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INTRODUÇÃO
Foi por ordem de Deus que Moisés subiu ao monte Sinai e lá o Senhor lhe ordenou a
Construção de um Santuário para sua morada entre os filhos de Israel, (Ex.25:8).
O Tabernáculo foi montado no Sinai no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano
(Ex.40:2,17), isto é, 14 dias antes da celebração da Páscoa no primeiro aniversário do
Êxodo.
Nesta ocasião Moisés passou 40 dias na companhia de Jeová (Ex.24:18), para receber uma
espécie de protótipo do Modelo idêntico ao Santuário construído para habitação de Deus no
Céu, onde Cristo nosso Sumo Sacerdote vive eternamente para interceder por nós,
(Hb.7:24-25 e 9:11,24).
1- ENTRADA DO TABERNÁCULO
O tabernáculo, como figura de nossa comunhão com Deus, possuía apenas uma entrada
descrita assim na Bíblia: Êxodo 27.16 - “Também à porta do átrio haverá um reposteiro de
vinte côvados, de azul, púrpura, carmesim, e linho fino torcido, obra de bordador; as suas
colunas serão quatro, e quatro as bases destas".
Jo 10.9 - "Eu sou a porta...” (Jesus não é uma porta qualquer, mas a porta, a única porta,
ele é a única entrada). (Ani Dálet)
Jesus como único mediador entre Deus e o homem, está representado pelas quatro colunas
e pelos quatro véus. Essas colunas aqui mencionadas são as da entrada do tabernáculo,
fazem parte das 60 colunas do cortinado, mas possuem quatro véus com diferentes cores.
As colunas por serem quatro indicam que a salvação é para todos que creem, pois o
número quatro está relacionado com plenitude da terra.
Mt 4.31 - "E ele enviará os seus anjos com grande clamor de trombeta, os quais lhe
ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus."
As cores dos quatro véus da entrada do tabernáculo indicam os quatro aspectos do
caráter de Jesus, tal como anunciado no Novo Testamento pelos quatro evangelistas.
Vejamos: A)
A) PÚRPURA - A púrpura é relacionada com a realeza, essa cor fala de Jesus como Rei Zc
9.9 - “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei;
ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um
jumentinho, filho de jumenta”.
B) O CARMESIM - O carmesim fala do sacrifício, fala de sangue. Fala de Jesus como servo
sofredor. Este é o Evangelho de Marcos. Um servo não precisa de genealogia, Marcos não
a registra. Is 42.1 - “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se
compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele. ele trará justiça às nações”.
C) O LINHO BRANCO - Seguindo a ordem dos evangelhos, o linho branco é Lucas que
enfatiza a pureza de Jesus como filho do homem, o homem perfeito. Zc 6.12 - “... Eis aqui o
homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor”.
D) O AZUL - Azul fala das coisas celestes, apontando para o céu de onde Jesus veio e para
onde voltou. João no seu Evangelho indica a divindade de Jesus. Por 35 vezes Jesus no
Evangelho de João se refere a Deus como “Pai”. Por 25 vezes ele diz, “Em verdade, em
verdade”, indicando sua autoridade divina.
2 - O PÁTIO DO TABERNÁCULO
Êxodo 27.9 - “Farás também o átrio do tabernáculo. No lado que dá para o sul o átrio terá
cortinas de linho fino torcido, de cem côvados de comprimento”.
Êxodo 27.1- 9 - “Farás também o altar de madeira de acácia; de cinco côvados será o
comprimento, de cinco côvados a largura (será quadrado o altar), e de três côvados a
altura.
SIGNIFICADO DE ALTAR:
A palavra hebraica mizbéahh (altar) deriva do verbo radical zaváh (abater; sacrificar),
abatedouro ou a um lugar de sacrifícios. (Gên. 8:20; 12:21; 16:2) . Isto é o significado é
sacrificar.
É interessante que a transliteração dessas palavras significa também, usando apenas as
consoantes, o seguinte:
M= Mehilá, perdão
Z = Zehut, retidão
B = Brachah, bênção
H = Hayim, vida
O altar do Holocausto media cerca de dois metros e meio de cada lado por um metro e meio
de altura.
Era grande o suficiente para a queima de animais de grande porte como um novilho. O altar
de bronze é a primeira peça do tabernáculo a partir da entrada.
Este era o lugar onde os animais eram imolados em sacrifico para fazer a expiação dos
pecados e alcançar a misericórdia de Deus.
O altar possuía um chifre em cada canto, e esses chifres, ou pontas, eram aspergidos de
sangue do animal, pelo sacerdote (Lv 4.30)
Isto salienta que o pecado é digno de morte, mas que Deus aceita sangue inocente em
favor do pecador.
Uma clara lição do poder que há no precioso e imaculado sangue de Jesus. Da mesma
forma como o sacerdote derramava o sangue na base do altar, Jesus Cristo, como perfeita
oferta pelo pecado, derramou sua alma na morte.
O altar de Bronze era oco e isso para permitir a circulação do ar e o fogo aceso até a
consumação da vítima.
O corpo do Senhor Jesus, representado pelas cinzas, foi posto em um Sepulcro novo, fora
dos muros de Jerusalém.
O altar era de madeira de Acácia revestido de bronze. A acácia como já vimos representa o
homem e o bronze representa o julgamento do pecado.
Isso quer dizer que o homem (acácia) está revestido pelo julgamento divino que se deu pelo
sacrifício supremo ministrado por Jesus. Jesus livrou a humanidade do pecado, se fazendo
pecado por nós.
Êxodo 30.18-19 - “Farás também uma pia de bronze com a sua base de bronze, para
lavatório; e a porás entre a tenda da revelação e o altar, e nela deitarás água, (v.19) com a
qual Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés”.
A pia de Bronze em algumas versões bíblicas é chamada de lavatório, ou até pia de cobre.
Era um recipiente usado para rituais de purificação pelos sacerdotes antes de entrarem no
Tabernáculo ou de realizarem os serviços sagrados.
Dimensões Específicas: A pia de bronze foi descrita como tendo sido feita a partir dos
espelhos de cobre das mulheres hebréias (Êxodo 38:8)
A pia de bronze foi feita de bronze fundido e tinha a forma de uma bacia ou pia, com uma
base e um suporte para segurá-la.
Foi posicionada entre o Tabernáculo e o altar de sacrifícios. Era enchida com água pura para
que os sacerdotes pudessem lavar as mãos e os pés antes de realizarem os rituais
religiosos.
A bíblia nos manda seguir a santificação. I Pe 1.15 - “mas, como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento”.
Mas o que me chama atenção é o fato dos Sacerdotes lavarem apenas as mãos e os
pés.
Isto acontecia por que as mãos representam todas as obras dos homens, são com
elas que trazemos à existência tudo que queremos, os pés representam o caminho,
que deve ser reto, de justiça, a partir daí representa a santidade do homem revelada
no seu andar.
Assim sendo a simbologia do lavar as mãos e os pés falavam da purificação das obras e do
caminho dos Sacerdotes.
Água - Simboliza a Palavra de Deus que nos purifica de todo pecado, (Jo.15:3).
Banho Completo - Simboliza a regeneração completa em Cristo, (Hb.12:14).
Mãos e pés - Representa um trabalho sincero, limpo e um andar de acordo com a Palavra
de Deus.
Espelhos- Tipifica Deus se revelando a nós, mostrando-nos as falhas e demonstrando
nossas virtudes.
Sem Medida- Representa a graça iluminada, fonte da Palavra Inesgotável.
Não Coberta - Simboliza que a Palavra de Deus não está é encoberta, mas é revelada a
todos.
Localiza-se após o Altar- Isso significa que a palavra de Deus só terá sentido quando o
homem passar pelo Altar do Sacrifício.
Fora da Tenda - Para ter acesso ao conhecimento das coisas divinas, tem-se que passar
pela lavagem da palavra de Deus
Este lugar estava dividido em duas partes: O lugar Santo e o lugar santíssimo. Essa divisão
ocupava uma área de 13,71 metros de comprimento por 4,57 de largura.
Êxodo 25.23-30 - “Também farás uma mesa de madeira de acácia; o seu comprimento será
de dois côvados, a sua largura de um côvado e a sua altura de um côvado e meio;
A mesa dos pães da proposição (ou da presença) era feita de madeira de acácia medindo
um metro de comprimento por meio metro de largura e 75 centímetros de altura.
Era coberta de ouro, emoldurada e com uma coroa de ouro ao redor da moldura. Sobre ela
eram colocados, a cada sábado doze pães sem fermento, em duas fileiras de seis cada,
sobre os quais se derramava o incenso puro.
(Sl 119.105) “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu Caminho”.
O Menoráh (nome hebraico) era abastecido por azeite puro de oliva, que era extraído num
processo de esmagadura, daí tirava-se o primeiro para o santuário.
O Menoráh tinha ainda um instrumento que era usado para limpeza dos seus canudos, cujo
nome é Espevitadeira, que era usada para tirar a borra do azeite queimado que, encrustava,
entupia a tubulação dos braços do mesmo.
A ordem do Eterno para Arão e seus filhos em relação ao Menoráh era não deixa-lo apagar
nunca.
Na Kabbalah
Esta é a oportunidade para entendermos melhor a importância do óleo de oliva e seu uso
pelo cabalistas, que recomendam uma pequena colher de óleo todos os dias.
Era o óleo que garantia as luzes acesas no Templo, que simbolizavam e faziam a conexão
com uma estrutura perfeita do universo oculto – estas luzes eram as luzes do candelabro de
07 braços, a menorá.
E Shemen está na palavra hebraica Shemona, que é oito, mostrando que o óleo nos leva a
uma oitava acima.
O azeite simboliza dedicação a um propósito superior, usado para ungir o rei e consagrar os
sacerdotes, torna sagrado o que toca.
A pureza do azeite representa a imortalidade, aquele algo a mais, acima da mente, mais
sublime que a sabedoria.
Por isto neste período somos chamados para sermos guardiões (Shamash) da luz, que
corre através do óleo, instrumento de ascensão. É aqui que podemos despertar para uma
nova consciência, com mais luz dissipamos a nossa escuridão e a escuridão do mundo.
Suas lâmpadas eram cheias de azeite (oliva) tipifica o Espírito Santo; Zc 4:1-6
Embora o candelabro possa ser comparado a Cristo suas maiores tipificações são ligadas
ao Espírito Santo;
O Candelabro tinha a função de iluminar a mesa de pães e o altar de incenso que tipifica
exclusivamente a Cristo;
Êxodo 37.25-29 - “De madeira de acácia fez o altar do incenso; de um côvado era o seu
comprimento, e de um côvado a sua largura, quadrado, e de dois côvados a sua altura; as
suas pontas formavam uma só peça com ele”. (v.26)
Medindo um metro e meio de altura e meio metro de cada lado, o altar de incenso (também
chamado de incensário) era de madeira de acácia, com quatro pontas, uma em cada canto.
Todo ele foi coberto de ouro e decorado com uma coroa desse mesmo metal ao redor. Sua
disposição no Santuário era junto ao terceiro véu, ao ocidente.
De sorte que, ao entrarem no Santuário, os sacerdotes o tinham bem à sua frente, enquanto
à esquerda (Sul) ficava o candelabro e à direita (norte) a mesa.
Esse altar era a ligação entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Ele aponta para as
nossas orações. O sumo sacerdote não podia entrar no Santíssimo lugar sem conduzir-se
o incensário portátil, no qual o incenso estivesse sendo queimado.
Isto sugere que o nosso louvor e adoração não devem depender de outro para existir,
deve ser produzido a partir de nós mesmos.
Esse elemento nos ensina que nossas orações e adoração devem vir das
profundezas da alma, tal como disse Davi: Sl 130.1 - “Das profundezas a ti clamo...”.
C) O GÁLBANO – Nome popular de uma planta da família das Apiáceas (ex Umbelíferas)
que possui propriedades medicinais. Sua resina é usada como antiinflamatória e
cicatrizante e deve ser manuseada com cuidado, pois pode afetar os olhos. Também é
chamada de galbaneiro. Esse terceiro elemento era extraído de um arbusto do mesmo
nome, encontrado na Arábia, Pérsia, Índia e África.
O mais solene e importante lugar do tabernáculo, chamado Lugar Santíssimo ou Santo dos
Santos, era quadrado de cerca de 8 metros para todos os lados.
Nesse lugar somente o Sumo sacerdote (Koen Há Gadol) entrava uma vez por ano, no
décimo dia do sétimo mês, levando consigo o sangue da expiação e também o incensário
móvel de ouro em que se queimava o incenso santo.
Êxodo 25.10-16 - Também farão uma arca de madeira, de acácia; o seu comprimento será
de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a
sua altura. (v.11)
A arca como está descrita, devia ter aproximadamente um metro e vinte e cinco centímetros
por 75 de largura e igual a medida da altura.
Era de madeira de acácia e toda revestida de ouro, por dentro e por fora. (ela representa o
Reino da Luz e também O Trono do Eterno) A importância da arca é por demais enfatizadas
na Bíblia.
Em quase duzentas referências, ela aparece nas Escrituras como a arca do testemunho,
arca do Senhor, arca do concerto, arca do nosso Deus, arca do Senhor Deus de Israel, arca
Sagrada, etc.
Ela representa o trono de Deus, pois sobre ela ficava o propiciatório com os querubins de
glória. A arca também tipifica o trono de Elohim na Terra.
Êxodo 25.22 - “E ali virei a ti, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que
estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te ordenar no
tocante aos filhos de Israel”.
A) AS TÁBUAS DA LEI - As tábuas contêm as leis que regem o Universo, que Jesus
cumpriu plenamente. As tábuas colocadas dentro da arca não podiam ser as que Moisés
quebrou. Sendo a arca a base do trono de Deus, a Lei quebrada pelo homem jamais pode
estar lá. Por isso Deus escreveu outras tábuas.
A vara de Arão quando foi cortada ela morreu mais plantada deu flores e até amêndoas
maduras. Assim é o ministério de Jesus Cristo. Jesus teve que morrer para o seu ministério
dar flores e frutos.
C) O MANÁ - O vaso de maná colocado dentro da Arca indica provisão de Deus para o seu
povo. Vejamos o que a Bíblia diz a respeito:
4.3 O PROPICIATÓRIO
O Propiciatório não era outra coisa senão a tampa que fechava a arca, sobre a qual
tínhamos a figura esculpida ou moldada de dois querubins voltados um para o outro.
Suas medidas eram de tal modo a fechar a arca direitinho. Esse Propiciatório embora
complexo, devido à figura dos querubins com suas asas, era feito numa só peça, sem
emendas e sem soldas, totalmente em ouro batido.
Lembrar que a presença dos querubins é um indicativo da presença de Deus, pois Deus é
Deus que habita entre os querubins.
Por fim, o Lugar Santíssimo, onde repousa a Arca da Aliança, é o lugar mais sagrado,
representando o trono de Deus e a presença da Sua glória. Cada elemento dentro da
Arca tem um significado profundo, desde as tábuas da Lei até o maná, simbolizando
a provisão, orientação e comunhão com Deus. O Propiciatório, com os querubins
sobre ele, representa a presença e a proteção divinas sobre o povo de Israel.
Assim, o Tabernáculo não é apenas uma estrutura física, mas um meio pelo qual
Deus ensinou e se revelou ao Seu povo. Cada detalhe aponta para a obra redentora e
a presença contínua de Deus entre Seu povo, culminando na plenitude da revelação
em Cristo.
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