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‘16.18 Pedro... pedra Aqui, o texto original grego apresenta um jogo de palavras.

Jesus diz:
“Você é pétros (Pedro), e sobre esta pétra (pedra) eu construirei a minha Igreja.” sobre esta
pedra Ef 2.20.” BENTLH

“16.18 Esta pedra. Apesar do jogo de palavras, não é a pessoa de Pedro que é a
pedra fundamental da Igreja. É Cristo mesmo, segundo o próprio Pedro (1 Pe 2.4-8; cf.
Mt 21.42-44). Até certo ponto, todas os apóstolos são pedras fundamentais, mas só pelo
fato de serem porta-vozes e testemunhas do evangelho, garantindo sua veracidade (Ef 2.20).“
BESHEDD

16.18 O nome Pedro já tinha sido dado a Simão quando Jesus o encontrou pela primeira vez
(Jo 1.42). Aqui Jesus deu ao nome um novo significado. Jesus disse: “Tu és Pedro \petros em
grego] e sobre esta pedra [petra em grego] edificarei a minha igreja”. Embora seja evidente o
jogo de palavras, a que se refere esta pedra? A “pedra” sobre a qual Jesus edificará a sua igreja
foi identificada de quatro maneiras principais:

1. “O próprio Senhor Jesus, como o arquiteto divino da nossa fé, e Ele mesmo como a
pedra fundamental. Mas alguns pensam que esta verdade não parece ser o que se quer dizer
aqui. Eles entendem que o foco estava em Pedro.

2. Pedro, como 0 supremo líder, ou primeiro “bispo”da igreja, uma versão incentivada por
estudiosos católicos romanos. Esta versão dá autoridade à hierarquia da sua igreja e considera
Pedro e cada um de seus sucessores como o supremo pontífice da igreja. Não há menção a
sucessão nestes versículos, entretanto, e embora a igreja primitiva expressasse grande
consideração por Pedro, não há evidências de que eles

o considerassem como a autoridade mais elevada.

3. A confissão de fé que Pedro fez, e que todos os verdadeiros crentes subsequentes


também fazem. Esta visão foi apresentada por Lutero e pelos reformadores como uma reação
à segunda visão, expressa acima.

4. Pedro como 0 líder dos discípulos. Da mesma maneira como Pedro revelou a
verdadeira identidade de Cristo, o Senhor também revelou a identidade e o papel de Pedro.
Embora a sucessão apostólica não possa ser encontrada neste contexto, nem nas epístolas, o
papel de Pedro como um líder e porta-voz da igreja não deve ser desconsiderado. Pedro
recebeu a revelação do discernimento e da fé a respeito da identidade de Cristo, e foi o
primeiro a confessar a Cristo.

Embora a palavra “igreja” (ekklesia), nos Evangelhos, só seja encontrada no texto de Mateus, o
conceito é encontrado nos quatro Evangelhos. As palavras de Jesus revelam que havería um
período definido entre a sua morte e a sua segunda vinda, chamado de “era da igreja”. “Igreja”
significa “o povo escolhido de Deus”. A autoridade individual de Pedro ficou clara no Livro de
Atos, quando ele se tornou o porta-voz dos discípulos e da comunidade cristã. Mais tarde,
Pedro lembrou os cristãos de que eles eram a igreja construída sobre o alicerce dos apóstolos
e profetas, tendo Jesus Cristo como a pedra fundamental (1 Pedro 2.4-8; veja também
1Coríntios 3.11). Todos os crentes estão unidos nesta igreja pela fé em Jesus Cristo como
Salvador; a mesma fé que Pedro expressou aqui (veja também Efésios 2.20,21; Ap 21.14). Os
verdadeiros crentes, como Pedro, consideram a sua fé como uma revelação de Deus, e estão
dispostos a confessá-la publicamente. Jesus elogiou Pedro pela sua confissão de fé. Uma fé
como a de Pedro é a base do reino de Cristo.

As portas do inferno representam Satanás e seus seguidores. Estas palavras podem ser
interpretadas como o poder de Satanás na ofensiva contra a igreja. Cristo promete que
Satanás não irá derrotar a igreja; ao contrário, a esfera de operações do nosso adversário é
que será derrotada. Com estas palavras, Jesus fez a promessa da indestrutibilidade da igreja, e
da proteção de todos aqueles que creem nele , e se tornam parte da sua
igreja.”CBNTAPESSOAL

A confissão em Gesaréia de Filipe (16.13-20)

V. comentário de Mc 8.27-33 (Lc 9.18-22) acerca dos v. 13-16,20. O fato de que Marcos e Lucas
omitem o Filho do Deus vivo sugere que Jesus pronunciou a sua bênção sobre Pedro porque
ele o tinha reconhecido como o Messias, e não porque ele tinha percebido a sua natureza
divina. O reconhecimento precoce de Jesus como Messias (Jo 1.41,45,49) tinha sido um ato de
entusiasmo; a confissão de Pedro expressou a convicção madura gerada pela revelação divina,
v. 17. filho de Jonas (Yona), provavelmente, é uma abreviação incomum de Yochanan, i.e.,
João (Jo 21.15). v. 18. você é Pedro (petros), e sobre esta pedra (petra) edificarei a minha
igreja'. Até que ficou demonstrado na última década do século XIX que normalmente Jesus
deve ter ensinado em aramaico, a exegese protestante popular desse versículo
contrastava petros, uma pedra, com petra, uma rocha, assim tentando descartar a idéia de
que Pedro de alguma maneira deveria ser o fundamento da igreja. Já antes, quando a
verdadeira natureza do grego koinê começou a se tornar conhecida, alguns estudiosos
estavam insatisfeitos com o jogo de palavras, que se encaixava melhor com o grego clássico do
que com o koinê. Uma vez que se compreendeu que o nome conferido era o termo
aramaico Kepha (gr. kêphas, português Cefas), ficou claro que o suposto jogo de palavras tinha
de ser abandonado, pois era impossível em aramaico. Que Cefas foi o nome dado, fica claro no
uso que Paulo faz do nome ao citá-lo oito vezes e citar “Pedro” somente duas vezes (G1 2.7,8).
Parece claro então que a formulação tão atacada da NEB (e de Phillips) é justificada: “Você é
Pedro, a Rocha, e sobre esta rocha...”. Felizmente, a verdade ou falsidade das afirmações
católicas-romanas acerca da autoridade do papado não deve ser decidida por meio da
exposição de um jogo de palavras duvidoso. A não ser que, contra a clara sugestão do texto,
retratemos Jesus como se voltando de Pedro para os outros, esta pedra não pode ser o
próprio Pedro, mas é contrastada com ele, i.e., deve ser a confissão dele. A grandeza e
liderança de Pedro podem ser vistas em At 1.15; 2.14; 5.3,8,15; 8.14; 10.46,47. Por outro lado,
Mt 18.1; 19.27; 20.21; Lc 22.24; At 11.2; G1 2.11 etc. não mostram nenhum sinal de que Pedro
ou os outros tinham alguma concepção de que uma primazia absoluta tinha sido conferida a
ele. minha igreja (ekklêsia): A palavra usada por Jesus deve ter sido qahal (heb.), com
freqüên-cia traduzida por ekklêsia na LXX. Ao tentar fixar o seu significado, precisamos nos
afastar de conotações que os convertidos gentios de Paulo possam ter imposto ao termo.
Qahal (heb.) ou kenishta (aramaico) eram termos usados para toda a congregação de Israel,
i.e., Israel como um todo agindo como o povo de Deus; eram usados também com
referência às unidades locais menores, que de maneira ideal representavam o todo. E o
sentido mais amplo que é usado aqui, e o mais restrito em
18.17. “Os poderes da morte” (RSV): Uma boa formulação de as portas do Hades. Não seriam
os poderes satânicos, mas os da morte, que Jesus deveria derrotar na sua ressurreição. v. 19.
as chaves do Reino dos céus: Isso deve ser compreendido à luz de Is 22.22; a autoridade para
ligar ou desligar não é a de admissão ou exclusão, mas de decidir o que é e o que não é a
vontade de Deus. Essa última promessa em 18.18 é estendida não somente aos outros
discípulos, mas, por dedução, a todos os cristãos espirituais.

A primeira predição da Paixão (16.21-23)

V. comentário de Mc 8.31-33.

O preço do discípulado (16.24-28)

V. comentário de Mc 8.34—9.1 (Lc 9.23-27). Ao lermos a observação meticulosa sobre Mc 9.1,


devemos levar três pontos em consideração: (a) O ponto de vista moderno comum segundo o
qual Jesus estava prevendo uma segunda vinda precoce está descartada, independentemente
de se atribuir falibilidade a ele, em virtude de sua declaração enfática, não muito tempo
depois, de sua ignorância acerca desse tema (24.36; Mc 13.32). (b) As interpretações que
envolvem a transfiguração, a ressurreição e o derramamento do Espírito Santo tropeçam no
fator tempo, pois nenhum de seus ouvintes tinha necessariamente morrido então, (c) A
destruição de Jerusalém, embora satisfaça o fator tempo, não possui a aura de glória
sugerida, cf. o choro de Jesus pela cidade. A única interpretação que parece fazer justiça a
todos esses fatores não leva em consideração a predição de nenhum incidente; antes, prevê-
se todo o período de abertura da existência da Igreja desde a ressurreição (a
transfiguração era uma prefiguração da ressurreição). Esta, em diversas maneiras, chegou à
sua conclusão na destruição de Jerusalém.” CB NVI

“c. A confissão de Pedro ( 16: 13-20 )


13
Agora, quando Jesus foi para as regiões de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus
discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem é? 14 E eles disseram:
Alguns dizem que é João Batista; alguns, Elias; e outros, Jeremias ou um dos
profetas. 15 Disse-lhes, quem dizeis que eu sou? 16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és, Simão
Barjonas, porque a carne eo sangue não vos revelou que a ti, mas o meu Pai que está nos
céus. 18 E eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e
as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 I te darei as chaves do reino dos céus, e
tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; o que tu deverás desligares na terra será
desligado nos céus. 20 Então ordenou aos discípulos que eles a ninguém dissessem que ele
era o Cristo.” CB WESLEYANA

16.18 — Pedro no original grego é Petros, e pedra é petra. Petros é uma pedra móvel, grande
ou pequena, enquanto petra é uma rocha. Cristo pode ter feito essa declaração olhando para
a estrutura rochosa que havia ali perto. Alguns dizem que essa diferenciação não pode ser
feita porque o Senhor falou em aramaico, uma língua na qual não há tais variações para essa
palavra; no entanto, a inspiração do Novo Testamento veio do Espírito Santo, que usou um
vocabulário diferente. Além disso, Jesus pode ter falado grego dessa vez, pois Ele era
trilingue e falava grego, aramaico e hebraico. Por outro lado, o trocadilho — petros e petra
— não faria sentido, e não há como citar a tradução em aramaico feita em outros trechos do
livro porque isso não era comum, já que o grego era o idioma mais usado na época. A pedra
sobre a qual Cristo edificaria Sua Igreja é a confissão de Pedro: Tu és o Filho de Deus, o
Cristo.

Edificarei a minha igreja nos mostra que a igreja ainda não havia começado. Dos quatro
Evangelhos, somente em Mateus a palavra Igreja é encontrada, inclusive num texto que
trata de disciplina (Mt 18.17). E claro que os discípulos ainda não entendiam a doutrina da
igreja no Novo Testamento, que pressupunha a igualdade entre judeus e gentios (Ef 2.11—
3.7). Eles entenderam apenas que a Igreja seria um grupo de pessoas ou uma congregação
do Senhor. Alguns creem que as portas do inferno eram apenas uma forma judaica de
referir-se à morte, e que Cristo só estava dizendo que a morte não venceria a Igreja. Um dia,
no poder do Cristo ressurreto, a Igreja e todos os redimidos ressuscitarão. A morte não terá
poder sobre a Igreja. Outros creem que a frase significa que as forças do mal não vencerão o
povo de Deus. “ O NOVO COMENTARIO BIBLICO DO N.T. RADAMASHER

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