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O marxismo cultural é uma vertente da teoria marxista que entende que a transformação da
sociedade e da política é feita com base em esforços académicos e intelectuais contínuos
para subverter a cultura ocidental.
A revolução tomará o poder não pelas armas, mas pela destruição de valores e crenças
tradicionais que serão substituídos pelos valores revolucionários.
Para saber mais sobre ideologias políticas e sua influência na história moderna, a
Brasil Paralelo está oferecendo gratuitamente o e-book Ideologias Políticas: As
Diferentes Correntes. Não perca a oportunidade de conhecer as origens e os
principais pensadores da transformação cultural do mundo ocidental dos últimos
anos.
luta de classes;
Mais-Valia;
ideia de alienação
superestrutura e infraestrutura;
socialismo científico.
A teoria marxista não engloba apenas a obra de Karl Marx. Diversos autores
desenvolveram suas teorias e as envolveram em outros campos do conhecimento, além de
teorizarem novos desdobramentos para as teses de Marx.
Na China, Cuba, Vietnã, e outros países viveram experiências socialistas com ideias
diferentes daquelas originalmente propostas por Marx.
As modalidades de guerra
1. Guerra Cultural;
2. Guerra de Informação;
3. Guerra de Narrativas e da Desinformação.
Guerra Cultural
A revolução lenta e pacífica é feita por meio da guerra cultural. Sem que seja
derramado sangue ou sem que as pessoas sequer percebam, a revolução vai tomando as
instituições, símbolos da cultura e modificando ambos para consolidar seu projeto de poder.
A estratégia foi desenhada por Antonio Gramsci.
Guerra de Informação
A guerra de informação é uma estratégia adotada por vários países no século XX,
especialmente no contexto da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria. Ocupar espaço,
controlar informações cruciais, são formas de deter vantagens objetivas contra adversários.
Saul Alinsky é quem percebeu que melhor do que tomar a informação do adversário para
ter uma vantagem competitiva, é lançar uma informação falsa sobre o adversário que o
coloca em xeque perante todos os demais. Plantar uma mentira proposital para
comprometer os planos de ação do adversário — para isso é usado a tática da
desinformação.
O tenente-general da STB, Ion Mihai Pacepa, aponta em seu livro Desinformação, que essa
estratégia foi realizada e incentivada pela KGB ao redor do mundo.
A estratégia das modalidades de guerra foi usada para propagar a teoria do Marxismo
Cultural. Este movimento começa com um pensador italiano.
Antonio Gramsci
Antonio Gramsci foi um teórico do partido comunista italiano responsável por
compreender que era perda de tempo fazer uma revolução armada.
Empreender uma guerra para conseguir o poder a fim de tomar o Estado para implementar
o socialismo através da planificação da economia e de tudo aquilo que a teoria socialista
propunha, para Gramsci, não era a melhor opção.
Ele argumentou que era mais fácil, por meio das instituições culturais, fazer as
pessoas acreditarem que o sistema não vale nada e que o socialismo é a melhor opção.
Gramsci entendia que a revolução cultural era um fronte de batalha muito mais
viável que o estado de armas implementado por Lênin na União Soviética.
A resposta não demorou a surgir. Felix Weil, utilizou de sua fortuna familiar para fundar o
que veio a se chamar “Escola de Frankfurt”: um “think tank” marxista que, abandonando as
ilusões de um levante universal dos proletários, passou a dedicar-se ao único
empreendimento viável que restava: destruir a cultura ocidental.
Escola de Frankfurt
O marxismo original foi adaptado para que influenciasse o Ocidente e mudasse a cultura
por meio das ideias e da linguagem, alterando os hábitos das pessoas.
Max Horkheimer;
Friedrich Pollock;
Theodor Adorno;
Herbert Marcuse;
Erich Fromm;
Jurgen Habermas;
Wilhelm Reich.
As ideias desses teóricos permanecem vivas nos dias de hoje, sobretudo nas
universidades e nas grandes mídias de comunicação. A partir do ensino acadêmico e da
formação de novos profissionais, as ideias frankfurtianas permeiam a cultura.
A Escola de Frankfurt está inserida no contexto histórico do século XX. Apesar das
duas guerras mundiais, os trabalhadores não se uniram contra seus patrões como
Marx previa. Além disso, devido à Revolução Russa, as discussões sobre a implementação
de regimes socialistas se fortaleceram.
A queda do Muro de Berlim não significou o fim das ideias socialistas. Ao contrário,
seu aparente fim serviu para estas ideias se fortalecerem no Ocidente. Não há dúvidas
de que os Estados Unidos venceram militarmente, mas a verdade é que o povo americano
entregou sua cultura ao inimigo.
Teoria crítica: a teoria tradicional foi criada para ser neutra, a teoria crítica para
destruir a realidade e reconstruí-la segundo a ideologia marxista. Tradicionalmente,
estudam-se os conceitos e apenas depois de entender a realidade de forma objetiva e
verdadeira, analisa-se quais ações eram necessárias para gerar alguma mudança. A
teoria crítica, ao contrário, critica o máximo possível as condições sociopolíticas e
econômicas, focando não na análise da realidade, mas na crítica em primeiro lugar.
A teoria crítica é a politização da lógica.
Entenda como a sociedade pode ser manipulada por meio das estratégias da Janela
de Overton.
Saul Alinsky
Saul Alinsky foi um grande estrategista político que comungava de ideais marxistas e
encontrou meios de implementá-las na sociedade. Era filho de russos que imigraram para
os Estados Unidos e tinha em Lênin um grande ídolo.
Para entender suas ideias, um importante episódio de sua vida resume bem:
Estava se reunindo com um grupo de militantes que haviam decidido fazer uma
manifestação contra o Bush pai.
Alinsky, então, compartilhou sua ideia: vestir alguns indivíduos com roupas da Ku
Klux Klan (KKK), movimento mais racista da história dos EUA, para que, em
determinado momento, no meio da manifestação, declarassem apoio a Bush.
Para ele, isso seria muito mais eficiente do que um protesto de oposição.
Além disso, propôs que ligassem para jornalistas, para que cobrissem a manifestação, a fim
de infiltrar, na mídia, a narrativa de que a KKK apoiava o Bush.
Outro episódio marcante de sua vida foi quando foi entrevistado acerca da questão do
objetivo das ONGs. O entrevistador lhe perguntou qual era o objetivo da ONG e ele,
talvez levado pelo momento, respondeu: “o problema nunca é o problema. O problema é
sempre a revolução”.
Com base nas teorias de Saul Alinsky, da Escola de Frankfurt e de Antonio Gramsci, o
Marxismo Cultural ganha força no cenário político global.
“Essa base revolucionária não está totalmente ancorada em Marx. Há muitas outras
teorias presentes, mas um fato é inexorável: de todas as teorias revolucionárias
produzidas na História Contemporânea, a teoria que mais ganhou força cultural e política
tenha sido a teoria marxista da revolução, que se propagou e ganhou novas roupagens à
medida que as diferentes escolas sociológicas passaram a desenvolver teorias sociais
ampliadas que, de alguma forma, acabavam numa noção da guerra e da revolução como
plano de fundo da civilização humana”.
As minorias hoje pautam o debate público. Muito é dito sobre suas reivindicações e suas
críticas, mas pouco é dito sobre suas origens e propostas.
Outro movimento que segue o mesmo rumo é o feminismo, um movimento político e social
extremamente popular. Suas concepções pautam a mídia, o debate público e até interações
sociais.
Por trás da feição conhecida se esconde outra; muitos apoiadores do movimento sequer a
conhecem, mas já foi revelada A Face Oculta do Feminismo.
O discurso politicamente correto, a linguagem neutra, tudo isto e outras diversas pautas são
frutos da influência da implementação teórica do marxismo cultural.
Para saber mais sobre ideologias políticas e sua influência na história moderna, a
Brasil Paralelo está oferecendo gratuitamente o e-book Ideologias Políticas: As
Diferentes Correntes. Não perca a oportunidade de conhecer as origens e os
principais pensadores da transformação cultural do mundo ocidental dos últimos
anos.