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151-20
❖ Pneumatologia
1. O Espírito criativo.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Triunidade, por cujo
poder, o universo foi criado. E pairava por cima da face das
águas e participou da glória da criação – Gn 1.2.
3. Como regenerador.
Consideremos as seguintes verdades, relativas ao Espírito
Regenerador. Sua presença é registrada no Antigo Testamento,
porém, não é acentuada; seu derramamento é descrito,
principalmente como uma bênção futura, em conexão com a
vinda do Messias; e mostra características distintas.
O Espírito Santo no Antigo Testamento é descrito como
associado à transformação da natureza humana. Em Isaías
63.10,11, faz-se referências ao Êxodo e à vida no deserto.
Quando o profeta diz que Israel contristou o seu Santo Espírito
ou quando se diz que deu seu “Bom Espírito” para os instruir (Ne
9.20), refere-se ao Espírito como que inspira a bondade. Vede
Salmos 143.10: Davi reconhecia o Espírito como presente em
toda parte, aquele que esquadrinha os caminhos dos homens e
revela os esconderijos mais escuros de suas vidas. Depois de
cometer seu grande pecado, Davi orou para que o Espírito Santo
de Deus, a presença santificadora de Deus, aquele Espírito que
influencia o caráter, não lhe fosse tirado, Salmo 51.11.
Presenciamos neste fato a regeneração através do Espírito
de Davi.
No Novo Testamento.
A sabedoria divina é retratada no Novo Testamento como
algo sublime e especial. Durante seu ministério terreno. Jesus
antecipou aos seus seguidores que iriam enfrentar momentos
difíceis diante de homens poderosos, de saber elevado e que,
sem uma intervenção miraculosa do Espírito Santo, através do
dom da palavra de sabedoria, eles jamais seriam vitoriosos.
O dom da palavra de sabedoria foi concedido aos
discípulos no Dia de Pentecostes. Pedro era, até então, um
2. Dons de Poder.
a) Dom de Fé.
“E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé”. 1 Co 12.9.
Biblicamente, define-se a fé da seguinte forma:
“Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam
e a prova das coisas que não se veem”, Hb 11.1
A fé como dom de poder, é mencionada em 1 Co 12.9. Uma
operação completamente sobrenatural do Espírito Santo,
capacitando a mente humana para uma confiança sem igual no
poder de Deus, a de que ele pode realizar qualquer coisa que lhe
apraz. O Espírito opera no mais profundo do coração humano,
produzindo uma reação imediata da alma e levando-a à certeza
e à evidência. A certeza é o estado do Espírito que consiste na
firme adesão a uma verdade conhecida, sem o temor do engano.
A evidência é o que fundamenta a certeza.
Definimo-la como a clareza plena como que adere ao
poder de Deus. Diante de tal operação do Espírito Santo, toda e
qualquer dúvida é aniquilada, a fé especial, mesmo sendo um
dom do Espírito Santo pode ser dividida em graus menores e
maiores da seguinte maneira:
Novo Testamento.
3. Dons de expressão.
a) O dom da profecia.
“E a outro a profecia”, 1 Co 12.10.
O substantivo grego ‘profhteia’ (profecia) aparece 19 vezes
no Novo Testamento. Deriva-se do grego ‘pro’ (antes, em favor
de) e de phemi (falar). Ou seja, alguém que fala por outrem e,
por extensão, ‘interprete’, especialmente da vontade de Deus.
Em sentido geral, a palavra ‘profecia’, quando derivada de
pro (quando que jaz adiante), traz a ideia de vaticínio divino de
primeira grandeza.
No presente texto, a palavra profecia tem um sentido
especial. Trata-se de um dos dons do Espírito Santo, significando
uma predição momentânea e sobrenatural. Neste terceiro grupo
de dons espirituais, a profecia assume o primeiro lugar em
magnitude. São dons que operam na esfera espiritual.
Os dons de revelação expressam os pensamentos de Deus.
Os dons de poder manifestam sua onipotência e grandeza,
preenchendo o campo inteiro de nossa visão.
❖ Origem da profecia.
Há pelo menos três fontes das quais surgem mensagens
proféticas:
1ª Divina – Isto é, a inspiração que parte diretamente do coração
de Deus, Fonte de todo bem – Jr 23.28-29; Tg 1.17; 1 Pe 4.11.
2ª Humana – Neste caso a mensagem parte do coração do
próprio profeta, que fala sem autorização do Senhor – 2 Sm 7.2-
17; Jr 23.16.
❖ O valor da profecia.
A Palavra de Deus ou Palavra Profética, foi sempre de
muita valia para o povo de Deus em geral. Talvez, por isso
Moisés tenha exclamado: “Tomara que todo o povo do Senhor
fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito” – Nm
11.29.
Finalmente, Paulo manifesta o mesmo sentido,
aconselhando os Coríntios a procurar “com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar”, 1 Co 14.1. Nos
versículos seguintes o apóstolo reafirma sua admoestação em
outros termos, como por exemplo: “E eu quero que todos vós
faleis em línguas; mas muito mais que profetizeis, porque o que
profetiza é maior do que o que fala línguas” (v 5). “Portanto,
irmãos, procurai, com zelo, profetizar” (v. 39).
❖ A finalidade da profecia.
O dom da profecia tornara-se o mais desejado da igreja em
Corinto, provavelmente, como observamos pelas seguintes
razões:
• A profecia visa a edificação da Igreja, tema quase que
central do capítulo quatro de 1 Coríntios, e não apenas a
edificação do crente individual, como é o caso das línguas
quando não interpretadas.
• A profecia serve para exortação.
• A profecia serve para consolar.
• A profecia é um meio de transmitir revelações e doutrinas,
quando vazadas nas revelações plenárias.
• A profecia faz soar o ‘toque’ da mensagem cristã que leva o
crente a preparar-se para a batalha espiritual.