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Texto áureo:
E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que
Deus deu àqueles que lhe obedecem. At 5.32
Se pensarmos no Espírito Santo como a Bíblia nos apresenta, isto é, como uma Pessoa,
ou ainda melhor, como o próprio Deus, a nossa preocupação não será mais como podemos
nos apossar do Espírito para realizarmos o nosso trabalho, senão como nos entregarmos
a ele para que realize, por nosso meio, a sua obra no mundo.
Há grande diferença entre a ideia de fazermos muita coisa por meio do Espírito Santo e a
ideia de o Espírito Santo operar maravilhas por nosso meio.
A primeira ideia é pagã, exalta o homem acima do Espírito Santo. Quem lê a história sabe
que os pagãos queriam que os seus deuses os auxiliassem em todo empreendimento.
Abraão Lincoln disse que fazia mais empenho em estar ao lado de Deus do que em estar
Deus ao seu lado. O homem é quem auxilia a Deus, e não Deus ao homem. A ideia de que
o Espírito Santo é o dirigente e que o homem deve cooperar com ele é uma ideia cristã,
porque exalta o Espírito Santo acima do homem e leva este a descobrir-se e a santificar-se
na presença dele. Infelizmente, há muitas pessoas que têm a mesma atitude para com o
Espírito Santo que Pedro mostrou para com Jesus, tentando dissuadi-lo do Calvário.
(Mateus 16:21-23). Infelizmente, há servos que querem ensinar os seus mestres. Pedro
achou que Jesus estava errado.
Senhor, minha preocupação não é se Deus está ao nosso lado; minha maior
preocupação é estar ao lado de Deus, porque Deus é sempre certo.
Abraham Lincoln
Qual deve ser a verdadeira atitude do crente para com o Espírito Santo? O Espírito
Santo é o dirigente, o crente coopera com ele; o Espírito Santo é o mestre e o crente é o
discípulo.
A questão, para nós, não é, portanto, saber como podemos possuir mais do Espírito Santo
para fazermos o nosso trabalho, mas, ao contrário, é saber como é que o Espírito Santo
pode possuir mais de nós para realizar a sua obra na transformação do mundo.
A questão não é tanto de o crente possuir o Espírito Santo, mas como o Espírito
Santo pode possuir inteiramente o crente.
Introdução
Quando falamos de Deus temos que nos lembrar que Deus é um só em seu Ser e
substância eternamente subsistente em três pessoas distintas, revelados como Pai, Filho
e Espírito Santo. Além de as Escrituras demonstrarem que as três pessoas são distintas, o
testemunho abundante que elas fornecem é que cada pessoa também é plenamente Deus.
Deus é chamado de Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, bem como de nosso Pai (Rm 15.6;
2 Co 11.31; Ef 1.2,3; 3.14; Cl 1.3; Fp 1.2; 1 Pe 1.3; 2 Jo 1.3).
João se refere a Jesus como Deus (Jo 1.1,18; 8.58). Em vários trechos, Paulo identifica
Jesus com Deus (Rm 9.5; FI 2.6; Tt 2.13), e o mesmo fez Pedro (2 Pe 1.1), que se refere
ao Espírito Santo como Deus (At 5.3,4). O Espírito sempre é citado junto ao Pai e ao Filho
(Mt 28.19; 2 Cr 13.14)
Algumas pessoas consideram que o Espírito é apenas uma força dinâmica, uma influência
impessoal ou simplesmente um nome dado a Deus. No entanto, na Bíblia, há evidências
claras do carácter e da personalidade única e inquestionável do Espírito Santo.
Diferentemente de uma mera força, Ele tem sentimentos, razão, vontade, autonomia e
traços que uma força impessoal não tem.
Os atributos da Divindade
Desta maneira podemos dizer que os atributos de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) são
aquelas características essenciais, permanentes e distintivas que podem ser afirmadas a
respeito do seu Ser, encontradas nas Escrituras, inseparáveis de sua natureza e que
condicionam seu caráter nas trindade.
É importante ressaltar que a palavra Trindade não aparece na Bíblia em lugar algum, assim
como as palavras “onipresente” e “onisciente“ (e até mesmo Escola Dominical) mas são
termos usados por nós que descrevem características que são inerentes de DEUS, sendo
notáveis na Bíblia Sagrada.
O Espírito Santo pensa, conhece e sabe todas as coisas (1 Co 2.9-11); Ele ensina Jo 14.26),
consola (Jo 14.16), testifica de Cristo e intercede em favor dos cristãos Jo 15.26; Rm 8.26).
Ele é soberano conjuntamente com o Pai e com o Filho.
“soberania”, é o atributo pelo qual o Senhor governa todas as coisas e tem tudo debaixo
das suas mãos poderosa.
Em três ocasiões, o Antigo Testamento utiliza pronomes pessoais e verbos no plural, por
meio deles podemos facilmente compreender que o Espírito Santo estava cooperando com
a obra divina (Gn.1.26, Gn11.7 e Is. 6.8).
A segunda, quando Deus decidiu confundir as línguas faladas pelos seres humanos, no
episódio da torre de Babel: Desçamos e confundamos ali sua linguagem (Gn 11.7).
Momentos antes da Sua prisão, Cristo estava orando por Seus discípulos. Em Sua oração
sacerdotal, em João 17, declarou que Deus habitaria nos crentes. Ele disse: Eu neles, e tu
em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade (Jo 17.23).
Como Jesus, o Espírito Santo também é uma Pessoa divina (Rm 8.9). Antes de Cristo
deixar a terra para voltar ao céu, para estar com o Pai, Ele prometeu enviar um Consolador
similar a Ele próprio, mas distinto de Sua pessoa. O Filho e o Pai passaram a habitar no
coração daqueles que demonstraram fé por meio do Espírito Santo (Ef 2.22).
Um atributo pode ser definido como uma característica ou uma marca que uma pessoa
possui. Neste caso, para fins didáticos, podemos classificar os atributos que Deus possui
em duas categorias: os incomunicáveis e os comunicáveis.
O Espírito Santo não é simplesmente uma pessoa, Ele é como o Pai e como o Filho. As
Sagradas Escrituras claramente apresentam Suas características divinas. Os atributos
incomunicáveis são exclusividades de Deus, apenas Ele os possui: a onipresença, a
onipotência, a onisciência, a soberania e a eternidade. Vejamos alguns exemplos desses
atributos do Espírito:
Os atributos comunicáveis são aqueles que Deus compartilha com a Sua criação, como o
amor, a bondade, a misericórdia, a sabedoria e a santidade.
As ações do homem para com o Espírito Santo provam que Ele é uma pessoa
1. O homem pode blasfemar contra o Espírito - Mateus 12:31. A natureza do pecado que
não tem perdão prova a personalidade do Espírito. A blasfêmia contra uma pessoa e não
contra um poder é que não tem perdão.
2. O homem pode mentir ao Espírito Santo - Atos 5:3.
Encontramos no Livro de Salmos, pelo menos, quatro menções diretas ao termo Espírito
Santo. Então, podemos entender que Ele também é Deus.
O salmista implorou a Deus - Sl.51.1 Não me lances fora da tua presença e não retires de
mim o teu Espírito Santo (S151.11). Davi sabia que o Espírito de Deus podia retirar-se dele
por causa do pecado, como aconteceu com Saul (1 Sm 16.14).
O salmista indagou - Sl 139.7 Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua
face (Si 139.7)? Ele reconheceu o atributo divino da onipresença. O Salmo 139, atribuído a
Davi, é um salmo de sabedoria e de louvor descritivo. Essa mistura não é incomum nos
Salmos (Si 145; 146). O poema descreve os atributos do Senhor não como características
abstratas, mas como qualidades reais, por meio das quais Ele se relaciona com Seu povo
O salmista pediu orientação ao Espírito de Deus a fim de que Ele o livrasse dos seus
inimigos - Sl 143.10
Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terra
plana.
Conclusão
O Espírito Santo é o revelador da verdade, é fácil concluir porque Ele é o agente que conduz
o homem a Cristo. Ele convence o homem do seu pecado Jo 16.8-11), leva-o ao
arrependimento, regenera-o (Tt 3.5) e santifica-o (2 Ts 2.13).
Assim, quando alguém entende que está perdido em seus delitos e pecados, arrepende-
se e volta-se para Deus, confiando no sacrifício de Jesus; o Espírito Santo, que já vinha
atuando sobre o entendimento dessa pessoa no sentido de ela perceber o plano de
salvação e aceitá-lo, vem, após a conversão, fazer morada no coração do novo convertido,
fazendo-o compreender as Escrituras e a vontade de Deus e gerando-o espiritualmente
para uma nova vida em Cristo.