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A doutrina do Santuário

 Ao ler o antigo testamento, observamos que foi dado ao povo de


Israel uma missão importante. A de construir um Santuário,
semelhante ao que está nos céus (Heb.8 e 9). Esse santuário tinha
o objetivo de ensinar o plano de salvação e remissão dos pecados
antes do sacrifício de Cristo por nós. A doutrina do santuário é tão
importante que para entender o livro do Apocalipse é necessário
conhecer a  doutrina do santuário.
.Quando o pecado entrou no mundo, a raça humana aos poucos
foi se afastando de Deus...Mas Deus sempre manteve uma forma
de comunicação com o homem pecador e nos tempos do antigo
testamento, Deus usou toda a simbologia do santuário como
forma de se comunicar com seus filhos. O santuário era
desmontado todo ano, quando o povo de Israel vagava pelo
deserto. ele foi montado e desmontado aproximadamente 40
vezes!
.

 
Santuário hebreu no deserto
Os compartimentos do santuário:
Pátio
 No pátio se encontravam as seguintes peças
Um altar de sacrifícios. Lev.1:9 ( símbolo de Cristo. Ef.5:2)
Pia ou bacia. Êx.30:18 ( símbolo do Espírito Santo. Jo.7:37-39
 
 Lugar Santo
 No lugar Santo se encontravam as seguintes peça
Mesa com 12 pães. Êx.25:30 ( simbolo de Cristo, o pão da vida.
Jo.6:48)
Castiçal com 7 lâmpadas ( simbolo de Cristo, a luz do mundo.
Jo.8:12 e das 7 igrejas apoc.1:20)
Altar de Incenso.Êx.40:26 ( símbolo da oração dos santos.
apoc.8:3 e 7 igrejas apoc.1:20)s
 
 Lugar Santíssimo
 No lugar santíssimo se encontrava:
A arca da aliança. Êx.26:33 (símbolo do trono de Deus)
 

Parte interna do santuario


 
Os objetos do santuário:
 Tampa da arca
Propiciatório, era de ouro maciço e simbolizava a graça de Cristo.
Esta tampa estava sobre a lei; assim ensina que nós não estamos
debaixo da lei e sim da graça, Rom.6:14
 Shekinah
Sinal visível da presença de Deus, era uma neblina que ficava
entre os dois anjos esculpidos no propiciatório para manifestar
que Deus estava presente. Êx.25:21,22
 
Conteúdo da arca
Dentro dela continha, uma porça de maná, a vara de Arão e as
tábuas da lei(Heb.9:4), que juntas significam
Maná -> Deus proverá
A vara de Arão -> Deus está no controle
As tábuas da lei -> Deus é amor e justiça:
 
Lugar Santo:
 O ministério sacerdotal no lugar santo do santuário poderia ser
caracterizado como um ministério de intercessão, perdão,
reconciliação e restauração. Sendo contínuo provia contínuo
acesso a Deus, através do sacerdote. Simbolizava a verdade de
que o pecador arrependido dispõe de imediato e contínuo acesso a
Deus através do ministério sacerdotal de Cristo como intercessor
e mediador (Efésios 2:18; Hebreus 4:14 a 16; Hebreus 6:20;
Hebreus 9:24; Hebreus 10:19 a 22).
Quando o pecador penitente vinha ao santuário com um sacrifício,
depunha as mãos sobre a cabeça do inocente animal e confessava
seus pecados. Esse ato transferia simbolicamente seus pecados e
penalidade para a vítima. Como resultado, ele obtinha perdão de
suas transgressões
 O sangue da oferta pelo pecado era aplicado de duas formas:
 Se ele fosse levado para o lugar santo, era aspergido diante do
véu interno e colocado nos cantos do altar de incenso (Levítico
4:5 a 7; Levítico 4:17 e 18).
Se não era conduzido para o lugar santo, sua colocação era feita
nos cantos do altar de holocausto, no pátio (Levítico 4:25 e 30).
Nesse caso, o sacerdote comia parte da carne do sacrifício
(Levítico 6:25, 26 e 30). Em ambos os casos, os participantes
entendiam que seus pecados e responsabilidades eram transferidos
ao santuário e seu sacerdócio.12
"Nesta parábola ritual o santuário assumia a culpa e a
responsabilidade do penitente - pelo menos durante certo tempo -
quando o penitente oferecia a oferta pelo pecado, confessando
seus erros. Ele saía dali perdoado, certo da aceitação divina.
Assim, no serviço antítipo, quando um pecador é levado pelo
Espírito Santo a aceitar a Cristo como seu Salvador e Senhor,
Cristo assume seus pecados e responsabilidade. Ele é perdoado
graciosamente. Cristo é o Fiador do crente, bem como o seu
Substituto."
 Lugar Santissimo:
A segunda divisão do ministério sacerdotal acha-se centralizada
primariamente no santuário, tendo a ver com a purificação do
santuário e do povo de Deus. Essa forma de ministério, que
focalizava o lugar santíssimo do santuário e que podia ser
desempenhada tão-somente pelo sumo sacerdote, limitava-se a
um único dia do calendário religioso.
A purificação do santuário requeria dois bodes - o bode do
Senhor e o bode emissário (Azazel, em hebraico). Ao sacrificar o
bode do Senhor, o sumo sacerdote efetuava a expiação pelo
"santuário [na verdade, 'santuário' em todo este capítulo refere-se
ao lugar santíssimo], pela tenda da congregação [o lugar santo], e
pelo altar [o pátio]" (Levítico 16:15 a 21)
Tomando o sangue do bode do Senhor, o qual representava o
sangue de Cristo, e levando-o para o interior do lugar santíssimo,
o sumo sacerdote aplicava-o diretamente, na própria presença de
Deus, ao propiciatório - a cobertura da arca, dentro da qual
estavam contidos os Dez Mandamentos -  a fim de satisfazer as
exigências da santa Lei de Deus.
Sua ação simbolizava o imensurável preço que Cristo teria de pagar
pelos nossos pecados, revelando quão ansioso Deus Se sente por
efetuar a reconciliação de Seu povo consigo mesmo (II Coríntios
5:19). Então, o sumo sacerdote aplicava esse sangue ao altar do
incenso e ao altar dos holocaustos, os quais haviam sido diariamente
aspergidos com o sangue que representava os pecados confessados.
Dessa forma, o sumo sacerdote efetuava a expiação pelo santuário,
bem como pelo povo, efetuando assim a purificação de ambos
(Levítico 16:15 a 21; Levítico 16:30 a 33).
 
Passo seguinte, representando a Cristo como mediador, o sumo
sacerdote assumia sobre si próprio os pecados que haviam poluído
o santuário e os transferia para o bode vivo, Azazel, o qual era
então conduzido para fora do acampamento do povo de
Deus. Este ato removia os pecados do povo, os quais a esta altura
haviam sido simbolicamente transferidos dos crentes arrependidos
para o santuário através do sangue ou da carne dos sacrifícios do
ministério diário de perdão. Desde modo o santuário era
purificado e preparado para mais um ano de atividade ministerial
(Levítico 16:15 a 21; Levítico 30:37).15 E assim todas as coisas
eram colocados em ordem entre Deus e Seu povo.16
Vemos assim que o dia da expiação ilustra o processo de
julgamento que lida com a erradicação do pecado. A expiação
levada a efeito nesse dia "prefigurava a aplicação final dos
méritos de Cristo a fim de banir a presença do pecado por toda a
eternidade, e para empreender plena reconciliação do Universo,
sob o governo harmonioso de Deus".17
 Azazel, o Bode Emissário.
"A tradução 'bode emissário', do hebraico azazel, provém da
Vulgata, com a expressão 'caper emissarius', ' bode a ser
mandado embora' (Levítico 16:8).18 O exame cuidadoso de
Levítico 16 revela que azazel representa Satanás, e não Cristo,
conforme alguns têm imaginado. Os argumentos que apóiam esta
interpretação, são:
 1 O bode emissário não era morto como sacrifício, e assim não
poderia ser usado como um meio para trazer o perdão, uma vez
que 'sem derramamento de sangue não há remissão (Hebreus
9:22);
2 O santuário era inteiramente purificado pelo sangue do bode do
Senhor antes que o bode emissário fosse introduzido no ritual
(Levítico 16:20).
 Estudando com atenção, nota-se que a passagem trata o bode
emissário como um ser pessoal que é o oposto, e se opõe, a Deus.
Levítico 16:8 diz literalmente:
'Um para o Senhor, o outro para Azazel'. - Portanto, na
compreensão da parábola do santuário, é mais coerente ver o bode
do Senhor como símbolo de Cristo e o bode emissário - Azazel -
como símbolo de Satanás."
  O dia da expiação:
Acontecia no 10º dia do 7º mês ( equivale ao mês de outrubro de
nosso calendário). Era um dia de convocação onde todos
deveriam estar arrependidos dos seus pecados. Acontecia então a
prificação do santuário e o pecado de todos era tranferido para o
santário. Depois o sacerdote tranferia o pecado para o bode
emissário, que era levado ao deserto onde morria. Esta cerimonia
simbolizava o juizo. Lev.16:2-10;16:15-30.
 A nova aliança :
Lendo mateus capitulo 27 nos veros 50 e 51, observamos que é
relatado que o véu do templo que separava os 2 compartimentos
do santuário rasgou-se quando Cristo morreu na cruz. Esse foi um
sinal de que todo o ritual terrestre havia chegado ao fim. Jesus
"abriu" a porta da salvação, quebrando as barreiras entre Deus e
os homens devido ao pecado.
Todos os símbolos e rituais do santuário terrestre apontavam para
Cristo ( ver estudo sobre a lei e o sábado para mais detalhes). Mas
com sua morte não havia mais necessidade deles. O que está em
vigor é o santuário celestial. Cristo em 1844 ( ver estudo sobre o
tema), passou do lugar Santo, onde já estava desde a ressureição
para o lugar santíssimo, dando início, como nosso sumo
sacerdote, a fase final do juízo ( equivalente ao dia da expiação do
santuário terrestre). Não irá demorar muito e Cristo irá terminar
sua intercessão. Devemos pois aceitar a Cristo enquanto Ele está
advogando por nós juno ao pai, pois chegará um momento em que
Cristo cessará sua intercessão, sairá do santissimo e retornará ao
lugar santo (como no santuário terrestre), mas ao chegar esse
momento, não haverá mais graça e perdão.
 Fonte das informações dos ministerios santo e santissimo: no site
www.jesusvoltara.com.br

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