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5º Catecismo

CATEQUESE 20

CRISTO, NOSSA PÁSCOA

OBJETIVOS

- Celebrar o mistério pascal.

- Descobrir o sentido fundamental da festa da Páscoa; celebramos o facto de


Jesus Cristo, ao cumprir até à cruz o plano do Pai, nos ter libertado de tudo
aquilo que nos escravizava e destruía, oferecendo-nos a possibilidade de
encontrarmos uma vida nova e definitiva.

- Sentir a alegria da vida nova que brota de Jesus ressuscitado.

OBSERVAÇÕES PEDAGÓGICAS

1. Toda esta catequese pretende ser uma celebração viva do mistério da


Páscoa, acontecimento bíblico, para isso, as crianças devem ser
envolvidas ao máximo e sentirem-se comprometidas com o fundamental
da festa da PÁSCOA. Embora no texto se indiquem seis leitores, cada
parágrafo pode ser lido por uma das crianças, ou por pares de crianças,
garantindo que, devidamente ensaiadas, todas participem ativamente. A
leitura do Evangelho pode ser entregue a um pai ou uma mãe. Estes
colaboram no acender das velas, tarefa que não deve ser feita pelas
crianças, por razões de segurança. A distribuição das flores também
deve ser feita pelas crianças.
2. A catequese tem duas partes iniciais e uma conclusão: na primeira parte
reflete-se e celebra-se as Páscoa dos hebreus e aquilo que ela
significou para o Povo de Deus, no seio do qual haveria de nascer
Jesus, tendo-a, Ele mesmo celebrado muitas vezes, ao longo da sua
vida e, pelo menos no seu contexto teológico, tendo-a vivido uma última
vez com os seus amigos e discípulos, na véspera de ser entregue e
condenado à morte; na segunda parte, reflete-se e celebra-se, com
maior grau de profundidade e compromisso, a Páscoa dos cristãos – a
principal festa dos seguidores de Cristo, o cume do Ano Litúrgico – e
nunca é demais sublinhá-lo. Por fim, a celebração encaminha-se para
que, sobretudo as crianças presentes, possam descobrir e reter que
Cristo é a nossa Páscoa e que viver a Páscoa de Cristo, o dom da sua
morte e ressurreição, é viver como Ele nos ensinou, experiência de
aprendizagem que, como em dado momento da sua celebração, se
recorda, as crianças têm vindo a aprender, experimentando e
comprometendo-se com um modo novo, e revolucionário, de viver. De
facto, desde que estão na catequese que esta é a Quaresma mais
exigente com que as crianças foram confrontadas e o seu empenho e
esforço deve ser sublinhado, assim como a alegria que essa nova vida
lhes proporciona e que, de modo livre e espontâneo, poderão registar na
sua Barra Cronológica.

PARTICIPANTES E INTERVENIENTES

- As crianças do grupo, acompanhadas por familiares e amigos por elas


convidados. Como anteriormente referido, deve procurar-se que as famílias
estejam presentes e participem na Celebração. Também é fundamental
receber bem as crianças convidadas pelos vários elementos do grupo,
ajudando-as a integrar-se e a participar da melhor forma possível e tendo em
conta que estas crianças – assim se indicou – em princípio não frequentam a
catequese e poderão não ter qualquer prática religiosa. O acolhimento e as
explicações que serão dadas a todos os participantes, mas tendo as crianças
convidadas como principal alvo, devem ser preparadas pelo catequista com o
grupo e crianças mais desenvoltas que podem fazê-lo, sob orientação dos
catequistas): procurar-se-á salientar, pois, o papel testemunhal das crianças.

- Logo no princípio da celebração, faça-se uma referência aos convidados,


salientando a presença dos «amigos» e a alegria que é, para todos, recebê-los
nesse dia. Louvem-se, também, as crianças pelo resultado do seu empenho
em querer dar testemunho da presença de Deus nas suas vidas e do
entusiasmo posto em provar a sua capacidade para também serem intérpretes
de Deus.

- Desde que todas as crianças estejam acompanhadas pelas famílias


(recomenda-se que o catequista contacte as famílias para confirmar as
presenças), devem sentar-se junto desta e ter a seu lado a criança convidada.

- Atendendo à temática central deste catecismo, recomenda-se que se reúnam


nesta celebração, pelo menos, os vários grupos de catequese do catecismo 5,
se os houver, para proporcionar a todos os presentes uma verdadeira
experiência de «Povo de Deus», de comunidade de fé.

- Para que tudo decorra bem, procure-se que todos os intervenientes sejam
bem preparados (nomeadamente os que participam no cortejo e nas leituras).
Se se achar oportuno, faça-se um guião da celebração, não com todos os seus
pormenores, mas, ao menos, com os cânticos.

- Além das crianças, familiares e dos seus jovens amigos, pode abrir-se a
Celebração a toda a comunidade cristã.

LUGAR DA CELEBRAÇÃO

- Dentro de um salão amplo, que facilte a movimentação;

- Dentro da sala de catequese. Mas só se nenhuma das propostas anteriores


for possível e apenas no caso de a sala ter um tamanho que permita a
participação das pessoas a convidar.

Em qualquer caso, procurar-se-á sentar as crianças e os seus pequenos


convidados em volta de uma mesa, de tamanho adequado ao número dos
participantes, ficando os adultos sentados, também à volta, mas numa(s)
outra(s) fila(s).

MATERIAL
- Guiões da celebração;

- Bíblia;

- Barras cronológicas das crianças;

- Castiçal/Candelabro;

- Velas pequenas;

- Dois arranjos de flores (ou conforme o tamanho da mesa);

- Um pão e cachos de uvas;

- Uma flor para cada pessoa presente.

MÚSICAS

Devem escolher-se cânticos familiares à comunidade, dando-se como


exemplo, apenas, os seguintes:

- “Vamos cantar, irmãos” (J. Martins);

- “Senhor, Tu és a luz que iluminará a terra inteira”;

- “Cantai ao Senhor um cântico novo”;

- “Aleluia... Ele é o Senhor” (R. Monteiro);

- Ressuscitou... Aleluia” (F. Acílio).

Preparação da igreja/ sala:

Decorar a mesa com dois ramos, não muito altos, de flores, se possível
brancas e cor de laranja, invocando as cores da Barra Cronológica das
crianças. Colocar a Bíblia sobre a mesa, em lugar de destaque. Deixar espaço
para os pratos com pão e uvas, que serão entregues por duas crianças,
conforme for mais bonito e adequado. Se possível, colocar também uma
“menorah” (candelabro de sete braços) com as velas acesas, sempre que se
possa garantir a segurança de pessoas e objetos. À volta da mesa, colocam-se
também as velas pequenas. Inicialmente, estão apagadas. Serão acesas no
momento apropriado, com a ajuda de fósforos.

CELEBRAÇÃO

Depois de todos sentados, a assembleia é dirigida no sentido de cantar o


cântico de entrada:

“Vamos cantar, irmãos”.

O Presidente (que pode ser o próprio catequista ou alguém por ele convidado,
como o Pároco) entra, ladeado por duas crianças, vestidas com umas túnicas
brancas transportando uma, um prato com as uvas, outra, com o pão. Ao
chegarem junto da mesa, o Presidente coloca-as no topo desta, sempre
ladeado pelas crianças. Depois, estende as mãos para receber os pratos, que
coloca na mesa. As crianças vão ocupar o seu lugar, dando-se inicio à
celebração.

1. Saudação do Presidente

Vamos, de pé, iniciar esta celebração.

Presidente:

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo,

Que nos libertou do egoísmo e da morte e nos deu vida nova esteja
convosco.

Todos:

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

2. Acolhimento

Presidente:
(Dirigindo-se ao grupo, depois de ter mandado sentar as crianças e os
convidados:)
Porque é que hoje estamos à volta desta mesa, enfeitada e com ar de
festa?

Dando oportunidade para que algumas crianças respondam, continua:


Porque queremos celebrar uma festa... O Senhor Deus convida-nos para
celebrar a festa da libertação, a festa da vida.
Nós chamamos a esta festa “a festa da Páscoa”.
“Páscoa” quer dizer “passagem”... Celebramos esse momento – ou esses
momentos – em que Deus “passou” pelo meio do seu Povo para lhe
oferecer a vida e a libertação.
Para o povo de Deus, a Páscoa é a maior festa, a festa mais importante
de todas as festas.
Daqui a alguns dias, vamos celebrá-la, de forma muito solene, na nossa
igreja; mas podemos começar, desde já, à volta desta mesa, a viver e a
sentir a importância e o significado dessa festa.
3. A Páscoa dos hebreus
Vós, e mais particularmente as crianças da catequese que hoje aqui se
reúnem com as suas famílias e amigos, tendes vindo a fazer um caminho
de preparação séria e bonita da Páscoa, a viver uma Quaresma de
crescimento e de mudança! Mais concretamente, (O Presidente mostra aos
participantes a Barra Cronológica de uma das crianças), o vosso caminho
de preparação está aqui registado, numa Barra Cronológica que ides
construindo através dos vossos esforços. Nesse sentido, e na catequese
13, haveis renovado a vossa Aliança de amor com Deus, nosso salvador,
através de um compromisso sério de amar a Deus e de amar o próximo
(catequese 14). Depois, haveis feito um compromisso pessoal de mudança
(catequese 15) e haveis interiorizado como Deus vos chama e vos confia
uma Missão, vos quer chamar a ser profetas, testemunhando a sua palavra
(catequese 16). Para tal, a vossa reflexão, feita na catequese e com o
auxílio da oração, persistente, haveis decidido converter-vos ao Senhor
Nosso Deus e mudar, aprender a ser uma pessoa melhor (catequese 17),
crescer e amadurecer, compreendendo o valor salvífico do sofrimento
(catequese 18) e esforçando-se por servir (catequese 19). Hoje, estamos
aqui a celebrar este caminho, esta viagem, que fazeis na catequese,
procurando ser aquilo que o Senhor pede a cada um e, com as vossas
famílias e amigos, a dar testemunho da vossa fé. Estou muito feliz por isso
e espero que essa felicidade seja partilhada por todos os presentes.
Depois de uma brevíssima apresentação dos familiares e outros
convidados, feita pelas crianças, prossegue:
Vamos, agora, escutar um resumo do que haveis aprendido sobre a História
do Povo de Deus e os acontecimentos que levaram à Páscoa.
O Presidente dá a indicação aos dois primeiros leitores para se
aproximarem e colocarem, um do seu lado direito, o outro, ao seu lado
esquerdo, e iniciarem a leitura respetiva:

Leitor 1 (uma criança) – Há muitos, muitos séculos, no início da primavera,


depois de terem desaparecido o frio e a escuridão do inverno, as famílias de
pastores faziam uma festa e agradeciam a Deus a vida nova que começava
a aparecer com o nascimento dos primeiros cordeiros dos rebanhos. Era
assim a primeira festa da Páscoa.

Leitor 2 (um adulto) – Há muitos, muitos séculos, no início da primavera, no


dia 14 do “mês das espigas”, as famílias de pastores assavam e comiam, à
volta da mesa, um cordeiro do rebanho. Comiam, também, algumas ervas e
pão. À volta da mesa, antes de partir com o rebanho para as novas
pastagens, cada família louvava esse Deus que dá vida aos homens e aos
animais. Era assim a primeira festa da Páscoa.

Presidente – Isso que vós dissestes é verdade... Mas, há muitos séculos,


nessa noite em que se celebrava a Páscoa, o Povo de Deus conseguiu fugir
da escravidão e tornar-se um povo livre. E assim nasceu a Páscoa dos
hebreus.

Leitor 1 – O que é que aconteceu de especial nessa noite?


Presidente – Sabeis que o Povo de Deus esteve muitos anos prisioneiro no
Egito, tendo que trabalhar para os egípcios em condições muito duras e
difíceis. Os membros do Povo de Deus eram maltratados e sofriam muito.
Toda a gente estava triste, desanimada e sem esperança... Parecia que
nunca mais conseguiriam sair daquela situação.
Mas, no início da primavera, precisamente na altura em que estavam a
celebrar a festa da Páscoa, a festa da vida nova, Deus ajudou-os a fugir
aos egípcios e a tornarem-se livres. Deus “passou” por ali, para libertar o
seu Povo; e os hebreus saíram do Egito nessa noite em que comeram o
cordeiro assado, com ervas e pão... Quando nasceu a manhã do novo dia,
eles já estavam a caminho da liberdade.
A partir dessa data, sempre que celebravam a festa da Páscoa,
lembravam-se da noite em que Deus os tinha salvo e os tinha posto a
caminho da liberdade... Todos os anos, ao celebrar esta festa, eles
agradeciam a Deus por os ter libertado e pediam a Deus que continuasse a
salvá-los sempre que alguém os oprimisse e lhes fizesse mal.
A festa da Páscoa passou assim a ser, para os hebreus, a festa da
libertação, a festa em que celebravam o Deus libertador e salvador.
O presidente envia os leitores para os seus lugares e convida os
presentes a pegarem nas velas pequenas que estão sobre a mesa e a
acendê-las, conforme o número de pessoas presentes, alguns adultos
deslocam-se ao longo das filas das cadeiras, proporcionando a todos
a chama de um fósforo.

Presidente: Quando acendemos estas velas, passamos a ter mais luz. Este
gesto recorda-nos que aquela noite em que Deus “passou” no Egito e
libertou o seu Povo, fazendo com que a noite da escravidão se tornasse
um dia novo, um dia cheio de luz, de esperança, de claridade.

Com as velas acesas, de pé, cantam todos o cântico:


“Senhor, Tu és a luz que ilumina a terra inteira.”

Acabado o cântico, o Presidente pede para apagarem as velas e as


colocarem, de novo, na mesa. Sentam-se para continuar a celebração.
4. A Páscoa dos cristãos
Presidente – Jesus celebrou esta Páscoa dos hebreus?
Deixar as crianças exprimir-se por uns momentos para, de seguida,
continuar a explicação da Páscoa dos cristãos:
Claro que sim. Todos os israelitas a celebravam, todos os anos. Mais: no
dia em que ele foi preso, tinha estado a celebrar com os seus amigos a
festa da Páscoa...
Querem saber o que aconteceu durante esta última celebração que Jesus
fez com os seus amigos?
Vamos ouvir de pé como S. Lucas que, como haveis aprendido na
catequese do ano passado, escreveu um livro, um Evangelho, a falar sobre
Jesus, nos conta este episódio (Lc 22,7-20):
Esta leitura deve ser feita diretamente da Bíblia, que está sobre a mesa,
pelo catequista ou, caso as restantes leituras sejam feitas pelas crianças,
em exclusivo, por um pai ou uma mãe.

Catequista:
O Senhor esteja connosco.
Todos:
Ele está no meio de nós.
Catequista:
Leitura do Evangelho segundo S. Lucas.
Todos:
Glória a vós, Senhor.

Chegou o dia dos Ázimos, em que devia sacrificar-se o cordeiro, e


Jesus enviou Pedro e João, dizendo:
«Ide preparar-nos o necessário para comermos a ceia pascal».
Perguntaram-lhe:
«Onde queres que a comamos?»
Respondeu:
«Ao entrardes na cidade, virá ao vosso encontro um homem
transportando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que entrar e
dizei ao dono da casa:
“O Mestre manda dizer-te: Onde é a sala em que hei de comer a ceia
pascal com os meus discípulos?”
Mostrar-vos-á uma grande sala mobilada, no andar de cima. Fazei os
preparativos».
Partiram, encontraram tudo como Jesus lhes tido dito e prepararam a
Páscoa.
Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os apóstolos com Ele.
Disse-lhes:
«Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de
padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno
cumprimento no Reino de Deus».
Tomando uma taça, deu graças e disse:
«Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do
fruto da videira, até chegar o Reino de Deus».
Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o
por eles, dizendo :
«Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado
por vós».

Catequista:
Palavra da salvação.

Todos:
Glória a vós, Senhor.

Ainda com todos de pé:

Presidente – Nessa celebração da Páscoa, Jesus disse palavras e fez


gestos que não era costume dizer nem fazer na celebração da Páscoa
dos judeus.
Na Páscoa dos judeus, falava-se sobretudo daquele momento em que Deus
libertou o seu Povo do Egito; e falava-se, também, de outros momentos da
história em que Deus tinha salvo o seu Povo daqueles que o oprimiam e
escravizavam...

Na celebração da última Páscoa de Jesus com os seus discípulos, de


que é que se falou? Algum de vós sabe dizer?

De novo se dá a palavra às crianças, permitindo avaliar se elas estão a


compreender a mensagem da celebração e facilitando a apreensão
para os convidados para quem esta mensagem seja uma eventual
novidade.
Depois, o Presidente prossegue:
Falou-se, sobretudo, do sofrimento que esperava Jesus e da sua morte, que
ia acontecer daí a poucas horas. Jesus disse, claramente, que ia “padecer”
– isto é, que ia sofrer muito.

Pegou num pedaço de pão e, depois de convidar os discípulos a comê-lo,


disse-lhes que esse pão era o seu Corpo, que ia ser entregue à morte;
pegou num cálice com vinho e disse que aquele vinho era o seu sangue,
que ia ser derramado (ele estava a falar do momento em que o iam matar
na cruz e em que o seu sangue ia sair das feridas que lhe fizeram nas
mãos, nos pés e no coração...)

Algum de vós, meus jovens amigos, sabe explicar porque é que numa festa
que celebrava a libertação do Povo de Deus, Jesus falou tanto da sua
morte? (Deixar as crianças pronunciarem-se e orientar as respostas para:)

A resposta a esta pergunta parece difícil, mas é simples: porque ao morrer


na cruz, Jesus estava a libertar o Povo de Deus... É verdade: a morte de
Jesus trouxe vida e libertação para o Povo de Deus.
Como é que Jesus nos libertou? Como é que Jesus nos salvou?
Vamos continuar a nossa celebração e assim iremos perceber como JESUS
nos salvou.
O Presidente dá indicação aos dois próximos leitores para se aproximarem
e colocarem, um do seu lado direito, o outro, do seu lado esquerdo, e
iniciarem a leitura respetiva:

Leitor 3 (criança) – Ele passou toda a sua vida terrena a mostrar-nos como
é que devíamos viver para sermos livres e felizes... Mostrou-nos que não
devíamos ser egoístas, nem fazer mal às outras pessoas;

Leitor 4 (adulto) – Ele disse-nos que não devíamos odiar ninguém, mas
devíamos amar todos os homens e mulheres, mesmo aqueles que nos
fazem mal;

Leitor 3 – Ele disse-nos que devíamos perdoar e acolher as outras


pessoas, mesmo quando elas falhavam;

Leitor 4 – Ele disse-nos que não devíamos esquecer-nos das necessidades


dos outros, mas devíamos partilhar o que temos;

Leitor 3 – Ele disse-nos que não devíamos querer ser servidos pelos
outros, mas devámos estar ao serviço de quem precissasse da nossa
ajuda...

Leitor 4 – E Ele morreu porque alguns homens não concordavam com


estas coisas e não queriam que o mundo fosse assim construído...

Presidente:
Tudo isso, que dissestes, é verdade: Jesus morreu para nos ensinar a viver
bem; Ele morreu para nos libertar do egoísmo e da maldade; Ele morreu
para nos ensinar que não devíamos ser escravos do dinheiro ou do poder...
Ele morreu para que nós fôssemos livres e tivéssemos vida, vida
verdadeira.

O Presidente dá a indicação aos dois leitores para voltarem para os seus


lugares e aos seguintes para ser aproximarem e colocarem, um do seu lado
direito, o outro, do seu lado esquerdo, e iniciarem a leitura respetiva
continuando a celebração:

Leitor 5 (criança) - Cristo é a nossa Páscoa. Ele, com a sua vida e com a
sua morte, tornou-nos livres e deu-nos vida.
Leitor 6 (criança) – Cristo é a nossa Páscoa. Ele gastou a sua vida, até à
morte, para nos ensinar o caminho da liberdade e da vida nova.

Presidente – Foi isso que Ele nos disse quando nos mandou comer o seu
Corpo e beber o seu sangue derramado... Mandou-nos aceitar dentro de
nós essa vida de amor, de perdão, de partilha, de entrega, de serviço, que
Ele nos veio ensinar a viver.

Leitor 5 – “Tomai e comei, isto é o meu Corpo entregue por vós”. As


minhas palavras, os meus gestos, acolhei-os no vosso coração e vivei
assim.

Leitor 6 – “Tomai e bebei, isto é o meu sangue”. O meu amor, esse


amor que me levou a dar a minha vida até à morte, deve estar sempre
no vosso coração e levar-nos a ter gestos de amor e de bondade para
com os outros.

Presidente – E, no terceiro dia, o Senhor Deus mostrou que esse caminho


que Cristo nos veio ensinar é um caminho de Vida, não de morte; Deus
ressuscitou Jesus e Ele apareceu vivo aos seus discípulos.

Todos:
Nós sabemos que Jesus está vivo e que veio dar-nos a vida.

Presidente:
Porque Jesus está vivo, vamos voltar a acender as nossas velas mas,
desta vez, como sabemos que Ele venceu a morte e que a sua luz
nunca mais se extingue, vamos mantê-las acesas, com todo o cuidado,
tal como fazemos com a luz da nossa fé.
O presidente convida os presentes a pegarem, de novo, nas velas
pequenas que estão sobre a mesa, a acendê-las e a conservá-las
acesas; conforme o número de pessoas presentes, alguns adultos
deslocam-se ao longo das filas de cadeiras, proporcionando a todos a
chama de um fósforo. O presidente prossegue:

Cantemos, pois, em sinal de alegria, pois o Senhor está vivo e veio dar-nos
a verdadeira Vida.

Cântico: “Aleluia... Ele é o Senhor”

Leitor 5 – Senhor Jesus, Tu aceitaste viver para nós e morrer por nós, para
nos ensinar a viver bem, como pessoas livres. Muito obrigado!

Todos – És tu, Senhor Jesus, quem nos dá vida. Aleluia!

Leitor 6 – Senhor Jesus, Tu gostavas tanto de nós, que até deixaste que te
matassem para nos ensinar a viver no amor. Muito obrigado!

Todos – És tu, Senhor Jesus, quem nos dá vida. Aleluia!

Leitor 5 – Senhor Jesus, Tu eras um Deus grande e poderoso, mas fizeste-


te o servo de todos nós para nos ensinar a servir os nossos irmãos e irmãs.
Muito obrigado!

Todos – És tu, Senhor Jesus, quem nos dá vida. Aleluia!

Leitor 6 – Senhor Jesus, a tua ressurreição disse-nos que quem seguir um


caminho como o teu não morrerá, mas terá sempre vida. Muito obrigado!

Todos – És tu, Senhor Jesus, quem nos dá vida. Aleluia!


Presidente – Descobrimos hoje, aqui, que Jesus, ao ensinar-nos a
viver – a amar, a servir, a perdoar, a partilhar – nos libertou do mal e
nos deu vida.

Vamos lá para fora dizer isto, mostrar isto, com o nosso amor, com os
nossos gestos de bondade e de perdão, com a ajuda que vamos dar a
todos aqueles que precisam de nós.

Vamos dar testemunho da vida nova que Jesus nos deu e que nós
queremos mostrar a todos os homens e mulheres.

Como sinal dessa vida nova que aqui descobrimos e que queremos levar lá
para fora, vai-nos ser dada uma flor. Vamos levá-la para casa e vamos
explicar à nossa família, aos nossos amigos, aos nossos colegas da escola
e do trabalho, que esta flor é sinal da vida nova que Jesus, a nossa
Páscoa, a todos nos deu.

O catequista, ajudado por todas as crianças do grupo, distribui uma flor a


cada participante e convida os participantes a levar a sua vela para casa ou
a colocá-la junto do altar na igreja, a ser possível, sem as apagar.

Presidente (adpatando às circunstâncias dos presentes):


E agora, antes de voltarmos às nossas vidas e aos locais em que o Senhor
nos pede para O testemunharmos e o anunciarmos, quero pedir-vos, em
primeiro lugar, a vós, crianças deste(s) grupo(s) de catequese, que
continueis o vosso caminho, sem hesitação, sem receio, a construção do
vosso percurso de fé, simbolizado e retratado na Barra Cronológica que
tendes construído, como membros do Povo de Deus. Aos pequenos
amigos, que hoje os acompanharam, quero voltar a saudar-vos, com
alegria, e manifestar-vos o gosto que todos sentimos de vos acolher aqui e
a oportunidade de celebrar o Senhor convosco. Foi com grande entusiasmo
que os vossos colegas vos receberam e que, no futuro, abrirão as portas da
sua catequese a cada um de vós, quando quiserdes visitar-nos ou ficar
connosco. Às famílias, agradeço o empenho na construção desta
comunidade através do acompanhamento que dais à catequese dos vossos
filhos/netos/educandos, afilhados... é com o esforço de cada um que uma
comunidade se faz vida, com a conversão possível dos nossos corações.
Sugeria a todas as crianças da catequese que, na sua Barra Cronológica,
no espaço desta catequese, registassem as suas impressões sobre este
dia, a alegria que aqui se viveu, o amor a Deus e ao próximo que, juntos,
experimentámos.

Antes de convidar os presentes a participar num lanche de convívio – de


preferência bem organizado e partilhado – o presidente recorda os horários
e convida as várias famílias a participar nas cerimónias que se aproximam,
do Tríduo Pascal. É importante que convoque as crianças para a
aproximação ao Sacramento da Reconcialiação, se não se tiverem
confessado, individualmente ou a partir de uma Celebração Penitencial,
antes desta celebração.

Presidente:
Bênção.

Cântico final:
“Ressuscitou.. Aleluia” (F. Acílio)

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