EXPEDIENTE

Direção e Planejamento
Pr. Eduardo Toma

Elaboração
Pr. Joubert de Oliveira Sobrinho

Redação
Associação
Av. Kenkite Simomoto, 564 -Jaguaré
São Paulo – SP – CEP 05347-010
Telefone (11) 3716.2222

Revisão de Texto
Pr. Claudio Pinto

Arte
Rubens Jr.

Edição de Texto
Pr. Eduardo Toma

Suporte e Apoio
Pr. Sidney Santos

Gravação e Edição de Vídeo

Pr. André Luís T. da Silva

Colaboração
Pra. Elisa Toma

Versão
V1 - Agosto/2021

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 AULA 4
A PESSOA DE JESUS
Introdução
Como pode um trabalhador carpinteiro judeu que viveu a maior parte de sua
vida em um vilarejo no norte de Israel, em apenas nos três últimos anos de
sua vida, escolher doze discípulos iletrados, tornar-se um mestre itinerante,
profeta, fazedor de milagres, causar alvoroço ao desafiar instituições
religiosas e sociais, ser condenado à morte, ressuscitar e, não somente dividir
a história da humanidade entre antes de depois de si, mas também, causar
uma revolução sociocultural que hoje reverbera com força em instituições
em toda a terra, influenciando a política, a arte, a ciência, o direito, as regras
de guerra, a filosofia, a vida sexual, a família etc., mesmo depois de mais de
dois mil anos?
Por isso que, com muita propriedade, sintetizou Will Durant, Historiador:
“Que uns poucos homens simples pudessem em uma geração ter inventado
uma personalidade tão poderosa e atraente, tão sublime e ética, e uma visão
tão inspiradora de fraternidade humana, seria um milagre bem mais incrível
do que qualquer outro registrado nos Evangelhos”.
O estudo da pessoa e obra de Jesus Cristo é o centro da teologia cristã. O
caráter da fé cristã é determinado pela compreensão que se tem da pessoa
de Jesus. Se não crermos de maneira correta, não nos livraremos dos nossos
pecados, disse Jesus em João 8.24. As Escrituras nos revelam sua pré-
existência, encarnação, sua vida, obra, ressurreição e extensamente
declaram que Jesus Cristo é totalmente Deus e perfeitamente homem em
uma só pessoa, e assim será para sempre.

Quem era Jesus antes de vir à terra?

No princípio era o Verbo (Jo 1.1)
• Esta afirmação se refere à sua eternidade. João afirma que “no princípio
era...”, ou seja, já existia. “Era” (imperfeito grego) é existencial e transmite
ideia de continuidade. A Palavra existia no princípio. Nunca houve tempo
em que a Palavra não tenha existido. Ele estava antes de toda criação de
Gênesis 1.1, portanto não pode fazer parte da criação. Não pode ter sido
uma criatura porque nada há no universo que não tenha vindo dele.
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” Jo 1:3
• Antes do tempo começar e tudo ser criado, o Verbo já existia.
“Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse,
eu sou.” Jo 8:58

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• O contexto bíblico confirma o pensamento teológico de João.
“E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” Cl 1:17
“E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha
contigo antes que o mundo existisse.” Jo 17:5
“Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo,
para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação
do mundo.” Jo 17:24
• A pré-existência de Cristo é eterna; o Filho já existia na eternidade. O PAI
DA ETERNIDADE não poderia ter sido inexistente.
“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o
que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias
da eternidade.” Mq 5:2
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os
seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.” Is 9:6
“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” Hb 13:8
• Jesus não pode ser a primeira criatura (Testemunhas de Jeová) porque
haveria um período na história em que ele não teria existido. Se ele passou
a existir a partir do dia em que foi criado, como pode ser ele o mesmo
antes de existir? Em qualquer tempo da eternidade passada, “os tempos
antes dos séculos”, Tt 1.2, ele era o mesmo Verbo, pois é imutável.
“TODAS as coisas foram feitas POR ele (ou por intermédio dele), e sem ele NADA do
que foi feito se fez.” Jo 1:3
• A palavra grega para POR ele (ou por intermédio dele) é (dia), significa
“através de, por meio de, por causa de”, é a mesma palavra aplicada a
Deus-Pai.
“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém.” Rm 11:36
• Se o Filho fosse criado, então existiria no universo uma criatura que não
foi feita por ele, que seria ele mesmo! Mas o texto de João é claro e
objetivo desejando exatamente mostrar que nada há neste universo que
não seja criado pelo Senhor Jesus!
O Verbo estava com Deus (Jo 1.1)
• Significando não só a existência da Palavra no ser de Deus, mas que a
Palavra era separada como entidade diferente.
• O termo “Deus” refere-se ao Pai (no grego, quando theos vem
acompanhado de artigo “ho”, ou sem qualificação, refere-se sempre ao
Pai). A frase “com o Deus” (pros ton theon) mostra ideia de um
relacionamento dinâmico numa comunhão perfeita na eternidade
passada entre o Pai e o Filho. A preposição grega “pros”, que significa

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 “com”, na construção de João, conclui e indica que o Pai é uma Pessoa
distinta do Verbo num plano de intimidade e igualdade, face a face.
“E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha
contigo antes que o mundo existisse.” Jo 17.5
O Verbo era Deus (Jo 1.1)
• Afirmação taxativa; tudo o que se diz de uma pessoa deve ser
automaticamente aplicado também à outra.
• A ideia do versículo é progressiva, onde uma declaração esclarece a
anterior e até culminar com a afirmação enfática “e o Verbo era Deus”. A
divindade do Verbo é expressa e explicitamente demonstrada no prólogo
do evangelho de João. Não bastasse isso, essa doutrina é ensinada em
todo contexto bíblico: Jesus é Deus igual ao Pai.
“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava
o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a
Deus.” Jo 5:18
“Eu e o Pai somos um.” Jo 10:30
“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” Cl 2:9

Afirmações Comparativas
Deus Jesus
Criador Gn 1.1 Jo 1.3,10
Vida Dt 30.20 Jo 1.4; 5.26; 14.6
Luz 1Jo 1.5; 1Tm 6.16 Jo 1.4,9; 8.12
• Para que o amor tenha significado, deve existir quem seja capaz de amar
e de receber amor. Para ser perfeito, o amor deve ser recíproco. Quando
não, é trágico, causa dor e divisão. Se o Filho não amasse o Pai com a
mesma intensidade que o Pai o ama geraria desequilíbrio na divindade –
algo destrutivo à unidade de Deus. “Deus é amor” é garantia final de que
o Pai e o Filho são idênticos em todos os aspectos.
“E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está
em amor está em Deus, e Deus, nele.,” 1Jo 4.16

Jesus estava presente no Antigo Testamento?

No AT, Deus se revelou em sua unidade, sem qualquer distinção interpessoal
claramente perceptível. Não é correto identificar Deus com a pessoa do Pai
revelada no NT, pois, antes da vinda de Jesus, as três pessoas falavam com
a mesma voz, e é impossível dizer qual delas era mais presente ou ausente
que as demais. O que temos são manifestações figuradas e indiretas do Filho
no AT, portanto, a revelação específica e direta dele, não chegou
inteiramente aos que o esperaram no passado:

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“Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e
cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a
promessa,” Hb 11:38-39
“Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados
por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo.” Hb 1:1-2
Há passagens do Antigo Testamento que nos dão algumas informações
sobre a manifestação de sua pessoa e ação.
Jesus era a Palavra (o Verbo = Logos) que se fez carne
• Jesus é chamado por João de Logos, que se traduz: a Palavra ou o Verbo.
Apesar do termo Logos ter sido usado por filósofos e com amplo
significado, não existe motivo para se supor influência filosófica de
qualquer gênero por várias razões. A principal delas é que nunca houve
paralelo com a verdade da encarnação, em que o Logos (Verbo) se fez
carne.
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Jo 1.1
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” Jo 1.14
• João escreveu tendo como referência Gênesis 1.1-3. Quando Deus diz:
“Haja luz”, esta é a ação da Palavra de Deus (o Verbo), a manifestação do
Verbo, Jesus, antes de nascer na terra. Ele continua sendo chamado de a
Palavra de Deus em Apocalipse 19.13.
“No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
E disse Deus (PALAVRA, VERBO): Haja luz. E houve luz.” Gn 1.1-3
“E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é
a Palavra de Deus.” Ap 19.13
Jesus atuou na Criação e ainda hoje a sustenta
• Jesus, além de participar intensa e ativamente da criação de tudo, ainda
hoje mantém tudo o que existe.
“E disse Deus: Haja luz; e houve luz.” Gn 1:3
“E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas
e águas.
E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção
seca; e assim foi.
E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que
dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia
e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem
as aves sobre a face da expansão dos céus.

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 E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e
feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi.” Gn 1:6-24
“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria
sido feito.” Jo 1.3.
“Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis,
sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas
por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” Cl 1.16,17.
Jesus era o “Filho”, cujo nome não era conhecido
• Uma vez que só Deus subiu ao céu e desceu (primeira pergunta), e fixou
os limites da terra, a resposta à última pergunta somente poderá ser:
“Cristo, cujo nome é Jesus”, Mt 1.21.
“Quem subiu aos céus e desceu? Quem ajuntou nas mãos os ventos? Quem
embrulhou as águas em sua capa? Quem fixou todos os limites da terra? Qual é o
seu nome, e o nome do seu filho? Conte-me, se você sabe!” Pv 30.4
Jesus era o “Príncipe do Exército do Senhor”
• O Príncipe do Exército do Senhor era Deus (o Filho), pois anjos não
aceitam adoração dos homens.
“E sucedeu que, estando Josué ao pé de Jericó, levantou os seus olhos, e olhou; e eis
que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e
chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos inimigos? E disse
ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR. Então, Josué se
prostrou sobre o seu rosto na terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu Senhor ao
seu servo? Então, disse o príncipe do exército do SENHOR a Josué: Descalça os
sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.” Js 5.13-
15
“E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou
teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus.” Ap
19.10
Jesus era “o Anjo do Senhor” revelado a Moisés
• Embora não seja mencionado o nome do Anjo do Senhor no Antigo
Testamento, podemos perceber sua ação e presença através dnestas
manifestações, especialmente por receber adoração.
“E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça;
e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse:
Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima. E,
vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e
disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira
os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.” Êx 3.2-5
“Mas o Anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele
disse: Eis-me aqui.” Gn 22.11
Jesus era “a rocha” que acompanhava Israel no deserto
• Na Bíblia, a rocha significa segurança da defesa de um refúgio alto e
inacessível. Por isso ela simboliza a segurança proporcionada por Deus ao

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 seu povo. Jesus, além de ser a “rocha de escândalo” e “a pedra que os
construtores rejeitaram” - profecias referentes ao Messias - era também a
rocha de onde saiu água para o povo hebreu no deserto, afirma Paulo.
“Então, ele vos será santuário, mas servirá de pedra de tropeço e de rocha de
escândalo às duas casas de Israel; de laço e rede, aos moradores de Jerusalém.” Is
8.14 (1Pe 1.6-8; Rm 9.32,33)
“A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular;
isto procede do SENHOR e é maravilhoso aos nossos olhos.” Sl 118.22,23
“E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha
face e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; ali te porás sobre
a penha. E acontecerá que, quando a minha glória passar, te porei numa fenda da
penha e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado
a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.” Êx 33.20-23
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da
nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e
no mar, e todos comeram de um mesmo manjar espiritual, e beberam todos de uma
mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra
era Cristo.” 1Co 10.1-4
Jesus era o “Adonai” que Isaías viu no Templo
• Logicamente Isaías viu a glória do Servo Sofredor, Is 52.13; 53.12, bem
como a revelação messiânica permeada em seus escritos. Jesus estava
em glória antes de encarnar, Jo 17.5. Alguns comentaristas consideram
que Isaías viu especialmente a Jesus, o Adonai, devido à seguinte menção
de João:
“Por isso, não podiam crer, pelo que Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos e
endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no
coração, e se convertam, e eu os cure. Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou
dele.” Jo 12.39-41
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e
sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Os serafins estavam acima dele; cada
um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com
duas voavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o
SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas
se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse
eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e
habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR
dos Exércitos!” Is 6.1-5
• Antes de existir como Jesus de Nazaré, o segundo membro da Trindade
manifestou-se, de forma discreta, como a Palavra, agente da Criação, o
Filho de nome não conhecido, o Príncipe do Exército do Senhor, o Anjo
do Senhor, a Rocha e O Senhor no Templo. Posteriormente, Deus se fez
homem e veio habitar entre nós.

Por que se esperava a vinda de um Messias?

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• As Escrituras hebraicas predisseram com séculos de antecedência a vinda
do Messias divino para toda a humanidade e Jesus é o cumprimento
dessas profecias de forma incontestável: a Septuaginta - tradução grega
das Escrituras hebraicas completas - foi concluída em 247 a.C., ou seja,
todas as profecias a respeito de Jesus contidas no AT já haviam sido
proferidas e escritas, no mínimo, 250 anos antes de Jesus nascer. A Bíblia
é um livro profético.
“Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Quem há, como
eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o
exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir!
Não vos assombreis, nem temais; acaso, desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir, não
vo-lo anunciei?” Is 44.6-8
“Declarai e apresentai as vossas razões. Que tomem conselho uns com os outros.
Quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde aquele tempo o anunciou?
Porventura, não o fiz eu, o SENHOR?” Is 45.21
“As primeiras coisas, desde a antiguidade, as anunciei; sim, pronunciou-as a minha
boca, e eu as fiz ouvir; de repente agi, e elas se cumpriram… Por isso, to anunciei
desde aquele tempo e to dei a conhecer antes que acontecesse, para que não
dissesses: O meu ídolo fez estas coisas.” Is 48.3,5
• Jesus é mencionado em detalhes tão específicos nas Escrituras proféticas,
que se torna literalmente impossível justificar tais predições a não ser que
a Bíblia seja a revelação sobrenatural de Deus para a humanidade. Há mais
de 300 profecias pormenorizadas a respeito de Jesus no Antigo
Testamento.
“Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia
anunciado: que o Cristo havia de padecer.” At 3.18
• Há inúmeros textos proféticos nas Escrituras (chamados de “messiânicos”
pelos eruditos judeus) que revelam detalhes sobre a vida e a obra de
Jesus.
JESUS É O DESCENDENTE DA MULHER QUE ESMAGOU A CABEÇA DE
SATANÁS
“Então, o SENHOR Deus disse à serpente… Porei inimizade entre ti e a mulher, entre
a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.” Gn 3.14,15
O termo hebraico usado para inimizade sempre se refere a ódio entre
pessoas e nunca entre uma pessoa e um animal. Portanto, a serpente é
uma pessoa.
A palavra ferir no hebraico também é esmagar. Há dois esmagamentos
previstos, um é fatal e outro não. Ao se esmagar o calcanhar, o ferimento
é sério, mas reparável. Ao esmagar a cabeça, o ferimento é irreversível e
irreparável. Jesus foi ferido por Satanás, mas o venceu e retornou em
vitória, Satanás foi ferido mortalmente por Jesus.
“Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” 1Jo 3.8

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“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das
mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte,
isto é, o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida
sujeitos à servidão.” Hb 2.14,15
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual
andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era
com ele.” At 10.38
JESUS É O CRUCIFICADO DESCRITO NO SALMOS 22
“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?… Todos os que me veem zombam
de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no SENHOR, que
o livre; livre-o, pois nele tem prazer. Mas tu és o que me tiraste do ventre; o que me
preservaste estando ainda aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a
madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. Como água me derramei, e
todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se
dentro de mim. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao
paladar; e me puseste no pó da morte. Pois me rodearam cães; o ajuntamento de
malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés. Poderia contar todos os
meus ossos; eles veem e me contemplam. Repartem entre si as minhas vestes e
lançam sortes sobre a minha túnica.” Sl 22.1,7-10,14-18
A crucificação era uma tortura praticada pelos fenícios. Os romanos
adotaram a prática da crucificação, porém a aplicavam somente em quem
não era romano, pois o sofrimento do condenado era extremamente cruel.
Mil anos antes do nascimento de Jesus e setecentos anos antes dos
fenícios criarem a tortura, Davi, o rei de Israel, escreveu esse salmo
expondo suas aflições e angústias. A descrição feita pelo salmista,
expressa detalhadamente a agonia de um crucificado. Todos os detalhes
apontam, como um retrato, para o sofrimento de Jesus na cruz.
1. Davi disse: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Sl 22.1
“E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni,
isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
O fato de Jesus levar sobre si os pecados de toda a humanidade resultou
no seu afastamento temporário de Deus Pai.
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de
Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a
promessa do Espírito.” Gl 3.13,14
2. Davi disse: “Todos os que me veem zombam de mim, estendem os
lábios e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no SENHOR, que o livre.” Sl
22.7,8
Descrição de um gesto de desprezo de adversários que aprovam seu
sofrimento e sentem prazer em observar seu infortúnio e desgraça.
“E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Tu, que
destróis o templo e, em três dias, o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és o Filho de
Deus, desce da cruz. E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com

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os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: Salvou os outros e a si
mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça, agora, da cruz, e creremos
nele; confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus. E o
mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam
crucificados.” Mt 27.39-44
3. Davi disse: “Mas tu és o que me tiraste do ventre; o que me preservaste
estando ainda aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre;
tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.” Sl 22.9,10
Jesus foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria e foi preservado
de ser morto por Herodes em Belém quando ainda mamava.
“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus.” Lc 1.35
“E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos,
dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te
lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o matar. E,
levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito. E esteve
lá até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor
pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.” Mt 2.13-15
4. Davi disse: Como água me derramei, e todos os meus ossos se
desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de
mim. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao
paladar; e me puseste no pó da morte. Sl 22.14,15
Jesus sangrou na cruz. Na crucificação os ossos do braço, ombros e
costelas se desconjuntam. Ele teve sede e morreu após grande brado.
Sangue e água saíram pelo seu lado traspassado por uma lança, prova
médica de que morreu por ter o coração arrebentado.
“Tenho sede.” Jo 19.28
“E Jesus, dando um grande brado, expirou.” Mc 15.37
“Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
água.” Jo 19.34
5. Davi disse: “Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me
cercou; traspassaram-me as mãos e os pés.” Sl 22.16
Diante dos que o rodeavam com ódio, desprezo e zombaria, o pregaram
na cruz.
“Mas eles bradaram: Tira! Tira! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o
vosso rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão o César.
Então, entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus e o levaram. E,
levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico
se chama Gólgota, onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e
Jesus no meio.” Jo 19.15-18

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6. Davi disse: “Poderia contar todos os meus ossos; eles veem e me
contemplam. Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a
minha túnica.” Sl 22.17,18
Enquanto Jesus agonizava na cruz, ele viu os soldados romanos
repartirem entre si suas vestes e lançarem sortes sobre a sua túnica.
“Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.” Sl 34.20
“Tendo, pois, os soldados crucificados a Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram
quatro partes, para cada soldado uma parte, e também a túnica. A túnica, porém,
tecida toda de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a
rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Isso foi assim
para que se cumprisse a Escritura, que diz: Dividiram entre si as minhas vestes e
sobre a minha túnica lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram essas coisas.” Jo
19.23,24
JESUS É O MENINO QUE É DEUS E GOVERNARÁ NUM REINO ETERNO
“Mas a terra que foi angustiada não será entenebrecida. Ele envileceu, nos primeiros
tempos, a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, a enobreceu junto
ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia dos gentios… Porque um menino nos
nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome
será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do
incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no
seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para
sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” Is 9.1,6,7
Jesus nasceu em Belém, mas cresceu em Nazaré, na Galileia. O lugar que
sofreu o primeiro cativeiro receberia a criança, o menino que era Deus
Forte e Pai da Eternidade e que implantaria um reino sem fim.
“Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu, num sonho, a José, no
Egito, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel,
porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino. Então, ele se
levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel. E, ouvindo que
Arquelau reinava na Judeia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas,
avisado em sonhos por divina revelação, foi para as regiões da Galileia. E chegou e
habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos
profetas: Ele será chamado Nazareno.” Mt 2.19-23
“Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés
escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” Jo 1.45,46
“Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse,
eu sou.” Jo 8.58
JESUS É O IAVÉ TRASPASSADO, POR QUEM TODA A NAÇÃO DE
ISRAEL PRANTEARÁ
“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de
graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como
quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora
amargamente pelo primogênito.” Zc 12.10

12
 O próprio IAVÉ afirma ser aquele que Israel traspassou (atravessou,
perfurou com lança) e, em seguida, afirma que todos prantearão por ELE
(outra pessoa), como quem pranteia por um filho primogênito. Jesus é a
encarnação de Deus.
“Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
água. E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro, e sabe que é
verdade o que diz, para que também vós o creiais. Porque isso aconteceu para que
se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado. E outra vez
diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram.” Jo 19.34-37
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” Jo 1.1,14
• Há ainda outras menções de forte impacto nas Escrituras não
mencionadas acima. Reconhecemos que Jesus é:
- O descendente de Abraão, Isaque e Jacó que abençoa as nações. Gn
12.2,3;22.18;
- O profeta semelhante a Moisés de quem Deus diz: A ele ouvirás. Dt 18.15;
- Aquele que foi traspassado e moído pelas nossas transgressões para
que fôssemos curados pelas suas pisaduras; sobre quem o Senhor fez cair
a iniquidade de toda a humanidade. Is 53;
- O Renovo justo, o Rei sábio, chamado Senhor Justiça Nossa. Jr 23.5,6;
- O Ungido que seria morto depois de 483 anos. Dn 9.24-27.

Algumas profecias a respeito de Jesus que se cumpriram nos detalhes

ACONTECIMENTO PROFECIA DATA CUMPRIMENTO DATA
Nascido de uma virgem Isaías 7.14 758 a.C. Mt.1.18,24,25; Lc.1.26ss 5-4 a.C.
Nascido em Belém Miquéias 5.2 710 a.C. Mt.2.1.4-8; Lc.2.4-7 “
1023 a.C. e
Recebeu presentes Sl.72.10; Is.60.6 Mt.2.1,11 “
698 a.C.
Herodes mata crianças Jeremias 31.15 606 a.C. Mt.2.16 “
Jesus sobre um jumento Zacarias 9.9 487 a.C. Lc.19.30-38; Mt.21.1-11 33 d.C.
Traído por um amigo Sl.41.9; 55.12-14 1023 a.C. Mt.10.4; 26.49,50 “
Preço: 30 moedas de
Zacarias 11.12 487 a.C. Mt.26.15; 27.3 “
prata
Moedas atiradas no
Zacarias 11.13b “ Mt.27.5a “
templo
Mudo perante
Isaías 53.7 712 a.C. Mt.27.12 “
acusadores
Mãos e pés
Salmo 22.16 1017 a.C. Lc.23.33 “
traspassados
Destino de suas roupas Salmo 22.18 “ Jo.19.23,24 “
Deram-lhe fel e vinagre Salmo 69.21 1023 a.C. Mt.27.34 “
Abandonado pelos
Zacarias 13.7 487 a.C. Mc.14.50 “
discípulos
Sl.16.10; 30.3; 1060 a.C. e
Sua Ressurreição At.2.31; 13.33; Mt.28.6 “
41.10 1023 a.C.

13
De que forma o Verbo se fez carne?
A Anunciação
• A encarnação de Jesus começou quando de sua concepção no ventre de
Maria. Ignorar a anunciação é incentivar a negação do nascimento virginal
de Cristo (os católicos romanos jamais abandonaram a anunciação). Até
1751 havia uma festa da anunciação, fixada em 25 de março, exatos nove
meses antes do Natal. A data era considerada o início do ano litúrgico,
pois a encarnação de Jesus ocorreu no momento de sua concepção no
ventre de Maria.
“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia,
chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da
casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse:
Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela,
turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. Disse-
lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, E eis que
em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este
será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de
Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. E
disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E, respondendo
o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá
com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado
Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice;
e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. Porque para Deus nada é
impossível. Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim
segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” Lc 1.26-37.
• Lucas inter-relaciona Maria e Isabel (três primeiros meses de gestação de
Maria sobrepõem-se aos três últimos de Isabel, quando passaram juntas).
João Batista, no ventre da mãe, moveu-se quando da aproximação de
Maria. Isabel compreendeu o fato como revelação especial, chamando
Maria de “a mãe do meu Senhor”, mencionando com isto que o próprio
Deus se encontrava no ventre de Maria para nascer!
“E de onde me provém isso a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?” Lc
1.43

Isabel Maria
Concebeu miraculosamente Concebeu miraculosamente
Idosa Jovem (12 ou 13 anos)
Estéril Fértil
Casada Solteira (noiva)
Não virgem Virgem
A gravidez desfazia-lhe a A gravidez a expunha à vergonha
humilhação e reprovação

• Perceba a correlação figurada dos nomes mencionados e seus

significados históricos.

14
 JOSÉ E MARIA
Nomes ligados ao início e ao fim do período de escravidão no Egito:
José, filho de Jacó, que de escravo chegou a Governador do Egito e
Miriam (Maria), irmã de Moisés que vivenciou a libertação da
escravidão e saída do Egito.
JESUS (Javé é Salvação)
O mesmo significado de Josué, sucessor de Moisés, que tirou a casa
de Jacó do deserto e a fez entrar na terra prometida.
DAVI
O rei que conquistou a terra que foi prometida à Abraão. Jesus é o
herdeiro de Davi, autorizado a governar o reino sem fim prometido
pelo anjo Gabriel.
• Jesus era descendente de Davi, não por Maria, mas por José, que não era
seu pai biológico. Portanto, Jesus não era descendente de Davi por
descendência sanguínea, mas por contrato matrimonial. José não era
“acessório” para compor uma família com um mínimo de respeito, mas
diretamente designado para dar legitimidade histórica e profética, além
da paternidade legal da criança no ventre de Maria. Portanto, a herança
régia procede do pai adotivo de Jesus, não da mãe.
• A Trindade atuou na concepção de Jesus. Gabriel afirmou que o Espírito
Santo desceria sobre ela e o poder do Altíssimo (Deus) a cobriria com a
sua sombra, para que o fruto de seu ventre fosse o Filho de Deus. O fato
é importante, pois a encarnação foi obra do Deus trino.
• Não devemos supor que o Filho abandonou as outras pessoas nem que
houve alguma divisão ou redução na divindade. É parte da mensagem do
Filho nos revelar o Pai e o Espírito Santo através de sua comunhão plena
com eles.
“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus.” Lc 1:35
A Encarnação
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” Jo 1.14
• Vimos que o Logos foi estratégia do Espírito Santo ao inspirar João na
produção de seus escritos, um recurso extraordinário para alcançar
judeus e gregos, pois deles eram conhecidos os conceitos de dabar,
“Palavra” em hebraico e logos, “Palavra, Verbo” em grego (Dabar é usado
nas traduções hebraicas do Novo Testamento.

15
• A encarnação é uma doutrina pertencente ao círculo mais íntimo do
conjunto de ensinamentos cristãos e que mais dá testemunho das
verdades fundamentais do evangelho na sociedade secular:
O Natal, a grande festa da encarnação, o feriado mais popular do ano que,
através da influência de interesses mercadológicos, alcançou até países
não cristãos como o Japão e sofre contrariedade até de meios
evangélicos.
• A encarnação é mencionada indiretamente em Mateus, Lucas, Filipenses,
Colossenses, Hebreus e outras passagens. Porém o principal foco de
pesquisa teológica é João 1.14: A Palavra tornou-se carne.
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus (não
considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se, embora para ele
isso não fosse uma “usurpação”). Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-
se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus
o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao
nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo
da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”
Fp 2.5-11,
• A encarnação é mais passiva que ativa, tendo os cristãos a defendido mais
do que compreendido. Ela é mais sentida e aceita que entendida. Prefere-
se contar a história do Natal do que explicá-la. As representações
natalinas, a nostalgia sentimental das músicas parece suficiente. Não se
permite uma fundamentação teológica mais profunda.
• A encarnação possui um significado profundamente espiritual e histórico,
“é o princípio do ato final da obra divina da salvação – os últimos dias”
(Gerald Bray).
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais,
pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,” Hb 1.1.
• João escreve: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” – o verbo usado
“habitar” também foi usado por Paulo e significa “morar em uma tenda,
cabana ou tabernáculo”, enfatizando uma morada provisória. Esta ideia é
diferente do argumento dele mesmo, Paulo, ao enfatizar a divindade de
Jesus em Cl 2.9, “porque nele habita corporalmente toda plenitude da
divindade”. Nesse caso “habitar” é o verbo grego que significa “viver,
habitar” e cuja ideia é de morada permanente. Concluindo: o físico era
provisório, o divino é permanente.
• “...e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça
e de verdade”, na prática, na esfera puramente natural, era impossível ver
a glória da Palavra na carne humana de Jesus. Em Nazaré ele foi rejeitado
pelos de sua vila; Nicodemos reconhecia seus ensinos da parte de Deus

16
 analisando seus milagres. Não se tratava de um tipo de conhecimento
natural, discernível por qualquer pessoa reflexiva.
“Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não
tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para
que o desejássemos.” Is 53.2
• Reconhecer a glória de Jesus implicava numa revelação divina especial,
como no caso de Pedro, Mt 16.17. Poucos homens, a princípio foram
tocados pelo Espírito de Deus para contemplar a glória da Palavra em
Jesus.
• A Palavra Escrita - Segundo Gerald Bray, a Palavra que se tornou carne
em Jesus, também se transformou, de forma diferente, em papel e tinta,
nas palavras da Bíblia. As Sagradas Escrituras são a voz de Deus para a
igreja, a Palavra lavrada. A Bíblia realiza para nós o mesmo papel que o
corpo encarnado do Filho de Deus desempenhou para os discípulos.
“Nossa doutrina da Escritura não é uma abstração filosófica baseada em
algum conceito essencialmente pagão de ‘inspiração’, mas um
desdobramento de nossa cristologia”. (Gerald Bray)
• O ensino de Jesus aplica-se ao ensino da Bíblia. Cristo é uma pessoa divina
com duas naturezas: divina e humana. A Bíblia também. A voz divina nos
fala no texto e por meio dele. A revelação da divindade de Cristo foi um
presente divino e não resultado da pesquisa humana. Assim também o
reconhecimento das Escrituras como Palavra de Deus só pode provir do
testemunho do Espírito. Contemplamos hoje a glória da Palavra por meio
da Bíblia, Jo 5.39 – “As Escrituras testemunham de mim”. A Palavra de
Deus, por meio do Espírito, continua habitando em nós!
Algumas heresias a respeito da natureza de Jesus
• Hoje a posição chamada ortodoxa, ou seja, doutrina declarada verdadeira,
que consideramos bíblica é esta: Jesus é perfeitamente homem e
totalmente Deus.

CONCÍLIO DA
GRUPO TEMPO NATUREZA HUMANA NATUREZA DIVINA
IGREJA
Negada – Apenas tinha
Docetista Século I Confirmada
aparência humana
Negada – Jesus era filho
Ebionitas Século II Confirmada
natural de José e Maria
Negada – Jesus não é
Condenado por
Arianos Século IV Confirmada eterno; semelhante, mas
Nicéia, em 325
não igual a Deus.
Condenado por
Logos divino substituiu o
Apolinarianos Século IV Confirmada Constantinopla, em
espírito humano
680
Condenado por
Nestorianos Século V Cristo era duas pessoas
Éfeso, em 431
Não era totalmente Não era totalmente
Condenado por
Eutiquianos Século V humano divino
Calcedônia, em 451
Cristo possuía uma natureza única, mas híbrida.
Perfeitamente humano Totalmente Deus Definido por
Ortodoxo
Cristo é uma pessoa Calcedônia, em 451

17
Quais são os principais títulos de Jesus?
Cristo
• Cristo, do grego, significa ungido. É a transliteração da palavra hebraica
Messias, com o mesmo significado.
“Este achou primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe: Achamos o Messias (que,
traduzido, é o Cristo)…” Jo 1.41
“A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele
vier, nos anunciará tudo.” Jo 4.25
• Em Atos, Cristo possui a força de um título. Paulo parece usá-lo neste
sentido. O costume da “unção” era hebraico, portanto, é possível que em
razão da não compreensão imediata do significado, tenha-se usado o
termo como um nome próprio pelos gentios cristãos de fala grega. Os
seguidores de Jesus não foram chamados de “jesuítas”, mas de “cristãos”,
não pelo nome, mas pelo título.
“Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia
anunciado: que o Cristo havia de padecer.” At 3.18;
“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente.
Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” At 11.26
“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados
na sua morte?” Rm 6.3;
“…dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos,
Deus bendito eternamente. Amém!” Rm 9.5
Senhor
• Kurios, palavra ambígua, podendo ser usada como sinal de respeito ou
como reconhecimento de autoridade. Para o gentio referia-se ao
imperador ou rei, com nuanças religiosas (líderes divinos), ao deus de um
grupo ou aos deuses.
“Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser
ele o jardineiro, respondeu: Senhor (kurios), se tu o tiraste, dize-me onde o puseste,
e eu o levarei… Respondeu-lhe Tomé: Senhor (kurios) meu e Deus (theos) meu!” Jo
20.15,28
• Opondo-se exatamente a tudo isto, usava-se kurios com frequência para
se referir a Jesus, Mc 7.28, “Senhor e Deus”. Para o judeu, porém, se
revestia de autoridade divina, visto que na versão dos LXX (Septuaginta)
o nome Yahweh era substituído por Kurios. Para o judeu cristão, “Senhor”
expressa a completa divindade de Cristo e sua igualdade com Deus;
significa que qualquer uma das funções divinas pode ser atribuída a ele.
Em Atos, as orações eram dirigidas a Jesus como Senhor, único Senhor.
“Ainda: No princípio, Senhor (kurios), lançaste os fundamentos da terra, e os céus
são obra das tuas mãos.” Hb 1.10

18
 “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor (kurios) Jesus, recebe o meu
espírito!” At 7.59,
“Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre
a terra, como há muitos deuses e muitos senhores (kurios), todavia, para nós há um
só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor
(kurios), Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” 1Co
8.5,6.
Filho do homem
• Título favorito escolhido pelo próprio Jesus. Doze vezes usado por Jesus
no Evangelho de João. Setenta vezes citado nos sinópticos. É ambíguo
por possuir dois sentidos distintos no AT:
Simplesmente homem, representativo da figura terrena.
“Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o
visites?” Sl 8.4
“E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.” Ez 2.1
Figura celestial, quase divina, que era a expectativa dos judeus.
“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu
um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até
ele.” Dn 7.13
• Jesus que abrange os dois sentidos, isto é, a figura terrena e celestial.
Filho de Deus
• Título usado livremente nos evangelhos com o qual Jesus foi chamado,
tanto pelos demônios, Mt 8.29, quanto por estrangeiros, Mt 27.54 e
discípulos, Mt 14.33. Em Mateus e Lucas o título associa-se ao nascimento
virginal, Mt 1.23; Lc 1.35. Em Marcos e João, enfatizam a origem celestial,
Mc 1.1; Jo 1.14. É a expressão favorita nos escritos de Paulo e presente em
sua pregação.
“…com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi e
foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela
ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor.” Rm 1.3,4
“E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus.” At
9.20
• O título “Filho de Deus” afirma a divindade de Cristo.
“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente
violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual
a Deus.” Jo 5.18
O servo de Yahweh
• Conceito presente na segunda metade do livro de Isaías (sofrimento –
morte – vitória final); tema também encontrado em Atos 3.13 e 1Pedro 1.19
e na Cristologia paulina, Fp 2.7. O título que se funde ao “Filho de Deus”
e ao “Cordeiro de Deus”, em Jo 1.29; Is 53.7. Jesus menciona-se em

19
 correlação direta com Isaías 53, Mt 20.28 e 26.28. A voz dirigida a Jesus
em Mt 3.17 é ao “servo” de Is 42.1.
“Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha
alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.” Is 42.1
“E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo.” Mt 3.17
Salvador
• O próprio nome de Jesus já continha esta ideia. Jesus significa Yahweh é
Salvação.
“E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu
povo dos seus pecados.” Mt 1.21.
• Este é um epíteto, título, uma qualificação de Deus, 2Sm 22.3; Jd 25; ou
de alguém levantado por ele, Is 19.20. João apresenta duas vezes,
“Salvador do mundo”, Jo 4.42; 1Jo 4.14. Lucas 2.11 faz menção direta;
Pedro em At 5.31; Paulo em At 13.23; Fp 3.20; 2Tm 1.10; Tt 1.4.
• Usado desde os primórdios na confissão cristã, pois, a palavra peixe em
grego "ichthyos" (ΙΧθΥΣ), era usada como um anagrama, pois suas cinco
letras eram também a abreviação da frase: Iesous Christos Theou Yios
Soter (Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador).
Palavra
• Logos, do grego, traduzido por Verbo ou Palavra. Logos é um termo
filosófico raro, presente nos textos dos filósofos do passado, de
significado amplo. Porém, não existe motivo para se supor influência
filosófica de qualquer gênero. Este termo, em suma, engloba dois
pensamentos:
- Atividade criadora preexistente.
- Perfeita expressão e revelação de Deus.
• No AT há a “palavra criadora” (debar-Yahwehidebar-Yahweh), proferida
por Deus ou dada aos profetas para ser dita em seu nome. Nela não há
falha possível em cumprimento ao propósito divino, Is 55.11. Essa “palavra
de Deus” é assim “personificada” em Jesus. Para os judeus (bem como
para qualquer oriental da antiguidade) a palavra não era um mero som,
mas algo de existência independente e cheio de poder:
“Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito
da sua boca.” Sl 33:6
“Enviou a sua palavra, e os sarou; e os livrou da sua destruição.” Sl 107:20
“O que envia o seu mandamento à terra; a sua palavra corre velozmente.” Sl 147:15
“Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo
que esmiúça a pedra?” Jr 23:29

20
O que Jesus diz a respeito de si mesmo?
• De acordo com os textos abaixo mencionados, Jesus declarou ser Deus
diretamente e fez declarações que somente Deus faria.
• Que Ele e o Pai são o mesmo Deus
“Eu e o Pai somos um.” Jo 10.30-33
• Que quem o vê, está vendo ao Pai
“Filipe disse a Jesus: - Senhor, mostre-nos o Pai, e assim não precisaremos de mais
nada. Jesus respondeu: - Faz tanto tempo que estou com vocês, Filipe, e você ainda
não me conhece? Quem me vê, vê também o Pai. Por que é que você diz: Mostre-
nos o Pai?” Jo 14.8,9.
• Que Ele é o único caminho
Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por
mim” Jo 14.6
• Que Ele é o Filho
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai
e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei.
E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos,” Mt 28.19,20
• Que Ele é o Messias, o Cristo
“Mas Jesus ficou calado e não respondeu nada. Então o Grande Sacerdote tornou a
perguntar: - Você é o Messias, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: - Sou. E
vocês verão o Filho do Homem sentado do lado direito do Deus Todo-Poderoso e
descendo com as nuvens do céu!” Mc 14.61,62.
“A mulher respondeu: - Eu sei que o Messias, chamado Cristo, tem de vir. E, quando
ele vier, vai explicar tudo para nós. Então Jesus afirmou: - Pois eu, que estou falando
com você, sou o Messias.” Jo 4.25,26.
“Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse:
Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-
aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou,
mas meu Pai, que está nos céus.” Mt 16.15-17
• Que Ele é o EU SOU
“Se vocês não crerem que eu sou, de fato morrerão em seus pecados… Disse-lhes
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.
Então, pegaram em pedras para lhe atirarem.” Jo 8.24,58,59
“Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o
apedrejarem. Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas
procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais? Os judeus
responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela
blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.” Jo 10.30-33
• Que Ele é a Luz do Mundo
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um
monte.” Mt 5:14

21
 “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue
não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo 8:12
“Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” Jo 9:5
• Que Ele é a Porta das Ovelhas
“Ora, em Jerusalém há, próximo à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em
hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.” Jo 5:2
“Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das
ovelhas.” Jo 10:7
• Que Ele é o Bom Pastor
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas… Eu sou o bom
Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.” Jo 10:11,14
• Que Ele é o Pão da Vida que desceu do céu
“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e
quem crê em mim nunca terá sede. Eu sou o pão da vida. Eu sou o pão vivo que
desceu do céu.” Jo 6:35,48,51
• Que Ele é Mestre e Senhor
“Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.” Jo 13.13
• Que Ele é a ressurreição e a vida
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja
morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?” Jo
11.25,26

22
 AULA 4
QUESTIONÁRIO
1. Quem era Jesus antes de vir à terra segundo João 1:1, comente sobre sua
pré-existência.
2. Jesus estava presente no antigo testamento? Cite algumas passagens nos
dão algumas informações sobre a manifestação de sua pessoa e ação.
3. Por que se esperava a vinda de um messias? Justifique com as respectivas
promessas.
4. De que forma o verbo se fez carne?
5. Quais são os principais títulos de Jesus?
6. O que Jesus diz a respeito de si mesmo?

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