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A Doutrina do Espírito Santo

- Pneumatologia 2a Parte
O Batismo no Espírito Santo
• O batismo no Espírito Santo é uma bênção distinta da
salvação.
• Conquanto a terceira Pessoa da Trindade tenha papel
relevante na conversão e passa, desde então, a habitar no
novo crente, o Novo Testamento deixa claro que há um
momento específico da vida cristã em que o salvo recebe
esse batismo, também chamado de revestimento.
• Essa experiência, toda vez que é mencionada no livro de
Atos dos Apóstolos, aparece como algo distinto do novo
nascimento (At 2.38; 11.12-17).
• O batismo no Espírito Santo é para todos que
professam sua fé em Cristo; que nasceram de
novo, e, assim, receberam o Espírito Santo
para neles habitar.
• Um dos alvos principais de Cristo na sua
missão terrena foi batizar seu povo no Espírito
Santo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33).
• Ele ordenou aos discípulos não começarem a
testemunhar até que fossem batizados no
Espírito Santo e revestidos do poder do alto
(Lc 24.49; At 1.4,5,8).
• O batismo no Espírito Santo é um a obra
distinta e à parte da regeneração,
também por Ele efetuada.
• Assim com o a obra santificadora do
Espírito é distinta e completiva em
relação à obra regeneradora do mesmo
Espírito, assim também o batismo no
Espírito complementa a obra
regeneradora e santificadora do Espírito.
• No mesmo dia em que Jesus ressuscitou,
Ele assoprou sobre seus discípulos e
disse: “Recebei o Espírito Santo ” (Jo
20.22), indicando que a regeneração e a
nova vida estavam-lhes sendo
concedidas.
• Depois, Ele lhes disse que também
deviam ser “revestidos de poder” pelo
Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8).
• Ser batizado no Espírito Santo significa
experimentar a plenitude do Espírito (cf. At
2.4).
• Este batismo teria lugar somente a partir do
dia de Pentecoste.
• Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo
antes do dia de Pentecoste (Lc 1.15,67), Lucas
não emprega a expressão “batizados no
Espírito Santo ”.
• Este evento só ocorreria depois da ascensão
de Cristo (Jo 16.7-14; At 1.2-5).
• O livro de Atos descreve o falar n outras
línguas como o sinal inicial do batismo no
Espírito Santo (At 2.4; 10.45,46; 19.6)
• O batismo no Espírito Santo outorgará ao
crente ousadia e poder celestial para este
realizar grande obras em nome de Cristo e ter
eficácia no seu testemunho e pregação (cf. At
1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; ICo 2.4).
• Esse poder não se trata de uma força
impessoal, mas de uma manifestação do
Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a
operação de Jesus estão presentes com seu
povo (Jo 14.16-18; 16.14; ICo 12.7)
A Palavra de Deus cita várias condições
prévias para o batismo no Espírito Santo:
• Devemos aceitar pela fé a Cristo com o Senhor
e Salvador e apartar-nos do pecado e do
mundo (At 2.38-40; 8.12-17). Isto importa em
submeter Deus a nossa vontade (“aqueles que
lhe obedecem ” , At 5.32). Devemos abandonar
tudo o que ofende a Deus, para então
podermos ser “ vaso para honra, santificado e
idôneo para o uso do Senhor ” (2T m 2.21);
• É preciso querer o batismo; O crente deve ter
grande fome e sede pelo batismo no Espírito
Santo (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33);
• O batismo no Espírito Santo ocorre um a só
vez na vida do crente e move-o para a
consagração na obra de Deus, para, assim,
testemunhar com poder e retidão.
• A Bíblia fala de renovações posteriores ao
batismo inicial do Espírito Santo (At 4.31; cf.
At 2.4; 4.8,31; 13.9; Ef 5.18).
• O batismo no Espírito, portanto, conduz ao
crente a um relacionamento com o Espírito,
que deve ser renovado (At 4.31) e conservado
(Ef 5.18).
O dia de Pentecostes.
• Foi um dia modelo para a Igreja e continua
sendo, ou seja, a Igreja revestida de poder (At
2.1-41).
• A grande tarefa de levar o evangelho havia
sido dada a um pequeno grupo de discípulos.
• Se esta tarefa se limitasse apenas à
Palestina, que tinha mais ou menos quatro
milhões de pessoas, teríamos a proporção de
um cristão para 30.000 judeus sem salvação
(isso se incluir, é claro, os gentios).
• Portanto, seria uma tarefa impossível.
• O Pentecostes, no Antigo Testamento é
chamado Festa das Primícias, Festa da
Colheita e Festa das Semanas.
• Os judeus que falavam grego chamavam,
de Festa de Pentecostes, por ser
observada no quinquagésimo dia após a
Páscoa.
• A Festa de Pentecostes era proclamada
como o dia de Santa convocação, quando
ninguém trabalhava, exceto nas
atividades relacionadas a ela.
• Os homens tinham obrigação de ir ao
santuário em Jerusalém (Lv 23.21).
• Nesta ocasião dois pães eram assados
(feitos com trigo e sem fermento) e
trazidos para fora da tenda da
congregação e movidos pelo sacerdote na
presença do Senhor, junto com a oferta
pelo pecado e com as ofertas pacificas,
que expressavam agradecimento.
• Era um dia de júbilo (Dt 16.16-17).
O Pentecostes Cristão.
• É a comemoração da descida do Espírito
Santo em cumprimento à promessa de
Cristo.
• O Espírito foi derramado no dia de
Pentecostes (Atos 2.1- 21).
• Pedro levantou-se e explicou para o povo
que isto era cumprimento da profecia de
Joel é a prova que os “Últimos dias”
haviam começado.
• Diferença entre “ Batismo com o Espírito
Santo e o novo nascimento”.
• Batismo: É o enchimento pleno,
apoderando-se dos filhos de Deus.
• Novo nascimento: É a experiência
espiritual decisiva pela qual a alma é
renovada pelo Espírito Santo mediante a
comunicação da vida divina.
Provas do Genuíno Batismo no Espírito
Santo.
• As Escrituras ensinam que o crente deve
examinar e provar tudo o que se apresenta
como sendo da parte de Deus (lTs 5.21; cf.
ICo 14.29).
• “Amados, não creiais em todo espírito,
mas provai se os espíritos são de Deus ”
( 1 Jo 4.1).
• Seguem-se alguns princípios bíblicos para
provar ou testar se é de Deus um caso
declarado de batismo no Espírito Santo.
• 1 - O autêntico batismo no Espírito Santo
levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a
Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo mais do que
antes (ver Jo 16.13,14; At 2.36; 10.44-46).
• 2 - O verdadeiro batismo no Espírito Santo
aumentará a convicção da nossa filiação com
o Pai celestial (At 1.4; Rm 8.15,16), levará a
uma maior percepção da presença de Cristo
em nossa vida diária (Jo 14.16, 23; 15.26) e
aumentará o clamor da alma “Aba, Pai! ” (Rm
8.15; G1 4.6).
• O real batismo no Espírito Santo aumentará
nosso amor e apreço pelas Escrituras.
• Por outro lado, qualquer suposto batismo no
Espírito que diminui nosso interesse em ler a
Palavra de Deus e cumpri-la, não provém de
Deus.
• 4 - O real batismo no Espírito Santo aprofundará
nosso amor pelos demais seguidores de Cristo
e a nossa preocupação pelo seu bem-estar (At
2.38,44- 46; 4.32-35).
• A comunhão e fraternidade cristãs, de que nos
fala a Bíblia, somente podem existir através do
Espírito (2Co 13.13).
• 5 - O genuíno batismo no Espírito Santo deve
ser precedido do abandono do pecado e de
completa obediência a Cristo (At 2.38).
• Ele será conservado quando continuamos na
santificação do Espírito Santo (At 2.40; 2Ts
2.13; R m 8.13; G1 5.16,17). Daí, qualquer
suposto batismo, em que a pessoa não foi
liberta do pecado, continuando a viver segundo
a vontade da carne, não pode ser atribuído ao
Espírito Santo (At 2.40; 8.18-21; Rm 8.2-9).
• Qualquer poder sobrenatural manifesto em tal
pessoa trata-se de atividade enganadora de
Satanás (cf. SI 5.4,5).
6 - O real batismo no Espírito Santo fará
aumentar o nosso repudio às diversões
pecaminosa e prazeres ímpios deste mundo,
refreando-nos a busca egoísta de riquezas e
honrarias terrenas (At 20.33; ICo 2.12; Rm
12.16; Pv 11.28)
7 - O genuíno batismo no Espírito Santo nos
trará mais desejo e poder para testemunhar da
obra redentora do Senhor Jesus Cristo (ver Lc
4.18; At 1.8; 2.38-41; 4.8-20; Rm 9.1-3; 10.1)
O Falar em Línguas
• O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. Glossais
lalo), era entre os crentes do Novo Testamento, um
sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no
Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6).
• Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do
Espírito continua o mesmo para os dias de hoje
• O verdadeiro falar em línguas.
1)As línguas como manifestação do Espírito. Falar
noutras línguas é uma manifestação sobrenatural
do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal
inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente
fala numa língua (gr. Glossa) que nunca aprendeu
(At 2.4; ICo 14.14,15).
2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no
Espírito Santo.
Falar noutras línguas é uma expressão verbal
inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o
Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia.
3) As línguas como dom.
Falar noutras línguas também é descrito como um
dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo
(ICo 12.4-10).
Este dom tem dois propósitos principais: ■ O falar
noutras línguas seguido de interpretação, também
pelo Espírito, em culto público, como mensagem
verbal à congregação para sua edificação
espiritual (ICo 14.5,6, 13-17).
Outras línguas, porém falsas.
• O simples fato de alguém falar “noutras
línguas ”, ou exercitar outra manifestação
sobrenatural não é evidência irrefutável
da obra e da presença do Espírito Santo.
• O ser humano pode imitar as línguas
estranhas como o fazem os demônios.
• A Bíblia nos adverte a não crermos em
todo espírito, e averiguarmos se nossas
experiências espirituais procedem
realmente de Deus (ver lJo 4.1).
questionario
• Dons Espirituais A Bíblia diz: “Há diversidade
de dons, mas o Espírito Santo é o mesmo, e há
diversidade de ministérios, mas o Senhor é o
mesmo, e há diversidade de operações, mas é
o mesmo Deus que opera tudo em todos” (I C o
12.4-6).
A operação de Deus:
• O mesmo Espírito. Os Dons Espirituais são
meios pelos quais o Espírito Santo revela o
poder e a Sabedoria de Deus, através de
instrumentos humanos, que os recebem e bem
usam (ICo 12.7-11).
O dom da palavra de sabedoria.
• Este dom proporciona, pela operação do
Espírito Santo, um a visão e compreensão
(Ef 3.4) da profundidade da sabedoria de
Deus, ensinando a aplicá-la, seja no
trabalho ou nas decisões no serviço do
Senhor, e a expô-la a outrem, de modo a
ser bem percebida
O dom de palavras de ciência.
• Este dom consiste na penetração nas
profundezas da ciência de Deus (Ef 3.3) pela
qual podemos saber (Ef 1.17-19) e, assim
compreender e conhecer (Ef 3.18,19) aquilo
que pelo entendimento humano jamais
poderíamos alcançar (ICo 2.9,10)
Vejamos algumas manifestações do dom
de ciência;
• Constitui uma potência no ministério de
ensino, pois manifesta aquilo que Deus
fez por nós, pela sua graça (Tt 2.11) e
ajuda o ensinador a comunicar algum dom
espiritual (Rm 1.11; 15.29) revelando os
mistérios de Deus. Eis alguns destes
mistérios mencionados no Novo
Testamento
O dom da fé.
• Este dom não se refere à fé salvadora (At
16.31) nem ao crescimento da fé (2Ts 1.3)
ou ao esforço à fé que o batismo no
Espírito Santo nos dá (2Co 4.13), mas
consiste num impulso à fé implantada
pela oração do Espírito Santo para
executar aquilo que Deus determinou que
fizéssemos.
• Este dom em ação gera uma atmosfera de
fé, que dá a convicção de agora tudo é
possível (Jo 11.41,42; Mc 9.23).
• Jesus se referiu a este dom quando disse: “A
quele que crer em m im fará as obras que eu
faço, e as fará maiores do que estas ” (Jo
14.12).
Os dons de curar.
• A cura do corpo doente pela fé é um fruto da
morte de Cristo na cruz do calvário (Is 53.4,5;
IPe 2.24,25; Mt 8.16,17; 9.35,36). O dom de
curar consiste numa operação do Espírito
Santo, pela qual o poder de cura que Jesus
ganhou é transmitido ao doente de modo
abundante, imediato para a cura completa.
• Este dom não significa uma capacidade
de curar quando e como a pessoa quer,
porém é sempre uma transmissão do
poder do Espírito Santo, por isto é
indispensável que o portador do dom
esteja ligado a Cristo e siga a sua
direção.
O dom de maravilhas.
• Este dom constitui uma operação do Espírito
Santo pela qual é transmitido o poder ilimitado de
Deus Todo-Poderoso (SI 115.3; 135.6).
O dom de discernir os espíritos.
• Por meio deste dom o Espírito Santo revela que
Jesus tem olhos como chama de fogo, Ele vê (Ap
1.14; SI 139.12).
• Este dom revela a fonte de onde vem a inspiração
das profecias e revelações, pois elas podem vir de
inspiração divina (At 15.32; ICo 14.3), podem
representar o pensamento do coração (Ez 13.2,3)
ou podem provir de fonte impura ou contaminada
(Ap 2.20-24: Jr 23.13; 2.8; lRs 22.19-24)
O dom de profecias.
• Profecia é uma mensagem de Deus dada ao portador
do dom por inspiração do Espírito Santo.
• O profeta deve transmiti-la exatamente como a
recebeu, Deus disse: Ele assim fará ouvir a minha
palavra ao meu povo ...” (Jr 23.22). A atitude daquele
que profetiza deve ser: A palavra que Deus puser na
minha boca, essa falarei” (Nm 22.38c).
• A mensagem recebida por inspiração do Espírito
Santo não é transmitida mecanicamente, mas fiel e
conscientemente, pois “o Espírito dos profetas é
sujeito aos profetas” ( I C o 14.32).
• a profecia não deve ser fonte de consulta ou meio de
obter direção, seja na vida espiritual ou na material.
O dom de variedade e interpretação de
línguas.
• Existe uma diferença entre a língua
estranha dada como evidência do batismo
com o Espírito Santo e o dom de línguas.
• A língua recebida como sinal, devemos
falar só com Deus (IC o 14.2,28), e por
isto não precisa de interpretação, este
sinal é dado a todos que são batizados no
Espírito Santo, mas o dom de línguas não
é dado a todos os crentes (IC o 12.30).
• O dom de línguas tem por finalidade transmitir
à Igreja uma mensagem em línguas estranhas,
e por isto precisa de interpretação para que a
Igreja seja edificada.
• Esta interpretação é feita pelo dom de
interpretação de línguas.
• O Fruto do Espírito
• “ Caridade” Amor (gr. agape ) - o interesse e a
busca do bem maior de outra pessoa sem nada
querer em troca (Rm 5.5; ICo 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
• “G ozo” (gr. chara) - a sensação de alegria baseada
no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e
na presença de Deus, bênçãos estas que
pertencem àqueles que crêem em Cristo (SI
119.16; 2Co 6.10; 12.9; IPe 1.8; ver Fp 1.14).
• “Paz” (gr. eirene) - a quietude de coração e mente,
baseada na convicção de que tudo vai bem entre o
crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; ITs
5.23; Hb 13.20)
• Longanimidade ” (gr. makrotliumia) -
paciência, perseverança, ser tardio para irar-
se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb
12.1).
• “ Benignidade ” (gr. chrestotes) - não querer
magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef
4.32; C! 3.12; I P e 2.3).
• “ Bondade ” (gr. agathosune) - zelo pela
verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode
ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50)
ou na repreensão e na correção do mal (Mt
21.12,13).
• “ Fé ” (gr. pistis) - lealdade constante e
inabalável a alguém com quem estamos unidos
por promessa, compromisso, fidedignidade e
honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; ITm 6.12; 2Tm
2.2; 4.7; Tt 2.10).
• “ Mansidão ” (gr. prautes) - moderação,
associada à força e a coragem; descreve
alguém que pode irar-se com equidade quando
for necessário, e também humildemente
submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; IPe
3.15; compara a mansidão de Jesus, cf. Mt
11.29 com Mt 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co
10.1 com 10.4-6; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com
Êx 32.19,20).

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