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AGROECOLÓGICA
Fronteira da Paz
17/12/2021
1
ÍNDICE
Conteúdo Página
Considerações iniciais 3
Nutrindo as plantas
1) Sugestão de passo a passo para preparo de solos arenosos
destinados ao início da produção hortícola na fronteira 4
Livramento/Rivera.
2) Receita de um substrato para produção de mudas de alface
e outras folhosas da Embrapa Agrobiologia. 6
2
Considerações iniciais:
OBS: as informações desta apostila são de materiais com a fonte citada no final de
cada item.
3
Sugestão de passo a passo para preparo de solos arenosos destinados ao
início da produção olerícola na fronteira Livramento/Rivera
Descrevo abaixo uma sugestão geral para preparo de áreas com solo arenoso, nas
quais vai ser iniciada a produção olerícola, para o qual não foi feita análise do solo (que
seria o ideal), de forma a tentar partir desde o início com uma resposta econômica positiva
na produção. Seria ideal que essa área pudesse ser cultivada com plantas de adubação
verde, logo depois da aplicação dos insumos sugeridos. No decorrer dos anos de utilização
da área é importante que ela faça parte de um planejamento de rotação de cultivos onde
entram, intercalados, cultivos apenas para a “adubação do solo” ou adubação verde,
sempre que possível com, ao menos, 3 tipos (famílias) de plantas juntas. Em caso de
cultivos solteiros (só um tipo de planta comercial na área de cultivo) é recomendável que
no planejamento de rotação de cultivos cada área receba intercaladamente plantas que se
colhe o fruto, a folha, a raiz e as flores, sempre que possível (ver página 3).
4
9º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada 500 kg/ha de Gesso
Agrícola, equivalente a 50g/m². Posteriormente, no decorrer do uso dessa área, o Gesso
poderá ser colocado em cobertura, sem incorporação. Deve ser repetido a cada 2 anos.
10º) Gradear toda a área de forma que fique parelha, com boa regulagem da grade.
11º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada 1,5 ton/ha de Esterco
de Aves granulado, equivalente a 150 g/m².
12º) Encanteirar.
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Receita de um substrato para produção de mudas de alface e
outras folhosas da Embrapa Agrobiologia.
Dica agroecológica!
Pode-se enriquecer o substrato com adubos permitidos na agricultura orgânica.
Mistura-se 5g de termofosfato ou fosfato natural com 5g cinza e adicionam-se as
10g para cada 1 kg de substrato. Para 100 kg de substrato deve se misturar 500 g
de cinza e 500 g de termofosfato em 100 kg de substrato.
Como preparar:
1° Passo: • Escolhe um local seco, arejado, com água disponível, plano, de fácil
localização e preferencialmente coberto.
Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/fichas-
agroecologicas/arquivos-producao-vegetal/16-substratos-para-producao-de-mudas-de-
alface-e-outras-folhosas-em-bandeja.pdf
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Fermento Crioulo ou Sopão de Microrganismos
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COMO FAZER?
8
Observações:
• O material utilizado (as folhas e/ou galhos em decomposição) devem ser coletados no
período (estação do ano) do preparo do fermentado, que deve corresponder ao mesmo
período de aplicação no solo.
• É importante que a água utilizada não esteja contaminada. Cloro, sulfato de cobre e outros
agrotóxicos matam os microrganismos que se deseja multiplicar.
• A etapa sólida acontece em ambiente praticamente sem ar (anaeróbico). Isso é
importante porque a baixa disponibilidade de ar força a multiplicação dos microrganismos
que se deseja aumentar. Na etapa líquida se recomenda misturar ao menos uma vez por
dia.
Fonte:
Tecnologias alternativas para fortalecimento da agricultura familiar na Serra
Gaúcha / organizadores Valdirene Camatti Sartori, Leandro Venturin. – Caxias do
Sul, RS : EDUCS, 2016. 112 p.
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COMPOSTAGEM LAMINAR
Alternativa para economizar mão de obra e potencializar a
produção agroecológica.
Fonte: Schwengber, José Ernani et al. Compostagem laminar: uma alternativa para
manejo de resíduos orgânicos. Comunicado Técnico nº 169. Embrapa ClimaTemperado,
Pelotas/RS, 2007. 4p.
Anotações:
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BIOFERTILIZANTE ENRIQUECIDO = Supermagro
EFEITOS DO BIOFERTILIZANTE:
- Adubação foliar com macro e micronutrientes, de forma quelatizada, ou seja, com uma “capa”
de matéria orgânica no entorno dos minerais, o que facilita a penetração dos nutrientes na folha
e protege do lavamento pela chuva.
- Possuiu hormônios de crescimento vegetal prontos para serem aproveitados pelas plantas,
estimulando seu crescimento saudável.
- Fonte de leveduras e outros microrganismos benéficos para as plantas, ajudando no controle
de doenças.
- Aciona a resistência sistêmica vegetal, estimulando a planta a ativar seus mecanismos de
defesa e a produzir substâncias de proteção.
- Aumenta a autonomia dos agricultores, fortalecendo as plantas e diminuindo custos de
produção, principalmente em fases de transição agroecológica.
INGREDIENTES:
-30 litros de esterco fresco de gado de leite (de até 2 dias, de vacas em lactação e no pasto)
-2,0 Kg de Sulfato de Zinco
-2,0 Kg de Sulfato de Magnésio
-0,3 Kg de Sulfato de Manganês
-0,3 Kg de Sulfato de Ferro
-0,3 kg de Sulfato de Cobre
-0,05 Kg de Sulfato de Cobalto
-0,05 Kg de Molibdato de Sódio
-1,0 Kg de Bórax
-2,0 Kg de Farinha de Concha (Calsite, Gesso Agrícola ou Calcário Calcítido)
-3,0 Kg de Fosfato Natural ou Fosforita
-1,5 Kg de cinza de madeira
-3,0 kg de pó de basalto finamente peneirado
-36 litros de leite (pode ser soro de leite)
-24 kg de açúcar mascavo, ou 24 litros de melado de cana (ou 72 L de caldo de cana), ou
13,5kg de açúcar cristal
- 01 tonel limpo de 200 litros.
OBS: alguns nutrientes podem ser retirados ou variar sua quantidade, de acordo com os
resultados das análises de solo e folha, de cada área, quando algum nutrientes estiverem em
excesso ou grande carência. Por exemplo: fósforo, cálcio, magnésio, boro, zinco, molibdênio.
MODO DE PREPARAR:
- Misturar todos os sais nutrientes (menos o esterco, o açúcar e o leite), que totalizam 15,5 kg.
Dividir essa mistura em 11 sacos de 1,4kg.
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- 4º dia) Acrescentar 1,4 kg da mistura de nutrientes junto com 3 litros de leite cru e 2 kg de
açúcar mascavo ou 1,5 kg de açúcar cristal. Misturar bem e deixar fermentando.
- 7º, 10º, 13º, 16º, 19º, 22º, 25º, 28º, 31º dias) Repetir a operação do 4º dia.
- 34º dia) ( / / ) – colocar o último saco da mistura de nutrientes (1,4 kg) junto com o leite
e açúcar mascavo ou cristal. Completar o tonel com água e seguir misturando 3 vezes por dia.
Esperar pelo menos 15 dias, até acabar totalmente a fermentação (parar de formar espuma),
quando estará pronto para ser peneirado, coado e guardado. Guardar em local arejado e ao
abrigo da luz.
IMPORTANTE:
1) O biofertilizante deve ser misturado OBRIGATORIAMENTE três vez por dia, para
oxigenar a fermentação e liberar o gás metano e carbônico.
3) O intervalo de 3 dias para uma nova mistura de produtos deve ser respeitado apenas se
a fermentação estiver ativa. Se depois de colocar os sais e passados 3 dias a fermentação
não reativou, esperar mais 1 ou 2 dias antes de colocar novamente os sais.
4) No meio do processo, se achar que a fermentação está muito fraca, pode ser colocado
mais esterco fresco para reativá-la, na proporção de uns 3 a 5 kg, aproximadamente, ou
fazer pé-de-cuba.
7) Depois de pronto, o biofertilizante deve ser coado em vários coadores (iniciando por tela
galvanizada ou plástica de 1 milímetro), terminando com meia calça (ou voal), para evitar
o entupimento dos bicos de pulverização. Guardar em recipiente fechado, deixando
aproximadamente 1/5 do volume com ar, em local fresco e ao abrigo da luz.
EXEMPLOS DE USO:
Cultivo Uso
Beterraba De 2 a 4 tratamentos, a 2%, durante o ciclo.
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Tomate De 8 a 10 tratamentos de 2 a 4% durante o ciclo.
Moranguinho De 8 a 10 tratamentos a 3% durante o ciclo.
Uva De 3 a 8 tratamentos, variando conforme a época, variedade,
vigor das plantas e clima, de 0,5 a 4%.
Pulverizar as sementes com uma solução a 8%. Deixar secar
Milho
na sombra e efetuar o plantio normalmente.
De 10 a 15 tratamentos, de 3 a 5%, variando conforme a
Maçã
época, a variedade e o ano.
Pêssegos e De 5 a 8 tratamentos, de 2 a 4%, variando conforme a época,
Ameixas a variedade e o ano.
Fontes:
ANOTAÇÕES:
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Leite de Vaca Cru para o Controle de Oídio
Oídios são doenças de plantas causadas por fungos altamente evoluídos, sendo
todos parasitas biotróficos obrigatórios, ou seja, só crescem no tecido vivo das plantas. Eles
se situam entre os principais fitopatógenos, ocorrendo em todas as regiões do mundo e na
maioria das espécies vegetais cultivadas. Embora raramente causem a mortedas plantas,
eles reduzem o potencial produtivo das culturas e podem afetar a qualidade do produto.
Os Oídios, também conhecidos como cinza ou míldio pulverulento, são facilmente
reconhecidos, pois formam colônias esbranquiçadas e de aspecto pulverulento na
superfície das plantas, principalmente sobre a superfície das folhas. Climas secos e
quentes favorecem a ocorrência dessa doença nos vegetais.
O leite pode agir mais de um modo de ação para controlar o Oídio. Leite fresco pode ter
efeito direto contra oídio (Sphaerotheca fuliginea) devido às suas propriedadesgermicidas;
por conter diversos sais e aminoácidos, pode induzir a resistência das plantase/ou controlar
diretamente o patógeno; pode ainda estimular o controle biológico natural, formando um
filme microbiano na superfície da folha ou alterar as características físicas, químicas e
biológicas da superfície foliar.
A pulverização do leite de vaca cru, uma vez por semana, nas concentrações de 5% e 10%,
dependendo da severidade da doença, controla o Oídio em diversos cultivos. Bettiol et al.
(1999) observaram que com o aumento da concentração de leite pulverizado ocorre um
aumento no controle da doença. Entretanto, do ponto de vista prático, recomenda-se a
pulverização do leite a 5 e 10%, uma vez por semana. A concentração de 10% deve ser
utilizada quando a infestação de Oídio for alta.
Leite cru a 5% = para uma calda de 10L colocar 500ml de leite cru.
Leite cru a 10% = para uma calda de 10L colocar 1L de leite cru.
O leite deve ser utilizado preventivamente e toda a planta deve ser pulverizada.
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Utilização de Urina de Vaca nas Plantas
Na urina de vaca encontramos vários nutrientes como o nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, boro, cobre, zinco, sódio, cloro, cobalto,
molibdênio, alumínio (abaixo de 0,1 ppm) e fenóis, que são substâncias que aumentam a
resistência das plantas. Também encontramos o ácido indolacético, que é um hormônio
natural que estimula o crescimento de plantas. Portanto, o uso da urina de vaca sobre os
cultivos tem efeito fertilizante, fortificante (estimulante de crescimento) e também o efeito
repelente de insetos devido ao cheiro forte.
Como preparar
A urina deve ser recolhida em um balde e logo após ser envasada em recipiente
fechado por no mínimo três dias antes de usar. Em recipientes fechados a urina poderá
ser guardada por até um ano.
Como usar
Diluir a 1% (um litro de urina em 99 litros de água), fazer pulverizações semanais em
hortaliças e a cada quinze dias em frutíferas. Para utilizar no solo, no entorno da planta,
diluir a 5% (5 litros de urina em 95 litros de água). Evitar o uso em folhosas perto da colheita
ou em ambiente protegido. Em folhosas melhor usar apenas no início do cultivo.
Fonte: http://agroecologia.gov.br/sites/default/files/publicacoes/28-urina-de-vaca-
na-adubacao-de-plantas.pdf
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Água de Vidro
Para controle de Como fazer a esolução
insetos-praga doenças de plantas
matriz?e alguns fungos -
- pulgões, trips, lagartas
OBS: a melhor cinza para ser utilizaa é a de cascas de arroz, por ser mais
rica em Silício. Na ausência dessa, utilizar cinza de fogão a lenha ou lareira.
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INSETICIDA CASEIRO A BASE DE AZEITE E DETERGENTE
Controle de pulgões, mosca branca, cochonilhas, trips.
Modo de usar:
Anotações:
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SOLUÇÃO CONCENTRADA DE SULFATO DE COBRE E CAL PARA
FABRICAR CALDA BORDALESA
1) Completar o recipiente onde vai formular a calda com 80% de água limpa (8 litros).
2) Coloca Açúcar Cristal na seuguite proporção = 50g/10L para plantas em
florescimento e 100g/10L para plantas que não estão florescendo.
3) Verificar na tabela abaixo qual a concetração desejada da Calda Bordalesa a ser
formulada.
4) IMPORTANTE: sempre colocar primeiro na água o Concetrado de Cal (leite de cal),
na quantidade definida na tabela abaixo para a concetração de calda desejada.
MISTURAR bem o cal com a água.
5) Colocar lentamente e misturando sempre o Concentrado de Sulfato de Cobre.
OBS: Pasta Bordalesa é utilizada para curar cicatrizes de podas, quando as plantas
estão em dormência.
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Dosagens sugeridas:
0,25% = utilizar para aplicação em mudas novas de folhosas (alface, rúcula, radite, acelga,
espinafre, couve) e plantas da família das cucurbitáceas (abóboras, morangas, melões,
melancias, pepinos, abobrinha italiana, abobrinha de tronco), entre outras.
0,75 a 1,0% = aplicar em mudas e plantas adultas de frutíferas permitidas (citrus, uvas,
caquizeiros, figueiras, goiabeiras, oliveiras, noz-pecã, abacateiro, manga, maracujá...).
Mudas de hortaliças em desenvolvimento avançado, principalmente TOMATE,
ONDE NÃO USAR: frutíferas da família das Rosáceas quando estão com folhas (pêssego,
ameixa, peras, maçãs).
Cuidados: A Calda Bordalesa “perde a força” com o tempo, por isso deve ser usada no dia
que foi preparada. Não aplicar em épocas muito frias, em temperatura igual ou abaixo de
9ºC, ou quando haja previsão de geada.
Mistura Possíveis:
1) A Calda Bordalesa pode ser misturada com biofertilizantes. Nesse caso, usamos
a mesma concentração de biofertilizante usado nas aplicações foliares.
Exemplo: o "Supermagro" em tomate pode ser usado a 2%; então, para 10 litros de calda
bordalesa pronta para uso, adicionamos 200 ml de "biofertilizante".
2) A Calda Bordalesa pode ser misturada com Água de Vidro. Neste caso, preparar
primeiro a Calda Bordalesa e depois adicionar a solução matriz da Água de Vidro.
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SUGESTÕES DE CONCENTRAÇÕES DA CALDA BORDALESA PARA CONTROLE
DE DIFERENTES DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS:
Fonte: Preparo e utilização de caldas nutricionais e protetoras de plantas. Pelotas, Embrapa Clima
Temperado, 2007. Disponível em – http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/745636
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SUGESTÕES DE USO DA CALDA SULFOCÁLCICA NA
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
Cuidados de uso:
1) Nunca aplicar a Calda Sulfocálcica quando a temperatura ambiente for igual ou maior
que 27ºC, para evitar fitotoxidez. Aplicar preferencialmente no final da tarde.
2) Misturar açúcar cristal ao produto final, para aumentar a adesão junto as folhas das
plantas, até 1% de concentração (100g de açúcar em 10L de calda pronta). Quando as
plantas estiverem florescendo, usar açúcar na concentração máxima de 0,5% (50g/10L),
para não atrapalhar a polinização.
3) Pode ser misturada junto com produtos a base de cobre (bordalesa e outros) e aplicada
conjuntamente. Recomendado especialmente para o tomateiro, uva, morango e oliveiras.
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Até 1,4L / 100L Floração e crescimento
Pêra Sarna/Grafolita.
(0,5ºB) do fruto.
Pêssego e Várias doenças e
10L / 100L (4ºB) Dormência no inverno
Ameixa cochonilhas.
Pêssego e Até 830ml / 100L Pré-floração, floraç. e
Podridão parda/Grafolita.
Ameixa (0,3ºB) crescimento do fruto.
Tomate e Vários fungos/ trips, Até 830ml / 100L Desde a muda até o
Pimentão pulgões, mosca-branca. (0,3ºB) início da frutificação.
10L / 100L
Uva Várias fungos/ Cochonilhas. Dormência no inverno.
(4ºB)
Antracnose, Oídio e 300 a 1500ml / 100L
Uva Período vegetativo.
Escoriose. Ñ aplicar em Bordô.
OBS:
- A calda sulfocálcica serve também como adubação foliar de Cálcio e Enxofre.
Anotações:
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CULTIVO DE TOMATE AGROECOLÓGICO – Orientações Básicas
SUGESTÕES DE TRATAMENTOS FOLIARES FERTIPROTETORES PARA COMPLEMENTO
NUTRICIONAL E CONTROLE DE DOENÇAS & INSETOS-PRAGA
Dosagem =
Trat. Momento da Planta Produto para 10 L de calda
Após germinação e
1) Calda Sulfocálcica (0,5 a 0,8%) 50 a 80ml.
1 estágio de muda.
2) Biofertilizante (1 a 2%) 100 a 200 ml.
Intervalos semanais.
1) Calda Sulfocálcica (0,5 a 0,8%) 50 a 80 ml.
Transplante e 2) Cálcio foliar (0,25 a 0,5%) 20 a 30 ml de Ex:
2 crescimento.
3) Biofertilizante (2%) CalSuper/Agrichem.
Intervalos semanais.
200ml.
Início do
florescimento. 1) Calda Bordalesa (0, 5%) 250 ml de sol. de Cal + 250ml de
Intervalos semanais. sol. de Sulfato de Cobre.
2) Calda Sulfocálcica (0,5%) 50 ml.
3
OBS: se houver algum 3) Cálcio (0,3%) 30 ml de CalSuper/Agrichem.
inseto (trips, pulgão, 4) Boro (0,05%) 2,5g de Ácido Bórico..
percevejos, cascudos, 5) Biofertilizante (2%) 200 ml.
mosca branca) – 6) Bacillus 10 ml + 200ml de leite crú (2%)
substituir o BTControl thuringiensis/BTControl + 50g açúcar.
por Azamax (30ml/20L).
Início da frutificação
até o final do ciclo de 1) Calda Bordalesa (0, 5%) 250 ml de sol. de Cal + 250ml de
produção (frutos a solução de Sulfato de Cobre.
partir da metade do 2) Cálcio (0,5%) 30ml de CalSuper/Agrichem.
tamanho final). 3) Boro (0,05%) 5g de Ácido Bórico.
Intervalos semanais. 4) Biofertilizante (2%) 200 ml.
4
5) Bacillus thuringiensis/ Ex. 10 ml + 200ml de leite crú (2%)
OBS: se houver algum BTControl + 50g açúcar.
inseto-praga (trips,
pulgão, percevejos, O item5 pode ser substituído por
cascudos, mosca ICB Fungi (B. bassiana +
branca) – substituir o Metharizium sp), na dosagem de
BTControl por Azamax 2,5ml/L.
(30ml/20L).
Observações importantes:
1) Os tratamentos acima são sugestões básicas para produção agroecológica de tomates.
Problemas ou desequilíbrios pontuais precisarão de outras ações, entendendo que a
principal medida preventiva contra doenças e insetos-praga é uma adubação equilibrada
em solo biologicamente ativo/vivo.
2) Todos os tratamentos devem ser feitos em horas frescas do dia.
3) Respeitar a ordem da numeração dos insumos de cada tratamento, na hora de misturar
os produtos no tanque de pulverização.
4) A Calda Sulfocálcica (29 Baumé) não deve ser usada quando a temperatura ambiente
estiver igual ou maior que 27C (há exceções). A Calda Sulfocálcica pode ser
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aumentada até 1% (100ml/10L) caso haja problemas muito sérios com Oídios e podridões
(neste caso preferencialmente misturada com cobre, no mesmo tratamento). Ela serve para
prevenir a ocorrência de trips, vetor do vírus “vira-cabeça”, particularmente em anos secos,
principalmente na primeira fase de desenvolvimento vegetativo das plantas.
5) Em caso de ataques muito severos de Requeima ou Pinta Preta, a Calda Bordalesa
pode ser aumentada até 1%. Para tratamentos preventivos, a Calda Bordalesa pode ser
substituída por um dos seguintes cobres em pó, prontos para aplicação: óxido cuproso
(Cobre Atar) ou hidróxido de cobre (Kocide, Garra e outros), na dose comercial.
6) Em caso de ocorrência significativa de lagartas, aumentar a dosagem do Bacillus
thuringiensis/BTControl para 20 a 25 ml/10L de calda (2 a 2,5ml/L), mantendo o leite a 2%
(200ml/10L). Quando o cultivo for fora da estufa, agregar Açúcar Cristal na proporção de
0,5% (50g/10L).
7) A desbrota (ao menos semanalmente) é fundamental para arejar o microambien te das
folhas e frutos, reduzindo a umidade e melhorando a prevenção ao desenvolvimento de
fungos, além de melhorar a luminosidade que chega as folhas e a cobertura dos
tratamentos pulverizados. Preferencialmente deixar até 2 guias principais por planta.
Imediatamente após a desbrota, realizar a pulverização semanal de calda ertiprotetora.
8) A retirada e eliminação das folhas e frutos doentes ou atacados por insetos (enterrar ou
queimar) ajudam bastante para diminuir a proliferação de doenças e insetos-praga, ainda
que doenças e insetos-praga sejam sempre indicadores de desequilíbrios nutricionais das
plantas (nem sempre fácies de serem identificados).
9) Se houver problemas graves com um dos dois tipos de Oídios que ocorrem nos
tomateiros, durante a frutificação (em estufas), a Calda Sulfocálcica pode ser substituída
(em função do cheiro) por Leite Cru a 10% (1L/10L) ou Bicarbonato de Sódio (100g/10L),
ou ICB Bac (Bacillus amloliquefaciens + B. subtilis, a 1ml/L) podendo serem utilizados em
tratamentos intercalados, até 2 vezes por semana, em casos graves. O bicarbonato e o ICB
Bac mancham menos os frutos.
10) Em caso de problemas mais graves com insetos sugadores (pulgões, ácaros,
cochonilhas, percevejos, mosca branca), mastigadores (cascudos de diferentes tipos) e
raspadores (trips), aumentar a dosagem do Azamax para 20 ml/10L, até 25ml/10L (2 a 2,5
ml/L).
11) É possível que, no desenvolvimento vegetativo das plantas, seja necessário aplicar de
2 a 3 vezes adubação foliar com Magnésio, utilizando para isso sal amargo (sulfato de
magnésio) na concentração de 1% (100g/10L). O Sulfato de Magnésio pode ajudar a
potencializar o efeito de controle da Calda Bordalesa (e demais cobres), quando aplicado
junto e quando ocorrer uma intensidade grande de doenças fúngicas nas folhas (requeima,
pinta preta, septoriose, mancha-de-estenfílio e várias outras).
12) Duas a três adubações complementares após o início da frutificação (ao menos), com
fontes de nitrogênio e potássio são muito importante para viabilizar um aumento de
produção de frutas por planta, com o objetivo de alcançar um mínimo de 6 kg/planta em
variedade de frutos tipo paulista ou salada. Essas adubações podem ser feitas com Esterco
de Aves granulado ou peletizado a lanço, na proporção de 1,5 a 2 toneladas/ha, que
equivale de 150 a 200g/m². Como fonte de Potássio e Cálcio pode ser utilizada também a
cinza de madeira (não tratada), na proporção de 1,5 ton/ha, ou 150g/m². Se for esterco de
aves caseiro e puro, pode ser diminuído a quantidade para 1000kg/ha, ou 100g/m². A
utilização do Sulfato de Potássio como font de potássio também pode ser
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importante, na proporção de 50 a 100kg/ha/aplicação, equivalente a 5 a 10g/m². Outra
alternativa é a utilização de fermentados para rega ou via fertirrigação, a base de esterco
bovino/ovino e de aves, como o Biofranbov. A adubação de cobertura deve ser feita no
início da frutificação e repetida 30 a 45 dias após a primeira aplicação, ou semanalmente,
de acordo com a fonte.
13) É importante que se mantenha no entorno da horta uma diversidade grande de
plantas nativas e/ou plantadas com flores. Ter flores no entorno o maior número de meses
do ano favorece a ocorrência e permanência na área de inimigos naturais (insetos
benéficos que comem ou parasitam os insetos-praga).
Anotações:
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SUGESTÕES DE TRATAMENTOS BÁSICOS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE
DOENÇAS E MANEJO DE INSETOS-PRAGA EM MORANGUEIROS
DE BASE ECOLÓGICA
- Realizar tratamentos conjuntos com Calda Bordalesa a 0,5% (ou um cobre comercial)
e Calda Sulfocálcica de 0,8% (8ml/L) até 1% (10ml/L), sempre agregando 5g de açúcar
cristal por litro de calda. Este tratamento dará conta de prevenir váriasdoenças fúngicas
e insetos-praga. Outra alternativa é a utilização de produtos de controle biológico, por
exemplo, Bacillus amylopiquefacienes + B. Subtilis (ICB Bac para prevenção controle
de vários fungos = 1ml/L) e Methatrizium sp. + Bauveria bassiana (ICB Fungi, para
prevenção e controle de vários insetos-praga = 1 a 2,5ml/L)
OBS: os produtos acima matam todas agentes de doenças (fungos, bactérias, vírus e
sua estruturas de reprodução) mas também matam os microrganismos benéficos que
vivem sobre as plantas, por isso é recomendado aplicar biofertilizantes ou outros
produtos de controle biológico logo após secar o tratamento com os erradicantes,
para manter as plantas mais protegidas.
Observação Importante: óleo de nim mata abelhas, então não se recomenda seu uso
depois do início da floração. Se for muito necessário, utilizar no início da noite.
Ácaros: são vários os tratamentos que podem ajudar no controle. Em clima seco,
molhar as plantas com jato d’água nas horas mais quentes do dia pode ser suficiente.
Em morangos com fertirrigação, se deve diminuir a concentração de nutrientes
colocados na solução nutritiva por um tempo (condutividade elétrica = CE abaixo de
1,2 mS/cm por uns dias). ICB Fungi, outros controles biológicos e Azamax tbém
funcionam, assim com o ácaros predadores.
Pulgões
Mosca
Fede-fede
29
Fontes: