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Dentre os cereais mais cultivados e consumidos no mundo, o arroz merece destaque por
diversos aspectos: constitui alimento básico para mais de três bilhões de pessoas; ocupa
o segundo lugar em produção e extensão de área cultivada, tendo, em 2019, uma
produção de 755,5 milhões de toneladas de grãos em casca, o que corresponde a 28,5%
do total de grãos usados na alimentação humana; é o segundo cereal mais cultivado no
mundo, superado apenas pelo milho, e seguido pelo trigo; desempenha papel
estratégico, tanto em nível econômico quanto social, para os povos das nações mais
populosas do mundo; ao contrário de outros cereais, o arroz é consumido quase que
exclusivamente por humanos; é um alimento em que o grão sai do campo e é consumido
praticamente sem processo de industrialização.
Armazenamento da cultura de arroz
A armazenagem a granel é mais adequada para grandes quantidades. Num silo metálico
ou num graneleiro (Figura 2), grãos relativamente pequenos, como os de arroz, exibem
comportamento diferente do de outras espécies de cereais de grãos maiores,
principalmente por apresentarem maior tendência à compactação e oferecerem maior
resistência à passagem do ar durante a aeração. Problemas decorrentes dessa
característica são contornados por meio de intrassilagem parcial ou total da carga do silo
e/ou de transilagens periódicas durante o armazenamento, a cada período de 60 ou, no
máximo, 90 dias. Para o armazenamento seguro, recomenda-se que o produto seja
guardado com teor de umidade dos grãos ao redor de 13%.
Todo ano, mas de um terço da produção de arroz é perdido por conta de pragas e
doenças. É importante conhecer os inimigos da sua plantação e planejar uma forma
ambientalmente consciente de lidar com isso. Você pode consultar um profissional local
licenciado para o controle apropriado das pragas e doenças do arroz. As pragas e
doenças mais comuns do arroz estão listadas abaixo.
Pragas
Insetos que atacam os grãos; Oebalus pugnax, conhecido como percevejo de arroz,
atacam plantas imaturas e se alimentam dos seus grãos.
Doenças
Ferrugem bacteriana; essa doença é causada pelo Xanthomonas oryzae. Ela ocorre tanto
em climas tropicais quanto temperados, com altos níveis de umidade. Ela é a principal
responsável pelo amarelamento das folhas.
Raia de folha bacteriana; essa doença também é causada pelo Xanthomonas oryzae. Ela
pode ser encontrada em plantas pouco saudáveis e machucadas em áreas com altos
níveis de umidade. Ela é a principal responsável pela secagem e escurecimento das
folhas.
Colheita
O ciclo biológico do arroz (dias desde a plântula até a colheita) vai de 95 dias
(variedades muito precoces) até 250 dias (variedades muito atrasadas). Variedades de
maturação médica podem ser coletadas em cerca de 120-150 dias após a semeadura.
Podemos notar que os grãos estão prontos para serem colhidos quando eles começam a
ter uma coloração amarela e ficam duros.
É muito importante colher as plantas de arroz na hora certa para maximizar a qualidade
e rendimento do grão. Se colhermos muito cedo, os grãos coletados serão imaturos e,
como resultado, eles terão uma baixa recuperação na moagem e se quebrarão
facilmente. Por outro lado, quando as plantas são colhidas tarde, o grão pode cair da
panícula e levar a grandes perdas. Como regra geral, a colheita deve começar apenas
quando os grãos amadurecerem em uma porcentagem de 80-85% ou se tiverem uma
coloração amarelo dourada.
Manejo Pós-Colheita
Após a colheita, as sementes de arroz podem ser armazenadas normalmente em silos e
serem secados artificialmente para que a umidade da semente possa ser reduzida para
13-14%.
Secagem Tradicional
Por causa do seu custo baixo, quase zero, a secagem tradicional é a preferida e é feita
em vários países. Podemos secar o grão de arroz ao expô-lo à luz solar. Funcionários
podem espalhar os grãos em tapetes ou calçadas até secarem.
Secagem Mecânica
Esse método consiste em remover a água dos grãos com ar quente. Isso pode ser feito
com diferentes tipos de secagem.
O rendimento médio do arroz (sementes) por hectare é 3-6 toneladas. Em alguns países
como a Austrália e o Egito, o rendimento pode aumentar para incríveis 10-12 toneladas
(ou mais) por hectare. (1 ton = 1000kg = 2000lbs e 1 hectare = 2,47 acres = 10.000
metros quadrados). É claro que tais rendimentos podem ser alcançados por fazendeiros
experientes após muitos anos de prática.
Além do papel econômico, o arroz também é um dos mais importantes grãos em termos
sociais. É o alimento de maior importância em muitos países em desenvolvimento,
principalmente na Ásia e Oceania, onde vivem 70% da população total dos países em
desenvolvimento e cerca de dois terços da população subnutrida mundial.
Aproximadamente 90% de todo o arroz do mundo é cultivado e consumido na Ásia.
A soja é uma oleaginosa, pertencente à família Fabaceae, que abrange também plantas
como o feijão, a lentilha e a ervilha. A cultura desse grão é uma das mais importantes
para a economia mundial, devido às suas várias possibilidades de aplicação. Na
indústria alimentícia, por exemplo, ela é usada como matéria-prima na produção de
massas, chocolates, óleos, margarinas e maioneses, além de diversos outros alimentos.
Mas por que a sua utilização é tão extensa e versátil? Os principais motivos para isso
são o elevado teor de óleo e também proteínas. Sem contar que, enquanto matéria-
prima, ela tem um padrão, podendo ser produzida e negociada por diversas nações,
apresentando alta liquidez e demanda.
História e expansão
Foi então que, em XVII, eles descobriram e levaram a planta da China para o continente
europeu. Durante quase dois séculos, a soja permaneceu apenas como uma curiosidade
botânica, ficando exposta nos jardins da corte.
A sua chegada à América se deu por volta dos anos de 1890. Nos Estados Unidos, a
princípio, ela foi cultivada como forrageira, sendo utilizada na alimentação animal.
No Brasil, a primeira notificação que se tem sobre a soja é de 1882, na Bahia, mas só
em 1891 que novas cultivares foram introduzidas, visto que as primeiras não se
adaptaram bem. Posteriormente, já nas décadas de 1940 e 1950, o cultivo se expandiu
para o Paraguai, México e Argentina.
Importância da soja
Colheita
Quando a soja é colhida com teor de umidade por volta de 13% e 15%, há uma redução
em problemas mecânicos e de perdas. Vale lembrar que é importante que a manutenção
da colheitadeira esteja em dia, uma vez que, caso isso não aconteça, a produtividade
também poderá ser prejudicada.
Muitos insetos podem ser encontrados na lavoura de soja. Entre os que podem causar
danos à cultura, veja, a seguir, os principais:
Corós
Os corós que ocorrem em lavouras de soja incluem várias espécies e podem variar de
acordo com as regiões do país. A presença de corós na lavoura geralmente só é notada
quando começam a aparecer reboleiras de plantas com sintomas, distribuídas
irregularmente na lavoura.
Embora possam ocorrer durante todas as fases de desenvolvimento da soja, os corós são
particularmente nocivos logo após a emergência das plantas. A praga causa danos no
sistema radicular da soja, o que pode levar ao enfraquecimento, tombamento e à morte
da planta.
Inicialmente, as lagartas raspam pequenas áreas das folhas, perfurando-as. Quando estão
maiores, elas se alimentam da superfície foliar, inclusive das nervuras, o que pode fazer
com que as folhas sejam completamente consumidas.
O dano causado pela lagarta-da-soja é constituído pela redução da área foliar. À medida
que aumenta o desfolhamento, os buracos unem-se e, nos casos mais severos, há perda
total da folha, inclusive das nervuras e do pecíolo.
A mosca-branca é um inseto sugador que pode atingir mais de 500 espécies de plantas.
Ela tem cerca de 1 mm e a cor branca se deve à cera presente nas suas asas. Elas causam
danos porque retiram nutrientes das plantas, além de transmitirem doenças.
Fungos e bactérias podem atingir a cultura da soja e causar doenças. Confira, a seguir,
algumas das principais doenças que podem acometer as lavouras.
Para o manejo da doença, é ideal respeitar o período de vazio sanitário, adequar a época
de semeadura da soja, além de realizar a rotação de fungicidas. A escolha dos fungicidas
deve priorizar o programa de manejo e levar em conta a utilização de produtos com
diferentes princípios ativos.
O clima é um importante fator para o desenvolvimento das lesões nas camadas foliares
da cultura da soja e a infecção é favorecida pela alta umidade. A evolução da doença
pode levar ao desfolhamento precoce da planta e cultivares suscetíveis podem sofrer
perdas de até 50% de produtividade.
A antracnose é outra das principais doenças que afetam a formação das vagens da planta
da soja, sendo um grande problema nas áreas agrícolas do cerrado, devido às altas
temperaturas e elevada precipitação. É considerada uma doença de final de ciclo da soja
e, caso o ano seja chuvoso, a doença pode acarretar na perda total da produção.
Entre os principais sintomas, pode causar morte de plântulas e manchas negras nas
nervuras das folhas, hastes e vagens. Pode haver queda total das vagens ou deterioração
das sementes.
O mofo branco é uma doença que tem a capacidade de infectar qualquer parte da planta.
A soja tem uma fase mais vulnerável a essa doença, que vai do estágio de floração até a
formação das vagens. O clima com alta umidade e as temperaturas amenas favorecem o
surgimento do fungo. Outro ponto que vale destacar é que uma vez que a doença surge
na área, ela é de difícil erradicação.
Mudanças climáticas
O clima é um dos fatores mais importantes para a agricultura. Como é algo impossível
de ser controlado, prever suas condições é a melhor forma do agricultor estar preparado
para agir.
Estações meteorológicas instaladas nas próprias lavouras de soja são capazes de reunir
dados de previsões climáticas num raio menor, aumentando o nível de acuracidade.
Com sensores de chuva e temperatura, elas têm se tornado uma ferramenta essencial
para tomada de decisão.
Antes de iniciar o plantio, é necessário que o solo seja adubado. A adubação começa
com a análise do solo, segue com a correção da acidez e termina com a aplicação
correta do fertilizante. Portanto, para saber se um solo tem os nutrientes necessários em
qualidade e quantidade, deve-se primeiramente fazer sua análise.
3. Semeadura da soja
A fase de semeadura deve ser seguida de alguns cuidados. O primeiro deles é com
relação à temperatura do solo, que deve variar entre 20ºC e 30ºC, sendo 25ºC a média
ideal. Também é preciso ter atenção às chuvas, pois elas impactam especialmente na
definição da melhor época para o início do plantio.
O armazenamento dos grãos de soja ocorre basicamente em três etapas que são a
limpeza, a secagem e o armazenamento. A primeira etapa pode ser eliminada se durante
a colheita o processo de limpeza for eficiente.
A secagem é uma fase que caracteriza-se como o processo de remoção de água dos
grãos até os níveis que permitam o armazenamento. O teor de umidade é o principal
fator que governa as qualidades do produto armazenado, sendo de grande importância
também do ponto de vista comercial, pois ela pode alterar substancialmente o peso do
produto. Neste sentido, é importante compreender que a maturação fisiológica da soja
ocorre quando o grão está com umidade entre 45% e 50%, mas a colheita só é realizada
quando a umidade atinge entre 14% e 20%. Para armazenar por um período de até um
ano, recomenda-se a secagem até atingirem 11% de umidade. Mas, caso o
armazenamento seja maior que um ano, essa umidade deverá chegar entre 9% e 10%, a
depender da temperatura ambiente e da umidade relativa do ar.
Com isso, pode-se observar que o teor de água, a umidade relativa do ar e a temperatura
devem estar em equilíbrio para manter a qualidade do armazenamento dos grãos. Por
fim, é importante salientar que, durante o armazenamento, não se pode melhorar a
qualidade dos grãos, pois se colhidos e secos inadequadamente permanecerão com baixa
qualidade, sendo que o armazenamento não tem influência sobre esse aspecto.
APROSOJA BRASIL. A SOJA. Associação Brasileira dos Produtores de Soja.
Disponível em: < https://aprosojabrasil.com.br/a-soja/ >, acesso em: 08/07/2021.