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"Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus" (Mateus 16:6). Quando
Jesus ofereceu estas palavras de advertência aos Seus apóstolos, ele se apoiou em milhares
de anos de significado simbólico da palavra "fermento". Quando entendemos o uso deste
termo na Bíblia, podemos ver algumas aplicações da sua advertência, que é importante para
nossos esforços ao servir o Senhor.
O Fermento do Erro
Baseando-se nesta tradição de que o fermento representava alguma coisa má, impura e
inaceitável por Deus, Jesus e Paulo se referiram às falsas doutrinas como fermento. Jesus
advertiu contra o fermento o falso ensinamento dos fariseus e dos saduceus (Mateus
16:12). Paulo disse que aqueles que tentavam persuadir os cristãos a voltarem à pratica da
lei de Moisés espalhavam o fermento (Gálatas 5:4-9).
Exatamente como os filhos de Deus no Velho Testamento tinham que oferecer sacrifícios
ázimos (isto é, sem fermento) e puros, hoje Deus espera que nossos sacrifícios espirituais
sejam livres de impurezas. Para ajudar-nos a apreciar este fato, Deus nos deu o exemplo do
sacrifício perfeito e sem pecado oferecido por seu Filho. Os cristãos de hoje celebram a
Ceia do Senhor com pão asmo, porque este foi o que Jesus usou na comunhão-modelo com
seus apóstolos. Quando consideramos o simbolismo do fermento, fica aparente que
nenhum outro tipo de pão poder ser satisfatório. Cristo foi nosso sacrifício ázimo, sem
pecado (1 Coríntios 5:7-8). Temos que imitá-lo e também sermos verdadeiramente sem
fermento (1 Coríntios 5:7). Uma igreja que é sem fermento e pura não permite imoralidade
ou falso ensinamento (1 Coríntios 5:9-13).
Porém, muitos que afirmam estarem seguindo Jesus estão ignorando esta determinação.
Enquanto proclamam estão se atualizando com um mundo em mudança, algumas igrejas
vão aprovando certas práticas claramente condenáveis, como o adultério (Lucas 16:18) e o
comportamento homossexual (Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9-11). Onde Jesus exigia
santidade, estas igrejas modernas a substituem por uma atitude tolerante que aceita, o
câncer mortal do pecado e encoraja a morte espiritual eterna (Romanos 6:23). O fermento
está agindo, corrompendo os justos.
O Fermento do Erro
O ambiente religioso do Brasil ilustra esta mesma tendência. A crença religiosa de muitos
brasileiros é uma mistura de catolicismo, superstições tribais de índios nativos e idéias
religiosas trazidas da África. Muitos dos "santos" honrados hoje nada mais são do que
falsos deuses, aos quais foram dados nomes católicos e incorporados em um sistema
confuso onde a distinção entre verdade e erro está apagada.
Nas décadas passadas, mais fermento foi espalhado por várias igrejas protestantes. Uma
nação mundialmente conhecida pelo seu espiritismo tem muitas pessoas que acreditam em
experiências subjetivas e rejeitam a idéia de que Deus revelou um padrão absoluto de
verdade. O amplo crescimento do pentecostalismo é desenvolvido, parcialmente, sobre esta
confusão. Supostos milagres ("trabalhos!") feitos pelos maus espíritos são substituídos
pelos milagres que se dizem operados pelos pregadores. Satanás aparentemente cede seu
lugar ao Espírito Santo, mas o que acontece mesmo é a expansão das doutrinas
contraditórias. No Novo Testamento, o Espírito Santo deu poder a homens santos para
realizarem maravilhosos milagres e confirmar a verdade do evangelho falado. Hoje em dia,
dúzias de igrejas que ensinam doutrinas conflitantes dizem estar manifestando os sinais do
céu! Paulo disse que devemos rejeitar tais novas e contraditórias mensagens e contentar-
nos com as mensagens já reveladas 1900 anos atrás! Ele advertiu os Gálatas: "Assim, como
já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que
recebestes, seja anátema" (Gálatas 1:9). É uma triste ironia que o Espírito da Verdade
(João 14:17) tenha sido transformado no autor da confusão e da incerteza. O fermento do
falso ensinamento continua se espalhando.
O entendimento desta tendência humana para corromper o que é bom e justo, nos auxiliará
a encontrar nosso caminho na travessia da confusão dos erros humanos, e chegar à verdade
revelada por Deus. Em cada encruzilhada temos que insistir na resposta à pergunta que
Jesus fez aos chefes religiosos espalhadores do fermento, no seu tempo: ". . . do céu ou dos
homens?" (veja Mateus 21:25). Com este teste, poderemos seguir a inspirada determinação
de Paulo: ". . . julgai todas as cousas, retende o que é bom; abstende-vos de toda a forma
de mal" (1 Tessalonicenses 5:21-22). O fermento humano tem que ser rejeitado, quando
nós seguimos "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6).
Kátia Xavier
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katiarenilton@hotmail.com
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