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Todos nós sabemos que a tribo de Israel era composta por 12 tribos e que essas tribos

representavam todo o povo de Israel.

Mas o que levou Israel ou as 12 tribos serem dispersas ou divididas?

É de todos sabido a história de Salomão, mas, vamos ler o que levou a divisão do reino
de Israel. → (1º Reis 11:1-13).

Quais as principais causas da divisão?

Devido às alianças externas feitas por Salomão, ele não precisou se dedicar às
guerras. Seu reinado foi marcado, em parte, pela paz; seu trabalho era proteger, ampliar
o Estado e conservá-lo uno. Seus investimentos eram direcionados para construções e
projetos arquitetônicos grandiosos, tais como templos, palácios, e tantos outros que
marcaram seu governo (1º Rs 5.3-5). Contudo, para que todas essas idealizações se
tornassem realidade, a população pagava impostos muito pesados (1º Rs 12.4). Além
disso, com o objetivo de colocar em prática os projetos do rei, havia a obrigação do uso
da mão de obra de trabalhadores de quase todas as tribos.

Com a morte de Salomão o reino de Israel fora dividido em duas tribos que é
denominada como reino do Norte, também conhecido como Israel, e reino do Sul
denominado de Judá.

* É importante frisar que, após a morte de Salomão haveria um processo


traumático e decisivo de acontecimentos na longa história de Israel. Esses
acontecimentos levariam a rupturas não só nas questões de ordem econômicas,
geográficas e culturais, mas também de ordem espiritual.

Os erros de Roboão.

Obs. Ler: (1º Reis 12:8-11)

* Como se não tivesse observado o mal governo de seu pai, Roboão, decidiu por não
ouvir os conselhos dos anciões e deu ouvido aos seus amigos vindo assim a sentença
por parte do povo.
Vendo, pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos, tornou-lhe o povo a
responder, dizendo: Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho
de Jessé. Às tuas tendas, ó Israel! Provê agora a tua casa, ó Davi. Então Israel se foi às
suas tendas. (1º Reis 12:16).

* Quando o orgulho se torna o centro de nossas vidas, ficamos à mercê de nós mesmos
e não conseguimos discernir entre o bem e o mal; assim foi com Roboão. Ver (Pv
28:27).

A importância de se ou vir bons conselhos:

 Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio. (Pv 19:20).

 Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos


conselheiros eles se firmam. (Pv 15:22).

 Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há


segurança. (Pv 11:14)

* Temos que ter em mente que, conselho, é direcionamento não opinião pessoal.

A IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES JUSTAS

Se existe uma característica que deve prevalecer naqueles que exercem


funções de proeminência, esta característica é a justiça. Um dos atributos de Deus é a
justiça.
O governante deve ser cuidadoso, tomando sempre decisões justas. Roboão
falhou nesta questão. Mostrou-se insensível ante à opressão econômica exercida sobre
o povo e decidiu intensificar o jugo, agindo injustamente.

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. (Pv 16:18).

Quando dominam os justos, alegra-se o povo; quando governa o ímpio, o povo geme.
(Pv29:2).
Sob o reinado de Jeroboão reino do Norte

Após a divisão do reino, Jeroboão foi nomeado rei pelas dez tribos de Israel e
estabeleceu seu trono em Siquém (1 Rs 12.20,25). Temendo que a peregrinação dos
judeus ao Templo para adoração pudesse promover a reunificação do reino, Jeroboão
mandou erigir dois santuários de adoração com bezerros de ouro, um ao norte, em Dã, e
outro ao sul, em Betel (1 Rs 12.28,29), a fim de evitar que o povo fosse a Jerusalém. A
atitude idólatra de Jeroboão resultou no castigo divino sobre ele e sua família (1 Rs
14.7-14).

Consequências da idolatria.

O pecado da idolatria foi um dos principais motivos dos infortúnios do povo de Israel.
Deus não admite dar a sua glória a outrem (Is 42.8); por isso, o pecado da idolatria tem
como consequência a separação de Deus e a maldição (Dt 11.26-28).

OBS. Devemos observar que, os reis de Israel não atentaram para a voz do senhor
como diz as escrituras (Dt 28:1-9). E foi por isso que o reino se dividiu e não
permaneceu, pois, além de oprimirem o povo seja no âmbito social, econômico e
principalmente espiritual os reinos seja ele do Norte e ou do Sul eram reis fracos em seu
caráter.

Se atentarmos um pouco veremos os profetas profetizando contra as injustiças sociais.

 Profecias para Judá reino do Sul→ (Isaias 1:11-20). (Jeremias 7:4-7) (Isaias
58:3-11)
 Profecias para Israel reino do Norte→ (Amós 5:21-25).
 (Miquéias 6:6-8).

Temos que ter em mente que, os profetas estão profetizando o que o povo de Deus havia
quebrado que era o pacto e o decálogo com yaweh.
 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu
jumento, nem coisa alguma do teu próximo. (Êxodo 20:17).
 Porém, as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na
cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus
inimigos, que te deu o Senhor teu Deus. (Deuteronômio 20:14)

 Porém, se for homem pobre, não te deitarás com o seu penhor.


Em se pondo o sol, sem falta lhe restituirás o penhor; para que durma na
sua roupa, e te abençoe; e isto te será justiça diante do Senhor teu Deus.
(Deuteronômio 24:12-13).

 Também não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis o coração do


estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito. (Êxodo 23:9).

 Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomarás em


penhor a roupa da viúva. (Deuteronômio 24:170).

Foram 209 anos de constantes rebeliões contra o Senhor Deus. O ponto final
dessa história foi a destruição definitiva do reino de Israel com a tomada da capital
Samaria pelo Império Assírio, no ano 722 a.C. O reino de Israel desapareceu do mapa,
para nunca mais voltar a constituir-se um Estado autônomo.

OBS. Todos os reis do reino de Israel ou reino do Norte não andaram no caminho do
senhor.

Os Reis de Israel – Reino do Norte

Jeroboão Acab Jeroboão II (2ª Reis 14:23-29) Peca


Nadab Ocozias Zacarias
Baasa Jorão Selum
Ela Jéu Manaém
Zanbri Joacaz Facéias = (Pecaia)
Amri Joás Oséias não confundir esse não é profeta
A situação política de Judá
E o Senhor me disse: Já a rebelde Israel mostrou-se mais justa do que a
aleivosa Judá. (Jeremias 3:11)

Tão precária e irreversível que o senhor chega a considerar Judá pior que Israel.

Nos anos 608 a 597 a.C., reinava em Jerusalém Jeoaquim, que havia sido
empossado por Neco, Faraó do Egito (2 Rs 23:34). Naqueles dias duas nações lutavam
pelo domínio da região: a Assíria e o Egito. Neco, rei do Egito, subira para batalhar
contra o rei da Assíria (2 Rs 23:29). Josias, rei de Judá, temendo pela sua segurança do
seu reino, achou melhor atacar o exército egípcio, mas morreu na batalha de Carquemis
em 608.
Neco, que agora estava com todos os triunfos na mão, destituiu a Jeocaz, filho de
Josias, quando este havia reinado apenas três meses, impôs pesado tributo a Judá, e
constituiu rei a Jeoaquim, irmão do deposto Jeocaz (2 Rs 23:31-35).
Jeoquim foi um rei ímpio. Seu Pai Josias rasgou suas roupas em sinal de
contrição e arrependimento. Ao contrário, Jeoaquim rasgou e queimou o rolo da Palavra
de Deus que continha as mensagens do Profeta Jeremias e mandou prender o
mensageiro (Jr 36:20-26).
Jeoaquim era também assassino. Porque as mensagens do Profeta Urias eram
contrárias os seus interesses, ele mandou matá-lo. Urias fugiu para o Egito, mas
Jeoaquim mandou sequestrá-lo, ele foi trazido à sua presença e morto à espada (Jr
26:20-23).

O cenário político ao redor de Judá


No ano 606 novos acontecimentos vieram modificar o cenário político-militar da
conturbada região. Uma vitória de Nabucodonosor, rei da Babilônia, sobre o Faraó
Neco, consolidou a Babilônia como nova potência mundial em ascensão.
O Egito e a Assíria haviam disputado o predomínio, mas a luta enfraquecera a
ambos.
Nabucodonosor fez três incursões sobre Jerusalém: Em 606 levou os nobres
(dentre eles Daniel) e os vasos do templo. Em 597 noutra incursão levou mais cativos.
O rei Joaquim rendeu-se sem resistência. Nesse tempo foi ao cativeiro também o profeta
Ezequiel (2 Rs 24:8). Em 586 após 18 meses de sítio, os exércitos do rei da Babilônia
saquearam a cidade.
Destruíram-na totalmente. Destruíram o templo. O rei Zedequias foi capturado
quando tentava fugir. Foi levado à presença de Nabucodonosor. Seus filhos foram
mortos na sua presença e seus olhos foram vazados e ele levado cativo para a Babilônia
com o seu povo (2 Rs 25).

O cenário espiritual em Judá


Depois da reforma de Josias, Judá voltou a se esquecer de Deus. Os filhos de
Josias não temiam a Deus como ele. Os reis foram homens ímpios. Eles não aceitavam
mais ouvir a Palavra de Deus. Os profetas e sacerdotes se corromperam. Os profetas de
Deus foram perseguidos, presos e mortos.
A Bíblia diz que em vez de haver quebrantamento e arrependimento e volta para
Deus o rei, os sacerdotes e povo se endureceram ainda mais: “O rei obstinou o seu
coração para não se voltar para o Deus de Israel” (2 Cr 36:13). Também declara que
“todos os principais sacerdotes e o povo aumentaram a iniquidade, seguindo todas as
abominações das nações, contaminando a Casa do Senhor, a qual ele havia santificado
em Jerusalém” (2 Cr 36:14).

O poder do Império Babilônico que domina Judá


A Babilônia tornou-se o maior império do mundo. Era senhora do universo. O
reinado de Nabucodonosor abarcou um período de 43 anos. Durante seu reinado a
cidade da Babilônia foi embelezada. As muralhas da cidade eram inexpugnáveis com 30
metros de altura e dava para três carros aparelhados com mais de 1.200 torres. Ali havia
uma das sete maravilhas do mundo antigo, os jardins suspensos da Babilônia.
O povo de Judá foi arrancado da cidade santa. O templo foi destruído. O cerco
trouxe morte e desespero. As crianças morriam de fome. Os velhos eram pisados. As
jovens forçadas. Isso trouxe dor e lágrimas ao jovem profeta Jeremias.
O povo levado ao cativeiro se assenta, chora, curte a sua dor, dependura as
harpas e sonha com uma vingança sangrenta.
A obediência traz bênção, mas a desobediência maldição.
Os tempos de prosperidade e crescimento de Israel foi durante o reinado dos
homens que andaram com Deus. Sempre que um rei se desviava de Deus, o povo se
corrompia e sofria amargamente. O rei, os sacerdotes e o povo estavam mergulhados em
profundo pecado. Pecado de apostasia teológica e depravação moral, ou seja, impiedade
e perversão.

 Sempre que os corações se endurecem e deixam de ouvir a Palavra de


Deus, o juízo de Deus vem sobre eles.
 Foi o pecado que trouxe destruição sobre Jerusalém. Foi o pecado que
causou a destruição do templo.
 Foi o pecado que trouxe a morte de tantas famílias. Foi o pecado que
gerou aquele terrível cativeiro. O pecado é maligníssimo. 
 Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo.

Algumas coisas que eu aprendo com a história de Judá.


1. Mesmo quando o inimigo está sendo uma vara da ira de Deus para castigar o
povo de Deus, é Deus quem está no controle.
2. Quando o povo de Deus deixa de confiar em Deus para confiar no braço da
carne, daí pode viver sua própria ruína.
3. Deus revela que uma religiosidade externa não pode defender um povo que vive
na prática do pecado.
4. O rei ímpio demonstra mais zelo pelo seu deus do que o povo de Deus pelo
Deus vivo.

A bíblia nos ensina algumas lições praticas

O cálice da ira de Deus um dia transborda – A paciência de Deus tem limites. O


mesmo Deus que adverte, aconselha, exorta, chama, clama e insta é o mesmo que usa a
vara da sua ira para disciplinar. Quem não ouve a sua suave voz terá que o ouvir o
rugido do leão.

O pecado não compensa – Aqueles que vivem na prática do pecado um dia serão
apanhados. Ninguém pode escapar. Louco é aquele que zomba do pecado.
Uma religião apenas de fachada não pode nos ajudar no dia da calamidade – O
povo de Deus confiava no templo e não em Deus. Eles eram religiosos, mas não
levavam a sério a Palavra de Deus e por isso foram levados cativos

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