Você está na página 1de 9

Graça e paz da parte do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,

Olha eu aqui novamente! Eu continuo me chamando Arlety !


Você está bem? Ah Arlety quem sou eu para que Deus se importe?
Essa pergunta é feita desde a antiguidade:
Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem para que o visites? Davi
já dá a letra, para não termos o nariz empinado... Salmos 8.4
Platão dizia que o homem é um bípede depenado
Aristóteles: o homem é um animal político
Protágoras: o homem é a medida de todas as coisas.
Ficamos com a Palavra: O homem é a imagem e semelhança de Deus e neste mês salmo 8 porém
no versículo 5 – contudo, pouco menos fizeste que os anjos e de glória e honra o coroaste.
E Davi vai dizendo que Deus faz com que o homem tenha domínio sobre as obras das mãos de
Deus , e tudo puseste debaixo dos nossos pés...
Você percebe que você foi coroado da Glória de Deus e essa Glória precisa ser vista, porque aí a
Glória sendo vista, Deus será glorificado através de você?
Um dos versículos que lemos Domingo passado foi em Isaías Capítulo 6: 3
“Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória”
Domingo passado falamos da Santidade de Deus e este domingo falaremos sobre a Glória Dele.

Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que
faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade,
a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua
glória. Efésios 1:11,12

Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti.

Isaías 60:1

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do
Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo
Senhor, o Espírito.

2 Coríntios 3:18

Colossenses 3.1-4
1Uma vez que vocês ressuscitaram para uma nova vida com Cristo,

mantenham os olhos fixos nas realidades do alto, onde Cristo está sentado no
lugar de honra, à direita de Deus. 2Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas
da terra. 3Pois vocês morreram para esta vida, e agora sua verdadeira vida está
escondida com Cristo em Deus. 4E quando Cristo, que é sua vida, for revelado
ao mundo inteiro, vocês participarão de sua glória.
Uma nova vida que se obtém em Cristo. E a nova vida que nós recebemos em
Cristo é para ser vivida, não para nós mesmos, mas para Cristo [para a glória
de Cristo], que morreu e ressuscitou por nós” (2Co 5.15). Daí que o foco, da
nossa vida é Cristo, a glória de Cristo.

CRISTO NO CENTRO DE NOSSAS VIDAS.

Paulo escreveu que Cristo “morreu por todos, para que os que recebem sua
nova vida não vivam mais para si mesmos, mas para Cristo, que morreu e
ressuscitou por eles” (2Co 5.15).

Nossa vida terá como a coisa mais importante: a glória de Cristo; a glória de
Cristo vista, desfrutada e exibida em nossa vida. A glória de Cristo é a melhor
parte, e ela nunca nos será tirada.

É através da nossa vida que Deus será glorificado.

Mateus 5.16 - Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas
boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus".

Como faremos isso? O Chamado de Deus não é para nós nos acomodarmos a essa cultura que
quer ser imposta a todo custo. Cristo nos chama a confrontar essa cultura. Ao invés de ficarmos
sentados só observando o curso das tendências culturais e sutilmente irmos aderindo às
mudanças da maré cultural.
Na verdade Cristo está nos impelindo a Partilharmos e mostrarmos corajosamente nossas
convicções por meio daquilo que falamos, da forma que vivemos, mesmo ou especialmente
quando essas convicções contradizem as posturas populares hoje em dia! A Glória de Deus será
vista através de nós, nosso modo de viver, de criar nossos filhos, de vivermos nosso casamento,
da integridade em nosso trabalho, e do que fazermos por todos aqueles que Deus colocar em
nossas vidas.
E Ele nos pede pra fazer tudo isso com uma mente livre de arrogância ou sem endurecer o
coração, mas movidos pela compaixão e humildade de Cristo.
Não é essa, afinal de contas, a essência do que significa, antes de tudo, seguir a Cristo? “Se
alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e siga-me”? (Lc
9.23) Isso é contracultural. Num mundo em que tudo gira em torno de nós mesmos – de nos
protegermos, nos promovermos, consolarmos a nós mesmos, cuidarmos de nós mesmos – Jesus
diz: “Crucifique a si mesmo. Coloque de lado a autopreservação para viver em função de
glorificar a Deus, não importa o que isso signifique para você em seu contexto cultural”
A questão mais importante em qualquer cultura não é Glorificar a Deus? Ou melhor dizendo,
não é Ele, no fim, a questão mais importante de qualquer cultura? E se a questão mais
importante hoje em nossa cultura não for a pobreza ou o tráfico de pessoas para exploração
sexual; e se não for a homossexualidade ou o aborto? E se a questão principal for Deus? O que
aconteceria se fizéssemos dele o motivo da nossa reflexão? Em um mumdo marcado por
escravidão e imoralidade sexuais, por abandono e assassinato de crianças, por racismo e
perseguição, pelas necessidades dos pobres e por descaso das viúvas, como deveremos agir se
fixamos o olhar na santidade de Deus revelados no evangelho?
O mesmo coração de Deus que nos move a combater o tráfico de pessoas para exploração sexual
também nos move a combater a imoralidade sexual. Descobriremos que o mesmo evangelho
que nos compele a combater a pobreza também nos compele a defender o matrimônio.
Deus nos convida à intimidade, para reorganizar nossa vida, nossas famílias e igreja no sentido
de dar uma resposta coerente, impelida por Cristo e de caráter contracultural aos problemas
sociais mais urgentes dos nossos dias.
Vai ter um custo alto para mim e para você, mas como estamos voltados para Deus, para aquilo
que mais glorifica a Deus, Nele encontraremos uma recompensa muito maior do que qualquer
coisa que nossa cultura possa nos oferecer.
O evangelho é a força vital do Cristianismo e proporciona o fundamento para confrontar a
cultura, pois quando cremos de verdade no evangelho, começamos a perceber que ele não só
constrange o cristão a confrontar as questões sociais à sua volta, mas também cria de fato uma
confrontação com a cultura ao seu redor – e dentro de nós...

No princípio, DEUS
No Domingo passado, falamos que Ele é Santo, um Deus que é santo e odeia o pecado.
Lá vai ela falar de pecado, assim a pessoa vai se sentir afrontada, ofendida, logo de cara e ela
nem vai querer ouvir.
Então não posso nem abrir a Bíblia, porque abra comigo aí no primeiro livro da Bíblia, no
primeiro versículo da Bíblia agora leia comigo: NO princípio Deus, pare aí e pasme meu amigo,
mas a ofensa do evangelho começa já com as primeiras palavras da Bíblia. "No princípio, Deus..."
(Gn 1.1). A afronta inicial do evangelho é que há um Deus com o qual, por meio do qual e para
o qual todas as coisas começam. ... o eterno Deus, o SENHOR, [é] o Criador dos confins da terra"
(Is 40.28). Como todas as coisas começam com Deus e, em última análise, existem para Deus,
nada em toda a criação é irrelevante para ele.
Como é o Criador? "Eu sou o SENHOR, vosso Santo", diz Deus em Isaías 43.15. Em outras
palavras, ele é totalmente sem igual diferente de nós e a quem não podemos nos comparar. Ele
é de outro tipo. Deus é absolutamente puro, e não há nele nada errado. Nada. Tudo o que Deus
é e tudo o que faz é certo. Nele não há erro. Ele é incomparável. Esse Deus santo também é
bom. "O SENHOR é bom para todos, e suas misericórdias estão sobre todas as suas obras" (SI
145.9). Você é obra das mãos Dele, A bondade divina fica evidente desde o início da Escritura,
em que é dito que tudo o que ele cria é "bom", culminando com o homem e a mulher, a cuja
criação a Escritura também se refere como algo "muito bom" (veja Gn 1.4,10,12,18,21,25,31).
A grandiosidade universal da criação testifica a inegável bondade do Criador. A bondade de Deus
se expressa em sua justiça. "O SENHOR julga os povos" (SI 7.8) e os julga perfeitamente. Deus
justifica o inocente e condena o culpado.
A bondade divina também se expressa com sua graça. Ele é um favor gratuito e imerecido
daqueles que jamais poderiam merecê-lo. Ele é compassivo, paciente e deseja que todas as
pessoas por toda parte conheçam e desfrutem de sua bondade, misericórdia e amor (veja 2Pe
3.9).
Considere, então, a confrontação criada pela realidade de Deus em nossa vida. Como Deus é
nosso Criador, pertencemos a Ele. Aquele que nos criou é nosso dono.
O Autor de toda a criação tem autoridade sobre tudo que criou, inclusive sobre mim e você.
Temos de prestar contas a ele como nosso juiz. Uma das verdades fundamentais do evangelho
é que Deus julgará todas as pessoas, e o fará com justiça. Isso nos coloca numa posição em que
precisamos desesperadamente de sua graça. Já podemos perceber a ofensa do evangelho
ganhando a frente de tudo. Diga a qualquer indivíduo de hoje que existe um Deus que sustenta,
possui, define, governa e que um dia ele o julgará, e esse indivíduo ficará contrariado e ofendido,
qualquer um ficaria — e todos ficam. Essa é nossa reação natural a Deus.
REAÇÃO NATURAL A DEUS
Quando Deus cria o homem, ele o coloca no Jardim do Eden e diz: "Coma livremente de qualquer
árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia
em que dela comer, certamente você morrerá" (Gn 2.16,17, NVI). Aqui vemos a manifestação
da santidade, da bondade, da justiça e da graça de Deus. Ele tem autoridade para definir o certo
e o errado, o bem e o mal fundamentado em seu caráter puro e santo. Deus deixa claro ao
homem que este será julgado com base na obediência à ordem divina.
A graça de Deus é evidente porque ele não esconde sua lei, um amor, Deus aponta ao mesmo
caminho da vida e o exorta a caminhar nele. E como a criatura responde ao Criador? Bastaram
apenas uns poucos para que a tentação de pecar se manifestasse. Ele disse: Não coma de
nenhum fruto das árvores do jardim? [...] Certamente não morrerão! [...] Deus sabe que, no dia
em que dele seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do e do mal" (Gn
NVI). Você percebeu a inversão de papéis aqui? Tudo começa quando a ordem de Deus é
reduzida a questionamentos sobre ele. Deus é santo mesmo? Ele sabe realmente o que é certo?
Deus é bom de verdade? Ele quer mesmo o que é melhor para mim? Em meio a esses
questionamentos, o homem e a mulher sutilmente se colocam não como aqueles que devem
ser julgados por Deus, mas sim como aqueles que o julgam.
A pergunta da serpente gira em torno da árvore do conhecimento do bem e do mal. Talvez,
depois de lermos o nome da árvore, pensemos: "O que há de tão errado em saber a diferença
entre o bem e o mal?". Contudo, o significado da Escritura aqui vai além de informar sobre o
bem e o mal: ele diz respeito a determinar o bem e o mal. Em outras palavras, se o homem ou
a mulher comessem dessa árvore eles estariam rejeitando a Deus como aquele que determina
o bem e o mal, e tomando para si mesmos tal responsabilidade.
A tentação no jardim era rebelar-se contra a autoridade de Deus e, nesse processo, fazer dos
seres humanos juízes da moralidade. Quando compreendemos esse primeiro pecado,
percebemos que o relativismo moral do século não é nenhuma novidade.
Quando tentamos usurpar o lugar de Deus (ou mesmo eliminá-lo do cenário), perdemos a
objetividade para determinar o bem e o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral.
Aquilo que uma cultura disser que é certo, será certo, e o que ela disser ser errado, assim será.
Essa é exatamente a visão de mundo que predomina na cultura de hoje, onde mudanças rápidas
no panorama moral comunicam claramente que nós não cremos mais que certas coisas sejam
inerentemente boas ou más. Em vez disso, o certo e o errado são determinados pelos
desdobramentos sociais à nossa volta.
Colossenses 3.1-4 nos chama a ter mentalidade ou disposição da mente e do coração
e nos indica o caminho da obediência que flui dele em Colossenses 3.5 a 4.6 abre o
verso 5: “portanto” — “portanto, em face da glória encantadora”; note ainda
os imperativos que se seguem) Veja:
5Portanto, façam morrer as coisas pecaminosas e terrenas que estão dentro de

vocês. Fiquem longe da imoralidade sexual, da impureza, da paixão sensual, dos


desejos maus e da ganância, que é idolatria. 6É por causa desses pecados que vem a
ira de Deus. 7Vocês costumavam praticá-los quando sua vida ainda fazia parte deste
mundo, 8mas agora é o momento de se livrarem da ira, da raiva, da maldade, da
maledicência e da linguagem obscena. 9Não mintam uns aos outros, pois vocês se
despiram de sua antiga natureza e de todas as suas práticas perversas. 10Revistam-
se da nova natureza e sejam renovados à medida que aprendem a conhecer seu
Criador e se tornam semelhantes a ele. 11Nessa nova vida, não importa se você é
judeu ou gentio, se é circuncidado ou incircuncidado, se é inculto ou incivilizado, se é
escravo ou livre. Cristo é tudo que importa, e ele vive em todos. [E assim até Cl 4.5]
O que Paulo está dizendo é que o caminho da obediência e de uma vida transformada
é fruto de mente e coração encantados com a glória de Cristo. Observe o texto, mais
uma vez. Colossenses 3.1-5:
1Uma vez que vocês ressuscitaram para uma nova vida com Cristo, mantenham os

olhos fixos nas realidades do alto, onde Cristo está sentado no lugar de honra, à
direita de Deus. 2Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas da terra. 3Pois vocês
morreram para esta vida, e agora sua verdadeira vida está escondida com Cristo em
Deus. 4E quando Cristo, que é sua vida, for revelado ao mundo inteiro, vocês
participarão de sua glória. 5Portanto, façam morrer as coisas pecaminosas e terrenas
que estão dentro de vocês.

Quando Cristo, que é sua vida — o Criador de sua vida, o Sustentador de sua vida, o
Redentor de sua vida, o Padrão de sua vida, o Tesouro de sua vida — quando Ele,
Cristo, for revelado, então, e somente então, será revelado quem você realmente é,
pois você brilhará como o sol quando aparecer com Cristo em glória (Mt 13.43).

SUA NOVA MENTALIDADE


Essas são as realidades que Paulo revela em Colossenses 3.1-4. Então ele nos
conclama a ter uma mentalidade — uma disposição, um temperamento — que esteja
de acordo com essas realidades. Colossenses 3.2: “Pensem [coloquem sua mente,
suas afeiçoes, sua consciência] nas coisas do alto, e não nas coisas da terra.”
O que Paulo quer dizer com “coisas do alto”.
Mas ficamos com um pequeno problema ao traduzir a linguagem de Paulo com o
verbo pensar no verso 2. Você pode pensar em algo sobre o que discorda. Não é
mesmo? Você pode se concentrar em algo de que não goste. Pergunte aos alunos do
ensino médio.
“Pensar” não é enfaticamente o que Paulo quer dizer com o imperativo
grego phronéō. Esta é exatamente a palavra que Paulo usou em Filipenses 2.5, a
qual foi traduzida como segue (ARA): “Tende em vós o mesmo
sentimento [phronéō] que houve também em Cristo Jesus.” Tenha esse sentimento,
essa afeição, essa mentalidade, essa atitude, essa disposição, esse temperamento,
esse modo de pensar, sentir e responder, os mesmos que Cristo teve.
Essa é a ideia aqui em Colossenses 3.2. Com efeito, Paulo está dizendo:
Seja moldado no seu modo de pensar, em sua vida emocional, em suas afeições, em
seu padrão de posturas e de palavras, suas preferências por pessoas, entretenimento,
roupas, emprego e lazer — nesse conjunto total de mente e coração, seja formado
pelas realidades que estão acima: as realidades do próprio Deus, de Cristo sentado à
direita de Deus, de sua verdadeira vida escondida com Cristo em Deus, de sua morte
ter ficado para trás e da espetacular revelação pública de Cristo e sua revelação com
ele em glória.
Deixe seu modo de ver o mundo, pensar sobre o mundo, sentir sobre o mundo ser
moldado e governado por essas realidades do alto (Deus, Cristo, vitória sobre a morte,
vida eterna, manifestação em glória).
BUSQUE INCANSAVELMENTE O CÉU
Finalmente, Paulo nos aponta o caminho que leva a essa mentalidade do alto.
Colossenses 3.1: “Uma vez que vocês ressuscitaram para uma nova vida com
Cristo, mantenham os olhos fixos nas [busque as] realidades do alto”.
Manter os olhos fixos. Este é o caminho para a mentalidade moldada pelas coisas do
alto. Procurá-las. Persegui-las. Buscá-las. Localizá-las. Aproveitá-las. Segurá-las.
Olhar para elas. Cavá-las. Compreendê-las. Prová-las. Saboreá-las. Valorizá-las.
Não é passivo. Ninguém ganha a mentalidade do céu passivamente. Você a procura
ou não a possui. Mas cuidado. A única busca que consegue obter as coisas do alto é a
busca daqueles que estão mortos. A única busca de vida oculta com Cristo em Deus é
a busca daqueles cuja vida está oculta com Cristo em Deus. Você não está tentando
fazer a morte ou a vida acontecerem. Você está procurando porque morte e vida já
aconteceram.

Colossenses 3.3: “Vocês morreram.” Colossenses 3.1: “Vocês ressuscitaram.” Você


não está buscando essa morte. Ela já é passado para você. Você não está buscando
essa ressurreição. Ela já aconteceu em Cristo. Você morreu. Você ressuscitou. Essa é
a base da sua busca — não o objeto da sua busca. Essa é a própria essência do
esforço cristão. Buscamos, ansiamos e perseguimos as realidades que estão acima,
porque estamos acima.

Então, deixe-me dizer novamente, o caminho para a mentalidade moldada pelas


realidades do alto é a busca incansável e apaixonada. “Uma vez que vocês
ressuscitaram para uma nova vida com Cristo, mantenham os olhos fixos nas
[busque as] realidades do alto”. Elas são encontradas na palavra de Deus,
Colossenses 3, e em toda as Escrituras.
Procure-as. Não seja passivo. Busque-as. Encontre-as. Medite nelas. Valorize-as. Até
que todo o seu modo de pensar, sentir, responder e agir sejam moldados por elas. Isto
é: Deus, Cristo sentado à direita de Deus, sua verdadeira vida escondida com Cristo
em Deus, sua morte no passado, Cristo sendo finalmente revelado em poder e glória,
e você revelado com ele, brilhando como o sol. Busque incansavelmente o céu, as
coisas do alto.

A META É GLÓRIFICAR A CRISTO


Não mire em prazeres inferiores. Mire na glória de Cristo.
Comendo, bebendo, buscando ser saudável, procurando o bem-estar, estudando,
trabalhando, namorando, vivendo em família ou qualquer outra coisa, faça para a
glória de Deus em Cristo Jesus.
2023 não é para você investir mais em você ou nas coisas que têm significado
na sua vida. Em 2023 a meta é Cristo, a glória de Cristo, as coisas do alto, onde “sua
verdadeira vida está escondida com Cristo em Deus.”

A OFENSA ETERNA
A simples ideia de que Deus se tornou homem é estranha a um contingente enorme de pessoas
mundo afora. Mais de um bilhão de muçulmanos acredita que Deus jamais se rebaixaria
tornando-se homem. Centenas de milhões de outras pessoas acham absurda a ideia de que um
homem possa ser divino. Mas a ofensa do evangelho vai mais longe ainda. Ele afirma que Deus
não só se tornou homem, mas que esse Deus-homem foi crucificado. Isso é tolice para o homem
contemporâneo. Imagine pegar um homem bem-sucedido, bem vestido, com um bom emprego,
uma bela casa, um carro sofisticado e uma mulher que prospera graças à sua independência e
levar ambos a um lixão, onde há um homem nu preso com pregos a um tronco, coberto de
sangue, e dizer a eles: "Esse é o seu Deus". Eles ririam de você, talvez sentissem pena do homem
e muito provavelmente seguiriam em frente com a própria vida. Todavia, a ofensa do evangelho
chega a seu ponto máximo quando você lhes diz que seu destino eterno depende de crerem, ou
o Senhor, não, que o homem pendurado na cruz é o seu Deus Juiz, Salvador e Rei de toda a
criação. Logo que disser "se vocês o seguirem, terão a vida eterna; caso contrário, irão para o
inferno eterno", você verá que ultrapassou uma linha de muita controvérsia na cultura
contemporânea (e também na igreja de hoje). O evangelho afirma que a forma de você e eu
respondermos a Jesus coloca em risco nossa eternidade. De acordo com a Bíblia, o céu é uma
realidade gloriosa para aqueles que confiam em Jesus. E um lugar de plena reconciliação e
completa restauração onde o pecado, o sofrimento, a dor e a tristeza finalmente cessarão, e
todos os que tiverem confiado em Cristo viverão em perfeita harmonia com Deus e uns com os
outros para todo o sempre. A Biblia também ensina que o inferno é uma realidade terrível para
os que dão as costas a Jesus. Trata-se de uma realidade sobre a qual Jesus falou muito. Tim Keller
diz que "se Jesus, o Senhor de Amor e o Autor da Graça, falou sobre o inferno com mais
frequência e de forma mais vívida e aterrorizante do que qualquer outra pessoa, então é porque
se trata de uma verdade crucial" Todos deram as costas a Deus e se voltaram para si mesmos,
e se nada mudar até sua morte, o inferno será o castigo divino por sua escolha pecaminosa e
soberba. Os que se rebelam contra Deus na terra receberão a justa pena pelo caminho que
escolheram. E claro que ninguém, por pior que seja, escolheria o inferno se soubesse o horror
que isso implica. A Escritura descreve o inferno como um lugar em que há choro e ranger de
dentes e a fumaça de seu tormento sobe sem trégua para todos os que moram ali (veja Mt 8.12;
Ap 14.11). Ninguém, em sã consciência, quer passar por isso. Contudo, ao colocar, de forma
deliberada e definitiva, sua vontade contra a vontade de Deus, o destino de fato do pecador é a
danação eterna. Quando juntamos todas essas verdades do evangelho, percebemos que a
declaração mais ofensiva e contracultural do cristianismo não é aquilo que os cristãos creem a
respeito da homossexualidade ou do aborto, do casamento ou da liberdade religiosa. Em vez
disso, a declaração mais ofensiva é que Deus é o Criador, o Senhor e o Juiz de cada pessoa do
planeta. Todos somos culpados diante dele pelo pecado, e a única maneira de nos
reconciliarmos com ele é pela fé em Jesus Cristo, o Salvador crucificado e Rei ressuscitado. Todos
os que confiarem em seu amor experimentarão a vida eterna, ao passo que aqueles que
rejeitarem seu senhorio sofrerão a morte eterna.
VOCÊ CRÊ NO EVANGELHO?
Você crê no evangelho? Imagino três categorias de ouvintes. Na primeira categoria estão os que
não acreditam no evangelho. A segunda categoria é parecida com a primeira no que se refere a
não acreditar no evangelho. A diferença, porém, é que quem pertence a essa segunda categoria
se diz cristão. Talvez se autodenomine "cristão progressista" ou "cristão de mente aberta", ou
"cristão que frequenta a igreja", ou adote qualquer outro modificador acrescentado à sua
condição de cristão. Com o devido respeito — e não sei escrever sobre esse assunto sem ser
contundente —, minha esperança é que você pare de chamar a si mesmo de cristão até crer no
evangelho. Há "cristãos" que não acreditam que Deus seja o Criador do Universo ou o Autor da
Bíblia; há outros "cristãos" que não acreditam que o pecado seja um problema muito grande
para Deus; muitos cristãos" creem que Jesus é apenas um dos muitos caminhos para Deus; e
vários outros "cristãos" rejeitam totalmente o que Jesus diz a respeito do inferno (embora
acolham comodamente o que ele diz sobre o céu). Coloquei "cristãos" entre aspas simplesmente
porque esses "cristãos" não são cristãos. É impossível ser um seguidor de Cristo e, ao mesmo
tempo, negar, desprezar, não dar crédito e não crer nas palavras de Cristo. Portanto, se você
estiver nessa categoria, meu objetivo é semelhante ao que partilhei com a primeira categoria.
Espero sinceramente que você conheça o amor misterioso, insondável, inexplicável e pessoal de
Deus por você em Cristo; que você creia no evangelho, apesar de toda a ofensa nele contida, e
siga a Cristo pelo que ele é, e não pelo que nós preferiríamos que fosse. Até que isso aconteça,
minha esperança é que você não blasfeme o nome do Senhor dizendo estar em Cristo (ser
cristão) quando não está. A última categoria inclui aqueles que creem de fato no evangelho.
Suponho que muitos dos que estão façam parte dela. E esse certamente é o público principal
para quem estou escrevendo. Meu objetivo é mostrar as implicações do evangelho para as
várias questões sociais da nossa cultura: pobreza, escravidão, aborto, imoralidade sexual,
deterioração do casamento e negação dos direitos civis. Nesse processo, quero demonstrar de
que modo uma compreensão plena do evangelho traz indissociavelmente consigo tanto uma
preocupação radical para com os pobres quanto uma oposição radical ao aborto; um
posicionamento radical contra a escravidão e a defesa radical do casamento. No fim das contas,
meu objetivo é mostrar de que modo o evangelho leva o cristão a se opor a todos esses
problemas em nossa cultura com convicção, compaixão e coragem. Ao lidar com cada um desses
temas, quero chamar os cristãos à convicção. Vivemos dias sem paralelo na cultura ocidental,
nos quais o cenário moral está mudando rapidamente. Como consequência, temos muitas
oportunidades de insistir na verdade divina e de falar dela. Não deixemos esse momento passar.
Elizabeth Rundle Charles, comentando como Martinho Lutero enfrentou os temas mais
importantes de sua época, diz: E a verdade atacada em qualquer época que testa nossa
fidelidade [...] Se professo em alto e bom som e exponho da forma mais clara possível cada
porção da verdade de Deus, exceto precisamente aquele ponto que o mundo e o diabo estão
atacando naquele momento, não estou confessando a Cristo, por mais ousadamente que eu
possa professar o cristianismo. Quando recrudesce a batalha, aí a lealdade do soldado é posta à
prova e estar firme em todas as frentes da batalha, exceto nessa, é mera fuga e desonra, se o
soldado recuar naquele ponto. 12 De fato, há batalhas sendo travadas em torno de várias
questões sociais em nossa cultura atualmente. Há algumas décadas apenas. Nós, cristãos
evangélicos que cremos na Bíblia, estamos travando uma batalha. Não se trata de uma discussão
entre cavalheiros. E um conflito de vida e morte entre os exércitos espirituais da impiedade e os
que invocam o nome de Cristo [...] Contudo, acreditamos realmente que estamos em meio a
uma batalha de vida e morte? Acreditamos realmente que o papel que desempenhamos nessa
batalha tem consequências para a eternidade de homens e mulheres, que poderão passá-la no
inferno? Ou para os que vivem em um clima de perversão e degradação moral? E assim que
viverão? Infelizmente, é preciso reconhecer que muito poucos no mundo evangélico se
comportam como se tais coisas fossem verdade. [...] Onde está a voz clara que aborda temas
cruciais do momento, oferecendo respostas inequivocamente bíblicas e cristãs? Com lágrimas
temos de reconhecer que não a encontramos e que um grande segmento do mundo evangélico
se deixou seduzir pelo espírito mundano da presente era. E, mais do que isso, podemos esperar
que o futuro seja um desastre ainda maior se o mundo evangélico não tomar uma posição em
defesa da verdade bíblica e da moralidade em todo o espectro da vida. 13 Que ninguém diga
isso da nossa geração. Que não pequemos pelo silêncio. Que possamos compreender que não
falar é falar. Por fim, que se possa dizer de nós que não apenas nos mantivemos firmes no
evangelho, mas também falamos claramente, com base nele, das questões mais prementes do
nosso tempo. Além de nos chamar à convicção, quero chamar também à compaixão. Mateus 9
diz que "vendo as multidões, [Jesus se] compadeceu delas, porque andavam atribuladas e
abatidas, como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9.36). Espero, entre outras coisas, que por
meio deste livro Deus nos dê sua graça para que vejamos o que ele vê. ue possamos ver os
pobres, os famintos e os marginalizados como ele os vê. Que possamos perceber, da perspectiva
dele, quem são os esmagados pela opressão política, econômica ou étnica. Que possamos cuidar
do bebê no útero da mãe e também da mãe do bebê como Deus cuida. Que possamos amar o
órfão e a viúva, o homossexual e o heterossexual, o imigrante e o imoral como Deus os ama.
Com base nesse amor, quero que entremos em ação. "Ama a teu próximo como a ti mesmo",
ordenou Jesus (Mt 22.39). João escreveu: "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca, mas
em ações e em verdade" (IJo 3.18). A última coisa que quero fazer é promover o divórcio entre
os princípios bíblicos, teológicos e éticos e o indivíduo, a família e a prática da igreja. O objetivo
desta obra não é oferecer informações sobre o evangelho e as questões sociais, e sim aplicar o
evangelho às questões sociais. Quero explorar todas essas questões, não de uma posição de
complacência hipócrita que se contenta com uma preocupação leviana de aparência piedosa,
mas, sim, com o compromisso do sacrifício pessoal de ser o que Deus nos chama a ser, de ir
aonde ele nos chama a ir e de dar o que ele nos compele a dar, servindo a quem ele nos chama
a servir. Inevitavelmente, Deus nos levará a agir de diferentes maneiras. Não há quem possa dar
igual atenção a todos esses problemas. Ninguém consegue combater o tráfico de pessoas para
exploração sexual e, ao mesmo tempo, acolher temporariamente uma criança em casa, ou
adotá-la, em meio às atividades de um ministério novo para viúvas e de aconselhamento para
mães solteiras, enquanto viaja pelo mundo para dar apoio à igreja perseguida etc. Nenhum de
nós deve fazer todas essas coisas, porque a soberania de Deus nos coloca em posições e lugares
específicos com privilégios e oportunidades de influenciar a cultura à nossa volta. O que todos
precisamos é enxergar cada uma dessas questões culturais pelas lentes da verdade bíblica e falar
essa verdade com convicção sempre que tivermos a oportunidade de fazê-lo. Então, com base
em uma convicção consistente, buscaremos saber de que modo nós, cristãos, de forma
individual e coletiva em nossas igrejas, estamos sendo guiados pelo Espírito de Cristo a agir com
compaixão em nossa cultura. Para nos ajudar nesse propósito, cada capítulo conclui oferecendo
algumas sugestões iniciais de pedidos práticos pelas quais eu e você podemos orar tendo em
vista as questões levantadas, possíveis maneiras por meio das quais possamos abordar a cultura
com o evangelho, e verdades bíblicas que devemos proclamar com respeito a cada uma dessas
questões. As sugestões dadas o remeterão a um site (counterculturebook.com) em que você
poderá explorar mais passos específicos que queira dar. Encorajo-o a considerar todas essas
sugestões e de modo humilde, ousado, sério e em oração, refletir sobre o que Deus o está
direcionando a fazer. Não vamos simplesmente contemplar a Palavra de Deus com o mundo à
nossa volta. Vamos fazer o que ela diz (veja Tg 1.22-25).
Agir com convicção e compaixão evidentemente exigirá coragem. E cada vez mais contracultural
insistir na verdade inabalável nesses tempos tão inconstantes. Na cultura contemporânea, o
preço da convicção bíblica é cada vez mais alto, dia após dia, e não estamos muito longe de
participar de forma mais séria dos sofrimentos de Cristo. Não há dúvida de que essa é a razão
pela qual um número sempre maior de "cristãos" hoje se distancia do evangelho. O medo é uma
força poderosa e faz com que mais e mais "igrejas" atualmente se acomodem e se adaptem, em
vez de enfrentar a cultura que as rodeia. Consequentemente, creio que as palavras de Schaeffer
são apropriadas: Precisamos de uma geração jovem e de pessoas dispostas a levar adiante uma
confrontação amorosa, mas real, em oposição à mentalidade de constante acomodação às
formas atuais do espírito do mundo que nos rodeiam, e em oposição à maneira pela qual parte
significativa do evangelicalismo desenvolveu a mentalidade automática de se acomodar a cada
passo. Minha esperança é que atentemos a esse desafio, pois não se trata, no fim (Ias contas,
de um desafio feito por Schaeffer; é um desafio feito por Cristo: não temais os que matam o
corpo e não podem matar a alma; pelo contrário, temei aquele que pode destruir no inferno
tanto a alma como o corpo. [...] todo aquele que me confessar diante dos homens, cu também
o confessarei diante de meu Pai, que está no céu. Mas aquele que me negar diante dos homens,
eu também o negarei diante de meu Pai, que está no céu. Quem achar a sua vida irá perdê-la, e
quem perder a sua vida por causa de mim a achará (Mt 10.28,3 O evangelho de Cristo não é um
chamado à condescendência cultural diante do medo. E um chamado à crucificação
contracultural — à morte ao eu diante da oposição terrena, por amor à recompensa eterna.
Minha esperança é que acreditemos no evangelho de Cristo e que nossa fé nos leve a uma ativa
participação em nossa cultura. Minha oração é que Deus nos conduza pelas páginas deste livro
em uma jornada que nos abra os olhos às necessidades das pessoas em nossa cultura e no
mundo, nos coloque de joelhos em lágrimas e oração por sua causa e nos coloque em pé, com
convicção, compaixão c coragem para humildemente difundirmos a verdade de Deus e, ao
mesmo tempo, sem nenhum egoísmo, mostrarmos o amor dele. Tudo isso em esperançosa
antecipação do dia em que o pecado, o sofrimento, a imoralidade e a injustiça finalmente
desaparecerão.

Você também pode gostar