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HORTICULTURA

AGROECOLÓGICA

- Conjunto de sugestões básicas para nutrição de


plantas e uso de caldas fertiprotetoras –

Fronteira da Paz
17/12/2021

Escritório Municipal da EMATER/RS-ASCAR de Sant’Ana do Livramento/RS.

1
ÍNDICE

Conteúdo Página
Considerações iniciais 3
Nutrindo as plantas
1) Sugestão de passo a passo para preparo de solos arenosos
destinados ao início da produção hortícola na fronteira 4
Livramento/Rivera.
2) Receita de um substrato para produção de mudas de alface
e outras folhosas da Embrapa Agrobiologia. 6

3) Fermento Crioulo ou Sopão de Microrganismos 7


4) Compostagem laminar: alternativa para economizar mão de
obra e potencializar a produção agroecológica. 10

5) Biofertilizante Enriquecido - Supermagro 12


Caldas fertiprotetoras par a transição agroecológica
6) Leite de Vaca Cru para o Controle de Oídio. 15
7) Utilização de Urina de Vaca nas Plantas 16
8) Água de Vidro: controle de insetos-praga e doenças de
plantas (pulgões, trips, lagartas e alguns fungos).
17

9) Inseticida caseiro a base de azeite e detergente neutro. 18


10) Solução concentrada de sulfato de cobre e cal para
fabricar Calda Bordalesa
19

11) Sugestões de concentrações da Calda Bordalesa para


controle de diferentes doenças de plantas cultivadas.
21
12) Sugestões de uso da Calda Sulfocálcica na produção de
alimentos. 22

13) Cultivo de Tomate Agroecológico – orientações básicas. 24


14) Sugestões de tratamentos básicos para prevenção e
controle de doenças e manejo de insetos-praga em 27
Morangueiros de base ecológica.

2
Considerações iniciais:

1) As plantas são os maiores ativadores da fertilidade do solo, estando elas


principalmente vivas, mas também mortas. Para uma área se manter produtiva,
ele precisa estar sempre sendo manejada com plantas (cultivadas e/ou
expontâneas), preferencialmente intercalando plantas de interesse econômico
com plantas de adubação verde ou de cobertura. NUNCA deixe uma área de
horta sem plantas sendo cultivadas ou crescendo expontâneamente nela.
Quando possível, plante as mudas do próximo cultivoantes de iniciar a colheita
do cultivo anterior.

2) As plantas que se colhem a mesma parte comercial (folhas, raizes, frutos,


flores) tem certas semelhanças na quantidade e tipos de nutrientes que elas
tiram do solo. Por isso é importante, sempre que possível, fazer uma rotação
de cultivos em um mesmo canteiro/área, por exemplo como o esquema abaixo:

3) Na natureza há muito mais insetos que não prejudicam as plantas do que os


insetos-praga. Também tem uma grande diversidade de insetos que comem ou
parasitam os insetos-praga, que são chamados de inimigos naturais. Para
potencializar o trabalho e efeito dos inimigos naturais é recomendável que se
mantenha no entorno da horta, durante todo o ano, plantas florescendo e ricas
em pólen e néctar. Além de embelezar o lugar, o pólen e o néctar das flores
servirão de alimentos alternativos para os inimigos naturais, que ficarão
sempre por perto da horta, ajudando no controle natural dos insetos-praga.

4) Aumentar o teor de matéria orgânica estável no solo é a melhor estratégia para


aumentar a qualidade e quantidade das colheitas, com menores problemas de
doenças e insetos–praga no cultivo de plantas comerciais e/ou para
autoconsumo.

OBS: as informações desta apostila são de materiais com a fonte citada no final de
cada item.

3
Sugestão de passo a passo para preparo de solos arenosos destinados ao
início da produção olerícola na fronteira Livramento/Rivera

Descrevo abaixo uma sugestão geral para preparo de áreas com solo arenoso, nas
quais vai ser iniciada a produção olerícola, para o qual não foi feita análise do solo (que
seria o ideal), de forma a tentar partir desde o início com uma resposta econômica positiva
na produção. Seria ideal que essa área pudesse ser cultivada com plantas de adubação
verde, logo depois da aplicação dos insumos sugeridos. No decorrer dos anos de utilização
da área é importante que ela faça parte de um planejamento de rotação de cultivos onde
entram, intercalados, cultivos apenas para a “adubação do solo” ou adubação verde,
sempre que possível com, ao menos, 3 tipos (famílias) de plantas juntas. Em caso de
cultivos solteiros (só um tipo de planta comercial na área de cultivo) é recomendável que
no planejamento de rotação de cultivos cada área receba intercaladamente plantas que se
colhe o fruto, a folha, a raiz e as flores, sempre que possível (ver página 3).

Sugestões de produtos a serem aplicados e operação no solo:


1º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada de 1 a 3 ton/ha de Calcário,
equivalente a 100 a 300g/m², preferencialmente Calcário Calcítico (Calcários Andreazza
- único jazida de calcário calcítico comercial no RS).
2º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada, ao menos, 3 a 5 ton/ha
de Pó de Basalto, equivalente a 300 a 500g/m². Se for adquirido da Iccila (Livramento),
tem de fazer a correção do peso em função do pedregulho. Quanto mais fino, melhor.
3º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada ao menos 800 kg/hectare
de Fosfato Natural Reativo, ou seja 80g/m². Pode ser utilizada a Fosforita.
4º) Lavrar toda a área ao menos a 15 cm de profundidade. Melhor a 20cm.
5º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada 20 a 40 ton/ha de Esterco
Estabilizado ou Fermentado (de ovelha, de gado ou de cavalos) ou composto orgânico
(compostagem ou vermicompostagem), equivalendo de 2 a 4 kg/m² (quanto mais melhor).
Se o esterco não estiver bem compostado, a área precisará ficar ao menos uns 30 dias
em repouso para que os microrganismos no solo façam sua primeira digestão. Se
colocarmos material orgânico não estabilizado e plantamos encima, a liberação de CO 2
prejudica as raízes novas das plantas semeadas. Se for um período de estiagem, aguar
o canteiro para ativar e facilitar o trabalho dos microrganismos do solo.
6º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada 25 kg/ha, equivalente a
2,5g/m² de Bórax ou Ulexita (fontes de Boro). Este produto pode também ser colocado em
cobertura após o preparo da área. Repetir a operação a cada 4 ou 5 anos.
7º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada ao menos 600 kg/ha
(quanto mais melhor) de Pó de Carvão (biochar), equivalente a 60g/m². Este produto pode
também ser colocado em cobertura após o preparo da área.
8º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada 20kg/ha de Sulfato de
Zinco, equivalente a 2g/m². Este produto pode também ser colocado em cobertura após o
preparo da área. Sulfato de Zinco também é utilizado para tratamento de cascos de ovinos.

4
9º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada 500 kg/ha de Gesso
Agrícola, equivalente a 50g/m². Posteriormente, no decorrer do uso dessa área, o Gesso
poderá ser colocado em cobertura, sem incorporação. Deve ser repetido a cada 2 anos.
10º) Gradear toda a área de forma que fique parelha, com boa regulagem da grade.
11º) Distribuir de forma homogenia em toda a área a ser cultivada 1,5 ton/ha de Esterco
de Aves granulado, equivalente a 150 g/m².
12º) Encanteirar.

ADUBAÇÃO DE COBERTURA: a maioria das plantas que tem floração e frutificação


paralelas se beneficia com adubações de cobertura, sendo essa uma condição fundamental
para o aumento de produção comercial por planta. Plantas que tem produção de folhas
contínuas, as quais se podem colher várias vezes na mesma planta, também precisam de
adubação de cobertura. Exemplos do primeiro grupo: tomates, morango, pimentão, ervilha,
berinjela, abobrinhas (italiana e de tronco), entre outras. Exemplos do segundo grupo:
couve manteiga, salsa, brócolis ramoso, rúcula, radite, erva gorda, ora -pro-nóbis, entre
outros.
Para essa adubação podem ser utilizados vários adubos, dependendo do ti po de planta,
condições de crescimento e histórico da área, como por exemplo:
- Esterco de Aves granulado ou farelado = 100 a 150 g/m²/aplicação (1 a 1,5 ton/ha).
- Vermicomposto (de minhocas) = 200 a 300 g/m² (2 a 3 ton/ha).
- Composto em geral = 500g a 1 kg/m² (5 a 10 ton/ha).
- Biorfertilizante fermentado líquido junto a irrigação, por exemplo o Biofranbov, urina de
vaca, extrato de vermicomposto, fermentado de urtigas, entre outros (demandar fórmulas).
- Sulfato de Potássio = permitido na produção orgânica. Fonte de Potássio e Enxofre.
Pode ser utilizado a lanço sobre o solo ou diluído na água de irrigação. Partir de uma
cobertura de 50 kg/ha de K2 O, que corresponde 100kg/ha do produto comercial.
Particularmente importante para adubação de cobertura de tomates (e outras solanáceas)
e morangos.
- Sulfato de Magnésio = o sal amargo pode ser demandado por vários cultivos em função
da falta de Magnésio no solo, principalmente em condições de estiagem. Levando em
consideração que esse é um nutriente que “circula” na planta, podem ser supridas
pequenas deficiências via folhar, utilizando calda a 1% (1kg de sal amargo em 100 L de
água, podendo ser mistura do com a maioria dos produtos orgânicos aplicados via foliar).
No solo pode ser colocado a partir de 50 kg/ha, ou seja, 5g/m².
- Cobertura de palhas ou folhas (verdes ou secas) sobre canteiros = além de ajudar no
controle da umidade, da temperatura do solo e na diminuição dos inços, também colabora
para liberar nutrientes ao solo, principalmente quando se utiliza folhas verdes (ex: capim
elefante, girassol, roçadas de pasto, podas de árvores, entre outros).

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Receita de um substrato para produção de mudas de alface e
outras folhosas da Embrapa Agrobiologia.

Ingredientes para preparar 100 kg de substrato:

- 70 kg de húmus de minhoca ou composto orgânico;


- 25 kg de carvão de casca de arroz (casca de arroz carbonizada);
- 5 kg de esterco de aves ou cama de aviário.

Dica agroecológica!
Pode-se enriquecer o substrato com adubos permitidos na agricultura orgânica.
Mistura-se 5g de termofosfato ou fosfato natural com 5g cinza e adicionam-se as
10g para cada 1 kg de substrato. Para 100 kg de substrato deve se misturar 500 g
de cinza e 500 g de termofosfato em 100 kg de substrato.

Importante! A cama de aviário é permitida na agricultura orgânica desde que compostada


e bioestabilizada (curada).

Como preparar:
1° Passo: • Escolhe um local seco, arejado, com água disponível, plano, de fácil
localização e preferencialmente coberto.

• Mistura-se a de casca de arroz carbonizada, a cama de aviário e o húmus de minhoca


ou composto. A quantidade de substrato depende da necessidade da propriedade.

2° Passo: • Espalhar o substrato em bandejas e semear 2 sementes por célula ou


tubete, em bandeja ou engradados de tubetes.

3° Passo: • Após aproximadamente 14 dias da emergência das plantas fazer o desbaste,


selecionando a muda mais vigorosa.

IMPORTANTE: assim que as sementes começarem a germinar, regar as bandejas


com solução de água com Trichoderma (1ml/litro de água).

Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/fichas-
agroecologicas/arquivos-producao-vegetal/16-substratos-para-producao-de-mudas-de-
alface-e-outras-folhosas-em-bandeja.pdf

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Fermento Crioulo ou Sopão de Microrganismos

A técnica do fermento crioulo ou sopão de micro-organismos foi desenvolvida


inicialmente com o objetivo de ter um insumo caseiro capaz de melhorar a fermentação dos
biofertilizantes. Com o tempo, percebeu -se que se trata de um insumo com capacidade de
auxiliar na regeneração da microbiologia do solo (ativa a vida no solo). A palavra
fermento significa “agente capaz de originar um processo bioquímico de transformação de
uma substância” (ex.: fermento natural, fermento químico). A fermentação faz com que
ocorra uma série de transformações químicas e biológicas que melhoram a qualidade do
produto final. No meio ambiente, quem tem esse potencial para fazer fermentação
(transformação) são microrganismos naturais como fungos, leveduras, bactérias e
actinomicetos (um grupo específico de bactérias). A utilização de microrganismos para
fermentação (biotransformação) da matéria vem desde a Antiguidade, e a descoberta de
microrganismos, que podiam modificar um determinado substrato, possivelmente, foi feita
ao acaso. Através da observação do ambiente ao seu redor, o ser humano passou a
perceber que certos processos aconteciam devido à presença de microrganismos no meio.
Por exemplo: deixando-se o leite azedar era possível retirar o líquido do coalho para fabricar
queijo ou, ainda, ao secar os grãos antes da estocagem era possível evitar o aparecimento
de fungos (TORTORA et al., 2006). Em 1839, Liebig definiu o termofermentação como
sendo “a putrefação de substâncias vegetais que se realiza sem que haja a liberação de
nenhum odor, ou pelo menos, nenhum desagradável”.

Este fermento ou sopão de microrganismos nada mais é do que coletar folhas e


galhos de árvores, de preferência de matas nativas, em processo de decomposição, que
estão naturalmente infectados por microrganismos que aí vivem, e multiplicá-los visando a
(re)inoculação desses microrganismos nativos, inicialmente através da sua multiplicação.
Colonizando o solo com a complexa diversidade de microrganismos que compõem uma
floresta nativa, o objetivo é aumentar significativamente a entrada de nutrientes nos
agroecossistemas, para melhorar a saúde dos cultivos, pois é pelo processo de
decomposição da matéria orgânica que os nutrientes serão rapidamente reutilizados e
mantidos dentro do comportamento biótico do sistema. (LOUZADA et al., 1995).

7
COMO FAZER?

8
Observações:
• O material utilizado (as folhas e/ou galhos em decomposição) devem ser coletados no
período (estação do ano) do preparo do fermentado, que deve corresponder ao mesmo
período de aplicação no solo.
• É importante que a água utilizada não esteja contaminada. Cloro, sulfato de cobre e outros
agrotóxicos matam os microrganismos que se deseja multiplicar.
• A etapa sólida acontece em ambiente praticamente sem ar (anaeróbico). Isso é
importante porque a baixa disponibilidade de ar força a multiplicação dos microrganismos
que se deseja aumentar. Na etapa líquida se recomenda misturar ao menos uma vez por
dia.

Fonte:
Tecnologias alternativas para fortalecimento da agricultura familiar na Serra
Gaúcha / organizadores Valdirene Camatti Sartori, Leandro Venturin. – Caxias do
Sul, RS : EDUCS, 2016. 112 p.

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COMPOSTAGEM LAMINAR
Alternativa para economizar mão de obra e potencializar a
produção agroecológica.

Montando a compostagem laminar

Para a montagem da compostagem laminar são necessários apenas dejetos animais


e restos vegetais. A relação Carbono/Nitrogênio da mistura final (relação C/N) deve ficar
em torno de 25 a 30:1, porém, a mistura dos componentes, para que se atinja essa relação,
pode ser muito variável, dependendo dos resíduos vegetais utilizados e da fonte de esterco
(bovino, ovino, suíno, aves etc.). As gramíneas em geral (palha de arroz, de aveia, de trigo
etc.) possuem uma alta relação C:N, já as leguminosas (palha de feijão, de soja, de mucuna
etc.) possuem uma relação C:N menor. Assim, grosso modo, pode-se dizer que uma
misturade 75% de palhas em geral e 25% de esterco, em volume, aproxima-se da relação
C:N desejada. É bastante comum a utilização de restos culturais como palha e sabugo de
milho e palhadas de outras culturas. É aconselhável o cuidado no uso de palhadas
provenientes de roçadas por estas poderem conter sementes de plantas indesejáveis que
poderão germinar e infestar a área, já que a compostagem laminar não atinge altas
temperaturas como a compostagem tradicional. Na prática, realiza-se a compostagem
laminar depositando-se sobre o solo uma camada de palha (10 a 15 cm), sendo esta
coberta por uma camada de esterco (aproximadamente 5 cm), sobre o qual é colocada
outra camada de palha (10 a 15 cm) que protegerá o composto e que, posteriormente,
será naturalmente consumida pelos organismos (Figura 1). Na compostagem laminar não
é necessário revirar o material, este trabalho ficará a cargo dos besouros e minhocas. O
tempo de decomposição do material dependerá da temperatura ambiente, do tipo de
material utilizado e do desenvolvimento dos organismos na compostagem. Em geral este
processo pode demorar de dois a três meses. A compostagem estará pronta quando a
primeira camada de palha estiver completamente desintegrada, não sendo possível
identificar os materiais utilizados na camada inicial, e o esterco apresentar aspecto e cheiro
de terra de mato.
A compostagem laminar tem sido utilizada tanto em canteiros, para a produção de
hortaliças, quanto em pomares de frutas, nos quais a compostagem é feita na área de
projeção da copa das plantas, mantendo-se um distanciamento do tronco de
aproximadamente 0,5 metro de raio.

A fim de promover uma decomposição mais rápida do composto laminar, é possível


utilizar biofertilizante líquido ou fermento crioulo, que podem ser pulverizados sobre a
palha. Este processo inocula microrganismos nos materiais melhorando a compostagem
laminar (D’ANDRÉA & MEDEIROS, 2001). Em sistemas de produção Biodinâmica, é
usado, como complemento ao processo de compostagem, o Preparado B iodinâmico
“Fladen”, o qual é considerado um condutor/orientador nos processos de decomposição.
Este produto é preparado com esterco fresco, pó de basalto, casca de ovos finamente
moída e os preparados 502 ao 507 (Associação Biodinâmica, 2007).

Cultivando sobre a compostagem laminar

Passado o período de fermentação da compostagem laminar (dois a três meses) é possível


cultivar diretamente sobre ela, sem a necessidade de incorporar o material ao solo. Assim,
antes de realizar a compostagem laminar em hortas, é necessário se certificar de que o
solo não apresenta compactação ou excesso de vegetação, pois estes fatores irão
dificultar o desenvolvimento das plantas cultivadas. Se necessário, deve-seefetuar uma
10
lavração ou roçagem antes da realização da compostagem laminar.

Figura 1. Processo de compostagem laminar em suas diferentes fases: A - primeira


cobertura do solo com uma camada de resíduos vegetais; B - segunda camada com
esterco bovino e C - terceira camada com resíduos vegetais. Estação Experimental
Cascata – Embrapa Clima Temperado, 2007.

Observação importante: no momento de formar as camadas, em solos com baixa


disponibilidade de fósforo, será importante colocar sobra a camada de esterco algum fosfato
natural (fosforita), na proporção de 50g a 80g/m² e/ou pó de basalto, na proporção de 300
a 500g/m².

Fonte: Schwengber, José Ernani et al. Compostagem laminar: uma alternativa para
manejo de resíduos orgânicos. Comunicado Técnico nº 169. Embrapa ClimaTemperado,
Pelotas/RS, 2007. 4p.

Anotações:

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BIOFERTILIZANTE ENRIQUECIDO = Supermagro

EFEITOS DO BIOFERTILIZANTE:

- Adubação foliar com macro e micronutrientes, de forma quelatizada, ou seja, com uma “capa”
de matéria orgânica no entorno dos minerais, o que facilita a penetração dos nutrientes na folha
e protege do lavamento pela chuva.
- Possuiu hormônios de crescimento vegetal prontos para serem aproveitados pelas plantas,
estimulando seu crescimento saudável.
- Fonte de leveduras e outros microrganismos benéficos para as plantas, ajudando no controle
de doenças.
- Aciona a resistência sistêmica vegetal, estimulando a planta a ativar seus mecanismos de
defesa e a produzir substâncias de proteção.
- Aumenta a autonomia dos agricultores, fortalecendo as plantas e diminuindo custos de
produção, principalmente em fases de transição agroecológica.

INGREDIENTES:
-30 litros de esterco fresco de gado de leite (de até 2 dias, de vacas em lactação e no pasto)
-2,0 Kg de Sulfato de Zinco
-2,0 Kg de Sulfato de Magnésio
-0,3 Kg de Sulfato de Manganês
-0,3 Kg de Sulfato de Ferro
-0,3 kg de Sulfato de Cobre
-0,05 Kg de Sulfato de Cobalto
-0,05 Kg de Molibdato de Sódio
-1,0 Kg de Bórax
-2,0 Kg de Farinha de Concha (Calsite, Gesso Agrícola ou Calcário Calcítido)
-3,0 Kg de Fosfato Natural ou Fosforita
-1,5 Kg de cinza de madeira
-3,0 kg de pó de basalto finamente peneirado
-36 litros de leite (pode ser soro de leite)
-24 kg de açúcar mascavo, ou 24 litros de melado de cana (ou 72 L de caldo de cana), ou
13,5kg de açúcar cristal
- 01 tonel limpo de 200 litros.

OBS: alguns nutrientes podem ser retirados ou variar sua quantidade, de acordo com os
resultados das análises de solo e folha, de cada área, quando algum nutrientes estiverem em
excesso ou grande carência. Por exemplo: fósforo, cálcio, magnésio, boro, zinco, molibdênio.

MODO DE PREPARAR:
- Misturar todos os sais nutrientes (menos o esterco, o açúcar e o leite), que totalizam 15,5 kg.
Dividir essa mistura em 11 sacos de 1,4kg.

- 1º dia) ( / / ) – colocar no tonel os 30 litros de esterco fresco, 60 litros de água, 3 litros


de leite cru e 2 kg de açúcar mascavo ou 1,5 kg de açúcar cristal (ativadores de fermentação).
Misturar bem e deixar fermentar. Mexer três vez por dia.

12
- 4º dia) Acrescentar 1,4 kg da mistura de nutrientes junto com 3 litros de leite cru e 2 kg de
açúcar mascavo ou 1,5 kg de açúcar cristal. Misturar bem e deixar fermentando.
- 7º, 10º, 13º, 16º, 19º, 22º, 25º, 28º, 31º dias) Repetir a operação do 4º dia.
- 34º dia) ( / / ) – colocar o último saco da mistura de nutrientes (1,4 kg) junto com o leite
e açúcar mascavo ou cristal. Completar o tonel com água e seguir misturando 3 vezes por dia.
Esperar pelo menos 15 dias, até acabar totalmente a fermentação (parar de formar espuma),
quando estará pronto para ser peneirado, coado e guardado. Guardar em local arejado e ao
abrigo da luz.

IMPORTANTE:

1) O biofertilizante deve ser misturado OBRIGATORIAMENTE três vez por dia, para
oxigenar a fermentação e liberar o gás metano e carbônico.

2) Melhor produzir entre primavera e outono, pela facilidade da temperatura ambiente.


Quando produzido no inverno, deve ser utilizada uma bombinha de oxigenação de aquário
ou um aquecedor de aquário, para facilitar e ativar melhor a fermentação, o que não
substitui mexer uma vez por dia, pelo menos.

3) O intervalo de 3 dias para uma nova mistura de produtos deve ser respeitado apenas se
a fermentação estiver ativa. Se depois de colocar os sais e passados 3 dias a fermentação
não reativou, esperar mais 1 ou 2 dias antes de colocar novamente os sais.

4) No meio do processo, se achar que a fermentação está muito fraca, pode ser colocado
mais esterco fresco para reativá-la, na proporção de uns 3 a 5 kg, aproximadamente, ou
fazer pé-de-cuba.

5) A temperatura ideal de fermentação é de 23 a 28º.

6) Pé-de-cuba para casos de parada na fermentação:

- 1º dia: em recipiente apropriado colocar 6 kg de esterco fresco de gado, 12 litros de


água, 6 litros de leite e 3 kg de mascavo ou melado. Misturar bem os ingredientes e agitar
2 a 3 vezes ao dia, durante 3 dias.
- 4º dia: misturar a metade do volume do pé-de-cuba com o conteúdo a ser refermentado.
Agitar o conteúdo intensamente, no mínimo 3 vezes por dia. Se até o 4º dia, após a
colocação da metade do pé-de-cuba, não ocorrer a retomada efetiva da fermentação, se
deve acrescentar a outra metade do pé-de-cuba, repetindo as ações anteriores.

7) Depois de pronto, o biofertilizante deve ser coado em vários coadores (iniciando por tela
galvanizada ou plástica de 1 milímetro), terminando com meia calça (ou voal), para evitar
o entupimento dos bicos de pulverização. Guardar em recipiente fechado, deixando
aproximadamente 1/5 do volume com ar, em local fresco e ao abrigo da luz.

VOLUME FINAL = aproximadamente 160 litros de biofertilizante enriquecido coado.

EXEMPLOS DE USO:

Cultivo Uso
Beterraba De 2 a 4 tratamentos, a 2%, durante o ciclo.

13
Tomate De 8 a 10 tratamentos de 2 a 4% durante o ciclo.
Moranguinho De 8 a 10 tratamentos a 3% durante o ciclo.
Uva De 3 a 8 tratamentos, variando conforme a época, variedade,
vigor das plantas e clima, de 0,5 a 4%.
Pulverizar as sementes com uma solução a 8%. Deixar secar
Milho
na sombra e efetuar o plantio normalmente.
De 10 a 15 tratamentos, de 3 a 5%, variando conforme a
Maçã
época, a variedade e o ano.
Pêssegos e De 5 a 8 tratamentos, de 2 a 4%, variando conforme a época,
Ameixas a variedade e o ano.

Fontes:

- CENTRO ECOLÓGICO. Agricultura Ecológica: princípios básicos. SAF/MDA, 2005. 76p.


- CLARO, Soel A. Referências tecnológicas para a agricultura familiar ecológica. Porto
Alegre: EMATER/RS, 2001. 241p.

OBS: há muitas outras formas de produzir biofertilizantes de forma caseira, inclusive


apenas utilizando estercos, leite (ou soro de leite), açúcar (ou caldo de cana, oumelaço),
cinzas e pós de rochas. Também é possível agregar plantas espontâneas paraenriquecer
com macro e microminerais (além de outros compostos) os biofertilizantes.

ANOTAÇÕES:

14
Leite de Vaca Cru para o Controle de Oídio

Oídios são doenças de plantas causadas por fungos altamente evoluídos, sendo
todos parasitas biotróficos obrigatórios, ou seja, só crescem no tecido vivo das plantas. Eles
se situam entre os principais fitopatógenos, ocorrendo em todas as regiões do mundo e na
maioria das espécies vegetais cultivadas. Embora raramente causem a mortedas plantas,
eles reduzem o potencial produtivo das culturas e podem afetar a qualidade do produto.
Os Oídios, também conhecidos como cinza ou míldio pulverulento, são facilmente
reconhecidos, pois formam colônias esbranquiçadas e de aspecto pulverulento na
superfície das plantas, principalmente sobre a superfície das folhas. Climas secos e
quentes favorecem a ocorrência dessa doença nos vegetais.

Modo de ação do leite

O leite pode agir mais de um modo de ação para controlar o Oídio. Leite fresco pode ter
efeito direto contra oídio (Sphaerotheca fuliginea) devido às suas propriedadesgermicidas;
por conter diversos sais e aminoácidos, pode induzir a resistência das plantase/ou controlar
diretamente o patógeno; pode ainda estimular o controle biológico natural, formando um
filme microbiano na superfície da folha ou alterar as características físicas, químicas e
biológicas da superfície foliar.

Como utilizar o leite

A pulverização do leite de vaca cru, uma vez por semana, nas concentrações de 5% e 10%,
dependendo da severidade da doença, controla o Oídio em diversos cultivos. Bettiol et al.
(1999) observaram que com o aumento da concentração de leite pulverizado ocorre um
aumento no controle da doença. Entretanto, do ponto de vista prático, recomenda-se a
pulverização do leite a 5 e 10%, uma vez por semana. A concentração de 10% deve ser
utilizada quando a infestação de Oídio for alta.

Leite cru a 5% = para uma calda de 10L colocar 500ml de leite cru.

Leite cru a 10% = para uma calda de 10L colocar 1L de leite cru.

O leite deve ser utilizado preventivamente e toda a planta deve ser pulverizada.

Período de Aplicação: recomenda-se preferencialmente nos horários de temperaturas


mais amenas, isto é, no início ou final do dia.

O leite não exige o uso de espalhante adesivo, entretanto, os resultados são


melhores com a sua mistura na calda de aplicação. Pode ser utilizado com açúcar na
dosagem de 50g/10L para plantas em florescimento e 100g/10L para plantas sem
flor.

Fonte: BETIOL, W. Leite de Vaca Cru para o Controle de Oídio. Embrapa:


Comjunicado Técnico nº 14. Jaguariúna, 2004. 3p.

15
Utilização de Urina de Vaca nas Plantas
Na urina de vaca encontramos vários nutrientes como o nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, boro, cobre, zinco, sódio, cloro, cobalto,
molibdênio, alumínio (abaixo de 0,1 ppm) e fenóis, que são substâncias que aumentam a
resistência das plantas. Também encontramos o ácido indolacético, que é um hormônio
natural que estimula o crescimento de plantas. Portanto, o uso da urina de vaca sobre os
cultivos tem efeito fertilizante, fortificante (estimulante de crescimento) e também o efeito
repelente de insetos devido ao cheiro forte.

Como preparar
A urina deve ser recolhida em um balde e logo após ser envasada em recipiente
fechado por no mínimo três dias antes de usar. Em recipientes fechados a urina poderá
ser guardada por até um ano.

Como usar
Diluir a 1% (um litro de urina em 99 litros de água), fazer pulverizações semanais em
hortaliças e a cada quinze dias em frutíferas. Para utilizar no solo, no entorno da planta,
diluir a 5% (5 litros de urina em 95 litros de água). Evitar o uso em folhosas perto da colheita
ou em ambiente protegido. Em folhosas melhor usar apenas no início do cultivo.

Fonte: http://agroecologia.gov.br/sites/default/files/publicacoes/28-urina-de-vaca-
na-adubacao-de-plantas.pdf

16
Água de Vidro
Para controle de Como fazer a esolução
insetos-praga doenças de plantas
matriz?e alguns fungos -
- pulgões, trips, lagartas

Preparação da solução matriz:

1) Misturar a seco 400 g de Cinza de Fogão + 100g de cal hidratado,


ambos bem peneirados antes da mistura.

2) Homogenizar bem os dois pós.


3) Adicionar 2 litros de água bem quente mexendo constantemente a
mistura.
4) Deixar esfriar.
5) Armazenar em um recipiente de vidro.

OBS: a melhor cinza para ser utilizaa é a de cascas de arroz, por ser mais
rica em Silício. Na ausência dessa, utilizar cinza de fogão a lenha ou lareira.

Dosagem de uso: 100 a 125ml da solução matriz para cada 10 litros de


calda. A dosagem pode variar dependendo da planta e gravidade do
problema.

Preparo para aspersão: para 10 litros de calda.

 colocar água até quase encher o pulverizador ou recipiente de preparo

 colocar 50 a 100g de açúcar cristal e dissolver bem – (50g para plantas


em florescimento e 100g para plantas sem flor)

 colocar de 100 a 125ml da solução matriz e misturar bem

 completar o volume de 10 litros

 está pronta a Água de Vidro para ser usado!!

Fonte: Adaptado do livro Agroecologia 7.0, de Sebastião Pinheiro, 2019. 663pg.

17
INSETICIDA CASEIRO A BASE DE AZEITE E DETERGENTE
Controle de pulgões, mosca branca, cochonilhas, trips.

Ingredientes e preparo da solução matriz:

 Detergente Neutro (transparente) = 500 ml


 Azeite de girassol = 500 ml (pode ser usado e filtrado)
 Misturar bem os dois para formar a solução matriz, e
guardar bem fechado. Forma uma solução leitosa.

Modo de usar:

 Colocar 10 a 20ml da solução matriz para cada 1 litro de calda


= 100 a 200ml para 100L de água.
 Pulverizar semanalmente, com jato bem fino, até resolver o
problema.
 Dar sempre preferência para uso de pulverizador a bateria
(mais pressão e jato mais fino) e bico tipo “cone cheio”. Esta
recomendação de pulverizador e bico serve para todos os demais
produtos desta cartilha.

Ver vídeo: https://www.facebook.com/watch/?v=1175589325841996

Anotações:

18
SOLUÇÃO CONCENTRADA DE SULFATO DE COBRE E CAL PARA
FABRICAR CALDA BORDALESA

Ingredientes: 2 bombonas de 5 litros


1 balde de 7 litros
1 kg de Sulfato de Cobre
0,5 kg de Cal Hidratado ou Virgem em pó, puro e o mais fino possível.

Concentrado de Cal: colocar 0,5 kg de Cal em 4 litros de água limpa em um balde,


dissolvendo aos poucos. Misturar bem até que todo o pó fique dissolvido. Colocar tudo na
bombona de 5 litros, completar com água até o volume de 5 litros. Guardar bem fechado,
protegido do sol e calor. Na hora de usar coar para não entupir bicos de pulverizadores.

Concentrado de Sulfato de Cobre: colocar 1 kg de Sulfato de Cobre em 4 litros de água


limpa em um balde e misturar bem até desmanchar todos os cristais. Colocar a solução em
uma bombona de 5 litros e completar o volume de 5 litros com água limpa. Guardar bem
fechado, protegido do sol e calor.

Modo de preparar 10L da CALDA BORDALESA a partir das soluções concentradas:

1) Completar o recipiente onde vai formular a calda com 80% de água limpa (8 litros).
2) Coloca Açúcar Cristal na seuguite proporção = 50g/10L para plantas em
florescimento e 100g/10L para plantas que não estão florescendo.
3) Verificar na tabela abaixo qual a concetração desejada da Calda Bordalesa a ser
formulada.
4) IMPORTANTE: sempre colocar primeiro na água o Concetrado de Cal (leite de cal),
na quantidade definida na tabela abaixo para a concetração de calda desejada.
MISTURAR bem o cal com a água.
5) Colocar lentamente e misturando sempre o Concentrado de Sulfato de Cobre.

Concentração Volume de solução


Volume de solução Volume de Água a
desejada para concentrada de
concentrada de Cal adicional
aplicação Sulfato de Cobre
0,25 % 125 ml 125 ml 9,75 litros
0,50 % 250 ml 250 ml 9,50 litros
0,75 % 375 ml 375 ml 9,25 litros
1,0 % 500 ml 500 ml 9,00 litros
2,0 % 1 Litro 1 Litro 8,00 litros
10% (pasta bordalesa) 5 Litros 5 Litros 0,0

OBS: Pasta Bordalesa é utilizada para curar cicatrizes de podas, quando as plantas
estão em dormência.

19
Dosagens sugeridas:

0,25% = utilizar para aplicação em mudas novas de folhosas (alface, rúcula, radite, acelga,
espinafre, couve) e plantas da família das cucurbitáceas (abóboras, morangas, melões,
melancias, pepinos, abobrinha italiana, abobrinha de tronco), entre outras.

0,50% = utilizar no crescimento de várias hortaliças, inclusive TOMATEs e MORANGOS e no


controle de Cercospora em beterraba e acelga.

0,75 a 1,0% = aplicar em mudas e plantas adultas de frutíferas permitidas (citrus, uvas,
caquizeiros, figueiras, goiabeiras, oliveiras, noz-pecã, abacateiro, manga, maracujá...).
Mudas de hortaliças em desenvolvimento avançado, principalmente TOMATE,

PIMENTÃO, BERINGELA, BATATA.

2% = tratamentos de inverno em frutíferas que caem as folhas.

ONDE NÃO USAR: frutíferas da família das Rosáceas quando estão com folhas (pêssego,
ameixa, peras, maçãs).
Cuidados: A Calda Bordalesa “perde a força” com o tempo, por isso deve ser usada no dia
que foi preparada. Não aplicar em épocas muito frias, em temperatura igual ou abaixo de
9ºC, ou quando haja previsão de geada.

Mistura Possíveis:

1) A Calda Bordalesa pode ser misturada com biofertilizantes. Nesse caso, usamos
a mesma concentração de biofertilizante usado nas aplicações foliares.
Exemplo: o "Supermagro" em tomate pode ser usado a 2%; então, para 10 litros de calda
bordalesa pronta para uso, adicionamos 200 ml de "biofertilizante".

2) A Calda Bordalesa pode ser misturada com Água de Vidro. Neste caso, preparar
primeiro a Calda Bordalesa e depois adicionar a solução matriz da Água de Vidro.

3) A Calda Bordalesa pode ser misturada com a Calda Sulfocálcica, mantendo a


mesma concentração de uso de ambas. Adicionar sempre por último a Calda
Sulfocálcica.

Adaptado de: CLARO, Soel A. Referências tecnológicas para a agricultura familiar


ecológica: experiência da Região Centro-Serra do RS. Porto Alegre:EMATER/RS-
ASCAR, 2001.

MAIS SUGESTÕES DE DOSAGENS PARA DIFERENTES CULTIVOS NA PÁGINA 21!

20
SUGESTÕES DE CONCENTRAÇÕES DA CALDA BORDALESA PARA CONTROLE
DE DIFERENTES DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS:

Fonte: Preparo e utilização de caldas nutricionais e protetoras de plantas. Pelotas, Embrapa Clima
Temperado, 2007. Disponível em – http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/745636

21
SUGESTÕES DE USO DA CALDA SULFOCÁLCICA NA
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Cuidados de uso:

1) Nunca aplicar a Calda Sulfocálcica quando a temperatura ambiente for igual ou maior
que 27ºC, para evitar fitotoxidez. Aplicar preferencialmente no final da tarde.
2) Misturar açúcar cristal ao produto final, para aumentar a adesão junto as folhas das
plantas, até 1% de concentração (100g de açúcar em 10L de calda pronta). Quando as
plantas estiverem florescendo, usar açúcar na concentração máxima de 0,5% (50g/10L),
para não atrapalhar a polinização.
3) Pode ser misturada junto com produtos a base de cobre (bordalesa e outros) e aplicada
conjuntamente. Recomendado especialmente para o tomateiro, uva, morango e oliveiras.

 Aplicação de Calda Sulfocálcica para controle de doenças e alguns insetos-praga,


a partir de uma calda na concentração de 29º Baumé (ºB):
Dosagem de Uso da
Cultura Doenças & Insetos Época de Aplicação
Sulfocálcica e ºB
Até 830ml / 100L
Alho e Cebola Ferrugem/Ácaros Fase de crescimento.
(0,3ºB)
Até 10L / 100L
Caqui Várias Dormência no inverno.
(4ºB)
Feltro/ Rubelose/ Ácaro/ Até 830ml / 100L
Citrus Antes da brotação.
Larva Minadora/Pulgões (0,3ºB)
Até 830ml / 100L
Ervilha Ferrugem Fases de crescimento.
(0,3ºB)
Até 830ml / 100L
Fava Ferrugem Fases de crescimento.
(0,3ºB)
Até 830ml / 100L
Feijão Ferrugem Fases de crescimento.
(0,3ºB)
10L / 100L
Figo Várias Dormência no inverno.
(4ºB)
Vários fungos e 10L / 100L
Maçã Dormência no inverno.
cochonilhas. (4ºB)
1,4L / 100L Floração e crescimento
Maçã Sarna.
(0,5ºB) do fruto
Até 830ml / 100L Até o início da
Morango Micosferela/ácaros.
(0,3ºB) frutificação.
Vários fungos/ ácaros e 10L / 100L
Noz Pecã Dormência no inverno.
cochonilhas. (4ºB)
Sarna, Anctracnose, Até 1,4L / 100L
Noz Pecã Fases de crescimento.
Fumagina/ Pulgões. (0,5ºB)
Repilo, Fumagina, Até 1,4L / 100L Pré-floração, pós-
Oliveira
Antracnose/Cochonilhas (0,5ºB) floração, grão ervilha.
10L / 100L
Pêra Várias Dormência no inverno.
(4ºB)

22
Até 1,4L / 100L Floração e crescimento
Pêra Sarna/Grafolita.
(0,5ºB) do fruto.
Pêssego e Várias doenças e
10L / 100L (4ºB) Dormência no inverno
Ameixa cochonilhas.
Pêssego e Até 830ml / 100L Pré-floração, floraç. e
Podridão parda/Grafolita.
Ameixa (0,3ºB) crescimento do fruto.
Tomate e Vários fungos/ trips, Até 830ml / 100L Desde a muda até o
Pimentão pulgões, mosca-branca. (0,3ºB) início da frutificação.
10L / 100L
Uva Várias fungos/ Cochonilhas. Dormência no inverno.
(4ºB)
Antracnose, Oídio e 300 a 1500ml / 100L
Uva Período vegetativo.
Escoriose. Ñ aplicar em Bordô.

OBS:
- A calda sulfocálcica serve também como adubação foliar de Cálcio e Enxofre.

- Utilizar equipamento individual de proteção (EPI) para a aplicação da Calda Sulfocálcica,


particularmente óculos (proteção dos olhos), luvas e chapéu.
- Sempre que possível acrescentar algum tipo de biofertilizante na aplicação (supermagro,
urina de vaca, fermentados caseiros...).
- Na aplicação em videiras, as doses mais baixas são destinadas a variedades mais
sensíveis ao produto, como Níágaras e Concord. Isabel, Isabel precoce e híbridas toleram
doses mais altas (1%). Uvas viníferas, em condições ambientais muito favoráveis aos
fungos, se pode apliar até um máximo de 2%.

Fonte: Agroecologia Aplicada - práticas e métodos para uma Agricultura de Base


Ecológica. EMATER/RS, 2001 & conhecimentos práticos do revisor.

Anotações:

23
CULTIVO DE TOMATE AGROECOLÓGICO – Orientações Básicas
SUGESTÕES DE TRATAMENTOS FOLIARES FERTIPROTETORES PARA COMPLEMENTO
NUTRICIONAL E CONTROLE DE DOENÇAS & INSETOS-PRAGA
Dosagem =
Trat. Momento da Planta Produto para 10 L de calda
Após germinação e
1) Calda Sulfocálcica (0,5 a 0,8%)  50 a 80ml.
1 estágio de muda.
2) Biofertilizante (1 a 2%)  100 a 200 ml.
Intervalos semanais.
1) Calda Sulfocálcica (0,5 a 0,8%)  50 a 80 ml.
Transplante e 2) Cálcio foliar (0,25 a 0,5%)  20 a 30 ml de Ex:
2 crescimento.
3) Biofertilizante (2%) CalSuper/Agrichem.
Intervalos semanais.
 200ml.
Início do
florescimento. 1) Calda Bordalesa (0, 5%)  250 ml de sol. de Cal + 250ml de
Intervalos semanais. sol. de Sulfato de Cobre.
2) Calda Sulfocálcica (0,5%)  50 ml.
3
OBS: se houver algum 3) Cálcio (0,3%)  30 ml de CalSuper/Agrichem.
inseto (trips, pulgão, 4) Boro (0,05%)  2,5g de Ácido Bórico..
percevejos, cascudos, 5) Biofertilizante (2%)  200 ml.
mosca branca) – 6) Bacillus  10 ml + 200ml de leite crú (2%)
substituir o BTControl thuringiensis/BTControl + 50g açúcar.
por Azamax (30ml/20L).
Início da frutificação
até o final do ciclo de 1) Calda Bordalesa (0, 5%)  250 ml de sol. de Cal + 250ml de
produção (frutos a solução de Sulfato de Cobre.
partir da metade do 2) Cálcio (0,5%)  30ml de CalSuper/Agrichem.
tamanho final). 3) Boro (0,05%)  5g de Ácido Bórico.
Intervalos semanais. 4) Biofertilizante (2%)  200 ml.
4
5) Bacillus thuringiensis/ Ex.  10 ml + 200ml de leite crú (2%)
OBS: se houver algum BTControl + 50g açúcar.
inseto-praga (trips,
pulgão, percevejos, O item5 pode ser substituído por
cascudos, mosca ICB Fungi (B. bassiana +
branca) – substituir o Metharizium sp), na dosagem de
BTControl por Azamax 2,5ml/L.
(30ml/20L).

Observações importantes:
1) Os tratamentos acima são sugestões básicas para produção agroecológica de tomates.
Problemas ou desequilíbrios pontuais precisarão de outras ações, entendendo que a
principal medida preventiva contra doenças e insetos-praga é uma adubação equilibrada
em solo biologicamente ativo/vivo.
2) Todos os tratamentos devem ser feitos em horas frescas do dia.
3) Respeitar a ordem da numeração dos insumos de cada tratamento, na hora de misturar
os produtos no tanque de pulverização.
4) A Calda Sulfocálcica (29 Baumé) não deve ser usada quando a temperatura ambiente
estiver igual ou maior que 27C (há exceções). A Calda Sulfocálcica pode ser

24
aumentada até 1% (100ml/10L) caso haja problemas muito sérios com Oídios e podridões
(neste caso preferencialmente misturada com cobre, no mesmo tratamento). Ela serve para
prevenir a ocorrência de trips, vetor do vírus “vira-cabeça”, particularmente em anos secos,
principalmente na primeira fase de desenvolvimento vegetativo das plantas.
5) Em caso de ataques muito severos de Requeima ou Pinta Preta, a Calda Bordalesa
pode ser aumentada até 1%. Para tratamentos preventivos, a Calda Bordalesa pode ser
substituída por um dos seguintes cobres em pó, prontos para aplicação: óxido cuproso
(Cobre Atar) ou hidróxido de cobre (Kocide, Garra e outros), na dose comercial.
6) Em caso de ocorrência significativa de lagartas, aumentar a dosagem do Bacillus
thuringiensis/BTControl para 20 a 25 ml/10L de calda (2 a 2,5ml/L), mantendo o leite a 2%
(200ml/10L). Quando o cultivo for fora da estufa, agregar Açúcar Cristal na proporção de
0,5% (50g/10L).
7) A desbrota (ao menos semanalmente) é fundamental para arejar o microambien te das
folhas e frutos, reduzindo a umidade e melhorando a prevenção ao desenvolvimento de
fungos, além de melhorar a luminosidade que chega as folhas e a cobertura dos
tratamentos pulverizados. Preferencialmente deixar até 2 guias principais por planta.
Imediatamente após a desbrota, realizar a pulverização semanal de calda ertiprotetora.
8) A retirada e eliminação das folhas e frutos doentes ou atacados por insetos (enterrar ou
queimar) ajudam bastante para diminuir a proliferação de doenças e insetos-praga, ainda
que doenças e insetos-praga sejam sempre indicadores de desequilíbrios nutricionais das
plantas (nem sempre fácies de serem identificados).
9) Se houver problemas graves com um dos dois tipos de Oídios que ocorrem nos
tomateiros, durante a frutificação (em estufas), a Calda Sulfocálcica pode ser substituída
(em função do cheiro) por Leite Cru a 10% (1L/10L) ou Bicarbonato de Sódio (100g/10L),
ou ICB Bac (Bacillus amloliquefaciens + B. subtilis, a 1ml/L) podendo serem utilizados em
tratamentos intercalados, até 2 vezes por semana, em casos graves. O bicarbonato e o ICB
Bac mancham menos os frutos.
10) Em caso de problemas mais graves com insetos sugadores (pulgões, ácaros,
cochonilhas, percevejos, mosca branca), mastigadores (cascudos de diferentes tipos) e
raspadores (trips), aumentar a dosagem do Azamax para 20 ml/10L, até 25ml/10L (2 a 2,5
ml/L).
11) É possível que, no desenvolvimento vegetativo das plantas, seja necessário aplicar de
2 a 3 vezes adubação foliar com Magnésio, utilizando para isso sal amargo (sulfato de
magnésio) na concentração de 1% (100g/10L). O Sulfato de Magnésio pode ajudar a
potencializar o efeito de controle da Calda Bordalesa (e demais cobres), quando aplicado
junto e quando ocorrer uma intensidade grande de doenças fúngicas nas folhas (requeima,
pinta preta, septoriose, mancha-de-estenfílio e várias outras).
12) Duas a três adubações complementares após o início da frutificação (ao menos), com
fontes de nitrogênio e potássio são muito importante para viabilizar um aumento de
produção de frutas por planta, com o objetivo de alcançar um mínimo de 6 kg/planta em
variedade de frutos tipo paulista ou salada. Essas adubações podem ser feitas com Esterco
de Aves granulado ou peletizado a lanço, na proporção de 1,5 a 2 toneladas/ha, que
equivale de 150 a 200g/m². Como fonte de Potássio e Cálcio pode ser utilizada também a
cinza de madeira (não tratada), na proporção de 1,5 ton/ha, ou 150g/m². Se for esterco de
aves caseiro e puro, pode ser diminuído a quantidade para 1000kg/ha, ou 100g/m². A
utilização do Sulfato de Potássio como font de potássio também pode ser

25
importante, na proporção de 50 a 100kg/ha/aplicação, equivalente a 5 a 10g/m². Outra
alternativa é a utilização de fermentados para rega ou via fertirrigação, a base de esterco
bovino/ovino e de aves, como o Biofranbov. A adubação de cobertura deve ser feita no
início da frutificação e repetida 30 a 45 dias após a primeira aplicação, ou semanalmente,
de acordo com a fonte.
13) É importante que se mantenha no entorno da horta uma diversidade grande de
plantas nativas e/ou plantadas com flores. Ter flores no entorno o maior número de meses
do ano favorece a ocorrência e permanência na área de inimigos naturais (insetos
benéficos que comem ou parasitam os insetos-praga).

Anotações:

26
SUGESTÕES DE TRATAMENTOS BÁSICOS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE
DOENÇAS E MANEJO DE INSETOS-PRAGA EM MORANGUEIROS
DE BASE ECOLÓGICA

A prevenção e apoio ao controle de doenças e insetos-praga nas plantas


cultivadas começam por uma nutrição vegetal adequada em quantidade e
equilíbrio/proporção entre os nutrientes, associada a um solo não compactado e
biologicamente ativo, rico em matéria orgânica e consequentemente em
microrganismos benéficos, que ajudam as plantas a se alimentarem. Várias estratégias
de enriquecimento da microvida do solo podem ser realizadas, muitas inclusive de
forma “caseira”, para as quais ficamos a disposição para auxiliar (exemplo é o
Fermento Crioulo, pág. 7). A partir de uma planta bem nutrida, sempre será maisfácil
prevenir e controlar doenças e insetos-praga com produtos mais baratos ou mais
simples. Análises do solo, de folhas, substratos e apoio de um técnico podem ser muito
importantes. A seguir realizamos sugestões de prevenção e controle aos principais
problemas fitossanitários do morangueiro:

a) Tratamentos do plantio a até o início da floração:

- Quando possível, no momento do plantio, ao podar as raízes das mudas, mergulhar


elas em uma solução com o fungo Trichoderma, na proporção de 5ml do produto
comercial por litro de água. Este tratamento, além de estimular o crescimento de raízes,
previne doenças do sistema radicular e nematóides.

- Realizar tratamentos conjuntos com Calda Bordalesa a 0,5% (ou um cobre comercial)
e Calda Sulfocálcica de 0,8% (8ml/L) até 1% (10ml/L), sempre agregando 5g de açúcar
cristal por litro de calda. Este tratamento dará conta de prevenir váriasdoenças fúngicas
e insetos-praga. Outra alternativa é a utilização de produtos de controle biológico, por
exemplo, Bacillus amylopiquefacienes + B. Subtilis (ICB Bac para prevenção controle
de vários fungos = 1ml/L) e Methatrizium sp. + Bauveria bassiana (ICB Fungi, para
prevenção e controle de vários insetos-praga = 1 a 2,5ml/L)

 Frequência: a cada 15 dias ou mais frequente, caso haja sintomas de doenças.


- Biofertilizante: é desejável e recomendado utilizar um biofertilizante junto com as
caldas. Se for o Supermagro, utilizar na proporção de 2 a 3% (20 a 30ml/L). Há vários
outros biofertilizantes caseiros ou comerciais no mercado, que podem ser utilizados, na
proporção recomendada pelos fabricantes.

b) Tratamentos do início do pleno florescimento até o fim da produção:

 Biofertilizante Supermagro: aplicar a cada 7 a 15 dias biofertilizante na


concentração de 2 a 3% (20 a 30 ml/L). Podem ser utilizados outros
biofertilizantes.
 Tratamentos de “desespero” = quando houver um ataque muito severo e
descontrolado de doenças, fruto de nutrição e/ou manejos inadequados, utilizar algum
produto “erradicante”, que mata fungos, bactérias e vírus, e suas estruturas de
reprodução (esporos):

1) Dióxido de Cloro – 1,5ml/L – regular o pH da solução para que fique entre 5 e


27
6 (usar suco de limão ou vinagre) antes de colocar o produto na calda.
2) Ácido Peracético com Água Oxigenada – produto comercial Hydrofrut – 5ml/L.
3) Oxicloreto de Cálcio – 0,5 a 1g/L – regular o pH da solução para que fique
entre 5 e 6 (usarsuco de limão ou vinagre) para evitar fitotoxidez.

OBS: os produtos acima matam todas agentes de doenças (fungos, bactérias, vírus e
sua estruturas de reprodução) mas também matam os microrganismos benéficos que
vivem sobre as plantas, por isso é recomendado aplicar biofertilizantes ou outros
produtos de controle biológico logo após secar o tratamento com os erradicantes,
para manter as plantas mais protegidas.

Problemas com Insetos-praga: ver também quadros abaixo.

 Preparado de Cinamomo – 150g de folha fresca (ou 50g de folhas ou frutos


secos) em 1 litro de álcool por 24 horas. Pulverizar na concentração de 9 a 18% (90 a
180ml/10L de água). Ajuda no controle de vários insetos.

 Óleos de Nim: controlam a maioria dos insetos sugadores e mastigadores –


pulgões, ácaros,trips, percevejos (principalemente ninfas –
formas jovens), lagartas, cascudos.

1) Azamax (produto mais concentrado) = dosagem de 1 a 2,5 ml/L.


2) Outros óleos de Nim puros= 5 ml/L.

Observação Importante: óleo de nim mata abelhas, então não se recomenda seu uso
depois do início da floração. Se for muito necessário, utilizar no início da noite.

 Lagartas: utilizar controle biológico com Bacillus thuringiensis (ex.


BtControl/Simbiose ou outra marca) na proporção de 1 a 2,5 ml/L, misturando junto 20
ml/L de leite cru e 5 g/L de açúcar cristal. Aplicar sempre no final da tarde.

 Ácaros: são vários os tratamentos que podem ajudar no controle. Em clima seco,
molhar as plantas com jato d’água nas horas mais quentes do dia pode ser suficiente.
Em morangos com fertirrigação, se deve diminuir a concentração de nutrientes
colocados na solução nutritiva por um tempo (condutividade elétrica = CE abaixo de
1,2 mS/cm por uns dias). ICB Fungi, outros controles biológicos e Azamax tbém
funcionam, assim com o ácaros predadores.

Controle Biológico = utilizar produtos biológicos a base de Beauveria bassiana, fungo


que parasita vários insetos, inclusive ácaros. No mercado há diversos produtos
comerciais. Um que utilizamos, para prevenção e cura, é o ICB Additive Fungi (com os
fungos Beauveria bassiana e Metharizium anisoplia), que tem ação na prevençãoe
controle de vários insetos praga, na dosagem de 1 a 2,5ml/L de calda.
Calda Sulfocálcica – ajuda no controle de ácaros quando estão na coroa da planta.
Fazer um tratamento direcionado no centro da planta na concentração de 1% (10 ml/L).
Evitar molhar os frutos.

 Pulgões: inseticida de detergente neutro + óleo vegetal: controla pulgões e


vários outros insetos-praga, desde que a planta esteja alimentada de forma equilibrada,
principalmente sem excesso de nitrogênio. Como fazer:
28
- 500 ml de detergente neutro
- 500 ml de óleo vegetal
- Misturar os dois formando uma solução leitosa que a a Solução Matriz.
-
Dose: utilizar na concentração de 1 a 1,5% ou 10 a 15 ml da solução leitosa para cada 1L
de água.

ÉPOCA DE OCORRÊNCIA DOS PRINCIPAIS INSETOS-PRAGA:

Pulgões

Mosca

Fede-fede

MONITORAMENTO E CONTROLE DE INSETOS-PRAGA:

29
Fontes:

- Guia para a identificação e monitoramento de pragas e seus inimigos naturais em


morangueiro – Embrapa, 2015 - https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
/publicacao/1043321/guia-para-a- identificacao-e-monitoramento-de-pragas-e-seus-
inimigos-naturais-em-morangueiro

- Morangueiro – Embrapa, 2016 -


https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/179724/1/Luis-Eduardo-
MORANGUEIRO- miolo.pdf

- Guia de identificação de pragas do morangueiro – Embrapa, 2020 -


https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1124694/guia-para-identificacao-
de-pragas-do-morangueiro

MATERIAL DESTIANDO AOS AGRICULTORES FAMILIARES


DA FRONTEIRA.

Santana do Livramento, 17 dezembro de 2021.


DIA NACIONAL DO BIOMA PAMPA!

Equipe Técnica da EMATER/RS-ASCAR de Santana do Livramento, RS.


Resp. pelo material: Agr. Leonardo Alonso Guimarães
(55)999808276
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