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A idéia de que Deus mora em um edifício feito por mãos humanas não é
verdadeira, mas pagã. Alguns gostam de chamar de casa de Deus o prédio em
que uma igreja se reúne para seus cultos e outras atividades. Só é correto no
sentido que é uma casa dedicada ao serviço de Deus, mas não é, e nunca foi, a
moradia de Deus (1 Reis 8:27).
A arca, feita de madeira de acácia e coberta por dentro e por fora de ouro, é um
perfeito símbolo de Cristo, representando as Suas duas naturezas, a divina e a
humana: sua divindade é representada pelo ouro incorruptível, e sua
humanidade pela madeira, corruptível. As duas matérias formam a arca, mas
sem se fundirem. Assim também Cristo é o Filho de Deus que se revestiu da
substância humana mantendo distintas as duas naturezas em Sua pessoa (João
14:1,9, Colossenses 2:9).
1. O maná nos fala dele, o verdadeiro Pão da Vida (João 6:32,35) que nos dá a
vida eterna, e, o Profeta, o Verbo de Deus que traz a mensagem final de Deus
para a humanidade. Depois dele veio o silêncio, pois Ele é a última palavra.
2. A vara de Arão nos lembra a Sua ressurreição, e da Sua posição como Sumo
Sacerdote oferecendo-se a Si mesmo em sacrifício pelo pecado de muitos.
3. As tábuas com os dez mandamentos da aliança nos indicam que quando aqui
viveu Ele cumpriu a Lei em todos os seus detalhes. A Lei também nos lembra
que Ele é o Rei, que assim nasceu, viveu, morreu, e ressuscitou e vai voltar para
tomar o Seu reino, como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
O propiciatório era como uma bandeja colocada em cima da arca. Era uma
peça à parte, feita de ouro puro com um querubim em cada um dos dois lados,
cobrindo-a com suas asas e olhando para baixo onde anualmente era colocado o
sangue do sacrifício pelo povo. Este é um perfeito símbolo do sacrifício do
sangue de Cristo, oferecido em resgate dos que nele crêem (1 Pedro 1:18,19). Só
podemos nos aproximar de Deus mediante o nosso Sumo Sacerdote que está à
sua mão direita, Jesus Cristo ressuscitado. Ele ofereceu seu próprio sangue para
remissão de nossos pecados, uma só vez para todo o sempre (Hebreus 7:26-28).
É através dele que encontramos misericórdia e socorro em nossas aflições
(Hebreus 2:17, 18, 4:15,16).
A mesa dos pães da propiciação tinha sobre ela doze pães, cada um dos
quais representava uma das tribos de Israel, indicando igualdade para todos. Os
pães são um símbolo de Cristo: eles eram feitos de grão de trigo moído e sem
fermento; Ele se comparou com um grão de trigo (João 12:24), foi moído pelas
nossas iniqüidades (Isaías 53:5), mas sem pecado, do qual o fermento é um
símbolo. Todos podem participar dele, sem distinção. Já a mesa sugere muitas
coisas: sustento, provisão, suprimento. É a mesa da
provisão: Cristo, mediante quem tudo o que existe foi feito, nos fornece de
tudo que precisamos para nosso sustento, tanto material como espiritual.
a santa ceia: estabelecida por Cristo antes da Sua morte; tomando do pão e do
cálice, os que nele crêem lembram-se da sua morte e a anunciam até que Ele
volte.
O altar de incenso (capítulo 30:1-10) estava junto ao véu que dava entrada ao
Santo dos Santos, a presença do SENHOR. Não era para ser usado para
sacrifícios, apenas continha um tipo especial de incenso (nenhum outro era
permitido), que devia ser queimado todas as manhãs, quando Arão ia preparar
as lâmpadas, e todas as tardes quando fosse acendê-las. Incenso é um símbolo
de oração na Bíblia (Salmo 141:2, Apocalipse 8:3), e o altar nos fala novamente
do Senhor Jesus, pois somente através dele podemos chegar ao Trono de Graça
em oração. Deus houve as nossas orações porque as fazemos em nome de Cristo,
que morreu na cruz por nós (Efésios 1:6, João 14:14). Somente sacerdotes - os
verdadeiros crentes em Cristo - podem orar assim, e devem orar sem cessar (1
Tessalonicenses 5:17).
O recinto do Santo dos Santos onde estava o trono do SENHOR nos lembra
a Nova Jerusalém, a cidade dos santos (também em forma de cubo), chamada o
tabernáculo de Deus com os homens, onde Deus habitará com eles (Apocalipse
21:3).