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Expositor: Antonio Carlos Gentil

Casa Assistencial Espírita Geraldo Ferreira – Santo André

Aula 54

Fundação da Igreja Cristã

Simão, A “Pedra”

Simão bar Jonas, pode ser considerado o primeiro representante da


nova doutrina. "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja"

Jesus depositava em Pedro toda a confiança, apesar de suas negativas


quando interpelado, porém entende-se que Pedro aprenderá com as
suas derrotas, e não mais ter vacilado nos momentos mais difíceis do
seu testemunho, tanto é que Jesus, durante a última aparição vem
depositar toda confiança em Pedro dizendo, “Simão Bar Jonas,
pastoreia as minhas ovelhas.

O Apóstolo dos Gentios

Até o surgimento do convertido Paulo de Tarso, batalhador incansável,


que quase todo mundo conhecido da época pode tomar contato com a
nova doutrina.

Paulo lançou também bases da teologia cristã através das suas


epistolas, primeira tentativa de interpretação e aplicação prática dos
ensinamentos cristãos. A imensa fraternidade constituída pelos
seguidores de Jesus mantinha-se fiel aos mandamentos da moral cristã
aprendidos através das prédicas dos escritos dos apóstolos.
Herança Romana

Apesar de numerosas semelhanças com outras crenças monoteístas, o


Cristianismo trouxe uma proposta fundamentalmente nova. Pelo fato de
deixar sua pátria, a Palestina, pôde desligar-se de suas características
nacionalistas e irrompeu no mundo romano como um movimento
messiânico de amplitude internacional.

Além de valorizar o homem, atribuindo-lhe alma imortal, tornou-o


membro de uma nova família universal, presidida por um Deus único.

Simples e consistente na doutrina, a nova religião trazia uma


mensagem, relativa ao final dos tempos, centrada na idéia da
ressurreição e glorificação, inédita no mundo antigo.

Penetrando mais facilmente entre os escravos da cidade, o Cristianismo


atingiu todas as camadas da população. O Estado romano vivia um
momento de transição e, diante da inquietação gerada pela crescente
crise político-econômica, a mensagem de salvação espiritual
representava importante compensação.

E o Cristianismo pregava antes de tudo o distanciamento dos


problemas terrenos, prometendo a instauração de um mundo novo para
além do mundo visível. Por outro lado, as comunidades cristãs viviam
em comunhão de bens, pregando a igualdade de todos perante Cristo.
Dessa forma, embora visando essencialmente a salvação espiritual, a
mensagem cristã ganhou a conotação de revolução social e atraiu a
população injustiçada.

Desta forma, no séc. III, com a decadência dos cultos tradicionais


romanos, o cristianismo passou a ser uma força considerável.

Quando o imperador Constantino decidiu aceitar o Cristianismo, no início


do séc. IV, seus motivos foram predominantemente políticos, mas
tiveram um significado transcendental, pois, posteriormente, o
Cristianismo tornar-se-ia a religião oficial do império.

Para poder consolidar o Cristianismo, foi necessário criar estruturas mais


complexas para manter tanto a disciplina como para proteger a pureza
da doutrina. Os presbíteros (Sacerdotes/padre) foram substituídos por
uma hierarquia de bispos e começou a emergir uma estrutura diocesana
(Circusncrição territorial sujeita à administração eclesiástica de um
bispo). A Igreja Cristã desenhou sua própria organização baseando-se
no Império Romano.
Os bispos reuniam-se em sínodo (assembléia regular de padres,
convocada pelo bispo local) nas capitais provinciais e os pertencentes a
centros metropolitanos recebiam dignidades especiais. Roma, que havia
sido a sé de São Pedro, recebeu uma primazia de honra, apesar de que
seus bispos deviam compartilhar hierarquia e poder com os de Antióquia
e os de Alexandria e, depois, com os de Constantinopla e os de
Jerusalém.

Para as decisões importantes, principalmente em assuntos doutrinários,


o clero reunia-se em assembléia. As mais famosas foram: O Primeiro
Concílio Ecumênico de Nicéia (325), o Concílio de Constantinopla (381),
o de Éfeso (431) e o de Calcedônia (451). Estes encontros eram,
teoricamente, porta-vozes da Igreja, porém, de fato, ao ser a religião do
Estado, o cristianismo esteve sujeito à influência imperial.

Organização

A organização institucional da Igreja foi o resultado de uma evolução


gradativa. Nos primitivos tempos da nova religião, os cristãos se
reuniam em casas particulares, compartilhando da refeição eucarística,
repetindo orações e recontando histórias da missão de Jesus.

No séc. III o Cristianismo, que já estava desligado do contexto judaico,


deparou-se com situações novas. A Igreja ampliava sua influência e
constituía um grande povo. Mas, para consolidar sua expansão, era
necessário organizar-se.

As instituições eclesiásticas e as posições doutrinárias tiveram


desenvolvimento paralelo: os fundamentos da autoridade residiam na
origem apostólica. O termo "apóstolo" era considerado por Paulo de
Tarso em sua acepção etimológica - significando "enviado". A eleição de
um apóstolo provinha então de uma ordem carismática - qualificando-o
para a pregação do Evangelho. E sua autoridade era aceita desde a
comunidade de Jerusalém, sendo ele igualado aos doze escolhidos.

As primeiras autoridades da Igreja foram os apóstolos, aqueles


discípulos a quem Jesus pessoalmente confiara a responsabilidade
primária de continuarem sua obra. À medida, porém, que a Igreja se
difundia, cada congregação passou a ter necessidade de uma liderança
própria, para ensinar o credo crescentemente complexo, administrar os
sacramentos, gerir a propriedade que a congregação possuía em comum
e tomar providências em relação às necessidades materiais de seus
membros
Desde o início do Cristianismo, os Apóstolos tinham auxiliares, eleitos
pelo carisma divino. Suas funções eram administrativas e eles se
dividiam em presbiteroi (anciãos) e episcopoi (fiscais) e diáconos
(servidores). Quando se tornaram importantes, essas funções passaram
a depender da escolha da comunidade. De modo geral, os ministérios
carismáticos transformaram-se em ministérios institucionais. Seus
titulares eram qualificados para transmitir a seus sucessores o carisma
recebido. Repousado no rito da imposição das mãos ou ordenação - que
conferia a autoridade para o exercício do ministério - definiu-se então o
sistema hierarquizado do Cristianismo.

Os bispos eram considerados descendentes diretos dos Apóstolos. Essa


crença justificava-se na afirmação de que os primeiros seriam nomeados
por um apóstolo que, pela imposição das mãos, transmitira-lhes sua
autoridade. E a "sucessão apostólica", como uma linha contínua e fiel à
lei dos Apóstolos, tornou-se garantia da ortodoxia doutrinal: uma Igreja
que, através dos bispos, se reivindica descendente legítima dos
Apóstolos, não poderia jamais contaminar-se pela heresia.

As sedes episcopais não possuíam a mesma importância e autoridade.


Algumas, estabelecidas nas metrópoles regionais particularmente
importantes, atuavam como igrejas-mãe em relação às igrejas
episcopais das províncias. Originou-se então a igreja metropolitana e a
organização em províncias eclesiásticas, baseadas nas províncias do
Império. Sedes como Alexandria e Antióquia destacavam-se entre as
metropolitanas. Entretanto, a primeira posição na hierarquia eclesiástica
foi reivindicada pelo bispo de Roma, mesmo depois da mudança da
capital para Constantinopla.

Conclusão
Bem naquela época, como hoje só existe dois caminhos: ao nos
distanciarmos de Jesus, nos aproximamos da matéria e das imperfeições
humanas.

Objetivo, Inicio do trabalho de testemunho dos apóstolos. Igreja no sentido de


agrupar pessoas para vivenciar o Evangelho sem ritos ou dogmas, com a união de
pensamentos independente de crenças ou raças; lembrar os esforços na prática
do amor e caridade, apesar das adversidades sofridas.

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