Mateus, Marcos, Lucas e João. São eles que
transmitem tudo o que sabemos acerca de Jesus (vida, paixão e morte,
ressurreição e glorificação).

Porque os Evangelhos foram escritos?

Com o passar dos anos, após a morte de Jesus, aqueles que


conheceram o Messias pessoalmente foram morrendo, então era necessário
que se escrevesse a história da vida de Jesus, para que preservasse seus
milagres e feitos vivos nas vidas das pessoas. Tal plano teve grande êxito,
tanto é que hoje temos acesso às maravilhas feitas por Jesus e por isso
recebemos a oportunidade de sermos salvos.

Divisão dos Evangelhos

- Mateus, Marcos e Lucas: recebem o nome de Evangelhos Sinóticos, que


significa paralelos. Grandes semelhanças nos temas e assuntos abordados.
- João: aparece depois para completar os relatos com uma nova visão.

35
Ordem Cronológica

Os livros não foram escritos na ordem em que aparecem na Bíblia,


com os Evangelhos não é diferente. A ordem cronológica é: Marcos, Mateus,
Lucas e João.

Mateus

 Contempla Jesus como o Messias;


 Quem era Mateus? – Mateus era também conhecido como Levi, filho
de Alfeu. Era discípulo direto de Jesus (Mt 9.9)
 O livro faz várias referências ao Antigo Testamento, mostrando que
Jesus é o cumprimento da promessa (Mt 1.22-23) (Is 7.14);
 O livro é bastante didático e segue quatro pontos na caracterização:
1. Jesus de Nazaré: O Messias
2. Jesus descendente de Davi
3. O povo não compreende quem era Jesus
4. Jesus é rejeitado
 Mateus enfoca os ensinamentos de Jesus em uma perspectiva
pedagógica (com o objetivo de ensinar e transformar os povo);
 O livro é escrito em grego para alcançar os judeus que falavam grego;
 Foi escrito na Síria por volta do ano 70;

Marcos

 Pelo fato dos acontecimentos que estão em Marcos estarem em


Mateus e Lucas, este livro recebeu pouca importância, mas com a
descoberta de que fora ele que sustentara os outro dois, deu-se a ele
uma importância maior;
 É o evangelho mais antigo;
 João Marcos, o autor, era talvez discípulo de Pedro (I Pe 5.13);
 Escreve histórias que ouviu de seu líder, não vivenciou nenhum dos
fatos que relatou;
 Importa em deixar claro quem era Jesus (O Filho de Deus);
 Vê Jesus como a manifestação do poder de Deus;
 Provavelmente o livro foi escrito em Roma, entre 65 e 70, mas
também existem outras três especulações: 64, durante a perseguição
de Nero ou em 63 ou até em 50.
 Possui grandes influências da teologia e dos pensamentos de Pedro;

Lucas

 Vê Jesus como o Salvador de um mundo perdido;


 É o livro com mais características de historiador;
 Como evangelista, Lucas traz a mensagem universal: Jesus “Filho do
Altíssimo” representa o último capítulo do desenvolvimento da
humanidade;
 O texto é distribuído em 5 seções:

36
1. Relatos entrelaçados do nascimento de Jesus e João Batista, a
aparição do anjo Gabriel, a mensagem do anjo e os Cânticos de
Maria e Zacarias.
2. Situa historicamente um conjunto de fatos
3. Compreende o ministério de Jesus
4. Apresenta passagens exclusivas, algumas delas são: Parábola do
Bom Samaritanos – 10.25-37 e Parábola da Figueira estéril –
13.6-9
5. Acontecimentos finais da vida de Jesus
 Lucas era companheiro de Paulo (II Tm 4.11)
 Foi escrito em vários lugares: Éfeso, Corinto e Roma entre 60 e 95;

João

 Escreve com o objetivo de que os leitores creiam que Jesus é o Cristo,


o Filho de Deus e que assim tenham vida eterna (Jo 20.30-31);
 Por causa de detalhes e particularidades, faz-se crer que João teve
uma fonte exclusiva de informações para compor seus escritos;
 Escreveu por volta do final do século I, o último evangelho a ser
escrito (ver cronologia);
 É dividido em duas partes:
1. Do capítulo 1° até o final do capítulo 12 – relata o ministério
público de Jesus
2. Do capítulo 13 até o final do 21 – relata a última semana de
Jesus, sendo lógica a riqueza de detalhes
 Enfatiza os milagres para crescer Jesus nos discípulos;
 João viveu os fatos como fica claro em Jo 21.24

ATOS

 Foi escrito por Lucas e traz informações do início da propagação do


Cristianismo. É a continuação do Evangelho de Lucas;
 Apesar do nome, o livro se restringe aos Doze de Jesus e a Paulo, não
relatando a obra feita por outros apóstolos que existiram;
 Jerusalém é o lugar onde foi fundada a Igreja Primitiva (primeira
igreja cristã);
 O livro aborda bastante o obra feita por Paulo, o qual era líder de
Lucas;
 Parte do princípio: “e sereis minhas testemunhas...” (At 1.8);
 É dividido em três etapas:
1. Formação do núcleo mais antigo em Jerusalém, os discípulos e o
Espírito Santo (1.1 – 8.3);
2. Perseguições dos cristãos que fez com eles se dispersassem e
assim pregassem da Palavra de Deus a mais lugares (8.4 –
9.43);
3. Até os confins da Terra (10.1 – 28-31)
37
- a perseguição espalha o povo de Deus;
- Paulo empreende as missões e expande a influência cristã
implantando muitas igrejas
- Complicações com Paulo
 Foi escrito por volta dos anos 80;

Detalhes da vida de Paulo

Paulo foi um dos maiores apóstolos que já existiu. Implantou muitas


igrejas, fez muitos discípulos e os tratou com excelência e disposição visíveis
em seus escritos e relatos. Escreveu 13 Epístolas do Novo Testamento. É um
exemplo de liderança e de determinação para a execução da obra de Deus.
Antes de ser um pregador da Palavra de Deus, perseguia os cristãos e
os executavam. Podemos ver o exemplo de Estevão (At 7.54-60) que foi o
primeiro mártir da história (aquele que é capaz de morrer em defesa de seus
ideais). Saulo (o nome de Paulo antes que Deus fizesse a mudança) era
temido entre os cristãos o que dificultou bastante o início de seu ministério
depois de convertido.
A conversão de Saulo se deu quando encontrou Jesus ressuscitado e
com isso a vida dele foi transformada. (At 9-1-19)
Em sua grande missão fez três viagens missionárias fora as visitas que
fazia às congregações que estão debaixo de sua cobertura.
Foi perseguido e preso várias vezes, mas mesmo assim não se deixou
abater pelas dificuldades e prosseguiu a carreira que lhe foi proposta. (II Co
11.16-33)

EPÍSTOLAS PAULINAS

Romanos

 Roma nesta época, no ano 55 era um império que vivia em conflitos e


imoralidades;
 Paulo nunca havia ido a Roma quando escreveu a epístola e o que
chama a atenção é de como ele trata com intimidade os homens e
mulheres residentes naquela cidade;
 Provavelmente foi escrita em Corinto;
 Assemelha-se muito ao livro de Gálatas, pois foi escrito na mesma
época e possui os mesmos interesses doutrinários.
 O livro é dividido em:
- Introdução: conceitos teológicos (1.1-15)
- Primeira Parte: transmite doutrinas (1.16-11.36)
- Segunda Parte: exortações (12.1-15.13)
- Conclusão: notas pessoais (15.14-16.27)
 É composto de temas densos teologicamente;

I Coríntios

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 Corinto se localiza no Sul da Grécia. A cidade é conhecida pela
corrupção moral dos habitantes e pela libertinagem que os domina;
 A Igreja na cidade era formada por pessoas simples e recém-
convertidas, que tinham que suportar as pressões dos familiares,
judeus e de toda um sociedade que se posicionava totalmente contra o
cristianismo;
 A carta foi escrita entre os anos de 54 a 57. Paulo esteve em Corinto
em 50, onde ficou um ano e seis meses proclamando o evangelho. Em
Éfeso, onde Paulo morou três anos, que ocorreu a composição da
epístola;
 Paulo tem o propósito de trazer unidade. A igreja estava dividida pelos
fanatismos de uns a Paulo, outros a Pedro e outro a Apolo (I Co 1.12,
3.4);
 No conteúdo Paulo traz:
- Problemas acarretados pelas divisões internas da igreja
- Males que estavam na Igreja e deviam ser impedidos de crescerem
- Esclarecimentos diversos
- Questões doutrinárias

II Coríntios

 Há algumas mudanças:
- Não há mais o risco de divisão na igreja, Paulo obteve êxito em sua
primeira epístola.
- Existem problemas que afetavam Paulo diretamente, como: os
questionamentos sobre a autoridade de Paulo e o desprestígio de seu
ministério.
 Foi uma carta dolorosa de ser escrita (2.4). Paulo estava ferido com a
ingratidão dos discípulos;
 A carta foi escrita em Éfeso depois da terceira visita de Paulo a Corinto
e é levada por Tito;
 Tito trouxe notícias de melhora e arrependimento, mas trouxe notícias
desagradáveis da presença de judaizantes que falavam contra o
cristianismo;
 O livro é dividido em:
- Paulo reflete sobre seu relacionamento com a Igreja de Corinto;
- Fala sobre ajudar os irmãos em Jerusalém;
- Finaliza afirmando-se apóstolo e merecedor da função

Atividade

O mundo jaz do maligno. As pessoas que não conhecem Jesus vivem


em constante pecado e estão cegas, não vêem o engano que vivem. Em
Romanos 1.28-32 vemos que Paulo diz que aqueles que praticam coisas
inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade;
possuídos de inveja, homicídios, contendas, dolo e malignidade; sendo
difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos,

39
presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos,
pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia são passíveis de morte.
Você conhece alguém próximo (familiar, colega de trabalho, amigo,
vizinho, etc.) que pratica alguma dessas coisas?
O que você pode fazer para impedir que eles morram?
Crie uma situação na qual exista um discípulo com três desses pecados
e faça um aconselhamento com ele buscando corrigir esses erros.

EPÍSTOLAS PAULINAS

Gálatas

 Foi escrito em Corinto, entre os anos 55 e 60;


 O ânimo inicial da caminhada com Jesus havia acabado e eles
precisavam ser motivados;
 Paulo usa a carta para preparar seus discípulos para a chagada dos
judaizantes que pregavam contra o cristianismo;
 Nesta carta Paulo não deixa explícito um sentimento de alegria em
escrevê-los;
 A epístola está dividida em três seções e uma benção final:
1. Paulo defende o Evangelho e sua veracidade;
2. Repreende os que haviam sido enganados e que menosprezaram
a Graça de Deus;
3. Alerta a fazer-se bom uso da liberdade que o cristão possui;
4. No final abençoa seus discípulos;

Efésios

 Paulo possui dois objetivos ao destinar esta epístola ao efésios:


1. Pedagógico, de ensinos pastorais. Traz muitas exortações;
2. Trabalha a Igreja como Corpo de Cristo e ensina sobre a
salvação;
 Éfeso era uma cidade de grande porte, possuía cerca de meio milhão
de pessoas, aproximadamente igual à Uberlândia;
 Paulo esteve lá duas vezes (At 18.19-21) (At 19.1 - 20.1,31)
 A carta não cita nomes e não traz saudações pessoais, o que cria a
hipótese de que haviam mais de uma igreja em Éfeso e que a carta foi
passando de congregação em congregação para que pudesse edificar
todos daquela cidade que estavam na cobertura de Paulo;
 Paulo divide a carta em duas seções:
1. (1.3 – 3.21) → doutrinas
2. (4.1 – 6.20) → exortações para um vida em Cristo
 A carta foi escrita em Roma, entre 60 e61, pois Paulo faz referência à
sua prisão;
 Possui muita semelhança com Colossenses pelo fato de terem sido
escritas na mesma época, em um mesmo momento da vida de Paulo;

Filipenses

 Filipos é uma cidade importante para a época;


40
 É uma carta muito pessoal, na qual Paulo deixa escrito
agradecimentos pelo acolhimento em momentos difíceis;
 A carta foi escrita na prisão de Éfeso entre 54 e 55 (4.18) (1.13), mas
também existe a hipótese de que tenha sido em Roma (At 28.16-31)
no ano de 63;
 Paulo não se preocupa com ensinamentos, mas relata momentos
pessoais e agradecimentos, traz no máximo ensinamentos na vida
cristã;
 O texto se desenvolve em uma variada sucessão de temas e motivos
de reflexão:
 1.12-26: Paulo dá testemunho de que inclusive a prisão oferece
oportunidades de anunciar o evangelho e reflete sobre o seu
ministério apostólico, ao qual continuará consagrado “quer pela
vida, quer pela morte” enquanto não chegar a hora “de partir e
estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”, pois para
Paulo “o viver é Cristo e o morrer é lucro”.

 1.27 – 2.18: Esta passagem contém uma declaração


fundamental da fé cristã: um hino dedicado ao Filho de Deus
pré-existente e eterno, Cristo Jesus: “subsistindo em forma de
Deus... tomando-se em semelhança de homens... a si mesmo se
humilhou... até à morte e morte de cruz”. Pela sua obediência,
“Deus o exaltou sobremaneira”, para ser reconhecido e adorado
universalmente como Senhor.

 2.19-30: Segue uma referência pessoal a Timóteo e Epatradito,


colaboradores do apóstolo. Ao primeiro, espera enviar logo a
Filipos e, sobre o segundo, explica o porquê de tê-lo enviado já
(2.19). Além do mais, ele também acredita estar logo em
condições de visitar os crentes de cidade. (1.19; 2.24).

 3.1 – 4.1: Faz também uma enérgica chamada da atenção à


presença em Filipos de “muitos... que são inimigos da cruz de
Cristo” (3.18). Parece certo de que também haviam chegado
alguns mestres judaizantes à Macedônia que, com a sua
insistência em manter vigente a lei de Moisés e especialmente a
prática da circuncisão, perturbavam a fé dos cristãos de origem
gentílica.

 4.2-9: A alegria da salvação há se ser uma constante na vida do


cristão (4.4). Paulo exorta os crentes a confiar plenamente no
Senhor, que está perto (4.5) e a pensar e atuar de maneira
sempre digna de louvor (4.8).

 4.10-20: Insiste em manifestar o seu agradecimento pela


solicitude com que os filipenses o haviam atendido em diversas
ocasiões, em momentos de tribulação quando os outros
pareciam ter-se esquecido dele (4.15).

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 Por causa brusca ruptura de idéias que acontece na epístola, existe a
hipótese de que sejam duas cartas que foram unidas, podendo-se
dizer neste caso a junção de “I Filipenses” e “II Filipenses”.

Atividade

Vimos que Paulo dá testemunho de que inclusive a prisão oferece


oportunidades de anunciar o evangelho. Todos sabem que a prisão é um
lugar de sofrimento e tribulação, onde não há paz, muito menos
tranqüilidade. Coloque-se no lugar, ao relate uma experiência própria,
dizendo por que e como as tribulações são boas oportunidades de falar
das obras de Deus.

EPÍSTOLAS PAULINAS

Colossenses

 Na época que foi escrita, Paulo não conhecia à Igreja (At 16.6, 8.23)
 A igreja é formada por pessoas que antes praticavam cultos pagãos, é
como se a igreja hoje fosse formada por “pais-de-santo”, tendo um
nível muito alto de envolvimento no mundo espiritual;
 Paulo escreve com o objetivo de prevenir o povo de doutrinas que
infiltravam na igreja, confundindo muitas pessoas e fazendo com elas
tivessem práticas de que não tivessem de acordo com a Palavra de
Deus;
 O livro relata práticas antigas dos colossenses (12.8, 14-17);
 A carta é dividida em três seções:
1. (1.9-23) → Agradece pela fé dos colossenses
2. (1.24-2.5) → Paulo fala de sua obra
3. (2.6-4.6) → Fala e instrui sobre valores do evangelho
 Tem muita semelhança com a epístola aos efésios e foi escrita entre
60 e 61 em Roma;

I Tessalonicenses

 Tessalônica era uma cidade de economia florescente por conta de sua


localização privilegiada, muito semelhante à de Uberlândia que é uma
cidade localizada entre os grandes pólos de comércio do país e em um
ponto estratégico no mapa brasileiro, sendo então um pólo atacadista.
 A cidade possui nativos e estrangeiros, entre eles os judeus que
possuíam sua própria sinagoga (At 17.1) o que sinaliza que estavam
avançados em seus trabalhos na região e que possuíam grande poder
de influência;
 Paulo foi o primeiro a pregar o evangelho na Europa;
 At 17.2) fala sobre uma discussão de Paulo na Tessalônica.
 Paulo consegue converter muitos judeus e por isso cria um clima de
inveja até mesmo em outros apóstolos;
 É uma carta mais antiga. Foi escrito por volta do ano 50;
 É dividida em duas seções:
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1. Na primeira fala sobre a ida de Timóteo e explica que precisava
estar em outro lugar, cuidando de outras congregações, neste
caso, localizada na Macedônia;
2. Na segunda traz exortações para a vida em Cristo;

II Tessalonicenses

 Trata da volta de Cristo, mas alerta sobre as inquietações no meio da


igreja. Pessoas davam interpretações sobre a volta de Cristo e o Juízo
Final, utilizando o nome de Paulo para dar maior atenção para as
“profetadas” (2,2);
 A situação da Igreja não é fácil (1.4) (1.7);
 O tema central é o mesmo de I Ts: A vinda de Cristo;
 Foi escrito em Corinto, entre 50 e 51;

Atividade

Vimos que muitas pessoas utilizavam o nome Paulo para dar maior
respaldo às mensagens que estavam transmitindo. Suponha que o texto
abaixo seja um trecho de uma dessas mensagens, que foi entregue a um de
seus discípulos, que infelizmente gostou muito desses ensinamentos. Quais
seriam as suas orientações e argumentos para desfazer esse “desastre”? (a
utilização de referências bíblicas nas respostas trará maior peso para a
correção).

“ Como está escrito em João 10.10, Jesus veio para que tivéssemos vida e
vida em abundância. Não podemos aceitar nenhum tipo de privação ou
impedimento. Analisando o início do versículo vemos que aquele que rouba,
mata e destrói é o ladrão, que representa o diabo. O diabo quer roubar sua
vida, sua juventude, seus prazeres. Não deixe que roubem o que há de bom.
Não permita que lhe empeçam de: namorar, beber, curtir festas, etc, isso é
vida e vida em abundância.” .

EPÍSTOLAS PAULINAS

I Timóteo

 Paulo e Timóteo tinham uma amizade inabalável, tanto que Paulo faz
referência à Timóteo em oito cartas além de Lucas (discípulo de Paulo)
fazer isso também em Atos;
 Timóteo compôs o primeiro grupo que levou o Evangelho a Europa e
depois foi responsável pela Ásia Menor.
 É uma carta de discipulado e treinamento, que traz instruções sobre: a
necessidade da oração e a boa ordem na comunidade (2.1-15);
 I Tm 3.16 fala da exaltação de Cristo;
 Pode ter sido escrita na Macedônia logo após Paulo ter sido solto da
primeira prisão em Roma ou pode ter sido escrita no final da vida de
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Paulo, pois traz ensinamentos novos, nunca antes comentados, o que
demonstra que Paulo se renovava no Senhor e que sabia qual tipo de
alimento seus discípulo estava pronto para receber;

II Timóteo

 Foi escrita na época de Nero, 66 ou 67, em Roma;


 Paulo está preso e acha que vai ser executado (4.6-8);
 O Apóstolo Paulo está muito doente na prisão e teme não sair de lá
com vida, já está velho e não tem esperança de melhora. Não se trata
de falta de fé, mas Paulo aceitou a situação e prepara seu discípulo
para assumir seu ministério;
 É a última epístola que Paulo escreve e representa seu testamento
espiritual;
 Traz ensinamentos à Timóteo (1.6-2.13) (3.14-4.2);
 Alerta sobre futuras situações na igreja. Paulo temia muito o quê
aconteceria com a igreja depois de sua morte e da morte de outros
apóstolos e por isso queria prepara Timóteo para muitas situações que
poderiam acontecer. De fato Paulo tinha razão. Depois de sua morte e
da morte de outros apóstolos que começaram a Igreja Primitiva em
Jerusalém, o cristianismo foi perdendo seu foco, deixando que fosse
contaminada com práticas que não agradam a Deus, como a
introdução de idolatria. A igreja tornara uma instituição que visava
lucro e para isso enganava seus seguidores. Mas o Senhor reverte
toda a situação e levantou homens que se dispuseram a trazer o
verdadeiro cristianismo;
 (4.6-8) Alerta Timóteo sobre a responsabilidade que estava sobre a
vida dele;

Tito

 Tito era fruto de Paulo que fora conquistado na Antioquia da Sina;


 Tito estava em Creta e recebe a carta que continha instruções
semelhantes cm as de I Timóteo;
 Paulo se preocupa com as características que devem estar nos crentes
dali para frente, teme que aos poucos seus discípulos percam aos
poucos o ele lhes ensinara. As perseguições eram constantes e Paulo
prepara seus discípulos para que não se rendam; (2.11,14) (3.4-7);
 Foi escrita na Macedônia antes da última e definitiva prisão de Paulo.
Entre 63 e 67;

Filemon

 Possui caráter absolutamente pessoal;


 Paulo está preso e com a saúde fraca e mesmo assim demonstra
acompanhar seus discípulos nas mais diversas tribulações e
problemas;
 Provavelmente Filemon seja fruto de Paulo (1.19)

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 Filemon tinha uma igreja em sua casa e provavelmente morava em
Colossos;
 Paulo tem o propósito de falar de um escravo de Filemon que houvera
fugido e que estava procurando ajuda com Paulo, pois estava
arrependido e sabia que se retornasse para casa de Filemon, seria
executado (era uma prática da época);
 Paulo prega do evangelho ao escravo e depois que este se converte e
confessa Jesus como único salvador, Paulo instrui que Filemon receba-
o em sua casa, mas agora como irmão, não mais como escravo;
 Foi escrita em Roma em 61 e se assemelha com Colossenses;

Atividade

Imagine-se na situação de Paulo na prisão. Você tem muitos discípulos e


teme como eles estão enfrentando as tribulações lá fora. O que você
escreveria a eles para motivá-los, fortalecê-los e edificá-los?

EPÍSTOLAS

Hebreus

 Tem o objetivo de proclamar a supremacia de Deus;


 Tem um caráter exortatório (Hb 13.22);
 O autor fala sobre Jesus e sua salvação e também sobre a posição
superior perante os demais;
 Enquanto o autor desenvolve sua tese, inclui recomendações e
advertências, não perdendo a oportunidade de exortar;
 A igreja estava vivendo conflitos sociais que poderiam ter nascido de si
mesma;
 O texto não possui característica de epístola e nem deixa explicitar que
é direcionada para a Igreja de Hebreus;
 O autor é um conhecedor profundo do Antigo Testamento e faz
referência dele ao longo do texto. Pelo que tudo indica foi escrito no
ano de 70;

Tiago

 É uma carta voltada para doutrinar questões teológicas e exortar os


crentes para que pratiquem a palavra, ou invés de só ouvirem;
 Não possui caráter pessoal, mas é uma instrução ética dirigida a todas
as comunidades cristãs;
 A carta faz somente duas referências a Jesus, não falando de sua vida
ou ressurreição;
 Traz ensinamentos comuns ao Antigo Testamento, como a sabedoria;
 As exortações de Tiago se referem muito à comunhão entre os irmãos:
a língua, o julgamento;
 O autor era Apóstolo e grande conhecedor do grego;
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 Escreveu para cristãos de origem judaica que viviam na Diáspora
desde a destruição do templo em Jerusalém no ano 70;

I Pedro

 Pedro se dirige à igreja em Roma que recebia o nome de Igreja na


Babilônia;
 Não tem destinatário definido, mas deixa transparecer, em alguns
momentos, sobre as pequenas comunidades que estavam dispersas;
 Tem objetivo de animar o leitor a manterem firmes perante as
perseguições
 Começa falando do plano de redenção preparado por Deus;

II Pedro

 Foi escrito para fortalecer os crentes na fé


 Era dirigida a um conjunto de Igrejas formadas por judeus;
 Foi escrita entre 65 e 68 em Roma;

EPÍSTOLAS

I João

 Provavelmente seja um sermão, pois não apresenta saudações nem


menção a alguém. Muitas igrejas tiveram contato;
 Foi escrito pelo Apóstolo João em Éfeso no ano 90;
 Tem muita proximidade com o Evangelho de João, tanto pela
linguagem quanto pelo tom;
 A carta aborda muitas coisas como:
- anticristos: falsos profetas (alerta os crentes) 12.9-11;
- justiça de Deus vem pelo seu amor através de Jesus;
- filiação divina do crente (3.1-2);
 Para João o conhecimento do cristão consiste em: “Deus é amor e
amar é conhecer a Deus”.
 João usa do método da repetição para fixar o que quer transmitir;

II João

 A carta é dirigida a uma senhora e aos seus filhos, mas isso é no


sentido figurado. Na verdade João está se dirigindo a uma Grande
Igreja (senhora) e suas congregações (filhos);
 João tem o propósito de alertar pessoas sobre ensinamentos errados
que estão se infiltrando na igreja, falsas doutrinas, contrárias às de
Jesus;
 Traz ensinamentos que fazem permanecer os crentes no caminho de
Deus, unidos através do amor de Cristo;

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III João

 A carta é dirigida a Gaio, crente hospitaleiro, que recebia os


pregadores e evangelistas em sal casa. Talvez seja o mesmo Gaio
citado por Paulo em Romanos 16.23;
 João usa dois personagens: Demétrio e Diótrefes. Demétrio é aquele
que apresenta bom testemunho, Diótrefes é reprovado por sua
conduta arrogante no ministério;
 Foi escrita em É feso no final do século I;

Judas

 A carta é radical e combate bravamente pessoas que infiltraram na


igreja com ensinamentos errados;
 Os ensinamentos afetaram a igreja e Judas vê necessidade em alertar
seus discípulos;
 A linguagem é dura e mostra como o autor está irritado com a
situação;
 Alerta sobre a confusão espiritual e a depravação moral que estava se
infiltrando na igreja;
 A igreja foi invadida por pessoas que conquistaram espaço importante
na igreja, mas não abandonaram as antigas práticas mundanas,
continuando com atitudes depravadas;
 Faz referência ao Antigo Testamento, fazendo comparações com a
situação de Sodoma e Gomorra;
 Talvez Judas era irmão de Jesus e Tiago;
 Foi escrita entre 70 e 75 para judeus fora da Palestina;

Atividade

A visão celular funciona baseada em quatro passos: GANHAR, CONSOLIDAR,


DISCIPULAR e ENVIAR. O discipulado é um passo muito importante, pois é
através dela que o discípulo tem seu caráter moldado. Crie uma situação na
qual você discípula seus discípulos utilizando Judas como exemplo.

APOCALIPSE

 É um livro com caráter profético;


 Tem o propósito de alcançar igrejas e de anunciar o plano redentor de
Deus.
 Mostra Jesus como vencedor do bem e do mal, demonstrando a vitória
do próprio crente;
 A situação do povo é de cativeiro, A palestina está sobre o domínio de
Roma
 Roma traz práticas pagãs, como idolatria;
 Aqueles que lutam contra isso, são perseguidos, como João, que foi
enviado para um ilha, ilha de Patmos, entre 93 e 95;
 João identifica a si mesmo como profeta (10.11; 22.9) e denomina de
“profecia” a sua mensagem (1.3; 22.7,10,18 19); mas,
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diferentemente dos profetas do Antigo Testamento, o que ele
proclama e a esperança no Cristo ressuscitado, “aquele que é, que era
e que há de vir” (1.8). Cristo, o Messias, é “Rei dos reis e Senhor dos
senhores” (19.16), e “o Verbo de Deus” (19.13), que vive para sempre
(1.17-18). O seu regresso, já iminente (22.6-7), assinalara o princípio
de um “novo céu e nova terra” (21.1), de uma nova criação, para a
qual se orientam as expectativas do povo crente, porque nela Deus
terá o seu trono (20.11; 22.1,3), e “a morte já não existira, a não
havera luto, nem pranto, nem dor” (21.4).
 O livro é dividido em duas partes:
1. Cartas às sete igrejas: realidade da igreja na vida e no mundo;
2. Argumentos do céu, através de visões, demonstrando o que vai
acontecer no final dos tempos;
 O livro é cheio de símbolos, entre eles o número 7, que representa
perfeição;

Atividade
Como você alerta as pessoas para a situação do Apocalipse?

48

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