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❖ Pneumatologia

As Escrituras ensinam que Deus é um, e que além dEle não


existe outro deus. Poderia surgir a pergunta – Como poderia
Deus ter comunhão com alguém antes que existissem as
criaturas finitas?
A resposta é que a unidade Divina é uma unidade
composta e que nesta unidade há realmente três pessoas
distintas, cada uma das quais é a divindade e, que, no entanto,
cada um está sumariamente consciente das outras duas. Assim
vemos que havia comunhão antes que fossem criadas quaisquer
criaturas finitas. Portanto, Deus nunca esteve só.
Não é o caso de haver três deuses, todos três
independentes e de existência própria. Os três cooperam unidos
e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da
palavra são “um”. O Pai cria, o Filho redime, e o Espírito Santo
santifica; e, no entanto, em cada uma dessas operações divinas o
Criador, o Filho e o Espírito Santo são todos cooperadores da
mesma obra. O Filho é o Redentor, o Pai e o Espírito são
considerados como pessoas que enviam o Filho, a redimir. O
Espírito Santo é o santificador, o Pai e o Filho são cooperados
dessa obra.
1. Provas das referências.
Sobre tudo vemos algumas referências bíblicas que
confirmam a existência real da Triunidade Divina.
Mt 28.19 e 3.16,17; 1 Co 12.4-6; Hb 9.14; 1 Pe 1.2; Jo 14.16-
19.
• O Pai, o Filho e o Espírito Santo.
2. Provas das inferências.
Bem, biblicamente podemos compreender porque a
doutrina da triunidade era, às vezes, mal entendida e mal
explicada. Era muito difícil achar termos humanos que
pudessem expressar a unidade e a distinção das pessoas.
Na prova das inferências, nós podemos buscar os escritos
originais e descobrirmos que o primeiro nome dado à divindade
foi ELOIM, uma palavra hebraica, que no português significa
DEUS. Porém é um substantivo plural na forma, mas singular no
significado quando se refere ao verdadeiro Deus.
• Gênesis 1.1 nos diz: No princípio criou Deus (Eloim) os céus
e a terra.
• Gênesis 1.26: Também disse Deus (Eloim): Façamos o
homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.
• Gênesis 1.27: Criou Deus (Eloim) pois, o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou.

Nesses textos apresentados no livro de Gênesis, que quer


dizer “início”, vemos no original, ou seja, na língua original que
Deus é apresentado como Eloim, que é Deus no plural, como já
vimos e aprendemos.
Isso nos ajuda a concluir que na formação do mundo e do
ser finito que é o homem, vemos a atuação da Triunidade Divina.

❖ II – Atuação do Espírito Santo no A.T.


O Espírito Santo é revelado no Antigo Testamento de três
maneiras:
• Como Espírito criativo ou cósmico, cujo poder, o universo e
todos os seres foram criados.
• Como Espírito dinâmico ou doador de poder.
• Como regenerador, pelo qual a natureza humana é
transformada.

1. O Espírito criativo.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Triunidade, por cujo
poder, o universo foi criado. E pairava por cima da face das
águas e participou da glória da criação – Gn 1.2.
O Espírito Santo criou e sustenta o homem – Gn 2.7.
2. O Espírito Dinâmico ou doador de poder.
O Espírito Santo criou o homem a fim de formar uma
sociedade governada por Deus; em outras palavras: o Reino de
Deus. Depois que havia entrado o pecado e a sociedade humana
foi organizada à parte de Deus e em oposição à sua pessoa,
Deus principiou de novo por chamar o povo de Israel,
organizando-o sob suas leis e assim constituindo-o como Reino
de Jeová – 2 Cr 13.8. Ao estudar a história de Israel, lemos que o
Espírito Santo inspirou certos homens para governar e guiar os
membros desse Reino e para dirigir se processo na vida de
consagração.
A operação dinâmica do Espírito criou duas classes de
ministros:
• Obreiros para Deus = Homens de ação, organizados,
executivos;
• Oradores para Deus = Profetas e mestres.
a) Obreiros para Deus.
Como exemplos de obreiros inspirados pelo Espírito,
mencionamos:
Josué – Nm 27.18-21.
Otoniel – Jz 3.9,10.
José – Gn 41.38-40.
Bezalel – Êx 35.30,31.
Moisés – Nm 11.16,17.
Gideão – Jz 6.34.
Sansão – Jz 13.24,25.
Saul – 1 Sm 10.6.
É muito provável que, à luz desses exemplos, os dirigentes
da igreja primitiva insistissem para aqueles que serviam às
mesas deviam ser cheios do Espírito Santo – At 6.3.
b) Oradores para Deus.
O profeta de Israel, se assim podemos dizer, era um orador
para Deus, uma pessoa que recebia mensagens de Deus e as
entregava ao povo. Ele estava cônscio do poder celestial que
descia sobre ele de tempos em tempos, capacitando-o para
pronunciar mensagens não concebidas, por sua própria mente,
características que o distinguia dos falsos profetas – Ez 13.2. A
palavra “profeta” indica inspiração, originada de uma palavra
que significa “borbulhar”.
• Um testemunho à eloquência torrencial que muitas vezes
manava dos lábios dos profetas – Jo 7.38.

3. Como regenerador.
Consideremos as seguintes verdades, relativas ao Espírito
Regenerador. Sua presença é registrada no Antigo Testamento,
porém, não é acentuada; seu derramamento é descrito,
principalmente como uma bênção futura, em conexão com a
vinda do Messias; e mostra características distintas.
O Espírito Santo no Antigo Testamento é descrito como
associado à transformação da natureza humana. Em Isaías
63.10,11, faz-se referências ao Êxodo e à vida no deserto.
Quando o profeta diz que Israel contristou o seu Santo Espírito
ou quando se diz que deu seu “Bom Espírito” para os instruir (Ne
9.20), refere-se ao Espírito como que inspira a bondade. Vede
Salmos 143.10: Davi reconhecia o Espírito como presente em
toda parte, aquele que esquadrinha os caminhos dos homens e
revela os esconderijos mais escuros de suas vidas. Depois de
cometer seu grande pecado, Davi orou para que o Espírito Santo
de Deus, a presença santificadora de Deus, aquele Espírito que
influencia o caráter, não lhe fosse tirado, Salmo 51.11.
Presenciamos neste fato a regeneração através do Espírito
de Davi.
❖ III – A natureza do Espírito.
Quem é o Espírito Santo? A resposta a esta pergunta se
encontra no estudo dos nomes que lhe foram dados e dos
símbolos que ilustram suas obras.
❖ Os nomes do Espírito Santo.
a) O Espírito de Deus.
O Espírito Santo é o executivo da divindade, operando em
todas as esferas, tanto física, como moral. Por intermédio do
Espírito, Deus criou e preserva o universo. Por meio do Espírito
“O dedo de Deus “ – Lc 11.20, Deus opera na esfera
espiritual, convertendo os pecadores, santificando e sustentando
os crentes.
b) O Espírito de Cristo – Rm 8.9.
Não há nenhuma distinção especial entre os termos. O
Espírito de Cristo é o Espírito Santo. Há somente um Deus e um
Filho, mas o Espírito Santo tem muitos nomes que descrevem
seus diversos ministérios.
• Por que o Espírito é chamado o Espírito de Cristo?
1º Porque junto ele é enviado em nome de Cristo: Jo 14.26;
2º Porque ele é o Espírito enviado por Cristo: O Espírito é o
princípio da vida espiritual pelo qual os homens são nascidos no
Reino de Deus. Essa nova vida é comunicada e mantida por
Cristo. Jo 1.12,13; 4.10; 7.38, que também batiza com o Espírito
Santo. Mt 3.11.
3º O Espírito Santo é chamado o Espírito de Cristo porque sua
missão nesta época é a de glorificar a Cristo: Jo 16.14.
c) O Consolador.
Esse é o título dado ao Espírito em João de 14 a 17. Um
estudo de fundo histórico destes capítulos revelará o significado
do dom. Os discípulos haviam tomado sua última ceia com o
Mestre, os seus corações estavam tristes pensando na sua
partida e estavam oprimidos pelo sentimento de fraqueza e
debilidade. Quem nos ajudará quando Ele partir? Quem nos
ensinará e nos guiará? Quem estará conosco quando pregarmos
e ensinarmos? Como poderemos enfrentar um mundo hostil?
Cristo aquietou esses temores infundados com esta promessa
“Eu rogarei ao Pai, e Ele dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre”, Jo 14.16.
d) O Espírito Santo.
Ele é chamado Santo, porque é o Espírito Santo, e porque
sua obra principal é a santificação. Necessitamos de um salvador
por duas razões: para fazer alguma coisa por nós e alguma coisa
em nós; e pelo Espírito Santo veio para reorganizar a natureza
do homem e para opor-se a todas as suas tendências más.
e) O Espírito Santo da Promessa.
Ele é chamado Espírito Santo da promessa porque sua
graça e seu poder são as bênçãos principais prometidas no
Antigo Testamento – Ez 37.6; Jl 2.28. A prerrogativa mais elevada
de Cristo, ou Messias, era a de conceber o Espírito, e esta
prerrogativa Jesus a reivindicou orando: “Eis que sobre vós envio
a Promessa de meu Pai”, Lc 24.49; Gl 3.14.
f) O Espírito da Verdade.
O propósito da encarnação foi revelar o Pai, a missão do
Consolador é revelar o Filho. Ao contemplar um quadro a óleo,
qualquer pessoa notará muita beleza de cor e forma, mas para
compreender o significado intrínseco do quadro e apreciar o seu
verdadeiro propósito, precisará de um interprete de Jesus Cristo.
Ele não oferece uma nova e diferente revelação, mas sim abre as
mentes dos homens para verem o mais profundo significado da
vida e das palavras de Cristo. Como o Filho não falou de si
mesmo, mas falou o que recebeu do Pai, assim o Espírito não
fala de si mesmo, como se fosse independente de
conhecimento, mas declara que ouviu aquela vida intima da
Divindade.
g) O Espírito da Graça. Hb 10.29 e Zc 12.10.
O Espírito Santo dá graça ao homem para que se
arrependa, quando peleja com ele; Ele concede o poder para
santificação, perseverança e serviço. Aquele que trata com
despeito o Espírito da Graça, afasta aquele que é o único que
pode tocar ou comover o coração e assim se separa a si mesmo
da misericórdia de Deus.

h) O Espírito de Vida. Rm 8.2 e Ap 11.11.


O Espírito é aquela pessoa da divindade cujo ofício especial
é a criação e a preservação da vida natural e espiritual.
i) O Espírito de Adoção. Rm 8.15.
Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome
de filho de Deus e adotada na família divina, como também
recebe dentro de sua alma o conhecimento de que participa da
natureza divina.

❖ 2. Símbolos do Espírito Santo.


Alguém disse que as palavras são veículos inadequados
para transmitir a verdade. Quando muito, apenas revelam a
metade das profundidades do pensamento.
Deus achou por bem ilustrar com símbolos o que de outra
maneira, devido à pobreza de linguagem humana, nunca
poderíamos saber. Os seguintes símbolos são empregados para
descrever as operações do Espírito.
a) Fogo – Is 4.4; Mt 3.11; Lc 3.16.
O fogo ilustra a limpeza, a purificação, a intrepidez ardente
e o zelo pela unção do Espírito. O Espírito é comparado ao fogo;
porque o fogo aquece, ilumina, espalha e purifica.
b) Vento – Ez 37.7-10; Jo 3.8; At 2.2.
O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito, e, é
indicado da sua misteriosa operação independente, penetrante,
vivificante e purificante.
c) Água – Êx 17.6; Ez 36.25-27; Jo 3.5.
A água purifica, refresca, sacia a sede e torna frutífero o
estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza.
d) Selo – Ef 1.13; 2 Tm 2.19.
Essa ilustração exprime os seguintes pensamentos: a
impressão de um selo dá a entender uma relação com o dono
do selo e é um sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes
são propriedade de Deus e sabe-se que o são pelo Espírito que
neles habita.
e) Azeite – Mt 25.4.
O azeite é também o símbolo mais comum e mais
conhecido do Espírito. Quando se usava azeite no ritual do
Antigo Testamento, falava-se de utilidade, frutificação, beleza,
vida e transformação. Geralmente era usado como alimento,
para iluminação, lubrificação, cura e alívio da pele. Da mesma
maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina,
liberta, cura e alivia a alma.
f) Pomba – Gn 1.2.
A pomba como símbolo, significa brandura, paz, pureza e
paciência. Entre os sírios é emblema dos poderes vivificantes da
natureza. Uma tradição judaica traduz Gn 1.2 da seguinte
maneira: O Espírito de Deus como pomba pousava sobre as
águas. Cristo falou da pomba como a encarnação da
simplicidade, uma das belas características dos seus discípulos.

❖ IV – O Espírito Santo é o Espírito de Poder.


Muito tem se falado nos dias atuais sobre poder: poder
atômico, poder político, poder econômico, poder judiciário,
poder intelectual e outros poderes; porém, todos poderes
naturais.
1. Espírito Santo é o poder.
a) Criador – No princípio criou Deus (Eloim) os céus e a terra – Gn
1.1
b) Renovador – Não por obras de justiças praticadas por nós,
mas segundo sua misericórdia ele nos salvou mediante o lavar
regenerador do Espírito Santo – Tt 3.5.
c) Regenerador – Respondeu Jesus: em verdade, em verdade te
digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
reino de Deus – Jo 3.5.
d) Vivificador – Se habita em vó o Espírito daquele que
ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo vivificará
também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito – Rm
8.11.
e) Ressuscitador – Pois também Cristo morreu, uma única vez
pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus,
morto sim, na carne, mas vivificado no Espírito – 1 Pe 3.18.
2. Poder do Espírito Santo.
Por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito
Santo, de maneira que desde Jerusalém e circunvizinhanças até
ao ilírico, tenha divulgado o evangelho de Cristo.
Se você receber hoje o poder do Espírito, você se tornará
como Apolo, o pregador poderoso (At 18.24-28); como Moisés o
líder poderoso (At 7.22); como Paulo, o Apóstolo poderoso, ou
Davi e outros.
Cremos que o poder do Espírito é o melhor de Deus para a
igreja.
Não perca o melhor de Deus. Receba o poder e viva a vida
vitoriosa no Espírito.
❖ V – Batismo no Espírito Santo, poder para testemunhar.
Jesus sabia que seus seguidores não podiam fazer sozinhos
a obra de evangelização. Por quê? Porque a evangelização é
Deus mesmo operando por meio de seu povo para dar aos
pecadores as boas notícias de salvação. É Deus derramando seu
amor, respondendo a oração, mostrando a todos que o
evangelho é a verdade. É Deus dando aos pecadores fé para crer
e a disposição necessária para arrepender-se. É Deus
penetrando a vida de um pecador no novo nascimento e
fazendo-o seu filho. Portanto, Jesus ordenou aos seus
seguidores que não se cansassem por conta própria em um
programa de evangelização, mas que esperassem até serem
revestidos pelo poder do Espírito Santo – Lc 24.49.
Jesus tem sua maneira de transformar os crentes comuns
em testemunhas eficientes. Batizando-os com o Espírito Santo,
como João Batista anunciou que faria (Mt 3.11). Jesus deseja nos
submergir em seu Espírito e saturar-nos completamente dele.
Os que aceitam a promessa de Deus em At 1.8, podem ver o seu
cumprimento.
A profecia de João, a promessa de Jesus e o belo
simbolismo do Antigo Testamento cumpriam-se no Pentecostes.
O fogo do céu que consumia os sacrifícios na dedicação do
Tabernáculo desceu agora sobre cada um dos crentes (Lv 9.24;
At 2.1-4). Cada um deles era um sacrifício vivo que haveria de
consumir-se para a glória de Deus. A coluna de fogo que alumiou
e guiou a Israel através do deserto tocava agora a cada crente
para iluminá-lo e guia-lo (Ex 13.21,22). Uma vez cheio do Espírito
Santo cada um deles converteu-se em uma sarça ardente que
atraia a muitos para verem milagres e ouvir a voz de Deus – Ex
3.1-10.
Um grande número de pessoas, procedentes de umas
quatorze nações ou províncias, ficou assombrado ao ouvir em
sua própria língua as maravilhas de Deus expressas por uns
modestos galileus – At 2.7-12.
Não deixemos que escape à nossa percepção o significado
daquilo que ocorreu aos cento e vinte discípulos nos dias de
Pentecoste. Eles esperavam que o Espírito Santo os
convertessem em testemunhas de Jesus. E assim aconteceu! Já
não tinham de depender de sua própria educação, elquencia ou
poder de persuasão. Tinham apenas de permitir que o Espírito
Santo lhes desse o sobrenatural, removendo as barreiras que
impediam a comunicação, escolheu a mensagem e as palavras
que cada ouvinte necessitava e podia entender.
O milagre do Pentecoste vai muito além da experiência dos
cento e vinte louvores a Deus em línguas desconhecidas. Eles
entraram em uma nova dimensão de vida e serviço. Permitiram
a Deus assumir o controle do que diziam e faziam. Ele lhes dava
as palavras apropriadas em seu próprio idioma. Cheios do
Espírito Santo, pregavam, ensinavam, oravam e testificavam com
coragem, fé, sabedoria e poder que não lhes pertenciam.
Observe a experiência de Pedro. O medo fizera-o negar
que conhecia a Jesus. Que tipo de testemunha podia ser?
Alguma vez já se sentiu como Pedro, temeroso de falar de Jesus
por medo de zombaria ou de perseguição? Pois Pedro, depois de
cheio do Espírito Santo, pregou ao mesmo povo que havia
matado Jesus. Ele tinha uma mensagem de Deus e intrepidez
para entrega-la. Mais de três mil pessoas receberam a Jesus no
dia de Pentecoste.
1. Promessa do Batismo com o Espírito Santo no Antigo
Testamento.
a) Derramar do Espírito.
“Atentai para a minha repreensão, eis que derramarei
copiosamente para vós outros o meu Espírito e vos farei saber as
minhas palavras”, Pv 1.23.
b) Derramarei do meu Espírito sobre a tua posteridade.
“Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes,
sobre a tua posteridade e a minha benção, sobre os seus
descendentes”, Is 44.3.
c) E por outra língua falará a este povo.
“Pelo que por lábios gaguejantes e por línguas estranhas
falará o Senhor a este povo”, Is 28.11.
d) Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.
“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre
toda a carne; e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos
velhos sonharão, e vossos jovens terão visões”. Jl 2.28
2. Promessa do Batismo com Espírito Santo no Novo
Testamento.
a) “...Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo” Mt 3.11.
b) “Sobre aqueles que vires descer o Espírito”, Jo 1.33.
c) “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo”, At 1.4-8.
3. Os cinco principais lugares no Novo Testamento da promessa
cumprida do batismo no Espírito Santo.
1º Jerusalém, 33 a.D. – At 2.14.
2º Samaria, 34 a.D. – At 8.14-18.
3º Damasco, 35 a.D. – At 9.17.
4º Cesareia, 41 a.D. – At 10.44.
5º Éfeso, 45 a.D. – At 19.1-6.

❖ VI – A importância do batismo com Espírito Santo.


A Bíblia fala da importância do batismo com Espírito Santo
para a Igreja. A verdade é clara. Não necessita de subeterfúgios.
O batismo com Espírito é uma doutrina e é uma experiência na
vida crsitã.
O batismo com Espírito Santo é importante para a Igreja.
Ele fará da Igreja uma testemunha poderosa de Cristo. Israel
fracassou na sua missão, por isso, a Igreja não pode fracassar.
O batismo com Espírito significa plenitude da unção de
Deus sobre a Igreja. Você e eu necessitamos desta unção.
Dependemos dela para termos sucesso como filhos de Deus. Em
meio a uma geração corrompida e perversa – Fp 2.15.
1. Alvo do batismo com Espírito Santo.
O alvo do batismo com Espírito Santo é fortalecer, revestir,
e capacitar uma Igreja para dar continuidade à missão de Cristo
Jesus. Após o derramamento do Espírito Santo em Atos 2, vemos
o nascimento de uma igreja poderosa. O batismo com Espírito
Santo e os dons sobrenaturais são armas para a Igreja
conquistar o mundo para a Glória de Deus.
2. Quem ele quer batizar com Espírito Santo?
Deus quer batizar com Espírito Santo todos aqueles que
estiverem perseverantes nessa promessa de Isaías 44.3: “Porque
derramarei água sobre o sedento e torrentes sobre a tua
posteridade e a minha benção, sobre os teus descendentes”.
Fica claro que batismo com Espírito Santo e salvação são
duas coisas diferentes. A salvação é pela fé e conversão através
do calvário. O batismo com Espírito Santo é uma capacitação
para a divulgação da mensagem do calvário.
A Bíblia nos diz, em Atos 2.2-4, que havia um povo reunido
no tabernáculo buscando o Espírito Santo com fé e
perseverança, de repente, veio do céu um som, como de um
vento e enchendo toda casa onde estavam assentados.
E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de
fogo, uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito
Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito
lhes concedia que falassem.
Temos que atentar para uma coisa: a Bíblia diz neste texto
que todos que estavam reunidos receberam, isso nos dá
condições de afirmar que Deus quer batizar todos com o Espírito
Santo. Em Joel 2.28 lemos: “acontecerá depois que derramarei o
meu Espírito Santo sobre toda a carne...”.
Deus quer batizar com Espírito, o batismo é para a Igreja.
3. Qual a evidência inicial do batismo com Espírito Santo?
Como se diz que a doutrina distintiva do Movimento
Pentecostal é o batismo com o Espírito Santo, também pode ser
dito que aquilo que é mais distintivo, nesta doutrina específica é
a convicção de que a evidência inicial deste batismo é o falar em
línguas.
É com fatos baseados no livro de Atos que nós,
pentecostais, justificamos nossa doutrina do falar em línguas
como evidência inicial deste batismo no Espírito Santo, o “falar
em línguas” dos Coríntios, conforme observaremos mais de
perto no capítulo seguinte.
Fundamentamos as nossas evidências do batismo com
Espírito Santo nos capítulos 2, 8, 9, 10 e 19 do livro de Atos dos
Apóstolos. Em Atos 8, não se menciona o falar noutras línguas, e
o argumento precisa ser sustentado em fundamentos que não
são rigorosamente textuais. Examinaremos, portanto,
primeiramente Atos 2, 10 e 19, que são, de qualquer maneira, as
passagens mais frequentemente empregadas no argumento
pentecostal.
a) Atos 2.1-4 – O Pentecoste.
A efusão mais célebre do Espírito Santo com a
manifestação das línguas ocorreu na festa de Pentecoste e é
registrada em Atos 2.14, que termina dizendo: “todos ficaram
cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas”.
As línguas foram a evidência que Deus deu do seu dom ao
Espírito na primeira e principal experiência da Igreja.
Reconhece-se que a ocasião de Pentecoste foi
acompanhada por fenômenos sem igual que não se repetem,
tais como o som do vento, a visão de línguas como de fogo, e
pelo fato adicional de que somente aparentemente, as línguas
eram entendidas pelos ouvintes – At 2.5-13.
Nós pentecostais, porém, separamos os fenômenos sem
igual, que não se repetem (At 1.1-3; 5-13), daquilo que é
chamado de fenômeno repetitível e padronizante ao Pentecoste:
a plenitude do Espírito Santo evidenciada pelo falar noutras
línguas (At 2.4). O vento, o fogo e outras manifestações já tinham
acontecido como sinais da antiga aliança, porém as línguas
nunca tinham ocorrido, chega-se a conclusão de que o falar
noutra língua é destinado a ser o sinal da presença do Espírito
Santo na Nova Aliança.
b) Atos 10.11 – A casa de Cornélio.
Neste texto os acompanhantes de Pedro admiraram-se
porque também sobre os gentios foi derramado o Espírito Santo,
pois os ouviam falando em línguas – At 10.45,46.
Ora, o derramamento do Espírito Santo no lar gentio fez
com que despertassem os acompanhantes de Pedro, que eram
judeus, que a visão da nova aliança formaria um terceiro povo.
Falar em línguas significa em todas as partes da igreja, desde
Jerusalém até Cesaréia, desde os judeus até os gentios, a
experiência pentecostal.
c) Atos 19.1-7 – Os discípulos em Éfeso.
Paulo, ao descobrir um grupo de discípulos em Éfeso que
não tinham conhecimento do Espírito Santo, passou a instruí-los
e os batizou. Depois, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre
eles o Espírito Santo e tanto falavam em línguas como
profetizavam – At 19.6. Mais uma vez, a evidência da vinda
verdadeira do Espírito Santo é que aqueles que o receberam
falavam de modo incomum, inclusive falar em outras línguas.
d) Atos 8.18-19 – Fenômeno em Samaria.
Mesmo este texto não tendo o batismo com o Espírito
Santo sendo acompanhado com a evidência de falar em línguas,
nas suas entrelinhas, temos fatos que nos levam a crer que a
evidência tenha ocorrido. O fato é que se não tivesse ocorrido. O
fato é que se não tivesse ocorrido, não teria despertado a
ansiedade de Simão, o Mago, que ofereceu dinheiro para
receber aquilo que tinha visto. Sabemos que o Espírito se move
no interior e as línguas no exterior.
A Bíblia afirma que ele viu, ora ele era homem natural.
Cremos que, o que ele pode ver foi aas línguas estranhas, que
são o sinal do batismo.
e) Atos 9 – Conversão de Paulo.
Em At 9, na conversão de Paulo, não temos dentro destes
relatos uma confirmação dessa evidência. Porém em 1 Co 14.18
nos diz: “dou graças a Deus, pois falo em línguas mais do que
todos vós”.
Isso nos deixa à vontade em dizer que, mesmo o livro de
Atos não relatando que Paulo falou em línguas, temos a
confirmação na carta aos Coríntios.
Para concluirmos este ponto, temos que fechar com uma
palavra de Jesus relatada em Marcos 16.17: “E estes sinais hão
de acompanhar aqueles que creem, em meu nome expelirão
demônios, falarão novas línguas”.

❖ VII – Fruto do Espírito.


1. O fruto do Espírito Santo.
Mas o fruto do Espírito Santo é caridade, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança – Gl 5.22.
O “fruto” e os “frutos” mencionados nas escrituras,
especialmente no Novo Testamento, são qualidades morais e
espirituais cultivadas pelo Espírito Santo de Deus na
personalidade cristã.
O primeiro vem citado no singular, embora composto de
“nove qualidades” diferentes formando uma diversidade de
operações. Contudo, é o mesmo Espírito que opera todas as
coisas, repartindo particularmente a cada um como quer – 1 Co
12.11. Significa que o fruto, mesmo sendo composto de nove
qualidades, contém um só sabor que abre caminho para a
perfeição ao transformar o cristão de glória em glória, na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor – 2 Co 3.18.
O fruto do Espírito é o resultado na vida dos que
participam da natureza divina, ou seja, dos que estão ligados a
Cristo, a videira – Jo 15.1-5. Assim, passamos a obter uma nova
natureza, porque fomos gerados, não de semente corruptível,
mas da incorruptibilidade, pela palavra de Deus, viva e que
permanece para sempre – 1 Pe 1.23.
Os frutos do Espírito Santo mencionados em outras
passagens das Escrituras referem-se a outras operações do
Espírito de Deus na vida do cristão, produzindo outras virtudes
na alma que depois examinaremos à luz do contexto.
a) Amor (caridade) – 1 Co 13.8-13.
Este atributo ao Espírito Santo de Deus é evidentemente o
mais sublime de todos. Ele é o fundamento sobre o qual os
demais dons e virtudes do Espírito Santo estão edificados.
O amor é o solo onde são cultivadas as demais virtudes da
existência, seja terrena ou celestial.
O amor é a base onde todos os dons espirituais são
implantados.
O amor é a fonte de onde fluirão as demais fontes de tudo
que é divino: a caridade (amor) nunca falha; mas havendo
profecias, serão aniquiladas; havendo línguas cessarão; havendo
ciências, desaparecerão; agora pois, permanecem a fé, a
esperança e a caridade, mas a maior de todas é a caridade.
O filho de Deus nos ensinou a caminhar as duas milhas –
Mt 5.41. A primeira é a do dever, a segunda, a milha do amor.
Quem trabalha para Deus apenas para cumprir seu dever
cristão, reconhece-o apenas como Senhor, mas quem trabalha
por amor e gratidão pelo que ele fez e continua fazendo em sua
vida reconhece-o como Pai.
A observância dos mandamentos de Deus e dos
ensinamentos de Cristo requer amor no coração. Jesus disse:
“se me amardes, guardareis os meus mandamentos”, Jo
14.15.
“De sorte que o cumprimento da Lei é o amor”, Rm 13.10.
“Porque toda Lei se cumpre numa só palavra, amarás o teu
próximo como a ti mesmo”, Gl 5.14.
b) Gozo (Alegria).
Algumas versões da Bíblia traduzem ‘gozo’ por ‘alegria’,
sendo esta a felicidade que o crente desfruta no Espírito Santo.
O termo grego aqui é chara. O termo charis, traduzido em
português por “graça”, vem da mesma raiz. Charis, a partir de
Homero, passou a significar aquilo que promove bem-estar
entre os homens.
Definição: O substantivo traz a ideia de “encanto”, de onde
provém o ‘charme’, alegria que é uma qualidade implantada na
alma que teve um encontro com Deus, e visa uma vida de
regozijo e de agradecimento ao Senhor.
Alegria, fruto do louvor. Está alguém contente? Cante
louvores – Tg 5.13. A alegria envolve pensamentos suaves sobre
Cristo, hinos e salmos, louvores e ação de graças, com que os
cristãos se instruem, inspiram e refrigeram a si mesmos.
Alegria, fruto da glorificação. A alegria faz parte da esfera
central do Reino de Deus, que não é comida nem bebida, mas
justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Porque quem nisto
serve tristeza somente é benéfica quando vem de Deus, para
produzir arrependimento e, depois, edificação, porque a tristeza
segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual
ninguém se arrepende – 2 Co 7.10.
c) Paz.
Várias passagens das Escrituras apresentam o Senhor
como Varão de Guerra – Ex 15; Sl 24.8, mas ele é também
chamado “O Deus de Paz” – Rm 15.33; 2 Co 13.11. A guerra tira a
paz. No campo espiritual, entretanto, esta é a função do pecado.
Ele tira a paz do coração: para com Deus, os outros homens, o
próprio ser e a própria consciência. Porém, com o perdão dos
pecados, esta virtude é impantada no coração.
O fruto da ‘paz’ foi criado por Cristo e é implantado no
salvo pelo Espírito.
• Cristo é a nossa paz – Ef 2.14.
• Cristo evangelizou a paz – Ef 2.17.
• Em Cristo, Deus e o homem se encontram em paz – Ef
2.15.
• Em Cristo, o crente desfruta a paz – Jo 14.17; 16.33.

A paz envolve muito mais do que a tranquilidade íntima


que prevalece a despeito das tempestades externas, trata-se de
uma qualidade produzida em nosso espírito. A verdadeira tende
à tranquilidade de consciência. A paz opõe-se ao ódio, à
desavença, à contenda, à inveja, à chantagem psicológica, aos
excessos e coisas semelhantes.
Este fruto do Espírito guarda a alma do desespero, da
aflição e da desconfiança, conforme escreve Paulo: “e a paz de
Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos
corações e o vosso sentimento em Cristo Jesus”, Fp 4.7. Cristo é,
portanto, o Rei de Salém – que é Rei de Paz, a semelhança de
Melquisedeque, que primeiramente é, por interpretação, Rei de
justiça e depois Rei de Salém, que é Rei de Paz – Hb 7.2.
d) Longanimidade.
O termo grego para ‘longanimidade’ é ‘makrothumia’ que
quer dizer ‘paciência’ em sua forma objetiva, o que indica a
qualidade de alguém que é tolerante por natureza.
Deus é o exemplo supremo que devemos seguir. Sua
misericórdia abarca a todos os seres humanos, e ninguém é tido
por merecedor dela.
Assim as misericórdias do Senhor são as causas de não
sermos consumidos: porque as Suas misericórdias não têm fim –
Lm 3.22.
e) Benignidade.
O termo benignidade trata a ideia de gentileza, bondade,
etc.
Sobre esta qualidade do fruto do Espírito, escreve Martinho
Lutero: “Os seguidores do evangelho não devem ser inflexíveis e
amargos, mas antes gentis, suaves, corteses e de fala mansa,
ainda que com poder e autoridade, o que deveria encorajar
outros a buscarem sua companhia... A gentileza pode se dar
bem até mesmo com pessoas ousadas e difíceis...”.
Nosso Salvador Jesus Cristo, era mansamente gentil...
Acerca de Pedro, ficou registrado que ele chorava sempre que se
lembrava da suave gentileza de Cristo em seus contatos diários
com as pessoas... E depois quando apenas olhou para ele...
Concedendo-lhe o perdão por ter negado seu Mestre três vezes.
Deus é o exemplo original de benignidade e Cristo, o
exemplo ideal, passando a ser nosso modelo – 2 Co 10.1.
O Salmo 119. 64 exalta a benignidade de Deus: “...a terra, ó
Senhor, está cheia da tua benignidade...”.
Esta qualidade faz do crente uma pessoa compassiva, cheia
de ternura e, sobretudo, contemplativa para com os menos
privilegiados.
f) Bondade.
Quando Jesus falou para o jovem rico: “por que me chamas
bom? Ninguém é bom, senão um que é Deus”. Lc 18.19. Ele
queria dizer, em outras palvaras: ninguém é infalivelmente bom,
a não ser Deus. Os homens podem ser bons, entretanto, isto não
significa bondade pois são limitados para exercer tal atributo.
Nas Escrituras, o homem bom é retratado como
sendo acompanhado por Deus: os passos de um homem bom
são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho –
Sl 37.23.
Assim defendemos esta qualidade: uma pessoa é bondosa
quando se dispõe a ajudar aqueles que estão necessitando.
Somente pela bondade teremos graça no coração para
cumprir certos mandamentos de Cristo. Por exemplo, nosso
Senhor nos ensinou a amar nossos inimigos, até bendize-los:
“ouvistes que foi dito: amarás o teu próximo e aborrecerás o teu
inimigo. Eu, porém, vos digo: Amais os vossos inimigos, bendizei
os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pleos
que vos maltratam e vos perseguem”, Mt 5.43-44.
g) Fé.
Em 1 Co 12.9 a palavra fé aparece como um dos dons de
poder. No texto de Gálatas descreve uma qualidade do fruto do
Espírito.
Em algumas traduções, o grego ‘pistis’ (fé) é traduzido
como ‘fidelidade’, a despeito do fato que nenhuma fidelidade é
possível sem o concurso da fé. Como dom de poder significa
aquela capacidade especial que vem sobre o cristão diante de
uma necessidade. A fé, permanente em si mesmo, opera no ser
humano ocasional e momentaneamente, porém, como fruto do
Espírito, opera permanentemente na vida do salvo. Em outras
palavras, a fé produz no crente o fruto da fidelidade. A fidelidade
é caracterizada pela firmeza do propósito, por uma atitude e
uma conduta justa, pela devoção de alguém ser fiel até a morte –
Ap 2.10.
A fidelidade assim demonstrada denota a certeza de que
tudo quanto Deus declarou ser sua intenção fazer terá pleno
cumprimento. Todas as promessas de Deus ao homem são
confirmadas com o selo da sua fidelidade. Isso dá ao cristão a
ousadia e a confiança para entrar no santuário, pelo sangue de
Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu,
isto é, pela sua carne e tendo um grande sacerdote sobre a casa
de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira
certeza de fé...
Deus é imutável! Por conseguinte, entende-se que ele
nunca muda em seus propósitos, atributos, conselho e natureza.
Deus é sempre o mesmo, em qualquer dimensão. A fidelidade
visa também produzir esta mesma natureza, pois somente assim
o crente irá proceder fielmente em tudo que faz – 3 Jo 5.
h) Mansidão
Jesus Cristo foi o exemplo da mansidão: “aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração”, Mt 11.29. Outras
passagens das Escrituras falam da mansidão de nosso Senhor,
tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, cf. Sl 23.2; Is 40.11;
Mt 11.29; 21.5; 2 Co 10.1.
A mansidão deve estar presente em cada detalhe da vida
espiritual, nas obras e no viver. É preciso cultivar:
• Um espírito manso, 1 Co 4.21; 1 Pe 3.4.
• As obras da mansidão, Tg 3.13.
• A mansidão para com todos os homens, Tt 3.2.

Muitas pessoas confundem este atributo como lentidão,


timidez e até mesmo com covardia. Jesus era “manso e humilde
de coração”, mas é também descrito em outras passagens como
guerreiro vingador – Sl 45.3; Is 63.1-6.
i) Temperança.
Define-se a temperança como a virtude que, tanto no agir
como no julgar, evita extremos. Na vida espiritual, por exemplo,
ser extremamente metódico ou formal,, não é bom; ser fanático
é considerar sua igreja ou sua religião apenas como meio de
refúgio.
O fanatismo pode levar as pessoas a cometer excessos ou
loucuras, com prejuízos para elas próprias e a outrem. A
sobriedade é muito importante, tanto na vida social quanto na
espiritual.
As Escrituras nos mostram o verdadeiro caminho do
domínio próprio: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e a
morte, o bem e o mal... Os céus e a terra tomo, hoje, por
testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a
bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a
tua semente”, Dt 30.15-19.
O caminho da vida e que devemos realmente trilhar,
conforme Is 30.21, é; “Este é o caminho; andai nele, sem vos
desviardes nem para direita nem para a esquerda”. Pessoas há
que crescem desordenadamente na vida espiritual, tornando-se
um problema para a família. Outras procuram ordenar seus
passos de acordo com a orientação bíblica de crescer na graça e
no conhecimento – 2 Pe 3.18.
• O sal em excesso pode matar;
• A luz em demasia pode cegar;
• O fogo fora de controle pode destruir.
Quando o Espírito do Senhor implanta em nosso ser
virtude espiritual, nessas ações e palavras passam a ser
diretamente controladas por ele.
2. Os frutos do Espírito.
Assim como há o “fruto do Espírito”, existem também os
frutos.
As nove bem-aventuranças, ensinadas por Jesus em Mt 5.3-
11, e os nove dons espirituais, mencionados em 1 Co 12.8-10,
podem ser considerados frutos do Espírito.
Através destas operações divinas na vida do cristão,
passamos a estar ligados diretamente a Jesus, e assim
começamos a dar frutos, mais fruto e muito fruto – Jo 15.2-5. O
primeiro fruto produzido pelo Espírito é o arrependimento:
“produzi, pois frutos dignos de arrependimento”, Mt 3.8.
Outros frutos são relacionados:
• O fruto das boas obras – Mt 7.16-20.
• O fruto da oração – 1 Co 14.14.
• O fruto da comunhão – Mt 26.29.
• O fruto da justiça – 2 Co 9.10.
• O fruto da luz – Ef 5.9.
• O fruto pacífico – Hb 12.11.
• O fruto precioso – Tg 5.7.
• O fruto da vida eterna – Ap 22.2.
O clima diversificado na terra produz grande variedade de
fruto. Assim também na esfera espiritual, onde o Espírito de
Deus atua em diversas áreas da vida humana.
Alguns destes frutos são talvez produzidos uma vez apenas
pelo Espírito Santo: o do arrependimento, o da oração, etc.
Outros, pelo contrário, são produzidos e renovados a cada dia
como o da santificação, Rm 6.22; Ap 22.11. Ainda são
mencionados outros que de contínuo estão sendo renovados
pelo Espírito de Deus:
• O fruto da oração – 1 Co 14.14.
• O fruto do louvor – Hb 13.15.
• O fruto da justiça – Ap 22.11.

❖ VIII – Dons do Espírito Santo.


O Espírito Santo, quando atua por meio de nossa vida e
ministério, equipa-nos com determinados dons ou capacidades.
Desse modo, cada pessoa pode realizar o trabalho que Deus
deseja que realize. Além das capacidades que consideramos
naturais, Paulo menciona nove dons sobrenaturais em 1 Co 12.
Talvez você os conheça pelo nome de carismas, palavra grega
que significa ‘dom’. Desta palavra deriva o nome ‘movimento
carismático’, que abrange o crescente número de crentes e de
igrejas que aceitam hoje o poder sobrenatural do Espírito Santo,
permitindo-lhe fazer, através deles, o que Paulo descreve em 1
Co 12.
Uma coisa deve recordar com respeito aos dons do
Espírito, não são concedidos aos crentes como capacidades que
possam usar a seu bel-prazer. São, antes formas pelas quais o
Espírito opera por meio deles.
Lendo 1 Co 12.1-31, vemos que Paulo fala da igreja como
Corpo de Cristo. Pense em seu corpo. Quantos de seus
membros do corpo de Cristo têm um trabalho especial? A
quantos, pois, o Espírito Santo quer proporcionar um dom ou
capacidade especial para que desempenhe sua função?
1. Classificação dos dons.
De acordo com o ensino geral da Bíblia, os dons podem ser
classificados em três grupos distintos.
a) Dons ministeriais.
• Apóstolos.
• Evangelistas.
• Mestres.
• Profetas.
• Pastores.
b) Dons auxiliares.
• Governo.
• Repartir.
• Exercitar Misericórdia.
• Exortação.
• Presidir.
• Socorros.
c) Dons espirituais.
• Palavra de sabedoria.
• Palavra de ciência.
• Palavra de fé.
• Dons de curar.
• Dom de operação de maravilhas.
• Dom de profecia.
• Discernimento de espíritos.
• Variedade e interpretação.

Esta é uma lista técnica, conforme os dons se encontram


relacionados. Estudaremos cada um deles mais à frente (com
exceção dos dons ministeriais e dons auxiliares), por sua ordem
e grupo.
2. Dom e dons.
O dom (singular) deve ser diferenciado de dons (plural). O
dom propriamente dito é o batismo com Espírito Santo,
conforme defendeu Pedro no Dia de Pentecostes e em outras
ocasiões, quando se referia ao derramamento do Espírito Santo:
“E disse-lhe Pedro: Arrependei-vos cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados, e recebereis
o dom do Espírito Santo”, At 2.38. E, mais adiante, na cidade de
Samaria ao mago Simão: “o teu dinheiro seja contigo para
perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por
dinheiro”, At 8.20, e finalmente na casa de Cornélio, o Centurião
Romano: “E os fiéis que eram da circuncisão maravilharam-se de
que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os
gentios”, At 10.45.
Claro está que o termo dom usado neste texto refere-se ao
batismo com Espírito Santo, que os 120 discípulos receberam no
cenáculo, evidenciando pelo falar em outras línguas.
No episódio de At 8.14-20, novamente o termo dom é
repetido pelo apóstolo Pedro, como sendo o batismo, com o
Espírito Santo. Assim, também na casa do centurião (At 10.44-
47). E no concílio realizado em Jerusalém, onde Pedro se defende
por ter entrado na casa de um gentio – At 15.8.
3. Propósito dos dons.
Os dons espirituais têm como tudo que vem de Deus,
propósitos definidos; eles revelam ao mundo a Igreja de Cristo
como sendo em, o corpo místico de Jesus Cristo – Ef 1.22-23; 1
Co 12.12. Eles promovem a edificação e o aperfeiçoamento
espiritual dos santos. Eles dão condições à Igreja de se expandir,
através da evangelização, promovendo o crescimento constante
e ininterrupto do reino de Deus entre os homens. Eles capacitam
a Igreja para os difíceis momentos de aflição, luta e crise. Eles
oferecem certos recursos especiais à Igreja em sua acirrada luta
contra o inimigo.
❖ IX – Classificação dos dons do Espírito Santo.
Os dons do Espírito Santo obtêm três classificações:
• Conhecimento.
• Poder.
• Expressão.

Os dons de conhecimentos são os dons de revelação que


não é visível, são totalmente internos. O Espírito Santo trabalha
principalmente com a mente do homem.
Os dons de poder expressam o resultado da
movimentação de Deus com marcas no meio do povo.
Os dons de expressão, no meio da igreja é mais visível, pois
é uma forma do Espírito Santo se apresentar à igreja.
Suas classificações:
Dons do Espírito Santo.
1 Co 12.8-10
Conhecimento.
• Palavra de Sabedoria.
• Palavra de Ciência.
• Discernimento de Espírito.
Poder.
• Fé.
• Curar.
• Operar Maravilhas.
Expressão.
• Profecia.
• Variedade de Línguas.
• Interpretação de Línguas.
1. Dons de conhecimento.
a) O dom da Palavra de Sabedoria.
“E a um, pelo mesmo Espírito é dada a palavra da
sabedoria”, 1 Co 12.8.
A sabedoria como dom é completamente sobrenatural:
uma operação divina através do Espírito Santo que dilata a
mente e o coração do homem. 1 Rs 4.29. “Com a tua boca e com
a sua boca, ensinando-vos o que haveis de fazer”, Êx 4.12-15.
Daniel e seus companheiros – “Ora, a esses quatro
mancebos Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas
as letras e sabedoria”, Dn 1.17.
Cristo, mesmo antes de se humanizar, foi retratado no
Antigo Testamento como sendo a própria sabedoria – Pv 8.22-36.
E no Novo Testamento “...foi feito por Deus sabedoria...”, 1Co
1.30. O Espírito Santo ungiu a Jesus Cristo para ser a sua
sabedoria. Isto é detalhado em Is 11.2, onde diz que repousará
sobre ele o Espírito do Senhor:
• Espírito da Sabedoria – habilidade para compreender a
essência e o propósito das coisas e descobrir os meios
certos de realizar o propósito de Deus em cada vida.
• Espírito de Inteligência – habilidade para discernir
circunstâncias, relacionamentos e pessoas.
• Espírito de Conselho – habilidade de tomar decisões
acertadas. Informar e guiar outras pessoas.
• Espírito de Conhecimento – habilidade para ajudar a
descobrir a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

No Novo Testamento.
A sabedoria divina é retratada no Novo Testamento como
algo sublime e especial. Durante seu ministério terreno. Jesus
antecipou aos seus seguidores que iriam enfrentar momentos
difíceis diante de homens poderosos, de saber elevado e que,
sem uma intervenção miraculosa do Espírito Santo, através do
dom da palavra de sabedoria, eles jamais seriam vitoriosos.
O dom da palavra de sabedoria foi concedido aos
discípulos no Dia de Pentecostes. Pedro era, até então, um
discípulo ousado, mas sem poder de persuasão, Mt 16.22-23.
Entretanto, após o Pentecostes, este quadro se reverteu! Pedro
tornou-se um homem eloquente e poderoso e, em apenas uns
oito minutos, convenceu a multidão do extraordinário
acontecimento ali presenciado, At 2.14-40.
Depois desse dia, o dom da palavra da sabedoria
acompanhou passo a passo a Igreja Primitiva.
b) O Dom da palavra da ciência.
“E a outro, pelo mesmo Espírito, a palavrada ciência”, 1 Co
12.8.
O dom da palavra da ciência é a revelação sobrenatural de
algum fato que existe na mente de Deus, mas que o homem,
devido às suas limitações, não pode conhecer a não ser pela
poderosa intervenção do Espírito Santo de Deus.
Deus não nos concede a faculdade da onisciência, que é
exclusivamente divina, mas por meio do Espírito Santo nos
concede a palavra da ciência, sempre visando a um fim
proveitoso e glorioso na edificação espiritual de seus filhos.
A ciência como algo sobrenatural é um dom, e não
meramente conhecimento adquirido através de estudo e
pesquisas dirigidas ou sistematizadas. Relaciona-se como algo
perscrutador. Ao invés de discorrer, como a sabedoria investiga.
Vemos então, que a sabedoria dedica-se mais a dissertação, ao
ensino e à comunicação; a ciência, por sua vez, se ocupa com a
pesquisa e a descoberta como dom ocupa-se com os segredos
mais profundos da vida espiritual. Foi o que Paulo descobriu
quando Deus o usou com este dom. Ele exclamou. “Ó
profundida das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de
Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis
os seus caminhos”. Rm 11.33.
Já que o Espírito Santo é Deus, e Deus sabe todas as coisas,
o que ele transmite a seus filhos através do dom palavra ciência
é um reflexo da mente divina.
c) O dom de discernir os espíritos.
“E a outro, o dom de discernir os Espírito”, 1Co 12.10.
O dom de discernir os espíritos não é técnica, perícia ou
psicologia humana, mas sim uma atuação direta do Espírito
Santo na mente do homem, capacitando-o com uma espécie de
“Psicologia Divina” que lhe permite distinguir as manifestações
vindas de Deus das procedentes de espíritos demoníacos.
Há muito indivíduos dotados de poderes espirituais e
psíquicos que não pertencem ao reino de Deus. Manifestações
estranhas foram presenciadas em toda Bíblia. De igual modo, do
lado do bem, sempre houve homens capacitados por Deus com
dom de discernimento, para advertir e combater tais heresias. O
dom de discernir os espíritos é realmente o poder de distinguir
as operações do Espírito Santo das de espíritos malignos e
enganadores.
Podemos observar que Deus, através dos tempos,
distribuiu este dom a muitos de seus servos, tanto na antiga
quanto na nova geração. O inimigo de Deus e dos homens
muitas vezes “se transfigura em anjo de luz”, e passa a enviar
seus espíritos enganadores para introduzir espíritos que até
operam maravilhas semelhantes as de Deus. Torna-se
necessário, então a intervenção do Espírito de Deus, capacitando
homens e mulheres para discernir certas manifestações
duvidosas e estranhas.

Temos na Bíblia alguns exemplos:


• José: “E disse-lhe José: Que é isto que fizeste? Não sabeis
vós que tal homem como eu bem adivinha?” Gn 44.15.
• Moisés: “E ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, disse
a Moisés: alarido de guerra há no arraial, porém, ele disse:
não é alarido dos vitoriosos, nem alarido dos vencidos, mas
alarido dos que cantam eu ouço”, Êx 32.17-18.
• Na ocasião em que Ananias e Safira mentiram, quando
podiam ter falado a verdade, houve discernimento do
Espírito Santo, por parte de Pedro, e o casal morreu aos
pés do Apóstolo – At 5.1-10.
• Quando Paulo e Barnabé ministravam o evangelho na ilha
de Chipre, opôs-se a eles um mágico chamado Elimas.
Paulo, naquele momento, foi capacitado pelo Espírito
Santo, discernindo que o mágico era filho do diabo, e, com
uma palavra de autoridade, invocou contra ele o
julgamento de Deus sob a forma de cegueira temporária –
At 13.6-12.
• Em Filipos, uma jovem possessa de espírito adivinhador
seguia a Paulo e a Silas, dizendo: Estes homens, que nos
anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus
Altíssimo.

2. Dons de Poder.
a) Dom de Fé.
“E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé”. 1 Co 12.9.
Biblicamente, define-se a fé da seguinte forma:
“Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam
e a prova das coisas que não se veem”, Hb 11.1
A fé como dom de poder, é mencionada em 1 Co 12.9. Uma
operação completamente sobrenatural do Espírito Santo,
capacitando a mente humana para uma confiança sem igual no
poder de Deus, a de que ele pode realizar qualquer coisa que lhe
apraz. O Espírito opera no mais profundo do coração humano,
produzindo uma reação imediata da alma e levando-a à certeza
e à evidência. A certeza é o estado do Espírito que consiste na
firme adesão a uma verdade conhecida, sem o temor do engano.
A evidência é o que fundamenta a certeza.
Definimo-la como a clareza plena como que adere ao
poder de Deus. Diante de tal operação do Espírito Santo, toda e
qualquer dúvida é aniquilada, a fé especial, mesmo sendo um
dom do Espírito Santo pode ser dividida em graus menores e
maiores da seguinte maneira:
• “Ainda não tem fé”, Mc 4.40.
• “Pouca fé”, Mt 17.20.
• “Tanta fé”, Mt 15.28.
• “Grande fé”, Mt 15.28.
• “Toda fé”, 1 Co 13.2.

Para que haja um desempenho amplo da fé, torna-se


necessário aniquilar toda dúvida produzida no coração. Jesus
disse: “Se tiverdes fé e não duvidares”, Mt 21.21.
Foi este poder, a fé especial, pelo qual Jesus transformou
água em vinho, multiplicou os pães e os peixes, acalmou a
tempestade, expulsou demônios, curou enfermos e ressuscitou
mortos.
b) Dons de curar
Os dons de curar são dons ativos que produzem sinais e
maravilhas. De fato, isso fica bem demonstrado em algumas
passagens das Escrituras. A cura de qualquer enfermidade é
sempre um milagre, e um milagre é sempre uma maravilha e
uma maravilha é sempre um prodígio: “enquanto estendes a tua
mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo
nome do teu Santo Filho Jesus”, At 4.30.
Na epístola aos Hebreus, o escritor sagrado confirma este
argumento. “Testificando também Deus com ele, por sinais e
milagres e várias maravilhas e dons do Espírito Santo
distribuídos por sua vontade”, Hb 2.4.
O leitor deve observar que o versículo chave desta seção
menciona “Dons de curar”, no plural, expressão que se repete no
versículo 28 do mesmo capítulo. Entretanto, no versículo 30,
encontramos a forma singular: “Têm todos o dom de curar”,
pergunta o apóstolo Paulo. A pluralidade deste dom
provavelmente indica que cada diferente cura deve ser
considerada uma atuação de um dom específico ou uma
diversificada operação do Espírito. Isto significa que os dons de
curar operam de maneira multiforme.
Curas miraculosas, efetuadas por intervenção divina no
Antigo Testamento, mostram esta realidade. Também aquelas
realizadas por Jesus e seus discípulos, no Novo Testamento, a
confirmam. Qualquer operação do Espírito Santo, até mesmo as
realizadas ainda no período da lei, trazia em si instruções
didáticas e métodos pedagógicos.
Jesus cura através:
• Da orla de seus vestidos – Mc 5.30.
• Da saliva – Mc 8.23.
• Do lodo – Jo 9.6-7.
• De suas mãos – Mc 6.5.
• Do supremo ‘poder’ da palavra – Mt 8.8; Jo 4.50-53.

Isso acontecia frequentemente, porque sobre ele


repousava algo especial, isto é, a virtude do Senhor estava com
Ele para curar – Lc 5.17.

A promessa de Jesus a respeito da cura.


Antes de ser assunto aos Céus, Jesus prometeu a seus
discípulos poder sobre toda a enfermidade e moléstia. A ordem
do Divino Mestre foi esta: “Curai os enfermos, limpai os leprosos,
ressuscitai os mortos, expulsai os demônios”, Mt 10.8. E, após
sua ressurreição, nosso Senhor reafirmou, em Mc 16.17-18, a
promessa foi feita no início de seu ministério: “e estes sinais
seguirão aos que crerem: em meu nome... imporão as mãos
sobre os enfermos e os curarão”.
No ministério de Pedro e Paulo, os dons de curar eram tão
presentes que, em alguns casos, se dispensava até a presença
física desses dois obreiros:
• Pedro: “a ponto de transportarem os enfermos para as
ruas, e os porem em leitos e macas, para que ao passar
Pedro, ao menos sua sombra cobrisse alguns deles”. At
5.15.
• Paulo: “E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas
extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se
levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades
fugiam deles”, At 19.11-12.
c) O dom de operar maravilhas.
“E a outro, a operação de maravilhas”, 1 Co 12.10. No
grego, encontramos a palavra ‘Dynameis’ (poderes), para indicar
a operação realizada pelo Espírito Santo. Tem acompanhado
toda a história do povo de Deus em ambos os pactos. As dez
pragas enviadas do Egito, foram reputadas como sendo
maravilhas da parte de Deus, Êx 3.20. Maravilhas é um milagre,
portanto, milagre é uma intervenção ordenada na operação
regular da natureza: uma suspensão sobrenatural da lei natural.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, as maravilhas
eram sempre operadas em resposta as necessidades mais
prementes da vida. Vejamos essas maravilhas operadas por
Deus no Antigo Testamento. Depois, veremos as manifestações
deste dom em Jesus e seus discípulos, no Novo Testamento.
Apresentaremos apenas um esboço com a respectiva citação
bíblica.
Antigo Testamento.
• Trasladação de Enoque – Gn 5.24.
• Dilúvio – Gn 6.13.
• Confusão das línguas – Gn 11.9.
• Espalham-se as famílias – Gn 11.9.
• Sodomitas são feridos de cegueira – Gn 19.11.
• Destruição de Sodoma e Gomorra – Gn 19.24.
• A sarça ardente – Êx 3.2.
• A vara de Arão torna-se serpente – Êx 7.10.
• As águas tornam-se em sangue – Êx 7.20.
• Rãs – Êx 8.6.
• Piolhos – Êx 8.17.
• Mosca – Êx 8.24.
• Peste de animais – Êx 9.6.
• Úlceras – Êx 9.10.
• Saraiva – Êx 9.23.
• Gafanhotos – Êx 10.13.
• Trevas – Êx 10.22.
• Morte dos primogênitos – Êx 12.29.
• Mar Vermelho se divide e retorna ao seu leito – Êx 14.21.

E muitas outras maravilhas realizadas por Deus no Antigo


Testamento.

Novo Testamento.

a) Ressurreição dos mortos.


• O filho da viúva de Naim – Lc 7.11-17.
• A filha de Jairo – Mc 5.21-43.
• Lázaro de Betânia – Jo 11.32-44.
• Mortos ressuscitam por ocasião da morte de Jesus – Mt
27.52-53.
• A ressurreição de Jesus – Jo 2.19- 21.
b) Expulsão dos demônios.
• Um homem com um Espírito imundo – Mc 1.23-26.
• Um endemoninhado, cego e imundo – Mt 12.22.
• Dois homens possuídos de legião – Mt 8.28-34.
c) Curas físicas.
• A sogra de Pedro – Mc 1.29-31.
• Um paralítico – Mc 2.3-12.
• O homem da mão mirrada – Lc 6.6-10.
d) Sobre as forças da natureza.
• Água transformada em vinho – Jo 2.1-11.
• Jesus passa invisível por entre os inimigos – Lc 4.30.
e) Outras maravilhas.
• Resposta através de uma voz sobrenatural – Jo 12.28-30.
• Sinais no Dia de Pentecoste – At 1.8.
• Sinais e prodígios entre o povo – At 5.12.

3. Dons de expressão.

a) O dom da profecia.
“E a outro a profecia”, 1 Co 12.10.
O substantivo grego ‘profhteia’ (profecia) aparece 19 vezes
no Novo Testamento. Deriva-se do grego ‘pro’ (antes, em favor
de) e de phemi (falar). Ou seja, alguém que fala por outrem e,
por extensão, ‘interprete’, especialmente da vontade de Deus.
Em sentido geral, a palavra ‘profecia’, quando derivada de
pro (quando que jaz adiante), traz a ideia de vaticínio divino de
primeira grandeza.
No presente texto, a palavra profecia tem um sentido
especial. Trata-se de um dos dons do Espírito Santo, significando
uma predição momentânea e sobrenatural. Neste terceiro grupo
de dons espirituais, a profecia assume o primeiro lugar em
magnitude. São dons que operam na esfera espiritual.
Os dons de revelação expressam os pensamentos de Deus.
Os dons de poder manifestam sua onipotência e grandeza,
preenchendo o campo inteiro de nossa visão.

❖ Origem da profecia.
Há pelo menos três fontes das quais surgem mensagens
proféticas:
1ª Divina – Isto é, a inspiração que parte diretamente do coração
de Deus, Fonte de todo bem – Jr 23.28-29; Tg 1.17; 1 Pe 4.11.
2ª Humana – Neste caso a mensagem parte do coração do
próprio profeta, que fala sem autorização do Senhor – 2 Sm 7.2-
17; Jr 23.16.
3ª Demoníaca – A falsa profecia parte diretamente de um
espírito enganador, ou mesmo de um demônio – 1 Tm 4.1-3; Ap
16.13-16.

❖ O valor da profecia.
A Palavra de Deus ou Palavra Profética, foi sempre de
muita valia para o povo de Deus em geral. Talvez, por isso
Moisés tenha exclamado: “Tomara que todo o povo do Senhor
fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito” – Nm
11.29.
Finalmente, Paulo manifesta o mesmo sentido,
aconselhando os Coríntios a procurar “com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar”, 1 Co 14.1. Nos
versículos seguintes o apóstolo reafirma sua admoestação em
outros termos, como por exemplo: “E eu quero que todos vós
faleis em línguas; mas muito mais que profetizeis, porque o que
profetiza é maior do que o que fala línguas” (v 5). “Portanto,
irmãos, procurai, com zelo, profetizar” (v. 39).

❖ A finalidade da profecia.
O dom da profecia tornara-se o mais desejado da igreja em
Corinto, provavelmente, como observamos pelas seguintes
razões:
• A profecia visa a edificação da Igreja, tema quase que
central do capítulo quatro de 1 Coríntios, e não apenas a
edificação do crente individual, como é o caso das línguas
quando não interpretadas.
• A profecia serve para exortação.
• A profecia serve para consolar.
• A profecia é um meio de transmitir revelações e doutrinas,
quando vazadas nas revelações plenárias.
• A profecia faz soar o ‘toque’ da mensagem cristã que leva o
crente a preparar-se para a batalha espiritual.
• A profecia é uma voz clara num mundo de vozes confusas
e desassociadas.
• A profecia é um dom espiritual que abençoa os crentes em
qualquer lugar onde Deus assim o queira.
• A profecia deve ser ministrada segundo a medida da fé. Em
outras palavras, de acordo com as regras e padrões
estabelecidos na Palavra de Deus.
• A profecia deve ser transmitida sob os cuidados da direção
ministerial.
• A profecia é um alerta contra o pecado: Não havendo
profecia, o povo se corrompe – Pv 29.18.

b) O dom de variedade de línguas.


“E a outro, a variedade de línguas”, 1 Co 12.10.
Este dom é, até certo ponto, menor que o de profecia,
conforme declara Paulo ao discorrer sobre os dons espirituais na
Igreja em Corinto: “E eu quero que todos vós faleis em línguas;
mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior
do que o que fala línguas”, 1 Co 14.5.
Entretanto, o apóstolo ressalva: “... a não ser que também a
interprete”.
Devemos ter em mente que está em foco a variedade, e
não meramente o dom de línguas, comumente desfrutado pelos
cristãos batizados com Espírito Santo.
• No Dia de Pentecostes.
Alguns estudiosos explicam as línguas faladas no Dia de
Pentecoste como o resultado da memória sobrenatural
vivificada, reproduzindo nos judeus e prosélitos frases e orações
ouvidas por eles e guardadas no inconsciente, as quais
precisavam usar sob circunstâncias normais.
O escritor sagrado diz que o fenômeno sobrenatural
deixou todos os pasmos, a ponto de dizerem: “Pois não são
galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois,
ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos
nascidos”, At 2.7-8.
O fenômeno contribuiu para destacar a universidade da
mensagem cristã, em contraste com a expressão nacional do
judaísmo. Além disso, o Espírito Santo dava cumprimento a mais
um vaticínio das Escrituras, que dizia: “pelo que por lábios
estranhos e por outra língua, falará este povo”, Is 28.11.
Qualquer pessoa ficaria impressionada ao ouvir de um
estrangeiro algo em sua língua nativa, sem erros gramaticais e
sem sotaque, e de modo eloquente.
Uma vez, assim impressionado, passaria a dar a maior
atenção à mensagem. Depois veio o resultado: naquele dia,
agregaram-se quase três mil almas.
• Depois do Dia de Pentecoste.
O dom de variedade de línguas ocorre em pelo menos três
lugares, no Novo Testamento. Apesar de não estarem essas
ocorrências vinculadas a grandes concentrações de visitantes de
outras terras, o Espírito Santo operou eficazmente, com
demonstração de poder.
• Cesareia: “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o
Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os
fiéis que eram da circuncisão. Todos, quantos tinham vindo
com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito
Santo se derrama-se também entre os gentios. Porque os
ouviam falar línguas e magnificar a Deus”, At 10.44-46.
• Éfeso: “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre ele o
Espírito Santo; e falavam as línguas e profetizavam”, At
19.6.
• Corinto: “E a outro, a variedade de línguas; e a outro, a
interpretação das línguas”, 1 Co 12.10.
É possível que Paulo ao falar sobre línguas dos homens e
dos anjos em 1 Co 13.1, estivesse aludindo ao dom de
variedades de línguas, exatamente como aconteceu no Dia de
Pentecoste, onde foram vistas por eles línguas repartidas, como
que de fogo.
O dom de variedades de línguas possibilita a expressão,
por meios sobrenaturais de línguas estrangeiras, naturais e
humanas, e também de algum idioma celestial. Dependendo da
necessidade e vontade do Espírito Santo, At 2.4.
• Diferença entre variedade de línguas e línguas estranhas.
Lendo 1 Co 14.27-28, à primeira vista, achamos que o
apóstolo está proibindo os crentes de falar em línguas estranhas
durante o culto. Mas não é este, com certeza, o pensamento do
grande mestre da Palavra de Deus.
No mesmo capítulo ele afirma: “O que fala língua estranha
edifica a si mesmo” (v.4). “E eu quero que todos vós faleis em
línguas” (v. 5). “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais
línguas do que todos vós” (v. 18). “... não proibais falar em
línguas” (v. 39).
Paulo está aqui instruindo sobre o uso correto do dom de
variedade de línguas, pois explica que precisa de interpretação:
“Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando
muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas
se não houver interprete, esteja calado na igreja, e fala consigo
mesmo, e com Deus”, 1 Co 14.27-28.
c) O dom de interpretação de línguas.
“E a outro, a interpretação das línguas”, 1 Co 12.10.
A palavra ‘interpretação’ nada tem a ver com a tradução no
sentido que conhecemos. Não se refere ao processo intelectual
pelo qual se dá sentido prosaico e literal de palavras faladas ou
escritas. A interpretação em foco é totalmente milagrosa. Trata-
se de um dom do Espírito Santo que capacita a pessoa a traduzir
simultaneamente o que está sendo falado através do dom de
variedade de línguas.
Assim o que fala em línguas não deve procurar decifrá-las,
mas pode receber interpretação da mesma fonte Divina de onde
surgiram. A não ser que Deus queira trazer como no Dia de
Pentecoste, quando o Espírito Santo desceu repentinamente,
conforme descrito em At 2.24.
Nessa operação miraculosa do Espírito de Deus, as línguas
foram repartidas conforme cerca de quinze regiões diferentes, a
saber: Partos e Medos, Elamitas e os que habitam na
Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia, e Frígia, e
Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros
romanos (tanto judeus como prosélitos), e cretenses, e árabes.
At 2.9-11. A lista de Lucas, não é propriamente linguística, e sim
geográfica, cujo propósito é ilustrar a grande variedade de
povos, isto é, pessoas de todas as nações que estão debaixo dos
céus.
O escritor salienta que a ‘linguagem dos judeus era por
demais débil para descrever ao mesmo tempo e para o mundo
inteiro essas maravilhas de Deus. Seriam necessários todos os
idiomas do mundo para publicar e glorificar as obras do Senhor
do universo’, entretanto, com um único toque do Espírito Santo
tudo ficou resolvido.
No Dia de Pentecoste, duas coisas importantes com relação
a interpretação da variedade de línguas podem ter acontecido.
1º As línguas faladas com o idioma materno de cada pessoa ali
presente, At 2.8.
2º A linguagem era espiritual e Deus capacitou cada um dos
presentes a compreender o significado das palavras, 1 Co 14.21.

❖ X – Como romper a relação com o Espírito Santo.


Existem várias formas de romper a relação com o Espírito
Santo de Deus, porém, mencionamos cinco que tem influenciado
mais o crente.
1. Resistir o Espírito Santo.
“Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de
ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como
fizeram vossos pais também vós fazeis”, At 7.51.
2. Entristecer o Espírito Santo.
“E não entristeçais ao Espírito Santo de Deus, no qual fostes
selados para o dia da redenção”, Ef 4.30.
3. Mentir ao Espírito Santo.
“Então disse Pedro: Ananias, por que encheu satanás teu
coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte
do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E,
vendido, não estariam em teu poder? Como, pois assentaste no
coração este desígnio? Não mentiste a homens, mas a Deus” At
5.3-4.
4. Apagar o Espírito Santo.
“Não apagueis o Espírito Santo” 1 Ts 5.19.
5. Blasfemar contra o Espírito Santo.
“Por isso vos declaro: todo o pecadoe blasfêmia serão
perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não
será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho
do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o
Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no
futuro” Mt 12.31-32.
Blasfemar significa falar injuriosamente contra, ou
repreender, ou pronunciar um desacato contra Deus ou coisas
sagradas. É importante que mantenhamos este termo em seu
contexto bíblico e que não o usemos descuidadamente. É
importante que entendamos o contexto da passagem. Israel
continuava a ser rebelde e um povo de dura cerviz, rejeitando e
resistindo a Cristo em toda a oportunidade possível. Eles
estavam enchendo a medida de iniquidade de seus pais, Mt
23.32. Eles eram duros de coração e cruéis, mesmo a face dos
milagre de libertação e compaixão de Cristo eles não somente
rejeitavam a Jesus como homem, mas também ao poder do
Espírito Santo que operava através dele. Porém, no contexto de
Mt 12.31-32 chegamos a seguinte conclusão. Blasfemar contra o
Espírito Santo basicamente é rejeitar a missão do Espírito Santo
que é de convencer o homem do pecado.
Jesus disse: Se qualquer disser alguma palavra contra o
filho do homem, ser-lhe-á perdoado, mas se alguém falar conta
o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século, nem
no futuro. Devemos entender esta expressão de Jesus Cristo à
luz da principal missão do Espírito Santo, que é a de convencer o
homem do pecado.

• Na caminhada para o homem chegar até Deus é


preciso:

a) Ser convencido pelo Espírito Santo.


b) Entrar pelo caminho e mediação de Cristo.
c) Apresentar-se a Deus.

Leitura Bíblica: Jo 16.8-11; 1 Tm 2.4,5, etc.


Portanto quem não for convencido pelo Espírito Santo,
jamais chegará até Deus, e portanto não será salvo. Assim é que
concluímos que blasfemar contra o Espírito Santo é rejeitar a sua
missão. Digamos que uma pessoa rejeita a missão do Espírito
Santo e imediatamente passa para eternidade, ela nunca terá
perdão, nem aqui nem no futuro. Todavia se existir
oportunidade para essa pessoa aqui na terra e ela se
arrepender, diz a Bíblia, que Deus não considera o tempo da
ignorância – At 17.30.

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