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JOHN HEBERT DOS SANTOS FIDELIS

RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 A 15 DO LIVRO: O


CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS UMA
HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ DE EARLE E.
CAIRNS

Resumo apresentado atendendo as


exigências da matéria História da Igreja 1.
Prof. Rev. Walter Czinczel.

SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REV. JOSÉ MANOEL DA


CONCEIÇÃO
São Paulo – 2023
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CAPÍTULO 1

No capítulo 1, Cairns aborda as várias facetas da providência divina para a


encarnação de Cristo, bem como o ambiente e a contribuições religiosas dos judeus.

Dentre essas várias facetas Cairns aborda as contribuições políticas dos


romanos que desenvolveram o senso de unidade universal, a movimentação livre
das pessoas nas estradas, a segurança e proteção por meio do eficaz exército
romano. Outro fator importante que contribuiu foi a perca de fé de muitos povos em
torno da conquista romana. E com a perca da fé nos deuses desses povos, ficou-se
um vácuo espiritual para a chegada da mensagem do evangelho por meio de Cristo
e dos apóstolos.

Como destaca Cairns, a cultura grega também foi um fator primordial na


expansão de uma língua universal, a filosofia grega que destruiu as outras e
religiões e preparou o caminho para o cristianismo.

Conforme Cairns, o judaísmo também foi importantíssimo. Em primeiro lugar


porque o cristianismo descende diretamente do judaísmo. Em segundo lugar foi a
ideia da crença em único Deus, a esperança messiânica, a moralidade judaica e as
sinagogas que contribuiu para a pregação e ensino do evangelho.
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CAPÍTULO 2

No capítulo 2, Cairns aborda a história e evidência da encarnação de Cristo, a


Pedra de fundação da Igreja através de diversos testemunhos. Bem como a história,
o caráter e a obra de Cristo.

O primeiro testemunho que Cairns aborda é o testemunho pagão através de


Plínio que escreveu uma carta ao Imperador Trajano sobre como proceder com os
cristãos. Plínio chegou a dizer que eles “entoavam uma canção a Cristo como para
um Deus”. Luciano, um sátiro da época, também chegou a descrever Cristo como
aquele “que foi crucificado na Palestina” por ter iniciado uma nova seita. Outro relato
importante foi de Flávio Josefo. Um historiador judeu, que não era cristão, mas
chegou a falar de Cristo como um homem sábio.

O autor também destaca que existem alguns testemunhos sobre Cristo fora
da Bíblia, como por exemplo, figuras e inscrições em catacumbas e o calendário
cristão.

Cairns aborda sobre o caráter e a personalidade de Cristo conforme os


relatos bíblicos, sua obra e ministério em Jerusalém com os seus discípulos, sua
missão, a mensagem de Cristo a respeito do Reino de Deus, seus milagres que
tinham como propósito revelar a glória de Deus e evidenciar que Cristo era o Filho
de Deus.
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E por fim, Cairns aborda o significado e a diferença de abordagem sobre


Cristo conforme o relato dos quatro Evangelhos e a expansão da Igreja após o
derramar do Espírito Santo conforme relatado no livro de Atos.
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CAPÍTULO 3

No capítulo 3, Cairns aborda a fundação da Igreja em Jerusalém e na


Palestina.

Em primeiro lugar o autor aborda o fundamento sobre o qual a Igreja está


estabelecida que é Cristo. Este mesmo Cristo deu prioridade da proclamação da
mensagem salvadora aos judeus em Jerusalém. Todavia, nas últimas semanas do
seu ministério terreno, Jesus prometeu a vinda do Consolador e que este mesmo
Consolador ajudaria seus apóstolos. Na festa dos Pentecostes a promessa se
cumpre. O Espírito Santo desce sobre os apóstolos e como resultado os judeus que
estavam dispersos foram alcançados por esta mensagem de salvação.

Em segundo lugar, o autor aborda o crescimento do número daqueles que


aderiam a fé. Este crescimento foi rápido. Entretanto, este crescimento se fez com
grande oposição dos judeus. E como resultado dessa perseguição o cristianismo
teve o seu primeiro mártir, Estêvão. E logo após um período acontece a conversão
daquele que se tornaria um dos maiores missionários da Igreja, o apóstolo Paulo.

E em terceiro lugar, o autor destaca que a igreja que nasceu em Jerusalém


logo se espalhou por diversas cidades conhecidas da época alcançando assim não
somente os judeus, mas também os gentios.
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CAPÍTULO 4

No capítulo 4, Cairns aborda o ambiente onde Paulo cresceu, suas obras bem
como a sua teologia.

Em primeiro lugar, o autor aborda o ambiente onde o apóstolo Paulo cresceu


e a sua formação cultural. Paulo cresceu num ambiente cosmopolita e foi educado
aos pés de Gamaliel.

Em segundo lugar, o autor aborda a obra do apóstolo Paulo. Sua obra se deu
pela propagação incansável da mensagem do evangelho, viagens missionárias,
fundação e organização de igrejas e a produção de cartas pastorais.

E em terceiro lugar o autor destaca a teologia do apóstolo Paulo. Conduzido


pelo Espírito Santo, a doutrina do apóstolo não estava em conflito com os ensinos
de Cristo. Sua teologia pode ser percebida pela obtenção da salvação e do favor de
Deus por meio da graça que está em oposição à lei. E o crescimento do cristão se
dá pela união pessoal com Cristo pela fé.
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CAPÍTULO 5

No capítulo 5, Cairns aborda sobre a literatura epistolar, literatura apocalíptica


e a literatura catequética.

Em primeiro lugar, o autor destaca que os escritos no Novo Testamento é o


ponto mais alto da literatura produzida pela Igreja Primitiva.

Em segundo lugar, Cairns aborda também os escritos dos Pais da igreja. O


nome Pai da Igreja teve sua origem do título Pai que era dado aos bispos. A maior
parte literária destes autores foram escritas entre 95 e 150 d.C.

Os Pais Apostólicos nutriam grande estima pelos escritos do Antigo


Testamento e estavam familiarizados com as formas literárias do Novo Testamento
e a utilizaram como modelo.

E por fim, o autor aborda a Literatura epistolar de Clemente de Roma, Inácio,


Policarpo, Epístola de Barnabé e a Epístola a Diogneto. A literatura apocalíptica de
Hermas e Catequética como a Didaquê que seria o ensino dos 12 apóstolos.
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CAPÍTULO 6

No capítulo 6, Cairns aborda o governo da igreja sob o comando dos bispos e


diáconos, o culto da Igreja primitiva e a vida na igreja.

Em primeiro lugar, o autor aborda o governo da Igreja. Este governo deve ser
creditado a administração de Cristo que escolheu 12 apóstolos para levar adiante a
sua mensagem. Estes mesmos apóstolos estabeleceram outros cargos oficiais que
podem ser divididos em oficiais carismáticos e oficiais administrativos.

Em segundo lugar, o autor destaca o culto da Igreja Primitiva. Essa igreja era
caracterizada principalmente pelo entendimento de que a igreja era um corpo de
pessoas numa relação pessoal com Cristo que se reuniam em casas, no templo, nos
auditórios públicos e sinagogas.

Em terceiro lugar, o autor aborda a vida da Igreja. A vida da igreja era


caracterizada pela assistência aos pobres, doente, coletas de dinheiro e ofertas para
atender essas necessidades mencionadas acima. As mulheres e os diáconos
também tinham um papel fundamental neste serviço. A igreja também se pautava
pelo princípio de não se misturar com as práticas pagãs da época. A igreja primitiva
também se pautava por cumprir as obrigações cívicas. Esta igreja também incluía os
pobres, ricos e nobres. Esta igreja era caracterizada principalmente pela pureza de
vida, amor e fidelidade até a morte.
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CAPÍTULO 7

No capítulo 7, Cairns aborda sobre os problemas internos e externos da


Igreja, as causas da perseguição, as perseguições e as consequências da
perseguição.

Cairns começa destacando que o cristianismo sempre enfrentou problemas


internos e externos em todos os períodos da história. O problema interno foi
motivado pelas heresias e o problema externo motivado pela perseguição do Estado
Romano.

Segundo Cairns, algumas das principais causas da perseguição que a Igreja


sofreu neste período foi motivado pelo fator político, religiosos, sociais e
econômicos.

Cairns também destaca os três períodos em que a Igreja sofreu a


perseguição. O primeiro período de perseguição motivada principalmente pelos
judeus foi até o ano 100 é uma perseguição esporádica. O segundo período de
perseguição que vai do ano 100 até o ano 250 é marcado por uma perseguição mais
organizada. E o terceiro período da perseguição que começa depois do ano 250 é
caracterizado como perseguição universal e sistemática.

Por fim, Cairns aborda três consequências gerada da perseguição. A primeira


consequência é a expansão da Igreja entre a população gentílica de fala grega e
entre os latinos. A segunda consequência gerada pela perseguição foi o problema
interno daqueles que haviam negado a Cristo durante esse período de perseguição,
mas ao término da perseguição alguns desejavam voltar para o corpo de Cristo. A
igreja ficou dividida quanto a readmissão destes que abandonaram a fé. E por fim, a
terceira consequência foi que nesse período de perseguição a Igreja elaborou o
cânon do Novo Testamento.
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CAPÍTULO 8

No capítulo 8, Cairns aborda sobre as heresias filosóficas, os erros teológicos


e as divisões da Igreja.

Em primeiro lugar Cairns destaca a heresia legalista dos hebionitas que


enfatizavam a lei judaica era a maior expressão da vontade de Deus e continua
válida para o homem hoje.

Em segundo lugar, o autor aborda as heresias filosóficas. Estas heresias


queriam combinar cristianismo com filosofia. As principais eram o gnosticismo era
uma síntese entre o cristianismo e a filosofia helenística. De dentro do gnosticismo
surgiu o docetismo. Outra heresia foi o maniqueísmo fundada por Mani que fez uma
combinação do pensamento cristão, zoroastrismo e ideias orientais numa refinada
filosofia dualista. E por último o neoplatonismo também foi outra heresia que surgiu
neste período e ensinava que o Ser absoluto era a fonte transcendental de tudo o
que existe e da qual tudo foi criado por um processo de emanação.

Em terceiro lugar, o capítulo aborda os erros teológicos do montanismo que


concebeu fanáticas e equivocadas interpretações da Bíblia e o monarquianismo que
negava a verdadeira divindade de Cristo.
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E por fim, Cairns destaca as divisões na Igreja. A primeira divisão se deu pela
discussão quanto a data da Páscoa. A segunda divisão se deu pela controvérsia
donatista.

Em suma, para Cairns as controvérsias e os erros e as heresias foram


benéficas para a igreja no sentido de que forçou a Igreja a desenvolver o seu cânon
da Bíblia e a formular os seus credos.
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CAPÍTULO 9

No capítulo 9, Cairns aborda sobre os apologistas e os polemistas.

Conforme Cairns, os apologistas procuravam convencer os líderes do Estado


de que os cristãos nada tinham feito para merecer a perseguição que estavam
enfrentando e eles queriam refutar as falsas acusações de ateísmo, canibalismo,
incesto, preguiça e práticas antissociais atribuídas a eles bem como desenvolveram
uma perspectiva construtiva de que o judaísmo, as religiões pagãs e o culto ao
Estado eram tolices.

De acordo com Cairns, os apologistas eram divididos em dois grupos, os


apologistas orientais e os apologistas ocidentais que deram mais ênfase à
peculiaridade e à finalidade do cristianismo do que às semelhanças entre a fé cristã
e as religiões pagãs. Os apologistas orientais eram Aristides, Justino Mártir, Taciano,
Atenágoras e Teófilo de Antioquia. Os apologistas ocidentais eram Tertuliano e
Minúcio Félix.

Já os polemistas, conforme aborda Cairns, procuraram fazer uma explanação


e uma justificação racional do cristianismo para as autoridades e um combate aos
falsos ensinos dos hereges. Os principais polemistas foram Irineu, a escola de
Alexandrina com seu método alegórico de interpretação da Bíblia teve como
expoente Clemente de Alexandria e Orígenes. E a escola cartaginesa que estava
mais interessada nos problemas práticos da organização eclesiástica e doutrinas
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relativas à igreja do que numa teologia do tipo especulativo teve como expoente
Tertuliano e Cipriano.
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CAPÍTULO 10

No capítulo 10, Cairns aborda sobre o bispo monárquico, o desenvolvimento


da regra de fé, o cânon do Novo Testamento e a liturgia.

Cairns destaca em primeiro momento acerca dos bispos que foram


importantes para que houvesse liderança na igreja. Entretanto, os bispos ganharam
muita proeminência e prestígio. Roma em especial eleva este prestígio ao interpretar
de forma inadequada o que Cristo disse para Pedro em João 21.15-19 e ao se
utilizar da tradição. Mais tarde, o bispo de Roma se elevaria sobre todos tomando
para si o título Papa da Igreja.

Em segundo lugar, Cairns aborda sobre o desenvolvimento da regra de fé. Ou


seja, a elaboração dos credos que eram utilizados para testar a ortodoxia, identificar
os crentes entre si e servir como um resumo claro das doutrinas essenciais. Cairns
destaca que muitas igrejas até hoje consideram o Credo dos Apóstolos uma
preciosa síntese dos pontos principais da fé cristã.

Em terceiro lugar, Cairns trata do cânon do Novo Testamento. Este cânon é a


lista dos volumes pertencentes a um livro autorizado. Conforme Cairns, alguns
fatores foram necessários para o estabelecimento do cânon, como por exemplo,
formações pessoais de livros por alguns hereges. Os cristãos perseguidos queriam
ter plena certeza se poderiam morrer por tais livros. E por fim, os apóstolos estavam
saindo de cena, sendo assim, era necessário estabelecer quais livros eram dignos
de uso na adoração. Os 27 livros atuais como temos no Novo Testamento foram os
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livros aceitos. Entretanto, os livros Apócrifos passaram a fazer parte da Bíblia


Católica Romana em 1546, no Concílio de Trento.

E em quarto lugar, Cairns aborda a liturgia. Com a elevação do bispo


monárquico, apenas estes eram considerados dignos de ministrarem o batismo e a
ceia. Conforme Cairns, com o tempo foi acrescentado o batismo clínico de doentes.
Outras festas foram adicionadas como por exemplo a Páscoa, o Natal e a
Quaresma. Os encontros que eram feitos nas Catacumbas foram substituídos pela
basílica romana onde se encontrava o altar e o trono do bispo. Se por um lado a
igreja era perseguida, porém, lutava pela sua pureza, pelo outro, ao se tornar
religião oficial fez com que cometesse muitas faltas.

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