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JOHN HEBERT DOS SANTOS FIDELIS

RESUMO DOS CAPÍTULOS 7 A 10 DO LIVRO: O


CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS UMA
HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ DE EARLE E.
CAIRNS

Resumo apresentado atendendo as


exigências da matéria História da Igreja 1.
Prof. Rev. Walter Czinczel.

SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REV. JOSÉ MANOEL DA


CONCEIÇÃO
São Paulo – 2023
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CAPÍTULO 7

No capítulo 7, Cairns aborda sobre os problemas internos e externos da


Igreja, as causas da perseguição, as perseguições e as consequências da
perseguição.

Cairns começa destacando que o cristianismo sempre enfrentou problemas


internos e externos em todos os períodos da história. O problema interno foi
motivado pelas heresias e o problema externo motivado pela perseguição do Estado
Romano.

Segundo Cairns, algumas das principais causas da perseguição que a Igreja


sofreu neste período foi motivado pelo fator político, religiosos, sociais e
econômicos.

Cairns também destaca os três períodos em que a Igreja sofreu a


perseguição. O primeiro período de perseguição motivada principalmente pelos
judeus foi até o ano 100 é uma perseguição esporádica. O segundo período de
perseguição que vai do ano 100 até o ano 250 é marcado por uma perseguição mais
organizada. E o terceiro período da perseguição que começa depois do ano 250 é
caracterizado como perseguição universal e sistemática.

Por fim, Cairns aborda três consequências gerada da perseguição. A primeira


consequência é a expansão da Igreja entre a população gentílica de fala grega e
entre os latinos. A segunda consequência gerada pela perseguição foi o problema
interno daqueles que haviam negado a Cristo durante esse período de perseguição,
mas ao término da perseguição alguns desejavam voltar para o corpo de Cristo. A
igreja ficou dividida quanto a readmissão destes que abandonaram a fé. E por fim, a
terceira consequência foi que nesse período de perseguição a Igreja elaborou o
cânon do Novo Testamento.
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CAPÍTULO 8

No capítulo 8, Cairns aborda sobre as heresias filosóficas, os erros teológicos


e as divisões da Igreja.

Em primeiro lugar Cairns destaca a heresia legalista dos hebionitas que


enfatizavam a lei judaica era a maior expressão da vontade de Deus e continua
válida para o homem hoje.

Em segundo lugar, o autor aborda as heresias filosóficas. Estas heresias


queriam combinar cristianismo com filosofia. As principais eram o gnosticismo era
uma síntese entre o cristianismo e a filosofia helenística. De dentro do gnosticismo
surgiu o docetismo. Outra heresia foi o maniqueísmo fundada por Mani que fez uma
combinação do pensamento cristão, zoroastrismo e ideias orientais numa refinada
filosofia dualista. E por último o neoplatonismo também foi outra heresia que surgiu
neste período e ensinava que o Ser absoluto era a fonte transcendental de tudo o
que existe e da qual tudo foi criado por um processo de emanação.

Em terceiro lugar, o capítulo aborda os erros teológicos do montanismo que


concebeu fanáticas e equivocadas interpretações da Bíblia e o monarquianismo que
negava a verdadeira divindade de Cristo.
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E por fim, Cairns destaca as divisões na Igreja. A primeira divisão se deu pela
discussão quanto a data da Páscoa. A segunda divisão se deu pela controvérsia
donatista.

Em suma, para Cairns as controvérsias e os erros e as heresias foram


benéficas para a igreja no sentido de que forçou a Igreja a desenvolver o seu cânon
da Bíblia e a formular os seus credos.
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CAPÍTULO 9

No capítulo 9, Cairns aborda sobre os apologistas e os polemistas.

Conforme Cairns, os apologistas procuravam convencer os líderes do Estado


de que os cristãos nada tinham feito para merecer a perseguição que estavam
enfrentando e eles queriam refutar as falsas acusações de ateísmo, canibalismo,
incesto, preguiça e práticas antissociais atribuídas a eles bem como desenvolveram
uma perspectiva construtiva de que o judaísmo, as religiões pagãs e o culto ao
Estado eram tolices.

De acordo com Cairns, os apologistas eram divididos em dois grupos, os


apologistas orientais e os apologistas ocidentais que deram mais ênfase à
peculiaridade e à finalidade do cristianismo do que às semelhanças entre a fé cristã
e as religiões pagãs. Os apologistas orientais eram Aristides, Justino Mártir, Taciano,
Atenágoras e Teófilo de Antioquia. Os apologistas ocidentais eram Tertuliano e
Minúcio Félix.

Já os polemistas, conforme aborda Cairns, procuraram fazer uma explanação


e uma justificação racional do cristianismo para as autoridades e um combate aos
falsos ensinos dos hereges. Os principais polemistas foram Irineu, a escola de
Alexandrina com seu método alegórico de interpretação da Bíblia teve como
expoente Clemente de Alexandria e Orígenes. E a escola cartaginesa que estava
mais interessada nos problemas práticos da organização eclesiástica e doutrinas
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relativas à igreja do que numa teologia do tipo especulativo teve como expoente
Tertuliano e Cipriano.
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CAPÍTULO 10

No capítulo 10, Cairns aborda sobre o bispo monárquico, o desenvolvimento


da regra de fé, o cânon do Novo Testamento e a liturgia.

Cairns destaca em primeiro momento acerca dos bispos que foram


importantes para que houvesse liderança na igreja. Entretanto, os bispos ganharam
muita proeminência e prestígio. Roma em especial eleva este prestígio ao interpretar
de forma inadequada o que Cristo disse para Pedro em João 21.15-19 e ao se
utilizar da tradição. Mais tarde, o bispo de Roma se elevaria sobre todos tomando
para si o título Papa da Igreja.

Em segundo lugar, Cairns aborda sobre o desenvolvimento da regra de fé. Ou


seja, a elaboração dos credos que eram utilizados para testar a ortodoxia, identificar
os crentes entre si e servir como um resumo claro das doutrinas essenciais. Cairns
destaca que muitas igrejas até hoje consideram o Credo dos Apóstolos uma
preciosa síntese dos pontos principais da fé cristã.

Em terceiro lugar, Cairns trata do cânon do Novo Testamento. Este cânon é a


lista dos volumes pertencentes a um livro autorizado. Conforme Cairns, alguns
fatores foram necessários para o estabelecimento do cânon, como por exemplo,
formações pessoais de livros por alguns hereges. Os cristãos perseguidos queriam
ter plena certeza se poderiam morrer por tais livros. E por fim, os apóstolos estavam
saindo de cena, sendo assim, era necessário estabelecer quais livros eram dignos
de uso na adoração. Os 27 livros atuais como temos no Novo Testamento foram os
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livros aceitos. Entretanto, os livros Apócrifos passaram a fazer parte da Bíblia


Católica Romana em 1546, no Concílio de Trento.

E em quarto lugar, Cairns aborda a liturgia. Com a elevação do bispo


monárquico, apenas estes eram considerados dignos de ministrarem o batismo e a
ceia. Conforme Cairns, com o tempo foi acrescentado o batismo clínico de doentes.
Outras festas foram adicionadas como por exemplo a Páscoa, o Natal e a
Quaresma. Os encontros que eram feitos nas Catacumbas foram substituídos pela
basílica romana onde se encontrava o altar e o trono do bispo. Se por um lado a
igreja era perseguida, porém, lutava pela sua pureza, pelo outro, ao se tornar
religião oficial fez com que cometesse muitas faltas.

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