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ESTUDOS SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS

@angelo.jonatan

BATISMO COM O
ESPÍRITO SANTO
Visão pentecostal
ARRASTE PRO LADO
Dentro do movimento Pentecostal o batismo com o Espírito Santo é visto

como sendo uma bênção diferente da regeneração. Por isto alguns grupos

utilizam a expressão “segunda bênção” para designá-lo.

Os pentecostais entendem que todo aquele que nasceu de novo já possui

o Espírito Santo (cf. Colossenses 3:2; Efésios 1:13). Porém, isto não implica

no batismo com o Espírito Santo especificamente. Então segundo a visão

Pentecostal, após a conversão o cristão ainda deve buscar o batismo no

Espírito Santo com diligência.

O propósito do batismo com o Espírito Santo também pode ser visto sob

dois aspectos diferentes dentro da visão Pentecostal. No pentecostalismo

clássico o batismo com o Espírito Santo estava diretamente ligado ao

conceito de santificação. Inclusive, em alguns círculos pentecostais o

batismo com o Espírito Santo estava relacionado à ideia de

perfeccionismo cristão.

Com o tempo, o entendimento dentro do pentecostalismo sobre o

propósito do batismo com o Espírito Santo mudou. A posição

predominante passou a relacionar o batismo com Espírito Santo à

capacitação de crentes com os dons para o ministério. Então sob este

aspecto, o batismo com o Espírito Santo é uma obra especial operada

pelo próprio Espírito de Deus no crente, concedendo-lhe poder para sua

vida e seu ministério cristão.

Em outras palavras, essa posição diz que o batismo com o Espírito Santo

implica num revestimento de poder que auxilia o crente em sua nova vida.

Ele edifica o crente interiormente e lhe ajuda a ter uma conduta vitoriosa

que possa testemunhar com autoridade a sua fé em Cristo. Entretanto,

esse revestimento implica numa experiência singular que eleva os que o

recebem a outro nível espiritual.


Pontos principais sobre o batismo com o Espírito Santo na visão Pentecostal

Para defender a ideia de que o batismo com o Espírito Santo é uma benção

distinta da salvação, os pentecostais recorrem a algumas passagens do livro de

Atos dos Apóstolos. Essas passagens servem de apoio aos pontos básicos de

sua doutrina sobre o batismo com o Espírito Santo. Com base nesses textos

eles concluem que:

1) As pessoas que receberam o batismo com o Espírito Santo já eram crentes.

Isso significa que elas já tinham sido regeneradas quando receberam o dom do

Espírito. Os principais exemplos utilizados são:

- Os próprios apóstolos que receberam o batismo com o Espírito Santo em

Atos 2.

- Os samaritanos que já tinham recebido a Palavra de Deus e sido batizados em

nome do Senhor Jesus. Eles receberam o Espírito Santo somente após a oração

dos apóstolos (Atos 8:14-17).

- O centurião Cornélio que já era temente a Deus quando foi batizado com o

Espírito Santo (Atos 10:44-46).

- O episódio envolvendo os discípulos de João Batista (Atos 19:1-6).

2) Como o batismo com o Espírito Santo é diferente da regeneração, isso indica

que pode haver um hiato de tempo entre um e outro. Para defender esse ponto,

geralmente utiliza-se o exemplo da conversão de Paulo de Tarso. Somente

depois de três dias o Espírito Santo foi derramado sobre ele (Atos 9:1-18). Os

pentecostais admitem que é possível que a conversão e batismo com Espírito

Santo ocorram simultaneamente. Por outro lado, eles também afirmam que

pode haver a possibilidade de um crente regenerado nunca receber a benção

do batismo com o Espírito Santo. Assim, embora num nível todos os cristãos

possuam o Espírito Santo, em outro apenas alguns são realmente dotados do

poder do Espírito.
3) A evidência externa e necessária do batismo com o Espírito Santo é o falar em

línguas. Essa afirmação se baseia especialmente nos relatos do livro de Atos. Três

acontecimentos são utilizados na defesa desse ponto: o que aconteceu no

Pentecostes em Atos 2; o derramamento do Espírito Santo na casa de Cornélio; e

o que aconteceu em Éfeso com os seguidores de João Batista (Atos 10:46; 19:6).

Divergências entre os pentecostais sobre o batismo com o Espírito Santo

Também é verdade que dentro do próprio pentecostalismo existe muita

divergência de pensamentos quando o assunto é o batismo com o Espírito Santo.

Alguns, por exemplo, consideram que o falar em línguas não necessariamente seja

uma evidência obrigatória do batismo. Eles admitem que alguém pode ser batizado

com o Espírito Santo e não falar em línguas.

Outro exemplo é a distinção com relação a nomenclatura. Para alguns, expressões

como: “batismo no Espírito Santo”, “batismo com o Espírito Santo” e “batismo pelo

Espírito Santo” são definições similares. Mas para outros, existem diferenças nessas

expressões. Neste último caso, o “batismo pelo Espírito Santo” seria a regeneração;

enquanto que o “batismo com o Espírito Santo” ou “no Espírito Santo” seria a

experiência posterior à regeneração que todos devem buscar como uma bênção

adicional.

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