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CARISMÁTICO
IGREJA EPISCOPAL CARISMÁTICA DO BRASIL
CATEDRAL DA RECONCILIAÇÃO
3. CONCLUSÃO
CAPÍTULO 11 – EMMANUEL (DEUS CONOSCO)
Jesus certa vez no sopé do monte Hermom, perguntou: “Quem o povo diz que eu
sou?
Até hoje a maioria dos cristãos católicos romanos, ortodoxos orientais e protestantes,
consideram esta declaração uma cresça cristã ortodoxa.
Para alguns cristãos no Egito, na Síria e na Índia não a consideram assim, e as razões
desta disparidade encontram-se nas tentativas do quinto século de falar com clareza
sobre o Acontecimento.
A PALAVRA TORNOU-SE CARNE
“UMA IGREJA VIVA É UMA IGREJA QUE ADORA E CANTA, NÃO UMA ESCOLA
COM POSSE DE TODAS AS DOUTRINAS CORRETAS”
Whale queria dizer que os hinos mais preciosos da Igreja sempre trataram Cristo
como um objeto de adoração, e o corpo pulsante da experiência cristã é encontrado
não no credo da Igreja, mas em seus louvores.
Para os eruditos religiosos, entretanto, permanece que Deus em carne é mais do
que um sentimento cristão: é uma realidade cristã.
Os apóstolos já escreveram coisas como “a imagem do Deus invisível”, “a palavra
tornou-se carne”, e o “cordeiro que foi morto desde a criação do mundo”
No ebionismo e no gnosticismo se evidencia nítidas distorções dessa verdade,
motivo pelo qual os cristãos do segundo e terceiro séculos rejeitaram estes
movimentos.
As discursões ocorridas sobre o significado da encarnação não visavam explicar
Cristo, até porque Ele não se encaixa em nenhuma categoria: ELE É ÚNICO.
O grande mérito dos credos é que eles deixaram o mistério intacto.
Charles Williams destacou que as revoltas contra esses credos de Niceia e
Calcedônia, continha “sensibilidade imatura” – é natural.
Os concílios da Igreja estavam insensível com o JESUS SIMPLES. Elas não
servem a fé porque, os cristãos acreditavam que, em Jesus Cristo, há o encontro
entre terra e céu, entre homem e Deus.
A PALAVRA TORNOU-SE CARNE
Ao rejeitar a frase, Nestório fez parecer que, para ele, Cristo havia se unido a
duas pessoas.
Nestório não negava a divindade de Cristo; mas, enfatizava a realidade e a
integridade da humanidade do Salvador, retratando a relação entre as duas
naturezas em termos de uma conjunção moral ou de uma fusão de vontades
em lugar de uma união essencial.
Nestório também se recusava a atribuir os atos e sofrimentos humanos do
homem Jesus à natureza divina.
Cirilo, o patriarca de Alexandria (412-444) ficou especialmente alarmado com o
ensinamento de Nestório e indignado quando este deu ouvidos às queixas de
alguns membros do clero Alexandrino que Cirino havia disciplinado.
Cirilo durante o Concílio Geral de Éfeso, no ano de 431, reunido pelo imperador
Teodósio II, conseguiu fazer com que Nestório fosse deposto antes da chegada
tardia de seus partidários sírios, entretanto, quando estes chegaram, liderados
por João, patriarca de Antioquia, procederam com a condenação de Cirilo e
seus seguidores.
Lamentavelmente toda a questão, estava impregnada de POLÍTICAS DE
PODER, inclusive, o historiador eclesiástico norte-americano Willinton Walker
chamou o episódio de “uma das disputas mais repugnantes na história da
Igreja”
AS PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE CRISTO
Logo após o Concílio em Éfeso (431), surgiu uma terceira heresia, quando
Êutiques, líder espiritual de um mosteiro perto de Constantinopla, defendia a
natureza única de Cristo (monofisismo), unindo as duas naturezas a tal ponto que a
natureza humana parecia ser completamente absorvida pela divina.
É “como uma gota de mel que, ao cair no mar, se dissolve nele”, a natureza
humana em Cristo perde-se da divida”.
Desta forma, Êutiques negava o pré-requisito central para o mistério de Cristo e
sua missão como SALVADOR E REDENTOR – toda a doutrina cristã da redenção
estava em perigo.
Êutiques ao se recusar a abjurar frente ao patriarca Flaviano de Constantinopla
após uma convocação para um sínodo, foi condenado como herege, no entanto,
encontrou apoio em Dióscoro, patriarca de Alexandria, que seguia as ideias de
Cirilo, para a convocação de concílio imperial, por ordem do imperador Teodósio II,
resultando no restabelecimento de Êutiques, muito embora, isso não tenha sido
reconhecido pelo resto da igreja.
O papa Leão I (440-461) chamou-o de “CONCÍLIO DE LADRÕES”, pedindo ao
imperador um novo concílio. O sucessor de Teodósio, o imperador Marciano (450-
457), anuiu ao pedido e, no ano de 451, convocou o quarto Concílio Geral de
Calcêdonia.
A igreja primitiva, em oposição a Ário, afirma que Jesus era verdadeiramente Deus
e, em oposição a Apolinário, ele era verdadeiramente homem.
ESTABELECENDO OS LIMITES DA VERDADE
Esse ensinamento monofisita (uma única natureza), foi um fator importante para
que as igrejas Monofisistas se desligassem do restante da Ortodoxia Oriental.
PRIMÓRDIOS DO MONASTICISMO
O IDEAL MONÁSTICO
Sem dúvida, notas ascéticas (voltada para a vida espiritual) ressoam nos pregadores
da idade apostólica, como João Batista que vagava pelo deserto da Judeia com vestes
rudimentares e clamores de arrependimento.
O IDEAL MONÁSTICO
Jesus mesmo exortou um jovem a livrar-se de seus bens a fim de encontrar a vida
eterna e o apóstolo Paulo argumentou “a carne deseja o que é contrário ao Espírito, o
que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro” (Galátas 5:17)
Em um documento escrito em torno do ano de 140, chamado O pastor de Hermas,
logo após a época dos apóstolos, surgiu a ideia de uma moralidade inferior e outra
superior.
O pastor diz que o Novo Testamento, tanto ensina preceitos de fé, esperança e amor
para todos, como, aconselha àqueles que almejam fazer mais do que é exigido aos
cristãos comuns.
Com pouco tempo, outros cristãos passaram a enaltecer a abnegação,
especialmente ao celibato – a renúncia ao matrimônio e a prática da penitência, como
meio para remover o pecado.
Muitos lideres, dentre eles, Tertuliano, Orígenes e Cipriano, endossaram a ideia de
um nível mais elevado de santidade.
A primeira forma de monasticismo foi a vida como eremita solitário (termo grego que
significa deserto), começando no Egito, tanto nas regiões leste e oeste, colocando o
monge sempre em um árido deserto.
Antão, considerado o primeiro monge, nasceu em cerca de 250, no povoado de
Coma, teve atitude oposta aquele jovem rico, e aos 20 anos de idade, doou seu
dinheiro e logo assumiu a vida de solidão em um túmulo. Lendas narram suas batalhas
contra tentações: demônios, feras e mulheres e apesar tamanho estresse viveu uma
vida plena de 105 anos.
O IDEAL MONÁSTICO
Apoiar todo este esforço foi uma visão errada do homem. Os monges diziam que a
alma está acorrentada à carne como um prisioneiro a um cadáver; essa não é uma
visão bíblica da vida humana e gerou uma falha nos fundamentos do monasticismo.
Estes erros que reconhecemos hoje, não quer dizer que estavam imperceptíveis aos
homens do decadente Império Romano ou da Idade Média, pois de modo geral o
movimento monástico aparentava ser a forma mais genuína da vida cristão. Também
não podemos, ao observar os males do monasticismo, subestimar o imenso serviço
que os monges prestaram com a difusão e o desenvolvimento do cristianismo e da
CONCLUSÃO