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Olericultura
A Cultura da Moranga Híbrida

Nome Cultura da Moranga Híbrida

Produto Informação Tecnológica
Data Junho - 2001
Preço -
Linha Olericultura
Informações gerais sobre a produção de
Resenha
moranga híbrida
José Maria da Silva - Eng. Agr.
Autor(es)
Sérgio Pereira de Carvalho - Eng. Agr.

Olericultura
A Cultura da Moranga Híbrida

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Híbridos
Escolha do Local
Época de Plantio
Correção da Acidez do Solo
Preparação e Conservação do Solo
Espaçamento e Tamanho de Covas
Adubação
Plantio
Esquema de Plantio
Irrigação
Capinas
Capação
Polinização
Combate a Pragas e Doenças
Colheita
Armazenamento
Classificação
Embalagem
Produtividade

1 - Híbridos

Kobayashi, Tetsukabuto AG-90, Jabras, Kanda, Jakis, Suprema, Robusta,

Marntane e Takayama.

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2 - Escolha do Local

Preferir solos argilo-arenosos e profundos. Para plantio na época das

águas, escolher terrenos de encosta, de preferência com a face voltada
para o nascente.
Para plantio na época seca, preferir terrenos de baixadas, visando a
diminuição de gastos com as irrigações.

3 - Época de Plantio

Pode ser plantada durante todo o ano nas regiões quentes. Nas regiões
sujeitas a geadas, o plantio deve ficar limitado ao período de agosto a
fevereiro. Evitar o plantio por mais de duas vezes seguidas na mesma
área.

4 - Correção da Acidez do Solo

Coletar e enviar amostra de solo ao laboratório 3 a 4 meses antes do

plantio, para saber a quantidade de calcário a ser aplicada. Seguir a
instrução da EMATER–MG sobre "Amostras de Solo para Análise
Química". O pH ideal para a cultura varia de 5,5 a 6,5.
A deficiência de cálcio na planta já em fase de frutificação provoca queda
prematura de frutos e podridão estilar.
O calcário deve ser aplicado, pelo menos, 60 dias antes do plantio. Se for
calcário calcinado, a aplicação pode ser feita até 15 dias antes do plantio.

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5 - Preparação e Conservação do Solo

A aração deve ser profunda e bem-feita, 1 a 2 meses antes do plantio.

Fazer uma gradagem às vésperas do plantio. O terreno menos
destorroado diminui a superfície de contato do fruto com o solo, evitando
assim o aparecimento da mancha-de-encosto e calo d’água.
Em terrenos com declividade superior a 5%, há necessidade de se
adotarem práticas de conservação do solo.

6 - Espaçamento e Tamanho de Covas

As covas devem ser abertas no espaçamento de 3m x 2,5m (1.333

plantas/ha) ou 2,5m x 2,0m (2000 plantas/ha). As dimensões mais
adequadas para as covas são 40 por 40cm de boca e 30cm de
profundidade.

7 - Adubação

Recomenda-se fazer adubação de acordo com os resultados da análise

do solo. Na ausência desses resultados e tratando-se de terreno pouco
adubado, usar as seguintes adubações:

z Adubação de plantio
Aplicar 5kg de esterco de curral (curtido) por cova, mais 200g de
adubo fórmula (40-30-16), mais 100g Solomax, 3 a 5g de
Carbofuran.
Obs.: Quando não se faz a calagem com antecedência,
recomenda-se, no ato da adubação de plantio, aplicar 100g de
calcário dolomítico, por cova.
z Adubação de cobertura
Aos 25 dias após o transplantio, fazer a primeira adubação de
cobertura, aplicando 50g/cova de sulfato de amônio.
Após iniciada a floração, aplicar 50g/cova da fórmula 20-05-20, em
duas parcelas, a cada 15 dias.

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8 - Plantio

Pode ser feito de duas maneiras.

z Plantio direto
Consiste em se colocar 2 a 3 sementes diretamente na cova e
cobri-las com 2cm de terra.
z Plantio por mudas
As mudas são formadas em sacos pequenos ou copinhos de jornal
com altura de 10cm e diâmetro de 5cm.
Para confecção dos copinhos de jornal, aconselha-se usar, como
molde, uma lata vazia de cerveja. Para enchimento dos recipientes,
usar uma mistura preparada na proporção de 2 partes de terra e 1
parte de esterco bem curtido. Para cada 1.000 litros dessa mistura,
acrescentar 10kg de adubo, fórmula 04-14-8.
Antes de ser usada, a mistura deve ser desinfetada com brometo
de metila, para evitar o aparecimento de doenças e ervas daninhas
prejudiciais às mudas, na fase inicial do seu crescimento. Este
tratamento é feito sob cobertura de plástico, na dosagem de 150cc
por metro cúbico da mistura, pressionando a lata (embalagem)
sobre uma tábua com um prego, de modo a perfurá-la para escapar
o gás. Pôr a mistura sob o plástico por 72 horas e, após a retirada
do plástico, deixá-la descansar por mais 72 horas.
Encher os copinhos deixando 2 centímetros para completá-los.
Semear 1 semente por copinho ou saco de plástico, cobrindo a
seguir com 1 centímetro de terra.
Para evitar o aparecimento da doença denominada "tombamento",
recomenda-se regar o canteiro, logo depois da semeadura, com
uma solução contendo 40g de PCNB 750 ou de quintozene, para
cada 20 litros de água.
As mudas podem ser produzidas em bandejas de isopor (192
células), cuja células são enchidas com substrato próprio.
Somente quando a muda tiver 2 a 3 folhas definitivas é que deve
ser levada para as covas abertas no local do plantio.

O plantio por mudas é mais vantajoso, pelos seguintes motivos:

z No plantio por semeio direto, muitas sementes poderão não

germinar por falta de chuva ou irrigação insuficiente. No semeio em
copinhos ou sacos de plástico, a germinação fica garantida pelas
irrigações que são feitas com maior facilidade.
z O plantio por mudas possibilita a seleção de plantas, reduz o custo
da irrigação e permite um controle mais eficiente de pragas e
doenças, na fase inicial da cultura.

9 - Esquema de Plantio

O plantio deve ser feito intercalando-se uma cova de polinizadora com 5

ou 6 covas de moranga híbrida ou 1 fileira de polinizadora com 5 ou 6
fileiras de moranga híbrida.
No plantio direto, a moranga-coroa deverá ser plantada 15 dias antes da
moranga híbrida, o mesmo acontecendo com a abóbora comum. Se a
intercalação for feita com abobrinha-italiana, deverá ser plantada 15 dias

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depois da moranga híbrida.

No plantio por mudas, o transplante poderá ser feito no mesmo dia, desde
que o semeio da moranga-coroa tenha sido feito 15 dias antes da
moranga híbrida ou no caso da abobrinha-italiana, se esta foi semeada 15
dias depois da moranga híbrida.

10 - Irrigação

Irrigar logo depois do plantio, se não houver ocorrência de chuva. Manter

as covas bem irrigadas até os 30 a 50 primeiros dias de vida da planta.
Atingindo maior desenvolvimento, a folhagem cobre o terreno, ficando
mais fácil manter a umidade do solo.

11 - Capinas

Fazer quantas forem necessárias, para manter a cultura no limpo.

12 - Capação

É uma operação que se recomenda fazer logo após a emissão da terceira

folha, o que, normalmente, se dá aos 30 a 40 dias depois da semeadura.
Consiste em eliminar a guia da planta para forçar o aparecimento de
ramas laterais.

13 - Polinização

É uma planta cujas flores masculinas aparecem em número muito

reduzido e não produzem pólen. Por isso, é preciso que se intercale ao
plantio da moranga híbrida outra espécie de abóbora ou moranga, que

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fornecerá o pólen necessário à frutificação.

Como plantas polinizadoras, podem ser usadas a moranga-coroa, a
abóbora menina-brasileira, a abobrinha-italiana e a moranga comum.
A polinização ocorre de 3 maneiras:

z Natural
Quando é feita por insetos que transportam o pólen das flores
masculinas da polinizadora para flor feminina da moranga híbrida.
A abelha é o inseto que mais contribui para a polinização e tem o
seu horário de trabalho mais intenso na parte da manhã.
z Artificial
Quando o cruzamento entre as flores das plantas é feito pela mão
do homem. Arranca-se a flor masculina e aberta da polinizadora e
encosta a parte masculina na parte feminina da flor da moranga
híbrida.
Esta operação deve ser feita somente pela manhã, até às 9 horas,
quando as flores encontram-se recém-abertas. Cada flor masculina
pode ser utilizada na polinização de até 7 flores femininas. A
polinização artificial pode aumentar em até 50% a produtividade da
lavoura, principalmente nos lugares onde há pouca ocorrência de
insetos.
z Com hormônios
Embora determinados hormônios vegetais, encontrados em alguns
produtos químicos, tenham reconhecida eficiência na polinização
da moranga híbrida, não podem ser recomendados, pois, de acordo
com a nova legislação sobre agrotóxicos, esses produtos químicos
não têm registro e nem são cadastrados para uso nessa cultura.

14 - Combate a Pragas e Doenças

Para combater ou prevenir o ataque de pragas e doenças, usar somente

produtos registrados para a cultura, obedecendo-se ao período de
carência, às dosagens e aos cuidados na aplicação. Siga a instrução da
EMATER–MG sobre " AGROTÓXICOS - como usar corretamente e com
segurança". Procure orientação de um técnico.
O plantio sucessivo de plantas da mesma família, como: o pepino, o
maxixe, o melão, a melancia e as abóboras, aumenta a incidência de
doenças e pragas.

15 - Colheita

Realizada aproximadamente aos 90 dias depois do plantio, quando os

talos dos frutos apresentam-se amarelecidos, indicando que as morangas
estão maduras. Corta-se então o talo com auxílio de tesoura de poda ou
serrote, deixando-o com aproximadamente 2 a 3 centímetros de
comprimento.

16 - Armazenamento

Quando os preços estão baixos, os frutos podem ser armazenados em

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galpões ventilados e adequados por um período de 1 a 2 meses, desde

que as morangas tenham sido colhidas em época seca.

17 - Classificação

Para conseguir melhores preços, recomenda-se classificar os frutos

separando-os em duas classes:

z de primeira - frutos com peso superior a 1 quilo e meio;

z de segunda - frutos com peso inferior a 1 quilo e meio.

18 - Embalagem

A moranga híbrida é embalada em sacos telados, com capacidade para

25 quilos.

19 - Produtividade

A produtividade média é de 12.000kg/ha.

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