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Cortina do Pátio [Êx 27.9-12; 38.

9-12]
A cortina possuía 60 colunas de bronze (20 em cada lateral e 10 na frente e
no fundo) assentadas sobre base de bronze, e cada uma delas tendo uma cinta
de prata na extremidade superior.
O que significa o linho fino (o branco)? (Ap 19.14 [v. 11-14]; 19.6-8; 7.13-14) –
[pureza, atos de justiça dos santos. Também a humanidade perfeita de Cristo]. A
cortina de linho fino que separava o povo de Israel da presença e comunhão com
Deus no tabernáculo.
Obs.: 1 côvado equivale a 45cm.
O que simboliza o BRONZE (COBRE)? (Dt 28.23; Dn 10.6; Ap 1.14,15 [Hb
12.28,29]; 2.18; Nm 21.4-9 [2Co 5.21]) – [julgamento, juízo e justiça divinos]
O que simboliza a PRATA? (Êx 30.11-16 [o dinheiro do arrolamento era
constituído de prata, o qual foi utilizado na confecção dos objetos de prata do
tabernáculo Êx 38.25-27]; Zc 11.12 = Mt 26.14,15) – [redenção – o preço da
redenção]
Os ganchos [“colchetes”] que sustentavam o tecido/cortina, e as vergas
[“ligaduras”, “faixas”] que mantinham de pé as colunas, eram feitas de prata. A
prata sustentava tanto as cortinas de linho quanto as colunas, estas últimas
através de vergas.

2. A Porta do Pátio/Átrio – Lugar de decisão [Êx 27.13-16; 38.13-20] – A Porta


da salvação
Só existia uma abertura/entrada ao redor do Pátio (Átrio): no lado “oriental”
ou a leste do tabernáculo.
O que significa ter somente UMA ENTRADA? Jesus confessa ser a porta e o
caminho [Jo 1.12; 10.9; 14.6; Rm 3.21-24; 10.11-13] – [Cristo é o único meio de
salvação]. A entrada no jardim do Éden era no lado oriental [Gn 3.24]
 O que significa a porta de entrada estar no lado leste do Átrio? (Gn
3.24; Ez 43; Mt 2.1,2,9 [Ap 22.16]. Bênçãos pela manhã (Sm 30.5; 110.3; 143.8;
Lm 32.3) – [A luz sempre nasce no leste e Cristo é a fonte de luz para o mundo
imerso em trevas].
A entrada é feita de 4 colunas.
Qual o significado do número 4 (colunas)? (4 Evangelistas; “4 seres nos 4
cantos da terra” [Ap 4.6; 7.1]) – [universalidade de Cristo].
As cortinas da Porta de entrada são de 4 cores: azul, púrpura, carmesim (ou
escarlate ou vermelho) e linho fino torcido (branco).
O que significa a cor AZUL? (céu, firmamento [Sl 8.3,4; 19.1]; vestimenta [Nm
15.38,39; Dt 22.12]; o Cristo que desceu do céu [Jo 3.13] fará dos redimidos, um
“povo celestial”) - [coisas celestiais; origem celestial de Cristo].
Obs.: As únicas três cores primárias ou básicas de pigmentação: vermelha,
amarela e azul. O branco é ausência de cor. Todas as demais cores são
combinações dessas primárias. As únicas três cores básicas de luz: vermelha,
verde e azul. Todas as demais cores (de pigmentação ou de luz) são
combinações dessas primárias.
A palavra “escarlate” (carmesim, vermelha) nas Escrituras, refere-se a um
corante obtido de um inseto (ilex coccifera). Os ovos deste inseto, uma vez
esmagados, produzem um líquido vermelho.
O que significa a cor ESCARLATE? (Lv 14.4-6; Is 1.18 [2Co 5.21]; Jr 4.30; Ap
17.3,4,12-16; Nm 19.2,6) – [pecado; lavagem para a purificação]
Obs.: branco (vermelha + azul + amarela). Amarela é a cor do ouro.
Púrpura (azul + vermelho)
O que significa a cor PÚRPURA? (vestes dos reis midianitas [Jz 8.26]; Dn 5.7;
Pv 31.22; Ez 27.7,16; Lc 16.19; Jesus é zombado pelos soldados [Mc 15.17,18])
– [realeza, Jesus é o Rei; riqueza].
Obs.: a púrpura era possuída apenas por reis e ricos porque era caríssima.
Ela é extraída de um molusco (murex trunculus ou m. brandaris) que habitava as
águas da ilha de Creta e Fenícia, sendo de difícil obtenção.
3. O Altar de Bronze - Lugar de aceitação [Êx 27.1-8; 38.1-15] – Morte
vicária de Cristo
O termo “vicário” significa “tomar o lugar de outro ou servir como substituto”.
O termo “altar” (374 vezes no AT), no original, significa um “lugar de sacrifício”,
mostrando que a aproximação à divindade sempre exige “sacrifício”. Primeira
referência do termo em Gn 8.20.
Os objetivos das ofertas feitas sobre o altar de bronze nem sempre eram os
mesmos, mas sempre havia algum sacrifício envolvido: sacrifícios de louvor, de
gratidão, de confissão de pecados, de consagração, para memorial, etc. Todas
elas expressavam alguma característica do Cordeiro Imaculado de Deus.
No tabernáculo, não existia altares individuais
Qual o significado do altar ser “quadrado”? No AT, tal termo sempre
relacionado a altar. No NT, aparece só uma vez, se referindo à Nova Jerusalém
[Ap 21.16] – [perfeita igualdade que há em Cristo; Cl 3.11].
O altar era feito de bronze [julgamento]. Havia degraus no altar. (Lv 9.22b)
O pecador podia oferecer-se a si mesmo como sacrifício pelos seus
pecados? Não.
O altar era feito de madeira de acácia, espécie de madeira que provinha de uma
pequena árvore de excepcional beleza que crescia em lugares secos, bastante
resistente (inclusive aos insetos).
Qual o significado do altar ser de MADEIRA? [Is 53.2; Sl 1.3; Nm 24.6; Pv
11.30] – [humanidade em geral, e de modo específico, a de Cristo]
O que significa o chifre colocado em cada canto do altar (totalizando 4)?
[poderes governamentais ou forças políticas, Dn 8; Ap 5.6; 17.3,7,12,16; 1 Rs
1.50,51] – [poder, força, honra e grandeza; poder universal de Cristo, Mt 28.18;
mas nem sempre se refere a poderes benéficos, pois, às vezes, são maléficos.
Também os chifres representam um lugar de refúgio e segurança, e Cristo é este
lugar, Hb 6.19].
Obs.: em muitos textos do AT, o termo hebraico cujo significado literal é “chifre”,
traduz-se em língua portuguesa como “força, poder e exaltação”: 1Sm 2.1; 2Sm
22.3; Sl 112.9.
O sumo sacerdote, o sacrifício e o altar representam o Salvador Cristo que:
intercedeu por nós; levou a efeito a expiação pelo animal (ele) sacrificado; o juízo
e a condenação de Deus sobre os pecados, representado no altar de bronze. Ou
seja, temos o local do sacrifício, quem sacrifica e o próprio substituto (todos
representados numa única cena).
Junto ao altar de bronze, temos alguns utensílios: pás, bacias, garfos e
braseiros.
As CINZAS eram provenientes do sacrifício queimado, indicando que algo havia
sido oferecido, pois sem o sacrifício não haveria cinzas. É o que Jesus disse na
cruz: “ESTÁ CONSUMADO” (Jo 19.30).
Qual o significado das CINZAS? [Jo 19.30; Gn 18.27; Jó 42.6; Jr 6.26] –
[sacrifício consumado; e também ato de humilhação; sobre o significado de
humilhação de Cristo, Fp 2.7,8].
As cinzas eram colocadas “fora do arraial” ou do acampamento (Lv 6.10,11) e
temos o seu paralelo em Cristo (Hb 13.11-13).
Qual o significado da “mobilidade” do altar de bronze? [Hb 13.5b; Mt 28.20] –
[a constante presença divina na nossa peregrinação terrena].
O fogo no altar de bronze. O fogo inicial ou a primeira chama que queimou sobre
o altar de bronze procedeu da nuvem (significando que proveio do céu) que
permanecia de contínuo sobre o Lugar Santíssimo, e o fogo foi conservado para
jamais apagar (Lv 6.12,13). Outros exemplos de fogo vindo do céu: Gn 19.24; Jz
6.21; 1Rs 18.38 [e a possibilidade em Lc 9.51-56].
O “INCENSÁRIO” ou “BRASEIRO” (Lv 16.12-13): com este mesmo fogo que
veio do céu para queimar no altar de bronze, é que se utilizou para acender o
altar de incenso e as lâmpadas do altar de ouro (ou seja, todo o fogo/iluminação
do santuário teve origem dos céus/divina). A palavra hebraica “makhtouth”, é
comumente traduzida como “incensário”, mas pode ser traduzida por
“braseiro”. [incensário ≠ incenso].
Qual o significado do “FOGO” do altar de bronze? [Hb 13.5b; Mt 28.20] –
[purificação do pecador, uma obra do Espírito Santo; e julgamento sobre o
pecado, uma obra de Deus].
Obs.: Foi o Pai quem imolou o seu próprio Filho no altar de bronze, e quem
enviou o fogo para consumir os sacrifícios.
O julgamento por meio do fogo pode simbolizar a aprovação de Deus ou a
manifestação da sua ira (1Co 3.11-15; nesse texto, Deus está julgando e, ao
mesmo tempo, purificando). O ouro, a prata e as pedras preciosas suportam
elevado grau de calor para seu refinamento ou depuração (daí Pedro dizer algo
em 1Pe 1.7). O fogo como parte integrante do caráter justo e puro de Deus (Hb
12.28,29).
Três exemplos da origem celestial desse fogo, que manifesta a purificação e
também o julgamento de Deus sobre o pecado: Sodoma e Gomorra (Gn 19.24); o
Anjo do Senhor (Cristofania) perante a oferta de Gideão (Jz 6.21); o profeta Elias
clama por fogo dos céus (1Rs 18.38).

4. A Pia/Bacia de Bronze - Lugar de purificação [Êx 30.17-21; 38.8] – A Água


Viva

Pia/Bacia de bronze: Não temos informações acerca das suas dimensões,


seu peso, seu formato, nem do modo como deveriam ser transportado; diz-
se que a Pia possuía um suporte, uma base. E sabemos que era uma bacia de
água, feita com os espelhos das mulheres, e servia para lavar as mãos e os pés
dos sacerdotes antes de oficiarem no altar ou dentro da tenda.
De que modo era TRANSPORTADO A PIA? Não há nenhuma indicação da
existência de argolas ou varais, nem instrução quanto ao seu transporte ou
locomoção.
Uma vez que Cristo, a Água Viva, é representado hoje pelo Espírito Santo e pela
Palavra de Deus, sugere-se que a obra de purificação e santificação não se
limita a nenhum modo específico de transmissão. Existem tantas maneiras
específicas de se propagar a Palavra de Deus aos sedentos.
A Pia possuía uma espécie de plataforma acima do chão, onde os sacerdotes
subiam para se lavarem.
A Pia de Bronze não era uma BANHEIRA, pois deveria ser utilizada apenas
para lavar as mãos e os pés, e não um banho completo. É o que aconteceu
quando Jesus lavava os pés dos discípulos, e Pedro queria um banho completo
(Jo 13.4-11) – Jesus estava visando o “serviço” e não a “regeneração” deles.
Portanto, o assunto em questão (v. 8) é o estar “com Cristo” e não estar “em
Cristo”.
Assim como o Altar de Bronze representa o Cristo Cordeiro morto para nos
limpar dos nossos pecados (“regeneração/justificação”), a Pia de Bronze
representa o Cristo que vive (pela Sua Palavra) para nos manter limpos e aptos
para o serviço sacerdotal. Igualmente, como não havia nenhuma lavagem antes
do Altar, também não havia Redenção depois dele.
Aplicação prática da Pia: Por ser cada cristão um sacerdote da dispensação da
Igreja, então como sacerdote, devemos conservar lavados os seus instrumentos
de serviço a Deus (os pés e as mãos) que representam o andar e o trabalhar,
antes de poder desfrutar comunhão com Cristo no interior da tenda (1 Pe 2.9).
Devemos constantemente retornar à Pia de Bronze, pois sempre pecamos (1Jo
1.8-10; 2.1,2). Muitos “sacerdotes da Nova Aliança” insistem em servir a Deus
tendo suas mãos e pés lamentavelmente sujos, carentes de purificação.
2) A Pia de Bronze era feita de ESPELHO DAS MULHERES (Êx 38.8). O texto
sugere que tais mulheres eram devotas, desejosas de revelar o seu amor a Deus
através deste ministério. Este ato abnegado de entregar os espelhos,
Certamente muito estimado por elas, a fim de que fossem utilizados no serviço do
Senhor. O seu interesse na obra de Deus era maior do que o interesse por si
mesma. O termo hebraico de Êx 38.8, traduzido como “espelho”, é empregado
somente aqui em todo o AT; o seu significado é “aparência”, sendo correto hoje
interpretá-lo como “espelho”. Ou seja, a utilidade básica do espelho era refletir
a imagem do possuidor. Esse exemplo feminino é algo a ser imitado pelos
antigos sacerdotes (e crentes atuais): enquanto concentramos nossa atenção em
nós mesmos, será indevido o serviço a Deus.
Três exemplos de espelhos no NT: em 1Co 13.12 e 2Co 3.18, emprega-se o
termo grego “esoptron”. (Porém, Tg 1.23-25, será estudado mais adiante)
Os textos acima sugerem não uma transformação não imediata e absoluta,
mas uma transformação progressiva.
3) A lavagem perpétua dos sacerdotes na Pia de Bronze para que não
morressem (Êx 30.17-21): não devemos nos atrever a servir a Deus na energia
da carne, o resultado será sempre “obras mortas”, e não “novidade de vida” (Rm
6.3-5); por isso a necessidade contínua de voltar a Cristo para se lavar e se
purificar.
(MÃOS) No Sl 26.6,7, Davi revela a necessidade de lavar as mãos; 2Sm 22.21-
23
(PÉS) Sem exceção, não há ninguém que reúna condições, em si mesmo, para
andar com Deus, sem que a Palavra e o Espírito o capacite, o oriente, o ilumine
(Sl 119.105; Ef 6.15; 1Sm 2.9a; Rm 10.15 [citando Isaías]; Tg 1.23-25; Jo 13.5-
10). O andar tem de estar purificado para executar as ordens do Senhor, para
prestar um serviço agradável a Ele.

5.Tenda da Congregação
[Êx 26.1-37; 36.20-38] – Corpo de Cristo

A Tenda da Congregação é o Tabernáculo em si. A altura do prédio (tenda) era


de aprox. 4,5m, portanto, bem mais alto que a cerca em volta do pátio (5 côvados
[2,25m] de altura) e podia ser visto de qualquer ponto do acampamento.
O que é que se via do lado de fora do Átrio/Pátio? A cobertura final da tenda.
A tenda possuía 4 camadas/coberturas de peles: de animais marinhos ou de
texugo (cinza); de carneiro (vermelho); de cabras; e de 10 cortinas unidas entre si
(branco, azul, púrpura e carmesim com querubins) que se interligavam com
“laçadas de azul e colchetes de ouro” .
A primeira cobertura/camada da Tenda (a visível) era feita com pele de
animais marinhos ou de texugo? Não importa se a cobertura da tenda era feita
de peles de animais marinhos (“dugão”) ou de “texugo”, ambos possuem a pele
de cor acinzentada, sem nenhuma beleza aparente e em nada atraente. Is 53.2
(“... nenhuma beleza havia que nos agradasse”).
A segunda cobertura/camada da Tenda, por debaixo da primeira, era
confeccionada com peles de carneiros, tintas de vermelho (Êx 26.14). Ou seja,
para se fazer uso da pele do animal seria necessário imolar o animal e isto
implicava no derramamento de sangue; isto aponta para a expiação que Cristo
fez pelos nossos pecados (Hb 9.22b: “sem derramamento de sangue, não há
remissão [de pecados]”). Após a desobediência do primeiro casal, Deus lhes fez
vestimentas de peles de animal (houve derramamento de sangue). Depois, Deus
se agrada do sacrifício de Abel (que imolou um carneiro); outros fizeram o
mesmo: Noé, Abraão, Isaque, Jacó etc. Todos estes sacrifícios simbolizavam
o supremo sacrifício de Cristo.
A terceira cobertura/camada da Tenda era confeccionada com peles de cabras
(Êx 26.7; 36.14,15-18). Esta cobertura de peles fechava os fundos da tenda,
porém permanecia dobrada na parte dianteira (Êx 26.9).
Qual outro significado da terceira camada? Para o primeiro animal (que era
imolado), Cristo é visto como nosso “bode expiatório”, o sangue de Cristo,
apresentado diante do Pai como resgate pelo pecado. E para o segundo animal
(que não era imolado), Cristo é apresentado como Cristo vivo, ressurreto dentre
os mortos.
Primeiro animal [bode]: A cabra era um animal considerado e declarado por Deus
como limpo e puro, consequentemente aceitável para os sacrifícios (Lv 16.15-22,
no contexto do “Dia da Expiação”). Aqui, o termo hebr. é “sôeer”, e refere-se a um
bode novo ou a uma cabra.
Segundo animal [bode]: não era imolado, e era solto no deserto (Lv 16.20-22).
Sobre a importância da ressurreição de Cristo (1Pe 1.3; 1Cor 15.17); Hb 9.24;
13.12).
Em Hb 9.24; 13.12, o texto apresenta, em ordem respectiva, o primeiro e o
segundo animal. Um único animal não pode representar toda a obra da
expiação de Cristo, uma vez que a ressurreição de Cristo [simbolizado pelo
animal vivo solto no deserto] é tão importante quanto a sua morte [simbolizado
pelo animal imolado].
A quarta e última cobertura/camada da Tenda, a qual era vista somente do
interior da tenda, era confeccionada daquela coberta que era feita de 10 cortinas
unidas entre si (Êx 36.8-13).
Suas cores: branco, azul, púrpura e carmesim com querubins.
Qual o significado das 4 cores? branco (simboliza a pureza), azul (aponta para
as regiões celestiais), púrpura (realeza e riquezas; Rei majestoso e riquíssimo) e
carmesim (pecado, coberto pelo sangue de Cristo; e no caso presente, simboliza
o sangue de Jesus que foi exaltado pela sua eficácia em cobrir pecado).
Essas 4 cores completam o quadro da exaltação de Cristo: o Salvador puro e
perfeito, Senhor celestial e Rei majestoso e riquíssimo. Exaltação de Cristo, i.e.,
ele assentado à direita do Pai (Cl 2.1).
Havia querubins (seres angelicais) bordados nas cortinas. A palavra “querubim”,
em si, significa “agarrado, segurado”.
Em 1Sm 4.4, se diz que a arca do Senhor estava “entronizado entre os
querubins”. Em Gn 3.24, quando Adão e Eva são expulsos do jardim, Deus
coloca querubins na entrada do jardim do Éden para guarda-lo. Em Ez 10, relata
a visão que teve de querubins guardando o fogo no lugar onde a glória do Senhor
foi contemplada.
Os querubins, seres angelicais criados por Deus para se constituírem em
guardiães da santidade daquilo que é divino. Figuras deles aparecem em outros
lugares do tabernáculo.
Qual o significado da imagem de querubins na última camada da tenda?
Simboliza a santidade da exaltação de Cristo sendo protegida pelos querubins.
Esses querubins eram vistos em primeiro plano no interior da tenda pelos
sacerdotes.
A CHÃO/PISO do tabernáculo era terra, enquanto no teto havia beleza
daquelas cortinas. Aqueles sacerdotes, assim como nós, temos duas escolhas:
ou andamos cabisbaixo olhando para a terra árida e que suja os nossos pés (o
mundo perdido, jaz do maligno), ou olhamos para o alto, contemplando a beleza
do Cristo exaltado. Veja Sl 121.1,2.
A ESTRUTURA DAS PAREDES da tenda/prédio (Êx 36.20-34): eram feitas de
madeira de acácia, revestida de ouro. Madeira nativa do Oriente Médio e de
grande durabilidade pela sua resistência às pragas e aos insetos. Também ela
possuía espinhos (talvez até utilizados na confecção da coroa de espinhos
cravados sobre a cabeça de Jesus). Por que usar um tipo de madeira que
possuía espinhos quando há tantas espécies de madeira igualmente disponíveis?
O que simboliza essas tábuas (acácia) da tenda? A humanidade de Cristo e
cada membro do Seu corpo (a Igreja). Cristo morreu por todos os homens,
embora nem todos veem a Ele.
O que simboliza o ouro? A glória de Deus, revelada na pessoa de Jesus Cristo;
a glória e riqueza divinas (Jo 1.14). Exemplos de ouro como símbolo da
manifestação de Deus em conexão com o seu povo (Cristo na vida do crente): a
vida de Jó; 1Pe 1.7; 1Cor 3.12; Ap 3.18; 5.8; 21.18-21.
Assim as madeiras de acácia representam a humanidade (de Cristo e de seus
membros) e o revestimento de ouro representa a glória de Deus. Cada pessoa
que recebeu o Rei da Glória como Salvador se encontra revestido da mesma
glória e é parte integrante do seu corpo (Ef 1.11-14; e no v. 18, diz que esta glória
se manifesta através dos salvos; conf. Rm 8.30b).
Essas tábuas (acácia revestida de ouro) não podiam ser avistadas por quem
estivesse do lado exterior da tenda, uma vez que as cobertas utilizadas como teto
as encobriam totalmente. Somente os sacerdotes podiam vê-las. O que isto
significa? É que precisamos estar “em Cristo” para fazermos parte do seu corpo;
não há partidarismo, etnia ou denominacionalismo.
As BASES ou SOQUETES que serviam de encaixe para as tábuas, eram todas
de prata (simbolizando “redenção”). O resgate de cada homem israelita era
avaliado a peso de prata e esta mesma prata (Êx 38.25-28) é que foi utilizada
para confeccionar as bases ou suportes de encaixe.
O que significa dizer que cada base pesava um talento (Êx 38.27)? Significa
dizer que as tábuas estavam encaixadas em bases absolutamente seguras. E a
simbologia disto é que o Corpo de Cristo (a Igreja), encontra-se alicerçada na
obra da redenção efetuada por Cristo, mais sólida ainda. Estamos seguros!
O que significa dizer que cada base pesava um talento (Êx 38.27)? Significa
dizer que as tábuas estavam encaixadas em bases absolutamente seguras. E a
simbologia disto é que o Corpo de Cristo (a Igreja), encontra-se alicerçada na
obra da redenção efetuada por Cristo, mais sólida ainda. Estamos seguros!
Qual o valor simbólico das travessas? É a segurança que existe quando se
verifica a perfeita união dos crentes na Igreja. Em relação a Deus, estamos
verticalmente posicionados, mas em relação aos nossos irmãos, estamos
horizontalmente posicionados.
Por que colocar bronze (5 bases) no interior da tenda se ela já era fora da
tenda (átrio)? Sabendo que o bronze simboliza o juízo e o julgamento, então os
sacerdotes ao passarem pelas colunas afixadas em suporte de bronze, seriam
despertados a lembrar que o Deus glorioso era justo. Esse justo juiz exige que os
pecados (mesmo no interior do Corpo de Cristo) sejam julgados para que os
crentes possam servi-lo com reverência e temor, agradando-o (Hb 12.28b,29).
As cinco COLUNAS plantadas à porta da tenda

6. A Mesa dos Pães Asmos ou da Proposição


[Êx 25.23-30; 37.10-16; 40.22,23; Lv 24.5-9] – O Pão da Vida

Mesa dos Pães era feita de madeira de acácia, recoberta de ouro.


Dimensão da mesa: 90cm de comprimento, 45cm de largura e 67cm de altura.
Portanto, um móvel pequeno. Mesmo não havendo simbolismo nisso, podemos
levantar a hipótese de que essa dimensão reduzida pode representar o pequeno
número de pessoas que podem participar/comungar da mesa do Senhor se
comparado com a humanidade toda (Mt 7.13,14).
A BORDADURA servia de decoração (simbolizando a beleza que existe na
comunhão com Cristo).
A mesa é um “lugar de provisão” e, ao mesmo tempo, um “lugar de
comunhão”. Sendo assim, esta comunhão à mesa deve ser santa e pura
(indicado pela clareza dos utensílios, Lv 24.6); Deus condena quando a pureza e
a santidade não é respeitada (Ml 1.7; um exame introspectivo antes da Ceia, 1Co
11.27-30).
Sobre os 12 pães à mesa era colocado INCENSO PURO (Lv 24.7). Esse incenso
simboliza um tipo de Cristo, sempre presente à mesa. O preparo do incenso (Êx
30.34-38): mostrando que o perfume não pode ser da composição doo homem
(sacrifício inaceitável perante Deus), mas da composição de Cristo.
O incenso era “queimado”, simbolizando uma oração de gratidão pelos pães
sagrados e consagrados para a alimentação dos sacerdotes. O incenso
queimado era colocado sobre os pães.
Nunca esqueçamos o caráter sagrado da Ceia do Senhor, para que
participemos dela somente se estivermos em comunhão com o Senhor e com os
irmãos em Cristo (1Co 10.10-21; 11.17-34; 1Jo 2.20,27; Ml 1.7; Sl 80.4,5;
127.1,2). A mesa do Senhor requer obediência, submissão e confiança na obra
do Senhor. Ao mesmo tempo requer desprezo à auto suficiência, obras ou
virtudes pessoais.
O que simboliza os pães asmos (branco, puro e sem fermento)?
Representam a Cristo sem pecado e, ao mesmo tempo, o povo de Deus.
Em Êx 25.30, esses pães são nomeados “pães da proposição” ou “pães da
apresentação”. No hebraico, a palavra significa “pães da presença”, ou “pães
das faces”, indicando que eles deveriam estar sempre presentes, com as faces
expostas sobre a mesa da comunhão.
Os pães deveriam ser substituídos a cada 7 dias, trocando a cada sábado (Lv
24.8).
Qual o significado do 7? Perfeição, tanto do próprio Cristo como da sua relação
com os homens. Ex.: tradução do sonho de faraó (7 anos de fartura e 7 anos de
fome); a festa fixa chamada Festa dos Pães Asmos, à qual sucedia a Páscoa,
durava 7 dias; o sangue dos animais sacrificados era aspergido 7 vezes sobre o
altar; 7 Igrejas receberam 7 cartas endereçadas aos 7 anjos, e 7 eram os
espíritos (Ap 3.1).
A mesa dos pães podia também ser transportada de um lugar para outro; o
transporte era feito pelos varais de madeira, recobertos de ouro, enfiados em
argolas de ouro.
7. O Candelabro de Ouro
[Êx 25.31-40] – A Luz do Mundo
Formato do candelabro: era apenas a coluna do centro (com uma lâmpada na
ponta), enquanto que as outras 6 lâmpadas encontravam-se localizadas sobre as
hásteas. Possuía: eixo principal, hásteas, flores, cálices, maçanetas, lâmpadas –
esculpido de um só talento de ouro.
O que simboliza o candelabro e as 6 lâmpadas? O candelabro representa
Jesus e as outras 6 lâmpadas representam os salvos em Cristo.
O que simboliza o nº 6 (lâmpadas) e o nº 7 (6+1 [lâmpada central])? O nº 6
representa humanidade; e o 7, perfeição. Isso significa que somente em Cristo os
homens podem obter perfeição.
Função das lâmpadas: elas acenderiam “para alumiar defronte dele”. O objetivo
das lâmpadas era iluminar o próprio candelabro, simbolizando que o propósito do
Senhor para os Seus filhos é que estes O glorifiquem (Mt 5.14-16). Em outras
palavras, o candelabro representa o testemunho de Cristo, e então, do Seu povo
(Jo 1.1-5; 3.19-21). O meu testemunho está glorificando a Jesus? Ou minha
lâmpada está apagada, sem condições de iluminar o candelabro?
Função do candelabro: o candelabro era a única coisa que iluminava o recinto
(que era fechado, sem janelas). Não havia incidência de luz natural lá dentro da
tenda; portanto, toda iluminação do Lugar Santo (e de seus utensílios) dependia
do candelabro. Significa que nenhum raciocínio humano (intelectualismo) pode
alcançar e transformar o mundo ou iluminar os crentes na sua comunhão com
Cristo; nenhuma atividade religiosa, oração, Ceia poderá refletir a vida e a glória
de Cristo, se os crentes não estiverem vivendo na luz. (2Co 3.18; 1Jo 1.7)
Combustível para as lâmpadas: era o azeite de oliva puro. O azeite representa o
Espírito Santo (Lv 14.16; Nm 6.15; Dt 32.13; Sl 23.5; Mt 25.4). Pela primeira vez,
encontramos no tabernáculo a terceira pessoa da Trindade. No Monte das
Oliveiras, onde Jesus passou por horas de agonia.
Qual a simbologia da “maçaneta” (ou da “COROA”) na hástea do
candelabro? Quando sairmos dessa terra e morarmos com Cristo, receberemos
a nossa coroa e com Cristo reinaremos. (Ap 1.6; 5.10; 22.5).
Qual a simbologia da “maçaneta” (ou da “GRINALDA”) na hástea do
candelabro? Em diversas ocasiões, Cristo é apontado como Noivo e nós
(Igreja), a Noiva (Lc 5.34,35; 2Co 11.2; Ap 21.2,9).
Por que o formato de “amêndoas”? No hebraico, a palavra para “amêndoas” é
“saqad” e significa “estar alerta, acordar, sem sono”. Na palestina bíblica, a
amendoeira é a primeira árvore frutífera a florescer; símbolo do ressurgimento da
primavera. Simboliza a ressurreição de Cristo e a nova vida do crente.

8. O Altar do Incenso
[Êx 30.1-10] – Nosso Intercessor

A sombra da cruz sendo projetada nos móveis do tabernáculo.


Composição do Altar do inceno: feito de madeira de acácia recoberta de ouro,
significando a natureza humana revestida de glória; o nosso Intercessor se
identifica conosco de tal maneira que conhece profundamente as nossas
fraquezas (Hb 4.14-16). Jesus, o Deus humanado, único Mediador entre Deus e
os homens (1Tm 2.5). Feito também de chifres, significando força e poder; ainda
que as nossas orações sejam impotentes e incoerentes, o nosso Intercessor
intercede por nós com toda a força e poder da divindade (Rm 8.26). Temos dois
intercessores: Cristo no céu, e o ES aqui na terra.
Formato do Altar do inceno: quadrado, significando universal (Jo 10.16).
O incenso representa a oração? O incenso é símbolo de oração (Sl 141.2; Lc
1.11-13; Ap 5.8; 8.3,4).
Os ingredientes (preparo) do incenso (Êx 30.34-38): são 5 os ingredientes:
“odoríferas”, “estoraque”, “onicha”, “gálbano”, “incenso”.

Resumo: os 7 passos básicos contidos na figura do tabernáculo para se chegar à


presença de Deus:
 1. Decisão à Porta do Átrio;
 2. Aceitação através do Altar de Bronze;
 3. Purificação através da Pia;
 4. Comunhão à Mesa dos Pães;
 5. Intercessão junto do Altar de Incenso;
 6. Testemunho através do Castiçal;
 7. Face a Face com Deus além do Véu.

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