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Demonstração do Valor Adicionado: comparação entre as informações

prestadas com a aplicação ou não da Correção Monetária Integral na


demonstração contábil – Um estudo exploratório.1

Lorena Vilarinho Nobre2

Frederico Mendes3

Resumo
O objetivo geral deste trabalho é analisar os impactos da inflação sobre os indicadores da
Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Para tal, foi elaborado um exemplo teórico para
se efetuar uma simulação, de uma empresa fictícia, da análise de tais indicadores pela
legislação societária e pela correção integral. A utilização de dados fictícios se deveu à
ausência de informações ou até dificuldade de se encontrar empresas que possam publicar
demonstrações em moeda de poder aquisitivo constante. No exemplo elaborado para fins
deste trabalho foram discutidas as classificações dos componentes de resultado que não são
evidenciados pela legislação societária, tais como: perda no caixa, receitas e despesas
financeiras comerciais. Além disso, foi analisada a possibilidade de tais itens serem de dupla
natureza pela correção integral. Outro aspecto relevante é o valor distribuído ao governo que,
pela correção integral, consideram impostos diferidos em função dos itens monetários
decorrentes de operações prefixadas serem traduzidos a valor presente pela taxa ANBID na
data do balanço. Finalmente, concluiu-se que a inflação afeta significativamente os
indicadores da Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

Palavras-chaves: Inflação, Correção Monetária Integral, Demonstração do Valor Adicionado.

1
Trabalho desenvolvido para obtenção do título de graduação em Ciências Contábeis no 1º sem/2006
2
Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Católica de Brasília
3
Professor orientador do trabalho de conclusão do curso
2

1- Introdução
Segundo Ribeiro e Lisboa (2006), as empresas estão divulgando informações sobre
balanço social para identificar a contribuição da mesma para a sociedade e os setores por ela
priorizados. Este tipo de informação serve para avaliar a performance da empresa no seu
contexto local, sua participação no desenvolvimento regional e estimular ou não a
continuidade de subsídios e incentivos governamentais.
A principal forma de expressar informações estão contidas na Demonstração do Valor
Adicionado (DVA), “que deve ser entendida como a forma mais competente criada pela
Contabilidade para auxiliar na medição e demonstração da capacidade de geração, bem como
de distribuição da riqueza de uma entidade” (SANTOS, 2003, p. 35). Vale destacar que a
DVA permite ao usuário concluir que os indicadores da empresa estão espelhados nas
Demonstrações Contábeis.
No entanto, em 1994, a pressão para acabar com a inflação ficou mais acentuada,
e após a economia estar referenciada em duas moedas, a Lei nº. 9.249/95 vedou a
utilização de qualquer sistema de correção monetária. Isso foi interpretado como um
complemento do processo de desregulamentação da indexação da economia,
consolidando o Plano Real. Uma das conseqüências às empresas foi o pagamento a
maior de imposto de renda do que o efetivamente devido. Não obstante a proibição
legal, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emitiu, em 2001, a Resolução nº. 900
que limitou a aplicação do princípio da atualização monetária apenas para quando a
inflação acumulada em três anos consecutivos for de 100% ou mais. Em termos
normativos, tudo voltou como em 1964, ou seja, à estaca zero. Uma das principais
implicações, a partir de então, foi a diminuição da importância da inflação no âmbito das
finanças corporativas. Porém, ainda nos dias de hoje pairam dúvidas a respeito dos
efeitos inflacionários no resultado e na estrutura patrimonial das empresas, e diversos
estudos continuam sendo elaborados a fim de demonstrar a importância e utilidade da
correção das demonstrações contábeis. (GABRIEL; ASSAF NETO; CORRAR, 2006, p. 4)
Dessa forma, a questão a ser respondida pela pesquisa consiste em: quais os
impactos da inflação sobre os indicadores da Demonstração do Valor Adicionado?
O objetivo geral do trabalho é analisar os impactos da inflação sobre os indicadores da
Demonstração do Valor Adicionado. Para tal, será necessário estudar as técnicas de
elaboração da DVA, interpretar os indicadores gerados a partir da mesma, explicar o modelo
de transformação de demonstrações contábeis para moeda constante e apurar os impactos
inflacionários sobre tais indicadores.
De acordo com os critérios propostos por Silva e Menezes (2001), a metodologia
utilizada neste trabalho foi uma pesquisa básica, do ponto de vista de sua natureza, em
relação à abordagem do problema, quantitativa, quanto aos objetivos, considera-se
exploratória, pois visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a
construir hipóteses e uma pesquisa bibliográfica por ter sido elaborada a partir de
material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e
materiais disponibilizados na Internet.
O artigo é estruturado nas seguintes seções: conceituação de inflação e descrição da
correção monetária (seção 2), correção monetária de balanço e a importância de se fazer à
correção monetária integral (seção 3), balanço social conceituação de DVA (seção 4), a
elaboração de um estudo de caso com dados hipotéticos, objetivando responder ao problema
levantado (seção 5), e por fim, a última seção que apresenta as conclusões deste trabalho.
3

2- Inflação e Correção Monetária no Brasil


A inflação é a contínua alta no nível de preços dos diversos bens e serviços de um
país, que corrói o poder aquisitivo da moeda, e que tem estado presente por um longo
período na história do Brasil. (FEITOSA, 2002)
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (1999, p.46), “[...] os efeitos da
alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros
contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes
patrimoniais [...]”. Assim, surge a correção monetária que visa evitar distorções nas
demonstrações contábeis das empresas, trazendo o valor a uma mesma moeda de
capacidade aquisitiva constante. Nesse sentido Hendriksen e Van Breda (1999, p. 257)
esclarecem que:
[...] o principal objetivo da contabilidade com base no poder aquisitivo
da moeda é recolocar a unidade de medida num denominador comum.
Ou seja, a reavaliação é um ajustamento de escala, e não a substituição
de uma medida por outra. Por exemplo, posso dizer que viajei 1000
milhas nos Estados Unidos e 1000 quilômetros na Europa, um total de
2000 milhas e quilômetros. O último dado, evidentemente, não tem
significado algum, pois reflete a adição de medidas em duas escalas
diferentes [...].
E havendo inflação para que as demonstrações representem melhor a realidade,
torna-se necessário trabalhar na inflação com uma moeda confiável, para inserir na
Contabilidade, com plenitude, a idéia da moeda constante e do seu valor presente.
Logo, quando a empresa deixa de corrigir seus demonstrativos contábeis, a
informação contábil acaba sendo incompleta e imprecisa, pois não demonstra a real
situação da empresa. (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999)
Devido ao convívio com a inflação por um período tão longo e com taxas tão
exorbitantes, segundo Feitosa (2002), foram desenvolvidos no Brasil estudos dos efeitos
inflacionários e métodos de mensuração desses efeitos nas demonstrações financeiras
das empresas, no sentido de salvaguardar a informação contábil da deterioração da
moeda.
Assim surgiu a correção monetária das demonstrações contábeis, que foi
introduzida de forma facultativa, em 1944, por regulamentação do Decreto-Lei 5.844/43
e que passou a ser obrigatória em 1964 pela Lei 4.357/64.
Com a Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, em seu artigo 185, foi instituída
a correção monetária do balanço, que segundo Fonseca (2003, p. 33), consistia em
corrigir as contas do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido, sendo o resultado da
correção monetária incorporado na mensuração do resultado do exercício, considerando
ser essa a maneira mais simplificada de reconhecer os efeitos inflacionários nos ativos e
no patrimônio líquido. Conforme comenta Feitosa (2002, p. 63):
[...] a correção monetária do balanço era uma metodologia simples e de
fácil aplicabilidade, mostrando-se eficaz desde que os índices de
inflação não fossem muito altos, pois deixava de reconhecer o efeito
inflacionário sobre itens não monetários como os estoques finais, pelo
fato de esses serem classificados fora do Ativo Permanente, e também
não ajustava a valor presente os valores a receber e a pagar [...].
No sentido de fornecer maior transparência às informações das demonstrações
contábeis, surgiu em 1987, através da Instrução CVM n° 64, a correção monetária
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integral, com a finalidade de corrigir as distorções que a correção monetária do balanço


causava, pois consistia na correção de todos os itens da demonstração contábil, e que foi
aperfeiçoada por normativos posteriores, consolidados pela Instrução CVM n° 191/92,
sendo obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto, embora tenha sido
largamente utilizada por outras empresas não obrigadas ao seu uso.

3- Correção Monetária de Balanço e a Importância da Correção Monetária


Integral
A correção monetária de balanço (CMB), conforme Barros (2001), consistia na
correção do ativo permanente e do patrimônio líquido, sendo o valor dessa correção
lançado na conta resultado do exercício, após o resultado operacional, como uma perda
ou um ganho, dependendo da estrutura patrimonial da empresa. Este método de cálculo
da correção monetária induzia o leigo a imaginar que a correção afetava apenas as
contas pertinentes ao ativo permanente e ao patrimônio líquido. Conforme comenta
Barros (2001, p. 2):
Acontece que a forma de calcular e contabilizar a correção monetária
induzia o leigo a imaginar que ela representava apenas uma atualização
dos investimentos, do ativo imobilizado, do ativo diferido, do capital
social, das reservas de capital, de reavaliação, de lucros e dos lucros ou
prejuízos acumulados, quando, na verdade, o seu significado é bem
mais profundo. O objetivo principal do sistema de correção monetária
era reconhecer no resultado do exercício os efeitos da perda do poder
aquisitivo da moeda vigente sobre os ativos e passivos expostos á
inflação e classificados fora do ativo permanente e do patrimônio
líquido, ou seja, itens monetários (disponibilidades, direitos e
obrigações realizáveis e exigíveis em moeda).
A correção monetária integral vem aperfeiçoar a correção monetária do balanço,
conforme comenta Marques (2003):
[...] todos os itens das demonstrações financeiras são corrigidos por um
índice geral de preços, e como os componentes das demonstrações não
são afetados da mesma forma, estes são classificados em monetários e
não-monetários. Nos itens monetários ativos têm-se perdas e nos
passivos têm-se ganhos, quando de sua exposição à inflação. Os itens
monetários não necessitam de ajustes, por estarem em moeda de poder
aquisitivo da data e os itens não monetários precisam de ajuste para
refletir o valor em moeda constante [...].
“Ao eliminar a sistemática de correção em uma única conta, obtem-se maior
refinamento na mensuração dos itens do resultado. Embora seja possível conciliar o
resultado das duas técnicas, a CMI é mais analítica e tem poder informativo maior”.
(GABRIEL; ASSAF NETO; CORRAR, 2006, p. 5)
Não obstante a comprovação científica da relevância dos efeitos inflacionários no
patrimônio das empresas, os legisladores brasileiros optaram por proibir a correção
monetária, que segundo Seibert (1999), com o surgimento do Plano Real, em 1º de julho
de 1994 e com a instituição de uma nova moeda no Brasil, aparentemente estável,
“tornou–se desnecessária qualquer tipo de correção monetária, tendo em vista a redução
da inflação a níveis bastante baixos”, sendo então extinta pela Lei nº 9249/95, que diz:
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Parágrafo único. Fica vedada a utilização de qualquer sistema de


correção monetária de demonstrações financeiras, inclusive para fins
societários.
Mas, apesar de baixos índices de inflação, a taxa inflacionária ainda existe no
Brasil, e a falta de seu reconhecimento provoca distorções nos números apresentados nas
demonstrações financeiras, contribuindo para a irrealidade das informações contábeis.
Conforme comenta Santos (apud FEITOSA, 2002, p. 65):
[...] se tomarmos uma inflação de 5% ao ano, num período de 10 anos
teremos 62,9% de inflação acumulada. Se para a mesma taxa de
inflação ampliarmos o período para 20 anos a inflação acumulada será
de 165,3%. Os números acima demonstram que a longo prazo, mesmo
para países onde a inflação é considerada baixa, a contabilidade, quando
não devidamente atualizada, acaba por apresentar defasagens bastante
sensíveis [...].
Como conseqüência das taxas de inflação e da evolução nas necessidades de
informação dos diferentes usuários, tanto externos como internos da empresa, aliado ao
fato de não mais se corrigirem monetariamente os balanços e a tributação sobre o
patrimônio líquido, distorções significativas continuam ocorrendo nas demonstrações
contábeis das empresas, e como estas demonstrações possuem uma série de utilidades,
uma dela é servir de base para a análise econômico-financeira da empresa, com a
extinção da CMI fez com que essa análise perdesse seu efeito comparativo. Conforme
comenta Salotti (2002, p. 3):
Quando da época da correção monetária, esse tipo de análise era feita
mais corretamente considerando os números corrigidos [...]. Com a
extinção da CI, os analistas acabaram por perder toda a sua base
comparativa de anos anteriores e, influenciados por esse fato e também
pela redução da inflação, passaram a se valer apenas dos montantes
apurados societariamentes.
Algumas razões pelas quais a implantação do sistema de Correção Integral se faz
necessária em épocas de inflação:
a) perda da capacidade de compra das disponibilidades e dos valores a
receber;
b) ganho de capacidade de compra nos valores a pagar;
c) lucro bruto distorcido quando se compara o preço de venda de hoje
com o custo histórico de uma mercadoria adquirida há certo tempo. No
mínimo, esse valor pago no passado precisaria ser corrigido pela
inflação desse período;
d) defasagem nos valores de ativos não monetários como estoques,
ativos permanentes e outros;
e) desatualização dos valores de receitas e despesas nas demonstrações
de resultado, pois são somadas importâncias dos 12 meses como se o
poder de compra da moeda nacional de casa mês fosse igual;
f) enormes distorções na apresentação de demonstrações contábeis
comparativas do exercício anterior, por seus valores originais;
g) distorção nos índices de análise financeira, no dimensionamento do
resultado operacional e outras distorções analiticamente verificáveis em
trabalhos mais específicos.
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Logo, de acordo com Feitosa (2002), “empresas que não divulgam o efeito
inflacionário em seus demonstrativos contábeis acabam apresentando distorções nos
valores apresentados, não demonstrando, assim, a real situação da empresa, deixando a
informação contábil imprecisa”.
Santos (apud FEITOSA, 2002, p.66) compara, na tabela abaixo, os lucros /
prejuízos, de algumas empresas brasileiras, de acordo com a Lei n. º 9.249/95 com o
resultado ajustado pelo efeito inflacionário do período, nos anos de 1999 e 2000.

TABELA 1 - Comparativos de Demonstrações Contábeis de Empresas Brasileiras

Comparativo dos Resultados: Ajustado X Legal


Valores Nominais

1999 2000

Diferença Diferença
Empresas Lucro/Prejuízo Ajustada/ Lucro/Prejuízo Ajustada/
Líquido Legal Líquido Legal
Ajustado Legal (em %) Ajustado Legal (em %)

Sansuy 11.345 2.853 297,7 8.509 5.300 60,5


Sabesp 454.564 -235.448 293,1 711.260 521.435 36,4
Staroup 860 -1.484 158 3.073 1.724 78,2
Arteb 2.407 -11.583 120,8 13.457 -3.461 488,8
Usina São
Martinho -14.874 -43.330 65,7 -14.602 -34.066 57,1
Santher -14.794 -24.721 40,2 20.638 12.335 67,3
Copesul 175.120 139.766 25,3 128.964 99.357 29,8
Technos 21.354 29.172 -26,8 15.510 23.584 -34,2
Mococa 6.428 9.074 -29,2 5.762 9.094 -36,6
Fonte: Feitosa (2002).

4- Balanço Social e Demonstração do Valor Adicionado


De acordo com Vicente (2003, p. 20), “o balanço social destina-se a atender às novas
exigências dos usuários interessados nas informações acerca do desempenho social das
organizações”.
O principal objetivo do Balanço Social é tornar púbico como a organização trata sua
responsabilidade social, evidenciando aos agentes econômicos internos e externos o que a
organização está fazendo na área social. No entendimento de Tinoco (2001, p. 01), “a
informação social e a informação econômica devem caminhar e ser divulgadas juntas, como,
7

aliás, já e feito por empresas na Inglaterra, Holanda, Bélgica, Portugal e em outros países
europeus”.
No Brasil, o Balanço Social encontra-se em fase de implantação, sendo adotado por
algumas empresas, conforme modelos propostos por pesquisadores, entidades de classe
contábil e entidades da área privada que se importam com o desenvolvimento da divulgação
da responsabilidade social. (VICENTE, 2003, p. 21)
Dentre as vertentes do Balanço Social, destaca-se a Demonstração do Valor
Adicionado (DVA), que produz informações referentes à riqueza gerada pela empresa e a
forma como foi feita sua distribuição aos agentes econômicos que ajudaram a produzi-la: os
empregados, o governo, e os detentores de capitais, sócios, acionistas e financiadores
externos. (CUNHA; RIBEIRO; SANTOS, 2005, p. 9)
A origem da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é européia, e seu enfoque é
puramente econômico. Ela esclarece como foi criada a riqueza de uma entidade, e como está
(riqueza criada) foi distribuída aos fatores que contribuíram para a sua geração. A DVA
integra o Balanço Social, este constitui-se de um elenco de informações com vínculo ou
caráter mais social que os de ordem econômica-financeira. (VICENTE, 2003, p. 25)
No Brasil, os primeiros estudos dessa nova demonstração foram desenvolvidos no
Departamento de Contabilidade e Atuaria da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA-USP. Mostrando que nos últimos oito
anos, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) acabou tendo um aumento de vulto e
importância. Sem medo de errar, pode-se afirmar que boa parte do impulso tomado por mais
essa demonstração contábil foi a sua inclusão no cálculo de excelência empresarial utilizado
pela FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras – para a
escolha das empresas com os melhores desempenhos nos setores em que a atividade
econômica é divida. (SANTOS, 2005, p. 3-6)
Do ponto de vista macroeconômico, o valor adicionado está intimamente ligado à
apuração do produto nacional. Do ponto de vista microeconômico, o conceito do valor
adicionado de uma empresa é o quanto de riqueza ela pode agregar aos insumos de sua
produção que foram pagos a terceiros, inclusive os valores relativos às despesas de
depreciação.
Denomina-se valor adicionado em determinada etapa de produção a
diferença entre o valor bruto produzido nessa etapa (igual a venda mais
acréscimo de estoques) e os consumos intermediários. Assim, o produto
nacional pode ser concebido como a soma dos valores adicionados, em
determinado período de tempo, em todas as etapas do processo de
produção do país (SIMONSEN, 1995, p. 130).
De acordo com Santos (2003, p 25), a Contabilidade apura o Valor Adicionado
definido segundo o conceito econômico. No entanto, na Contabilidade a medição ou apuração
da riqueza criada é calculada pela diferença aritmética entre o valor das vendas e os insumos
pagos a terceiros mais as depreciações.
Segundo Luca (1992 apud SANTOS, 1999c, p. 39):
O valor adicionado de uma empresa representa o quanto de valor ela
agrega aos insumos que adquire num determinado período e é obtido, de
forma geral, pela diferença entre as vendas e o total dos insumos
adquiridos de terceiros. Este valor será igual à soma e toda a
remuneração dos esforços consumidos nas atividades da empresa.
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Em outras palavras pode-se afirmar que, embora tratem do mesmo conceito, o


conceito do valor adicionado na ciência econômica difere do conceito dado na contabilidade,
quanto ao momento de seu reconhecimento. Isto porque, na Economia o conceito do valor
adicionado é mensurado pelas atividades econômicas de uma nação através do seu Produto
Nacional. Já na Contabilidade o conceito do valor adicionado é tratado dentro de um ambiente
mais restrito – a empresa – em função das vendas.
Essa demonstração pode ser elaborada com base em dados oriundos da Contabilidade,
portanto, extraídos de registros efetuados de acordo com Princípios Fundamentais de
Contabilidade, que poderão ser obtidos principalmente na DRE, mas que jamais poderá ser
confundida com ela. Aliás, a esse propósito, é muito importante atentar para o que ensina
Yoshioca (1998, p. 1-5):
Há uma grande diferença entre uma demonstração de resultado e uma
demonstração do valor adicionado, tendo em vista que apresentam
enfoques diferentes e, de certa forma, são complementares. O principal
objetivo da primeira é mostrar o lucro líquido que, em última instância,
é a parte do valor adicionado que pertence aos sócios como investidores
de capital de risco. Por outro lado, a demonstração do valor adicionado
mostra a parte que pertence aos sócios, a que pertence aos demais
capitalistas que financiaram a empresa com capital a juros, a parte que
pertence aos empregados e que fica com o governo.
Na demonstração dos resultados, essas partem dos demais capitalistas
são consideradas despesas. Isso deve ao fato de que, para o proprietário,
essas riquezas distribuídas são redução de sua parte, de seu lucro.

Como se percebe a DVA, pode ser delimitada no âmbito de uma informação


econômico-financeira de natureza histórica, que evidencia a circulação real do patrimônio e
mostra o valor econômico que foi gerado por uma entidade durante um certo período de
tempo e, simultaneamente, descreve como este valor foi distribuído entre aqueles que
contribuíram para a sua criação. Ou seja, é a demonstração contábil que divulga a geração de
valor produzido pela própria empresa, mediante suas próprias atividades, e a retribuição aos
componentes econômicos que formaram esse valor adicionado. Ao eliminar todos aqueles
elementos que vêm fixados do exterior (compras e aquisições realizadas), permite valorar com
precisão a gestão interna da empresa, definida fundamentalmente em três aspectos: os
equipamentos, a mão-de-obra e os recursos financeiros próprios e de terceiros utilizados
(SANTOS, 2003).

4.1 - Conceitos sobre a geração da riqueza e a distribuição do valor adicionado


A DVA é divida em duas partes: a primeira trata da geração de riqueza, demonstrando
como a empresa agregou valor através da sua atividade econômica; e a segunda apresenta de
que forma essa riqueza está distribuída entre os principais agentes econômicos relacionados à
entidade.

4.2 - Geração de Riquezas


A seguir serão discutidos cada um dos conceitos da DVA relacionados com a primeira
parte da demonstração que é a geração de riqueza:
a) Receitas: são aquelas decorrentes das atividades operacionais da empresa:
vendas de produtos, mercadorias ou receitas da prestação de serviços. Neste item,
9

aparece a divergência entre o conceito econômico e o conceito contábil de valor


adicionado. Enquanto que em Economia, para o cálculo do valor adicionado,
considera-se toda a produção, em Contabilidade utiliza-se somente o que foi vendido.
b) Insumos Adquiridos de Terceiros: materiais e serviços comprados de outros
agentes econômicos e utilizados na obtenção de receita, ou seja, insumos adquiridos
para produzir os produtos ou serviços. O seu valor precisa ser subtraído das receitas
para o cálculo do valor adicionado, a fim de se evitar a dupla contagem.
c) Valor Adicionado Bruto: resultante da diferença entre o valor das receitas
e o valor dos insumos consumidos para a geração destas receitas. Representa o que foi
agregado aos bens ou serviços vendidos pela empresa.
d) Depreciação: desgaste ou perda dos bens permanentes, que contribuíram
para a geração das receitas, os quais geralmente integrante do preço de custo dos bens
e serviços negociados ou considerados pela empresa no preço de venda para fins de
recomposição do ativo imobilizado. Por exemplo a redução da vida útil de um veículo
numa empresa de transporte.
e) Valor Adicionado Líquido: valor agregado pela empresa ao produto ou
serviço vendido, já descontados os consumos intermediários e a depreciação.
f) Receitas Financeiras: refere-se as receitas provenientes de ganhos
financeiros, como juros e descontos, que não representam a receita da atividade fim
das empresas industriais, comerciais e de serviços, mas que ajudam a compor o valor
adicionado.
g) Resultado da Equivalência Patrimonial: ganho ou perda provenientes de
atividades não relacionadas com a atividade fim da empresa, como exemplo pode-se
citar o resultado de alienação de um componente do ativo permanente.
h) Resultado Não-Operacional: ganhos ou perdas não provenientes da
atividade da empresa, como, por exemplo, o resultado de alienação do ativo
permanente.
i) Valor Adicionado Total: riqueza gerada durante o período. Representa o
valor adicionado a distribuir.

4.3 - Distribuição do valor adicionado


A seguir discutiremos cada um dos agentes relacionados com a empresa e que
recebem parte da receita gerada:
a) Empregados – recebem parte do valor adicionado, pela remuneração da
sua força de trabalho, a qual deve ser dividida em duas partes:
1) Remuneração direta – este tipo de remuneração destina-se diretamente
aos funcionários na forma de salários, férias, 13º salário e IR retido na fonte, entre
outros.
2) Remuneração indireta – é a remuneração que embora pertencendo ao
empregado é destinada à constituição de fundos que poderão ser utilizados tanto no
presente como no futuro. Nesse grupo estão os gastos que a empresa faz com FGTS,
plano da previdência privada, plano de saúde, etc.
b) Governo – recebe parte do valor adicionado por força de lei, pela
remuneração social, política e econômica a qual gera condições da empresa operar na
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comunidade. Neste item são incluídos os impostos, dentre os quais, destacamos:


ICMS, IPI, ISS, Imposto de Importação, Imposto Predial e Territorial Urbano,
Imposto sobre Operações Financeiras, Impostas sobre a Renda, etc. Além destes,
alguns autores incluem as contribuições que as empresas fazem ao INSS, por
entenderem que as mesmas têm mais características de tributo do que remuneração
indireta ao empregado. Com relação a essa postura, Luca (1998) afirma: “na
distribuição do valor agregado devem ser evidenciados os valores destinados a toda a
mão-de-obra separadamente dos encargos que vão ao governo, na forma de encargos
sociais (INSS)...”.
c) Financiadores – recebem parte do valor adicionado pela remuneração do
capital investido na empresa sob a forma de empréstimo e financiamentos.
d) Acionistas – recebem parte do valor adicionado pela remuneração do
capital próprio investido na entidade. Esta remuneração é realizada de várias formas,
das quais destacamos: dividendos, lucros retidos e absorção do valor adicionado
negativo. Inclui-se neste item a participação dos acionistas minoritários
Segundo Santos, (2003), a DVA representa excelente ferramenta de análise, tendo
como objetivo o fornecimento de informações que possam auxiliar na tomada de decisões, a
utilização da mesma, no conjunto de informações produzidas pelas empresas, poderá dar
condições de comparação entre grandezas econômicas que, antes, apenas com base nas
demonstrações contábeis tradicionais, não eram possíveis. Então, as principais análises são os
índices:
QUADRO 1 - Índices dos Indicadores da Demonstração do Valor Adicionado

FÓRMULA
Quociente entre gastos com impostos e valor adicionado Impostos
Valor Adicionado Total
Quociente entre gastos com acionistas e valor adicionado Acionistas
Valor Adicionado Total
Quociente entre gastos com financiadores e valor adicionado Financiadores
Valor Adicionado Total
Quociente entre gastos com empregados e valor adicionado Empregados
Valor Adicionado Total
Fonte: Santos (2003).

5- Coleta de Dados
Tendo em vista a importância da correção monetária integral nas demonstrações
contábeis, como forma de tornar a informação gerada pela contabilidade mais fidedigna
possível e que expresse o real poder aquisitivo da moeda, e também a relevância da DVA
como forma de demonstrar o valor adicionado pela empresa aos vários agentes da economia,
este artigo apresenta nesta seção, até como uma forma de responder ao problema levantado,
uma simulação, com dados hipotéticos, de uma empresa que elabora suas demonstrações
contábeis, em especial a DVA, em dois momentos diferentes: primeiramente, sem a correção
monetária integral, e posteriormente, com a aplicação de todos os conceitos deste tipo de
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correção. Para isso serão apresentados o BP, a DRE e o modelo da DVA proposto pela equipe
da FIPECAFI/USP, que servirá de base para a nossa análise.

TABELA 2 - Demonstração do Resultado do Exercício


R$ MIL
Demonstração do resultado Societária Integral
Vendas 700,00 693,46
CMV (200,00) (234,94)
Lucro Bruto 500,00 458,52
(- +) Despesas/Receitas Operacionais
Desp. Depreciação (200,00) (240,00)
Desp. Financeira - Empréstimo (20,00) 20,00
Desp. Administrativa (50,00) (54,50)
Desp. Vendas (35,00) (39,00)
Despesas Financeiras - Comercial - 6,03
Receita Financeira - Comercial - (6,47)
Despesa de Salários (100,00) (108,99)
Perda no caixa - (67,20)
L.A.I.R. 95,00 (31,61)
Ganho IR - 17,87
Prov. IR 20% (19,00) (19,00)
Prov IR diferido - (12,34)
Reversão Prov IR pago antecipad. - (1,91)
Lucro Líquido 76,00 (46,99)

Fonte: A autora.

TABELA 3 - Balanço Patrimonial


R$ MIL
Balanço Patrimonial Societário Integral
31/12/X0 31/12/X1 31/12/X0 31/12/X1
Caixa 300,00 95,00 360,00 95,00
Clientes 500,00 700,00 587,42 691,33
Aplicações Financeiras - - - -
Estoque 600,00 900,00 704,83 962,48
IR pago antecipadamente 20% - - 1,91 -
Imobilizado Veículos 1.000,00 1.000,00 1.200,00 1.200,00
Depreciação Acumulada (200,00) (400,00) (240,00) (480,00)
TOTAL ATIVO 2.200,00 2.295,00 2.614,17 2.468,80

Fornecedores 400,00 500,00 461,81 492,10


Prov. IR 100,00 19,00 120,00 19,00
IR diferido 20% - - - 12,34
Empréstimos 200,00 220,00 240,00 220,00
Salários a pagar 100,00 100,00 120,00 100,00
Capital 1.000,00 1.000,00 1.200,00 1.200,00
Lucros Acumulados 400,00 456,00 472,35 425,36
TOTAL P + PL 2.200,00 2.295,00 2.614,17 2.468,80

Fonte: A autora.
12

Tabela 4 – Demonstração do Valor Adicionado


R$ MIL
DVA Societária Integral
Receita de Serviços 700,00 693,46
Menos:
Materiais (50,00) (58,74)
Serviços de Terceiros (100,00) (117,47)
Outros Materiais e Serviços (70,00) (76,78)
Perda no Caixa - (67,20)
Valor Adicionado Bruto 480,00 373,26
Menos:
Depreciação (200,00) (240,00)
Valor Adicionado Líquido 280,00 133,26
Receita Financeira - -
Despesas Financeiras - 20,00
Receitas Financeiras Comerciais - -
Despesas Financeiras Comerciais - 6,03
Equivalência Patrimonial - -
Valor Adicionado Total 280,00 159,29

Distribuição do Valor Adicionado


Empregados 165,00 184,44
Salários e Comissões 165,00 184,44
Participações Administradores - -
Financiadores 20,00 6,46
Receitas Financeiras Comerciais - 6,46
Despesas Financeiras Comerciais - -
Despesas Financeiras 20,00 -
Governo 19,00 15,38
Impostos e Contribuições 19,00 15,38
Acionistas 76,00 (46,99)
Dividendos 20,00 20,00
Lucro Retido 56,00 (66,99)
280,00 159,29
Fonte: A autora.

5.1 Procedimentos adotados


Para a elaboração da simulação foram feitos os seguintes procedimentos:
1) Construção do BP e DRE com dados hipotéticos e aletoriamente definidos através
do software Excel, através da opção de geração de dados aleatórios;
2) Elaboração da DVA com base nas demonstrações BP e DRE do item anterior;
3) Transformação do BP e DRE do item 1 para Correção Monetária Integral:
1º Passo: a transformação do balanço:
a) correção do saldo do ano anterior (doravante, denominado de 31/12/X0) para a
moeda do ano seguinte (doravante, denominado de 31/12/X1): multiplicação
dos valores de 31/12/X0 pelo indexador de 31/12/X1 e divisão do resultado
pelo indexador de 31/12/X0;
13

b) correção dos saldos dos itens não monetários pela inflação do período,
multiplicando-se os valores pelo indexador de 31/12/X1 e dividindo-se pelo
indexador de 31/12/X0;
c) colocação das receitas de serviços e despesas administrativas na moeda de
31/12/X1 e dividindo-se pelo indexador das datas dos respectivos recebimentos
e pagamentos.
2º Passo: a transformação da demonstração de resultados:
a) calcular das perdas sobre os ativos monetários e os ganhos sobre os passivos
monetários e alocá-los às respectivas contas de receitas e despesas financeiras,
quando existentes;
b) colocar as receitas de serviços e despesas administrativas na moeda de
31/1/X1, multiplicando-se os valores pelo indexador de 31/1/X1 e dividindo-se
pelo indexador das datas dos respectivos recebimentos e pagamentos.
4) Elaboração da DVA com base nas demonstrações BP e DRE do item anterior;
5) Cálculos dos indicadores das DVA dos itens 2 e 4 anteriores;
6) Apuração, demonstração e análise das diferenças dos impactos inflacionários sobre
os indicadores da DVA.

5.2. Resultados obtidos


A elaboração de demonstrações contábeis pela técnica da correção integral requer a
classificação, para fins de elaboração de DVA, de componentes de resultado que não são
evidenciados na legislação societária, tais como: perda no caixa, receitas e despesas
financeiras comerciais.
Entende-se que as perdas no caixa compõem o valor adicionado bruto conforme tabela
nº. 4. Os ajustes de itens que não transitam pelo caixa no mesmo exercício devem contemplar
as receitas e despesas financeiras, bem como as receitas e despesas financeiras comerciais.
Estes mesmos itens compõem o valor adicionado distribuído aos financiadores. Tal
configuração se deve ao fato destas contas serem de dupla natureza. Isto é, quando as
aplicações financeiras forem remuneradas a taxas abaixo da inflação, a receita financeira pode
ser negativa. Da mesma forma, se a taxa cobrada dos clientes nas vendas a prazo ficar abaixo
da inflação as receitas financeiras comerciais ficam negativas.
Este raciocínio também prevalece para as despesas financeiras, ou seja, quando as
taxas de juros dos empréstimos bancários da empresa e das compras a prazo junto aos
fornecedores ficarem abaixo da inflação as despesas financeiras e as despesas financeiras
comerciais ficam positivas.
14

TABELA 5 - Índices dos Indicadores da Demonstração do Valor Adicionado

Societário CMI
Quociente entre gastos com impostos e valor adicionado 6,8% 9,7%

Quociente entre gastos com acionistas e valor adicionado 27,1% -29,5%

Quociente entre gastos com financiadores e valor adicionado 7,1% 4,1%

Quociente entre gastos com empregados e valor adicionado 58,9% 115,8%


100,00% 100,00%

Fonte: A autora.

O valor adicionado distribuído aos empregados foi alterado de 58,9%, pela legislação
societária, para 115,8% do valor adicionado total pela correção integral. Este índice decorre
do fato da empresa ter tido prejuízo, isto é, o valor adicionado distribuído aos acionistas foi
alterado de 27,1%, pela legislação societária, para -29,5% do valor adicionado total pela
correção integral, conforme tabela 5. Além disso, os valores de despesas de salários pela
correção integral foram corrigidos pela inflação até a data do balanço.
O valor adicionado distribuído aos financiadores teve redução em relação ao
societário, uma vez que a correção integral considera juros reais, ou seja, somente a parcela
que supera a inflação. Quanto ao valor adicionado distribuído ao governo, devem-se
considerar os impostos pagos antecipadamente e impostos diferidos em função do registro dos
itens monetários decorrentes de operações prefixadas, tais como clientes e fornecedores, ser
traduzidos a valor presente na data do balanço. Além disso, houve redução no valor
adicionado total em função da correção integral considerar componentes de resultado que não
são evidenciados pela legislação societária, tais como perdas no caixa, receitas financeiras
comerciais e despesas financeiras.

6- Considerações Finais
Deve-se considerar que o objetivo geral do trabalho foi alcançado, uma vez que foram
analisados impactos da inflação sobre os indicadores da Demonstração do Valor Adicionado.
Destaca-se o efeito da perda no caixa na geração de valor adicionado, a dupla natureza das
contas de despesas e receitas financeiras e despesas e receitas comerciais.
A existência de lucro societário e prejuízo pela correção integral refletem
significativamente na participação dos grupos de agentes econômicos, como empregados,
financiadores, governo e acionistas, na distribuição de valor adicionado pela empresa.
Como sugestão para trabalhos futuros, pode ser objeto de pesquisa a influência da taxa
de juros e da inflação em tais indicadores utilizando técnicas estatísticas, tais como correlação
e regressão.
15

7- Referências:
BRASIL. Decreto-Lei n° 5.844, de 23 de setembro de 1943. Dispõe sobre a cobrança e
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Tesouro Nacional, altera a legislação do imposto sobre a renda, e dá outras providências.
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Ações. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 dez.
1976. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 28 abr. 2006.
______. Instrução 064, de 19 de maio de 1987. Dispõe sobre os procedimentos para
elaboração e publicação de DEMONSTRACOES CONTABEIS COMPLEMENTARES,
em moeda de capacidade aquisitiva constante, para pleno atendimento ao Principio do
Denominador Comum monetários. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 26 mai. 1987. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/>.
Acesso em: 28 abr. 2006.
______. Instrução 191, de 15 de julho de 1992. Dispõe sobre os procedimentos para
elaboração e divulgação das demonstrações contábeis em moeda de capacidade aquisitiva
constante, para o pleno atendimento aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, e dá
outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF,
15 jul.1992. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 28 abr. 2006.
______. Lei n° 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de
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