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I – CONCEITUANDO PENTECOSTES
Era a segunda festa do primitivo calendário bíblico e possui três nomes no AT: (a) hag haqasir, festa da Colheita (Ex
23,16); (b) hag xabu´ot, festa das Semanas (Ex 34,22); e (c) yom habakurim, Dia dos Primeiros frutos (Nm 28,26). O nome desta
festa, entre os cristãos, é Pentecostes, cinquenta dias depois (da Páscoa). O nome Colheita tem sua razão de ser. A festa acontecia
no período da colheita dos grãos (trigo e cevada). Porém, a denominação, mais difundida no AT, é festa das Semanas porque ela
era realizada sete semanas depois da Páscoa (Dt 16,10-12).
3.1 A promessa do batismo no Espírito Santo. O Batismo com o Espírito Santo foi profetizado pelo profeta Isaías (28.11; 44.3);
Joel (Jl 2.28,32); João Batista (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.32,33; At 11.16); e por Jesus (Mc 16.17; Lc 24.49-51; At 1.4,5).
3.2 O cumprimento da promessa do batismo no Espírito Santo. Em Atos encontramos o cumprimento da promessa do Batismo
(At 1.5; 2.39; 8.14-20; 9.17; 10.44-48; 19.1-7). Esta promessa pronunciada pelo Pai através do profeta Joel (Jl 2.28,29) é uma
promessa: a) segura: “(eu) derramarei”; b) abundante: “sobre toda a carne”; e, c) abrangente: “...e vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões”. Logo, podemos concluir que através do derramar do
Espírito Santo quatro preconceitos são quebrados: a) o preconceito racial: “toda a carne”; b) o preconceito sexual: “filhos e
filhas”; c) o preconceito etário: “velhos e jovens”; e, d) o preconceito social: “servos e servas”.
5.1 Capacitação na pregação. O Espírito Santo torna apto o crente que se predispõe a proclamar o evangelho de Jesus Cristo,
concedendo-lhe unção e ciência da Palavra. Ao lermos a Bíblia, peçamos a companhia do Espírito de Deus, que é o intérprete por
excelência das Escrituras Sagradas. Ele nos esclarecerá o real sentido das passagens bíblicas e nos impulsionará a pregarmos com
ousadia aquilo que dele aprendemos (At 4.29-31; cf. Lc 12.11,12). Temos vários exemplos disso na Bíblia, senão vejamos:
• Tão logo foi revestido de poder, o Apóstolo Pedro pregou com grande ousadia, conquistando quase três mil almas para
Cristo (At 2.14-41. Posteriormente pregou novamente, ganhando dessa vez mais duas mil almas (At 3.12-26; 4.4);
• A unção do Espírito foi algo tão intenso na pregação do diácono Estêvão, e ele o fazia com tanta sabedoria, que os seus
opositores não conseguiam resistir-lhe ou refutá-lo (At 6.9,10). É uma das mais belas pregações de toda a Bíblia (At 6.8-
15; 7.1-60). Ele fez uma síntese da história de Israel e demonstrou, com base no Antigo Testamento, que Jesus era o Cristo;
• Dentre as muitas pregações do Apóstolo Paulo podemos destacar algumas, a saber: 1) a pregação no Areópago de Atenas
diante daqueles que representavam a nata do conhecimento filosófico da época (At 17.15-34); 2) a pregação no Templo
de Jerusalém (At 21-22); 3) a pregação perante o Sinédrio, aonde estavam os sacerdotes e anciãos (At 23.1-11); 4) pregação
perante os governadores Félix e (At 24 e 25.1-17); 5) pregação perante o Rei Agripa (At 25.18-27; 26.1-32).
5.2 Capacitação mediante a operação de sinais e maravilhas. O Espírito Santo prestou sua cooperação com os discípulos através
de milagres e maravilhas. Ao lermos sobre os primórdios da Igreja, percebemos quão importante foram as intervenções
sobrenaturais para a expansão do Reino:
• Através da cura de um coxo de nascença, o nome de Cristo se fez notório e uma larga porta se abriu para a evangelização
(At 3.6-26);
• Pela revelação do Espírito, Pedro conheceu que Ananias e Safira fizerem um acordo, dando-lhes uma irreversível sentença
(At 5.1-11). Tal acontecimento fortaleceu a autoridade apostólica e gerou um grande temor em toda a igreja;
• A assistência do Espírito Santo em prol do crescimento da obra era tão grande que Ele se utilizava da sombra do Apóstolo
Pedro para curar os enfermos e libertar os endemoniados (At 5.14-16). Isso atraía multidões de Jerusalém e de cidades
circunvizinhas (v.16);
• Os apóstolos foram milagrosamente tirados da prisão a fim de continuarem a obra de Deus (At 5.17-25);
• O Espírito cooperava com Estêvão com milagres e maravilhas (At 6.8-10);
• O Espírito arrebatou Filipe até Azoto, com o objetivo de evangelizar outras cidades (At 8.39,40);
• A cura de um coxo de nascença atraiu multidões no ministério de Paulo (At 14.8-11). Até os lenços e aventais do apóstolo
eram utilizados para curar (At 19.11,12).
5.3 Capacitação para a obra missionária. O Espírito Santo é o principal responsável pela chamada missionária. Ele comunicou
aos apóstolos que estavam em Antioquia que havia escolhido Saulo e Barnabé para obra da evangelização transcultural (At 13.2).
O Espírito não apenas os chamou, mas os enviou, capacitou e esteve lado a lado com os seus filhos durante as viagens missionárias.
5.4 Capacitação mediante os dons espirituais e ministeriais. Os dons espirituais são manifestados com o tríplice propósito de
edificar, exortar e consolar os santos. Estão listados em 1Coríntios 12.4-11. Os dons ministeriais são dados a crentes com uma
chamada específica, a fim de promover o aperfeiçoamento dos santos e a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11; 1Tm 3.8,12; Tt
1.5-7).
CONCLUSÃO
A igreja do Senhor Jesus nasceu no dia de pentecoste, inaugurada com a descida do Espírito Santo. A partir dessa
experiência, a igreja é impulsionada para a evangelização, serviço e adoração. O batismo no Espírito Santo ocasionado em Atos 2,
não foi uma experiência vivida apenas pelos cristãos do primeiro século. A promessa continua viva e é estendida a toda igreja em
todas as eras, portanto, o mesmo Espírito prossegue avivando e dinamizando a sua igreja no cumprimento da grande comissão.
REFERÊNCIAS
ARISTRONG, French L.; Roger Stronstad. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. CPAD.
GILBERTO, Antônio. Verdades Pentecostais. CPAD.
HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. CPAD.
OLIVEIRA, José de. Breve Histórico do Movimento Pentecostal. CPAD.
SIQUEIRA, Tércio Machado. Festa na Bíblia. Ed. Metodista.