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Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
Efésios 2:8
Objetivos da Lição:
I) Explicar a natureza da graça;
II) Apresentar a graça no contexto bíblico;
III) Classificá-la no contexto histórico da Reforma Protestante;
IV) Pontua-la no contexto contemporâneo.
Questionamentos:
1. A Graça de Deus é barata?
2. Por que dizemos que a graça é um favor imerecido?
3. A graça é uma necessidade da humanidade?
4. As pessoas valorizam a graça hoje em dia?
Oração
Introdução: Nesta lição estudaremos sobre a graça de Deus. Não há dúvidas de que nos últimos anos os
cristãos têm demonstrado maior interesse em conhecer melhor a doutrina da graça. Nesse sentido, pode-
se dizer que há um despertar da graça. Contudo, para muitos, esse ensino continua ainda ofuscado. Nesse
aspecto, pode se dizer que a doutrina da graça tem sido mal compreendida e, portanto, mal assimilada e,
consequentemente, desvirtuada. Muito do que se prega e se ensina como sendo o Evangelho da graça,
nada mais é do que uma forma deturpada da graça. É a graça Barateada.
Palavra-Chave: BANALIZAÇÃO
Já falamos que a definição de graça é “favor imerecido”, e por definição a graça vai se opor
radicalmente ao significado de Justiça.
Isso porque a Justiça é de fato algo que merecemos, uma retribuição segundo o nosso mérito.
A justiça é merecida ou conquistada através de obras e condutas que foram observadas
previamente por alguém.
Enquanto a justiça é devida, a graça é simplesmente dada espontaneamente.
Isso quer dizer que a graça não é uma retribuição justa por algo realizado, mas é um presente; é um
favor não conquistado com base em méritos prévios.
Com essa idéia fixa na cabeça, conseguimos ir além e compreender o porque temos sofrimento no
mundo.
Muita gente questiona a existência do sofrimento no mundo, ou o fato de nem todas as pessoas
serem salvas.
E com isso algumas vezes essas pessoas ficam inclinadas a duvidar do caráter de Deus.
O erro dessas pessoas está justamente em não compreender o que é graça, e achar que Deus deve
algo ao homem.
Mas a verdade é que Deus não está numa posição em que Ele seja obrigado a agir de forma
favorável à humanidade.
Se Ele derrama do seu favor sobre o homem, isso é graça, não dívida.
O que de fato o homem merece receber de Deus é a sua justiça, porém sabemos que a justiça
recompensa o inocente e castiga o culpado.
O problema é que a Bíblia diz que não há um único homem justo, pois todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus.
justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Não há distinção,
pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,
Romanos 3:22,23
Então diante de Deus todos os homens são transgressores que merecem receber o peso da
justiça divina. Logo, todos deveriamos ser não só castigados, mas condenados.
Mas engana-se quem pensa que a graça de Deus anula a sua justiça.
O fato de Deus agir graciosamente para conosco não significa que sua justiça fica insatisfeita.
Tópico 3: A graça de Deus revelada em Cristo
Soberanamente Deus resolveu agir de forma favorável para aqueles que mereciam o castigo.
Ele resolveu declarar inocentes aqueles que mereciam ser condenados.
Mas Ele não fez isso apenas ignorando o erro dessas pessoas, pois se fosse assim Ele não seria
justo.
Então nesse ponto encontramos Cristo nos mostrando o que de fato é a graça de Deus. O que
aconteceu foi que o erro dessas pessoas culpadas foi punido na pessoa de Cristo.
Vamos pensar assim: Um comerciante tinha em sua base de clientes 12 caloteiros cujas contas fechavam
mais de 45 mil reais. Ela poderia acionar a justiça para reaver esse dinheiro e até chamar a polícia para isso,
porém um outro cliente muito rico pediu para o comerciante colocar toda a dívida no nome dele. O cliente
assumiu e pagou a dívida, e todos os caloteiros foram perdoados.
Onde está a graça ai?
Muitos teólogos reformados ficam chocados com as afirmações dos teólogos da Graça Livre,
acusando-os de “crença fácil” ou mesmo antinomianismo. Antinomianismo é a crença herética de
que um cristão não está sob nenhuma lei, seja bíblica ou moral, e, portanto, pode fazer o que
quiser.
O fato é que a Teologia da Graça Livre pode tornar mais fácil chegar ao antinomianismo.
No entanto, o ensino da Graça Livre não é antinomiano per se, à ênfase da Graça Livre na
segurança da salvação, novamente com base nas promessas básicas do Evangelho de João, de que
a fé é tudo o que é necessário para a salvação.
A doutrina da salvação pelo senhorio ensina que submeter-se a Cristo como Senhor caminha lado a
lado com confiar em Cristo como Salvador.
John MacArthur, cujo livro O Evangelho Segundo Jesus expõe o caso da salvação pelo senhorio,
resume o ensino desta forma: "O chamado do evangelho para a fé pressupõe que os pecadores
devem se arrepender de seus pecados e se render à autoridade de Cristo."
Em outras palavras, um pecador que se recusa a se arrepender não é salvo, pois ele não pode se
apegar ao seu pecado e ao Salvador ao mesmo tempo.
E um pecador que rejeita a autoridade de Cristo em sua vida não tem a fé salvadora, pois a
verdadeira fé engloba uma entrega a Deus.
Assim, o evangelho exige mais do que tomar uma decisão intelectual ou pronunciar uma oração; a
mensagem do evangelho é um chamado ao discipulado.
As ovelhas seguirão o seu pastor em obediência submissa.
Logo, eu não posso ser salvo se eu ainda peco como antes de conhecer a cristo, mantenho meu
pecadinho de estimação criado.
Os defensores da salvação pelo senhorio apontam os repetidos avisos de Jesus aos hipócritas
religiosos de sua época como prova de que simplesmente concordar com fatos espirituais não salva
uma pessoa. Deve haver uma mudança do coração.
Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão
dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.
Atos 2:38
A salvação pelo senhorio ensina que uma verdadeira profissão de fé vai ser apoiada por provas de
fé.
Ambas as visões estão dentro dos limites da ortodoxia.
Tópico 5: Reforma protestante