Casa Assistencial Espírita Geraldo Ferreira – Santo André
Aula 54
Fundação da Igreja Cristã
Simão, A “Pedra”
Simão bar Jonas, pode ser considerado o primeiro representante da
nova doutrina. "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja"
Jesus depositava em Pedro toda a confiança, apesar de suas negativas
quando interpelado, porém entende-se que Pedro aprenderá com as suas derrotas, e não mais ter vacilado nos momentos mais difíceis do seu testemunho, tanto é que Jesus, durante a última aparição vem depositar toda confiança em Pedro dizendo, “Simão Bar Jonas, pastoreia as minhas ovelhas.
O Apóstolo dos Gentios
Até o surgimento do convertido Paulo de Tarso, batalhador incansável,
que quase todo mundo conhecido da época pode tomar contato com a nova doutrina.
Paulo lançou também bases da teologia cristã através das suas
epistolas, primeira tentativa de interpretação e aplicação prática dos ensinamentos cristãos. A imensa fraternidade constituída pelos seguidores de Jesus mantinha-se fiel aos mandamentos da moral cristã aprendidos através das prédicas dos escritos dos apóstolos. Herança Romana
Apesar de numerosas semelhanças com outras crenças monoteístas, o
Cristianismo trouxe uma proposta fundamentalmente nova. Pelo fato de deixar sua pátria, a Palestina, pôde desligar-se de suas características nacionalistas e irrompeu no mundo romano como um movimento messiânico de amplitude internacional.
Além de valorizar o homem, atribuindo-lhe alma imortal, tornou-o
membro de uma nova família universal, presidida por um Deus único.
Simples e consistente na doutrina, a nova religião trazia uma
mensagem, relativa ao final dos tempos, centrada na idéia da ressurreição e glorificação, inédita no mundo antigo.
Penetrando mais facilmente entre os escravos da cidade, o Cristianismo
atingiu todas as camadas da população. O Estado romano vivia um momento de transição e, diante da inquietação gerada pela crescente crise político-econômica, a mensagem de salvação espiritual representava importante compensação.
E o Cristianismo pregava antes de tudo o distanciamento dos
problemas terrenos, prometendo a instauração de um mundo novo para além do mundo visível. Por outro lado, as comunidades cristãs viviam em comunhão de bens, pregando a igualdade de todos perante Cristo. Dessa forma, embora visando essencialmente a salvação espiritual, a mensagem cristã ganhou a conotação de revolução social e atraiu a população injustiçada.
Desta forma, no séc. III, com a decadência dos cultos tradicionais
romanos, o cristianismo passou a ser uma força considerável.
Quando o imperador Constantino decidiu aceitar o Cristianismo, no início
do séc. IV, seus motivos foram predominantemente políticos, mas tiveram um significado transcendental, pois, posteriormente, o Cristianismo tornar-se-ia a religião oficial do império.
Para poder consolidar o Cristianismo, foi necessário criar estruturas mais
complexas para manter tanto a disciplina como para proteger a pureza da doutrina. Os presbíteros (Sacerdotes/padre) foram substituídos por uma hierarquia de bispos e começou a emergir uma estrutura diocesana (Circusncrição territorial sujeita à administração eclesiástica de um bispo). A Igreja Cristã desenhou sua própria organização baseando-se no Império Romano. Os bispos reuniam-se em sínodo (assembléia regular de padres, convocada pelo bispo local) nas capitais provinciais e os pertencentes a centros metropolitanos recebiam dignidades especiais. Roma, que havia sido a sé de São Pedro, recebeu uma primazia de honra, apesar de que seus bispos deviam compartilhar hierarquia e poder com os de Antióquia e os de Alexandria e, depois, com os de Constantinopla e os de Jerusalém.
Para as decisões importantes, principalmente em assuntos doutrinários,
o clero reunia-se em assembléia. As mais famosas foram: O Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia (325), o Concílio de Constantinopla (381), o de Éfeso (431) e o de Calcedônia (451). Estes encontros eram, teoricamente, porta-vozes da Igreja, porém, de fato, ao ser a religião do Estado, o cristianismo esteve sujeito à influência imperial.
Organização
A organização institucional da Igreja foi o resultado de uma evolução
gradativa. Nos primitivos tempos da nova religião, os cristãos se reuniam em casas particulares, compartilhando da refeição eucarística, repetindo orações e recontando histórias da missão de Jesus.
No séc. III o Cristianismo, que já estava desligado do contexto judaico,
deparou-se com situações novas. A Igreja ampliava sua influência e constituía um grande povo. Mas, para consolidar sua expansão, era necessário organizar-se.
As instituições eclesiásticas e as posições doutrinárias tiveram
desenvolvimento paralelo: os fundamentos da autoridade residiam na origem apostólica. O termo "apóstolo" era considerado por Paulo de Tarso em sua acepção etimológica - significando "enviado". A eleição de um apóstolo provinha então de uma ordem carismática - qualificando-o para a pregação do Evangelho. E sua autoridade era aceita desde a comunidade de Jerusalém, sendo ele igualado aos doze escolhidos.
As primeiras autoridades da Igreja foram os apóstolos, aqueles
discípulos a quem Jesus pessoalmente confiara a responsabilidade primária de continuarem sua obra. À medida, porém, que a Igreja se difundia, cada congregação passou a ter necessidade de uma liderança própria, para ensinar o credo crescentemente complexo, administrar os sacramentos, gerir a propriedade que a congregação possuía em comum e tomar providências em relação às necessidades materiais de seus membros Desde o início do Cristianismo, os Apóstolos tinham auxiliares, eleitos pelo carisma divino. Suas funções eram administrativas e eles se dividiam em presbiteroi (anciãos) e episcopoi (fiscais) e diáconos (servidores). Quando se tornaram importantes, essas funções passaram a depender da escolha da comunidade. De modo geral, os ministérios carismáticos transformaram-se em ministérios institucionais. Seus titulares eram qualificados para transmitir a seus sucessores o carisma recebido. Repousado no rito da imposição das mãos ou ordenação - que conferia a autoridade para o exercício do ministério - definiu-se então o sistema hierarquizado do Cristianismo.
Os bispos eram considerados descendentes diretos dos Apóstolos. Essa
crença justificava-se na afirmação de que os primeiros seriam nomeados por um apóstolo que, pela imposição das mãos, transmitira-lhes sua autoridade. E a "sucessão apostólica", como uma linha contínua e fiel à lei dos Apóstolos, tornou-se garantia da ortodoxia doutrinal: uma Igreja que, através dos bispos, se reivindica descendente legítima dos Apóstolos, não poderia jamais contaminar-se pela heresia.
As sedes episcopais não possuíam a mesma importância e autoridade.
Algumas, estabelecidas nas metrópoles regionais particularmente importantes, atuavam como igrejas-mãe em relação às igrejas episcopais das províncias. Originou-se então a igreja metropolitana e a organização em províncias eclesiásticas, baseadas nas províncias do Império. Sedes como Alexandria e Antióquia destacavam-se entre as metropolitanas. Entretanto, a primeira posição na hierarquia eclesiástica foi reivindicada pelo bispo de Roma, mesmo depois da mudança da capital para Constantinopla.
Conclusão Bem naquela época, como hoje só existe dois caminhos: ao nos distanciarmos de Jesus, nos aproximamos da matéria e das imperfeições humanas.
Objetivo, Inicio do trabalho de testemunho dos apóstolos. Igreja no sentido de
agrupar pessoas para vivenciar o Evangelho sem ritos ou dogmas, com a união de pensamentos independente de crenças ou raças; lembrar os esforços na prática do amor e caridade, apesar das adversidades sofridas.