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CULTIVO DE MILHO

1. INTRODUÇÃO
CEREAL: são as sementes ou grãos comestíveis das gramíneas, tais como: trigo, arroz,
centeio, aveia e milho.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE SEMENTE E GRÃO? A qualidade da semente é medida por seu
estado fisiológico, ao passo que a qualidade do grão é aferida por sua aparência e pelas propriedades
físico-químicas que caracterizam sua aptidão para consumo de mesa ou transformação industrial.
Desse modo, as sementes tem qualidade superior aos grãos para que os agricultores a utilizem para
o plantio.
MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS DE GRÃOS DE MILHO: EUA, China, Brasil, México e
Argentina.
As principais utilizações do milho no mundo são as atividades de criação de aves e suínos.
A China é o país que mais produz e consome carne suína. O segundo lugar é ocupado pelos
Estados Unidos.
Com relação à produção de carne de frango, os Estados Unidos, com aproximadamente 16
milhões de toneladas são o maior produtor mundial, seguidos pela China e pelo Brasil.
O milho é cultivado em praticamente todo o território brasileiro, sendo que 90% da produção
concentraram-se nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
MAIORES PRODUTORES NACIONAIS DE GRÃOS DE MILHO: MT, PR, MG, RS, SP. No Nordeste, a
Bahia lidera em volume de produção (37% da safra regional) e Sergipe em produtividade (4,2 t/ha).
AS UTILIDADES DO MILHO SÃO: “in natura” (Milho verde) e industrial (ração, alimentos: fubá,
amido de milho etc).

2. TAXONOMIA
FAMÍLIA: POACEAE (GRAMINAE), GÊNERO: ZEA E ESPÉCIE: Zea mays L.

3. CLIMA
Necessita de boa intensidade luminosa. Temperatura ideal para desenvolvimento está entre
22 e 30oC. Necessidade de precipitação está entre 350 e 5000 mm. O período de maior demanda de
água é na fase de floração e maturação.

4. SOLOS
Textura média, boa drenagem, boa retenção de água e nutrientes , profundos (mais de 1m),
plano a suavemente ondulado.

5. VARIEDADES
RENDIMENTO DA LAVOURA: Boa semente, condições edafoclimáticas e manejo da lavoura.
SEMENTES HÍBRIDAS OU DE VARIEDADES: Os híbridos são utilizados em cultivos com alta
tecnologia e as variedades em cultivos de menor tecnologia.
ESCOLHA DA VARIEDADE OU HÍBRIDO: adaptação, aceitação de mercado, produtividade,
resistência a doenças e nível de tecnologia utilizado no manejo da lavoura.
CICLO DAS VARIEDADES OU HÍBRIDOS: precoces: menor que 110 dias; entre 110 e 145 dias,
semi-precoce; maior que 145 dias são tardias.

6. MANEJO DE SOLOS
Pode ser convencional e sistema de plantio direto (SPD).
O preparo inicial do solo tem por objetivo básico fornecer condições ótimas para a germinação,
a emergência e o estabelecimento das plântulas. Pode ser dividido em dois: preparo primário e
secundário.
O preparo primário consiste na operação mais grosseira, realizada com arados ou grades
pesadas, que visa afrouxar o solo, sendo também utilizado para incorporar corretivos, fertilizantes e
restos vegetais. O preparo secundário consiste na operação de destorroamento e de nivelamento da
camada arada por meio de gradagens.
COMPACTAÇÃO: é consequência negativa do manejo inadequado do solo. Causa redução da
porosidade, dificulta a circulação da água e nutrientes e contribui para erosão.
SISTEMA PLANTIO DIRETO (SPD): Técnica conservacionista. Não tem as etapas convencionais
de aração e gradagem. Tem os seguintes fundamentos: eliminação ou redução das operações de
preparo do solo; uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas e formação e manutenção de
cobertura morta.
REQUESITOS PARA IMPLANTAÇÃO DO PLANTIO DIRETO (SPD): Solos com boa drenagem,
eliminação da compactação antes da implantação, nivelar área, correção da acidez e fertilidade do
solo, cobertura do solo, não realizar queima, uso do picador e do distribuidor de palhas nas
colheitadeiras.
FUNÇÕES DA PALHADA NO PLANTIO DIRETO: Diminuir erosão, aumenta matéria orgânica,
melhora as características físicas do solo, mantém umidade, reduz evaporação e controla ervas
daninhas.

7. CALAGEM E ADUBAÇÃO
Realizar análise de solo. CALAGEM: diminuir Al do solo e aumentar Ca e Mg.

EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DO MILHO

8. PLANTIO
ÉPOCA DE PLANTIO: Período chuvoso em condições de sequeiro. Maior flexibilidade
nos casos irrigados. PROFUNDIDADE: 3 a 5 cm (solos pesados) e 5 a 7 cm (solos leves).
DENSIDADE DE PLANTIO: 40000 a 80000 plantas por hectare. ESPAÇAMENTO ENTRE
FILEIRAS: 45 cm (reduzido) e 80 a 90 cm (convencional). ESPAÇAMENTO ENTRE PLANTAS: 20
cm é um dos utilizados. MANUAL: pequeno produtor. MECANIZADO: médio a grande
produtor.

9. IRRIGAÇÃO
SISTEMAS MAIS UTILIZADOS: pivô, aspersão e superfície.

10. CAPINA
MANUAL: enxada em pequenas áreas. MECÂNICA: uso de cultivadores com tração
animal ou tratorizada. QUÍMICA: uso de herbicidas. MÉTODO CULTURAL: plantio mais denso,
rotação de cultura, variedades competitivas e cobertura morta.

11. DOENÇAS
12. PRAGAS

13. COLHEITA
MANUAL: pequenas áreas. MECANIZADA: grandes áreas. Nesse caso observar a
disponibilidade de secagem, o risco de deterioração no armazenamento e o preço do milho.

14. PÓS COLHEITA


LIMPEZA: É a remoção de impurezas, de restos culturais e de grãos trincados ou
quebrados. Deve ser realizada previamente ao armazenamento. SECAGEM: Diminuição da
umidade dos grãos. Reduz a deterioração por insetos e patógenos. ARMAZENAMENTO: No
caso de grãos, a granel (em silos ou não) ou em sacos. No caso, de espigas, em paiol ou sacos.
CULTIVO DO SORGO
1. INTRODUÇÃO
Planta de origem africana. É considerado um cereal.
O grão de sorgo pode ser utilizado para preparo de farinha para alimentação humana.
Produção de grãos e da palhada servem para forragem em substituição ao milho.
É cultivado em condições adversas de clima e solo.
O grão de sorgo pode substituir parcialmente o milho nas rações para aves e suínos e
totalmente para ruminantes.
Quando apresentam tanino no grão (sorgo taninoso), seu consumo pelos
monogástricos não é recomendado. Para ruminantes, não há problemas.

2. TAXONOMIA
FAMÍLIA: Poaceae (mesma do milho e cana de açúcar). NOME CIENTÍFICO: Sorghum
bicolor. OBS: Existe o sorgo Sudão (Sorghum sudanense).

3. CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS
Temperatura de cultivo situa-se entre 16 e 38oC. Precipitação: 380 a 600mm. Responde
a níveis elevados de radiação solar. Tem preferência por solos ricos em matéria orgânica, pH
entre 5,5 e 6,5, topografia plana e sem excesso de umidade.

4. ADUBAÇÃO E NUTRIÇÃO
Os principais nutrientes extraídos pelo sorgo são o nitrogênio, o potássio e o fósforo.

5. CULTIVARES
Na escolha do híbrido, principalmente para o plantio em sucessão, devem ser
observadas as seguintes características: A) tolerância a períodos de déficit hídrico
principalmente em pós-florescimento; B) resistência ao acamamento e ao quebramento; C)
ciclo precoce a médio; D) resistência às doenças predominantes na região de plantio.
TIPOS DE SORGO
Granífero: grão é o principal produto. A palhada pode ser usada para feno ou pastejo.
Sorgo Forrageiro: tem maior porte que o granífero. Pouca produção de grãos.
Adaptado ao sertão pernambucano.
Sorgo sacarino: sorgo forrageiro utilizado para produção de etanol.
Sorgo vassoura: apresenta a panícula na forma de vassoura. É cultivado no RS.

6. PLANTIO
a) Manual: 0,2 x 0,8 m, 3 sementes por cova; B) Mecanizado: 20 sementes/m. Gastam-se 8 a
10 kg/ha de sementes; C) De um modo geral, recomenda-se semear sorgo entre 3 a 5 cm de
profundidade, e o fertilizante depositado a mais ou menos 8 a 10 cm de profundidade.

7. PLANTAS DANINHAS
MÉTODO PREVENTIVO: A introdução de novas espécies geralmente ocorre através de
sementes contaminadas, máquinas agrícolas e animais.
MÉTODO CULTURAL: maior densidade de semeadura; época adequada de plantio;
variedades adaptadas às regiões de cultivo; coberturas mortas; adubações adequadas.
MÉTODO MANUAL: é um método amplamente utilizado em pequenas propriedades:
utiliza de duas a três capinas com enxada durante os primeiros 40 a 50 dias da lavoura.
MÉTODO MECÂNICO: cultivadores (tracionados por animal ou trator) ainda são
equipamentos utilizados no controle de plantas daninhas na cultura do sorgo.
MÉTODO QUÍMICO: é necessário conhecer a seletividade do herbicida para a cultura, a
sua eficiência no controle das principais espécies daninhas presentes na área cultivada e o
efeito residual no solo para evitar problemas de fitotoxicidade.

8. DOENÇAS
Dentre as doenças que afetam a cultura do sorgo no Brasil, podem ser citadas como mais
importantes as seguintes: antracnose; míldio e ferrugem.

9. PRAGAS
Dentre as pragas que afetam a cultura do sorgo no Brasil, podem ser citadas a Lagarta-
elasmo e formiga roçadeira.

10. COLHEITA
O ponto ideal para colheita depende do tipo e da finalidade de uso da cultivar de sorgo.
Para a colheita de grãos o ponto ideal está entre 17 e 14 % de umidade com secagem
artificial.
Sem recursos para secagem artificial, a colheita é feita quando a umidade cair para 12 a
13 %.
Para corte verde o ponto ideal é quando a planta atinge a idade de 50 a 55 dias pós-
semeadura.
Para pastejo e fenação o ponto ideal está entre 0,80 a 1,00 de altura, ou a idade de 30 a
40 dias pós-semeadura.
Produção: 10 a 15 t/ha de matéria seca. Consumo de 6 a 8 animais adultos em 5 meses.

11. PÓS COLHEITA


LIMPEZA: Etapa em que se remove as impurezas, tais como terra, restos de plantas e de
insetos.
SECAGEM: Natural: terreiros; Artificial: secadores comerciais e acoplados a silos.
Mista.
ARMAZENAMENTO: Sacos ou Silos metálicos.

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