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As asas dos
serafins
https://youtu.be/nrs2_ggXCWo

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime
trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele.
Cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés e com
duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo:
“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da
sua glória.”” (Is 6.1-3).

ü Neste texto de Isaías 6, temos a única menção a estes seres angelicais

que rodeiam o trono de Deus. Vejamos algumas de suas características:

O que o ministério dos serafins nos aponta

Ao anúncio do perdão dos pecados por Deus

“Então um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que
havia tirado do altar com uma pinça. Com a brasa tocou a minha boca e disse:
— Eis que esta brasa tocou os seus lábios. A sua iniquidade foi tirada, e o seu
pecado, perdoado” (Is 6.6-7).

ü Os serafins foram agentes para o perdão dos pecados de Isaías. Somente

Deus pode perdoar os pecados, e ele envia seus mensageiros como
instrumentos para o mesmo, como o foram aqueles serafins e, hoje, os
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pregadores da Palavra de Deus, cuja semente lançada no coração e

operacionada pelo Espírito Santo – que convence o homem do pecado,
da justiça e do juízo (Jo 16.8) – os leva, pela fé, ao arrependimento dos
pecados e consequente perdão divino, reestabelecendo o relacionamento
do pecador com Deus.
ü Observe que o perdão só foi promovido quando um dos serafins pegou
uma brasa “do altar”. A fonte do perdão está na presença de Deus, e não
no serafim, que foi um instrumento para levar tal brasa a Isaías.
ü Temos, como discípulos de Cristo, pregar o evangelho a toda criatura,
buscando no altar de Deus a fonte para tal bendita tarefa.

À santidade

“E clamavam uns para os outros, dizendo:

“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da
sua glória.” (Is 6.3).

ü eles mesmos clamaram “santo, santo, santo” (‫ָקֹ֧דושׁ ָקֹ֛דושׁ ָקֹ֖דושׁ‬, kadosh,
kadosh, kadosh), valendo observar que, não havendo superlativos no
hebraico, a menção duplicada assim o equivale e, triplicada (algo
incomum), aumenta ainda mais o valor do termo, apontando a uma
expressão como “mais do que santíssimo”.
ü A salvação e a santificação são interligadas: uma não existe sem a outra.
Podemos dizer que a salvação é um ATO INICIAL, e a santificação é a
continuidade e o DESENVOLVIMENTO DESTE ATO inicial. É como
se a salvação fosse o nascimento, e a santificação o crescimento.
Enquanto o novo nascimento torna a árvore boa, a santificação torna
bons os frutos dessa árvore.

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ü Quando entregamos nossa vida a Jesus, somos perdoados e

reconciliados com Deus. A partir de então, a meta do salvo passa a ser
manter-se separado da impureza, santificando-se mediante a busca da
santificação. A Bíblia é clara e não deixa margem para dúvidas:

“Procurem viver em paz com todos e busquem a santificação, sem a

qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

A uma postura de adoração ardente

“E clamavam uns para os outros, dizendo:

“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia
da sua glória.”...
Então um dos serafins (‫ )ְשָׂרִ֨פים‬voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva,
que havia tirado do altar com uma pinça (Is 6.3).

ü Estes seres angelicais são tão associados à adoração e à santidade, como

registra o texto supracitado, que o próprio termo “serafim” (‫ָשָׂרף‬, seraf)
advém do verbo ‫ָשַׂרף‬, saraf, que significa “queimar”, o que pode apontar
não apenas à purificação (que o fogo promove) como também ao altar
que está no céu, de onde os mesmos tiraram brasas para purificar Isaías.
ü Eles adoravam ao Senhor (“Santo, santo, santo”) de forma ardente,
como seu nome os aponta, exaltamdo a glória de Deus.
ü Não existe “gelo” na presença dos serafins.
ü Quanto mais próximos estavam de Deus, mais “ardentes” são (e somos).
ü Devemos adorar não apenas com os nossos lábios, mas com o nosso
coração.

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O 1º par de asas

Devemos servir a Deus com temor

“Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o
rosto...” (Is 6.2a).

ü Como todo aquele que está em um local escuro e é levado diante do

brilho do sol, oculta o su rosto, assim é o pecador, ao encontrar a luz do
Senhor em sua vida.
ü Além de ser o princípio da sabedoria (Sl 111.10), a santidade do salvo é
pautada no genuíno temor a Deus. Só deste modo é que, nele, seremos
aperfeiçoados:

“Portanto, meus amados, tendo tais promessas, purifiquemo-nos

de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando
a nossa santidade no temor de Deus” (2Co 7.1).

ü Ainda que sendo filhos de Deus, chamando-o de “papaizinho” (ἀββᾶ,

abba, Rm 8.15), devemos manter o temor e a reverência diante dele.
ü Intimidade não significa desrespeito, e proximidade não significa
irreverência. Não sejamos desrespeitosos a Deus em nosso culto.

“Por isso, recebendo nós um Reino inabalável, retenhamos a

graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com
reverência e temor” (Hb 12.28).

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O 2º par de asas

Devemos servir a Deus com humildade

“Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o
rosto, com duas cobria os seus pés...” (Is 6.2b).

ü Quando Deus disse para Moisés tirar as sandálias dos pés (Êx 3), pois
aquele era um lugar santo, queria mostrar-lhe que devemos nos
apresentar a Deus humildemente.
ü No Antigo Oriente, os pés representam a parte mais humilde do corpo, e
lavar os pés de um visitante era um sinal de honra ao mesmo (ao ponto
de Jesus fazê-lo com os seus discípulos, em Jo 13, demonstrando, assim,
ser um verdadeiro servo).
ü Devemos servir a Deus com humildade.

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O 3º par de asas

Devemos servir a Deus com liberdade

“Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o
rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava” (Is 6.2c).

ü A função primária das asas é permitir o voo.

ü Voar aponta à liberdade, a não parar por causa dos obstáculos.
ü Somos livres por Jesus, e por ele somos renovados, para voltarmos a
voar, como águias, e servi-lo por toda a nossa vida.

“Mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com

asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”
(Is 40.31).

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