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SENTIDOS DE UM PERCURSO
Bibliografia:
CASIANO FLORISTAN, Celebraciones de la comunidad, Ed.
Sal Terrae, [Ritos y Símbolos, 30], Bilbao 1996, 98-100.
IV DOMINGO COMUM A
“DOMINGO GORDO”
ELEMENTO SIMBÓLICO:
Os fiéis (um por família) trazem para a Missa o seu tabuleiro,
cheio de terra. Essa terra foi recolhida do jardim, do campo, do
monte, do caminho… ou de qualquer lugar significativo da
vida das pessoas. Não importa. Toda a terra que o Homem
pisa é sagrada. Este tabuleiro foi-lhes entregue no Domingo
anterior ou arranjado pelos próprios em casa; será
conveniente ter um ou outro tabuleiro de reserva, a fim de o
disponibilizar, para aqueles que se esqueceram ou foram
apanhados desprevenidos, na celebração dominical.
GESTO LITÚRGICO:
Procede-se, na celebração, à bênção da Terra. Sobre a Terra, é
colocada, pelo Presidente uma pequena porção de Cinza, que
foi objecto de bênção na Quarta-feira de Cinzas. O Presidente
pode escolher o momento litúrgico que julgar mais adequado
para esta “imposição da Cinza” sobre a terra do Jardim.
IDEIAS-FORÇA:
2º DOMINGO DA QUARESMA
SUBIR À MONTANHA!
ELEMENTO SIMBÓLICO:
Os fiéis podem receber da comunidade, no final da Missa, ou
mesmo antes, no Ofertório, “três pedras” brancas. É possível
também desafiar as pessoas e famílias a ir e “subir ao monte”,
e aí procurar “três pedras brancas”, que recordarão a
experiência de luz, no monte Santo da Transfiguração, vivida
pelos três amigos mais íntimos de Jesus.
GESTO LITÚRGICO:
Em algum momento, estas “pedras” podem ser apresentadas,
com a ajuda de um texto narrativo explicativo ou de uma
oração, em jeito de prece e louvor. Essa oração deve ser
entregue aos fiéis, com as pedras, de modo a poderem-na
fazer, em casa ou na sua ida à montanha! Este texto de uma
célebre música de Roberto Carlos pode inspirar um momento
de oração.
“Eu vou seguir uma luz lá no alto
Eu vou ouvir uma voz que me chama
Eu vou subir a montanha e ficar bem mais perto de Deus e rezar
Eu vou gritar para o mundo me ouvir e acompanhar
Toda a minha escalada e ajudar a mostrar
como é o meu grito de amor e de fé”
IDEIAS-FORÇA:
Aviso:
Na próxima semana, trazer um “cantarinho”, para levar água.
Ou vir prevenido para levar da Igreja um pequenino cântaro.
Bibliografia:
FREI MANUEL RITO, O Povo das montanhas, in Revista
Bíblica, ano 54, (Janeiro –Fevereiro 2008), n.314, 22-23
ELEMENTO SIMBÓLICO:
A água é um elemento originário da vida e por isso também
um dos símbolos primordiais da humanidade. A água é o
elemento da fecundidade. Sem água não há vida. E assim, em
todas as grandes religiões a água é vista como símbolo da
maternidade, da fecundidade.
A água oferece-se ao homem sob diversas formas e
consequentemente com diversas interpretações (pensemos
nas fontes e nas águas do rochedo, nos rios, no mar, no poço,
no lado aberto de Jesus) e temos aí um manancial riquíssimo
de significações. As pessoas foram convidadas, no Domingo
anterior, a trazer, para a celebração, um cântaro. A
comunidade pode ter, para venda e disponível, uns
pequeninos cântaros de barro, ou regadores. Com esse
cantado recordam a ida da samaritana e a sua sede junto ao
poço ou fonte de Jacob.
GESTO LITÚRGICO:
Em algum momento da celebração, talvez, no final, as pessoas
serão convidadas a passar pela pia baptismal e a encher de
água o seu pequenino cântaro. Essa água deverá ser levada
para casa, para “fecundar” a terra do jardim, que está em
preparação. A ideia é clara: “Como terra árida, a minha alma
tem sede de vós”! A Oração da Bênção da água baptismal (cf.
Ritual do Baptismo ou Missa da Vigília Pascal) tem elementos
suficientes para a mistagogia, que importa fazer a respeito da
água. Este cantarinho voltará a ser preciso, quando na Vigília
ou dia de Páscoa o trouxerem cheio de água, recolhida do
poço ou das fontes, para encher a pia baptismal.
IDEIAS-FORÇA:
Bibliografia:
BENTO XVI - JOSEPH RATZINGER, Jesus de Nazaré, Esfera dos
Livros, 2007; 302-313 (sobre água); 61-62; 199-206 (sobre o pão);
130-132 (sobre a fome e a sede)
ELEMENTO SIMBÓLICO:
Nesta semana do “cego de nascença”, as pessoas serão
convidas a colocar, no escondimento da terra, o bolbo de uma
planta, que brotará como flor, pela Páscoa. A ideia é
semelhante “à do grão de trigo, lançado à terra”. Mas aqui
queremos reforçar mais a importância da luz natural, do sol,
para o embelezamento do “jardim”: uma beleza que se
anuncia e se prepara na humildade e longe da aparência. Este
bolbo pode ser vendido / distribuído no final da celebração. A
“receita”, como noutros casos, funciona, como renúncia ou
contributo penitencial.
GESTO LITÚRGICO:
Pode proceder-se à bênção das “sementes”, neste caso, dos
“bolbos” da planta, que germinará e florescerá pela Páscoa.
Há uma potencialidade de “vida invisível”, que se “esconde”
naquela “semente”. Mas que precisará da luz natural e do
calor do sol para germinar. A poesia-oração de S. Francisco,
conhecida também como «Canção do Irmão Sol», constitui um
admirável exemplo — sempre actual — da ecologia da paz.
IDEIAS-FORÇA:
Fala-se hoje do “buraco negro” e das substâncias que
empobrecem a camada de ozono, causando graves danos ao
ser humano e ao ecossistema. Nos dois últimos decénios,
graças a uma colaboração exemplar na comunidade
internacional entre política, ciência e economia, obtiveram-se
importantes resultados, com repercussões positivas sobre as
gerações presentes e futuras. Importa intensificar a
cooperação, a fim de promover o bem comum, o
desenvolvimento e a salvaguarda da criação, restabelecendo a
aliança entre o homem e o ambiente, que deve ser espelho do
amor criador de Deus, do qual provimos e para o qual estamos
a caminho (Bento XVI). Caso contrário, o homem fica “cego”
com o desejo voraz do progresso. O Evangelho põe em
confronto a visão e a cegueira e dentro desta, várias
cegueiras. O cego parece estar ali para fazer vir ao de cima a
pior cegueira dos que o rodeiam e não querem ver. A sua cura
desemboca numa confissão de fé. E só pela fé, se pode
esperar o que ainda não se vê. A ideia desta semana é
desafiar a ver por dentro, a ver à luz da fé, à luz da esperança,
à luz do amor, tudo o que nos rodeia.
ELEMENTO SIMBÓLICO:
Os fiéis deverão adquirir, em casa, na casa de algum doente,
ou disponível para venda, na comunidade, uma pequena fita
de “gaze”, usada no tratamento das feridas dos doentes, como
ligaduras. O desafio é levar essa “gaze” para casa, a fim de a
pintar com mercúrio. No Domingo seguinte, essa faixa deve
ser atada ao(s) ramo de Oliveira.
GESTO LITÚRGICO:
Poderia, eventualmente, proceder-se, na Missa Dominical, à
celebração do Sacramento da Unção dos Doentes. E / Ou levar,
no ofertório, alguns rolos de “gaze”, usadas no tratamento dos
doentes, com uma bênção adequada e uma mensagem clara:
“Seguindo o exemplo do Bom Samaritano, a Igreja manifestou
sempre a sua especial solicitude pelos enfermos. Através dos
seus membros individualmente e das suas instituições, ela
continua a estar ao lado dos que sofrem e a assistir os
moribundos, enquanto procura salvaguardar a sua dignidade
nestes momentos significativos da existência humana” (Bento
XVI).
IDEIAS-FORÇA:
ELEMENTO SIMBÓLICO:
Os fiéis deverão trazer os ramos de oliveira e/ou de outras
árvores, que serão atados por uma fita de “gaze” que
entretanto foi pintada com mercúrio, durante a semana, na
visita ao doente. No regresso a casa, espalharão 14 folhas do
ramo de oliveira, sobre a terra do tabuleiro e com a fita
decorarão o próprio tabuleiro.
GESTO LITÚRGICO:
Próprio do dia: Bênção dos ramos, aclamações, procissão…
Como proposta nova, podia incluir-se na procissão a
participação ecológica do jumentinho e da jumentinha…
IDEIAS-FORÇA:
O Evangelho que se segue à bênção e precede a
Procissão de Ramos, descreve-nos um cenário, em que
parece que a criação se associa, de algum modo, à aclamação
do Redentor: os animais (a jumenta e o jumentinho), os ramos
de árvores, as pessoas, fazem «procissão», para aclamar
Jesus, o Filho de David. Também no presépio, onde se
desenhava já, na pobreza e na perseguição de Herodes, a
sombra e a espada da Cruz, estavam os animais. O
reconhecimento do Redentor faz-se gratidão ao Criador, com
os animais e as árvores presentes.
“SALVOS EM ESPERANÇA”
TEMÁTICA DA ESPERANÇA
NO LECCIONÁRIO DO TEMPO PASCAL
A TEMÁTICA DA ESPERANÇA
NA SEGUNDA LEITURA DO LECCIONÁRIO DOMINICAL A
DO TEMPO PASCAL
• 2º Domingo: Fez-nos renascer para uma esperança viva (2ª leit)
• 3º Domingo: Para que a vossa fé e esperança estejam em
Deus! (2ª leit)
• 4º Domingo: Suportais o sofrimento com paciência! (2ª leit)
• 5º Domingo: Esperamos, Senhor, na vossa misericórdia (Salmo)
• 6º Domingo: Prontos a responder sobre a vossa esperança! (2ª
leitura)
• Ascensão: Para saberdes a esperança a que fostes chamados!
(2ª leit)
• Pentecostes: É em esperança que estamos salvos (2ª leitura da
Vigília)
Nota Final: