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Instituto Superior Politécnico de Manica

Divisão da Agricultura
Bloco de produção de culturas II
Curso de Engenharia Agricola
1˚ Ano
Tema:cultivo do arroz.
Tema:cultivo de arroz (Oryza Sativa)

Discentes: Docentes:
Discentes:
Joao Baptista Manuel Sibanda Docentes:
Eng José pires(Msc)
Joao Eduardo
Gildo Baptista Manuel Sibanda Eng.Cremildo francisco (Msc)
Jonas
GildoAntonio Lewane
Eduardo
Eng Jose Pires (Msc)
Esta Elias
Jonas Eng.Crimildo Francisco (Msc)
Pontece Antonio Lewane
Carlos vasco Charunda
Esta Elias
Pontece Carlos vasco Charunda
Introdução
No presente trabalho poderá abordar s cerca do arroz onde iremos
falar do sistema do cultivo do arroz, características da produção
do arroz,, e condições agro-climáticas favoráveis para o
crescimento de arroz, e também os tipos de sementeira para o
cultivo de arroz e principais tipos de maneios no cultivo da
cultura. Dentro deste conteúdo também bem que e sabido que a
cultura de arroz é da origem asiática assim seja, é uma cultura
que necessita de muita humidade através do seu sistema
radicular.
O arroz (Oriza sativa)
O arroz (constituído por sete espécies, Oriza barthii, Oryza
glaberrima, Oryza latifolia, Oriza longistaminata, Oryza
punctata, Oriza rufipogon e Oryza sativa) é uma planta da
família das gramíneas que alimenta mais da metade da população
humana do mundo. É a terceira maior cultura cerealífera do
mundo, apenas ultrapassada pelas de milho e trigo. É rico em
hidratos de carbono. Silveira, G.M.(1989, 257p).
Classificação morfologica de arroz
Raiz
Por serem monocotiledóneas tem a raiz fasciculada, abrangendo
bastante área ao seu redor.
Folhas
As folhas das gramíneas são alternas dísticas, alongadas,
paralelinérvias, invaginantes, com bainha fendida. Por serem
sésseis não possuem pecíolo (o que liga a folha ao caule) excepto
o bambu que possui um pseudo pecíolo. Há duas pequenas
expansões na base da lâmina foliar denominada aurículas.
Cont.
Caule
Possui caules de secção circular, em sua maioria o colmo de 80 a 120cm de altura,
exceto o bambu que possui o caule lignificado, em seus entrenós são encontrados
meristemas intercalados que os protegem do fogo e de herbivorias, já que nesses
meristas são constituídos de gemas que fazem a planta crescer novamente.

Flores

Apresenta um perigônio formado por 3 verticilos de 2 peças que se reúnem em 1º grau para


formar a inflorescência denominada “espigueta". Esta espigueta pode ser formada por 1 a 50
flores, onde algumas podem não ser funcionais.
Cont.

•Frutos

Na sua grande maioria, os frutos das gramíneas são cariópses,


que são frutos secos, indeiscentes (que não abrem) e possuem em
sua maioria a semente presa ao pericarpo (endocarpo, mesocarpo
e epicarpo) do fruto.
Sistemas de cultivo do arroz
Sistemas de cultivo do arroz

Existem três sistemas principais de cultivo do arroz :

 Arroz da planície irrigado;


 Arroz de sequeiro das baixas;
 Arroz de sequeiro da zona alta.

Um quarto sistema de produção, arroz dos mangais pantanosos, não é


descrito nesta obra por representar apenas 6% da área de produção do arroz.
Características principais dos três sistemas de produção
  Arroz de sequeiro da Arroz de sequeiro da Arroz da planície,
zona alta planície/zona baixa, Irrigado

% estimada da área global sob 10 30 60


cultivo do arroz no mundo
% estimada da produção total 5 20 75
de arroz no mundo
% da área total 40 46 45
% da produção Zonas altas, desde Zonas pantanosas, Planícies de inundação,
total de arroz em os vales com pouco áreas planas nos fundos dos vales e em campos em
África declive até encostas que concentram terraços onde exista água suficiente e infra-
com declives naturalmente muita estruturas de controlo da água que
acentuados. água. permitam a rega.
Culturas e 1 cultura por ano 1-2 culturas por ano. 1-2 culturas por ano.
rendimentos Rendimentos mais Uma cultura de arroz Obtém-se rendimentos
anuais baixos e mais variáveis e outras culturas mais altos.
que os obtidos em diversas.
arroz da planície/zona Rendimentos mais
baixa. baixos do que os do
arroz irrigado.
Cont.
Principais Risco elevado de Competição por parte Baixos riscos de perda
factores que seca. Agricultura de subsistência: das plantas infestantes da cultura dão mais
afectam o baixo e o risco de seca confiança do agricultor
rendimento nível de uso de reduzem o rendimento. na compra e uso de
insumos agrícolas insumos agrícolas.
Principais Não se faz a lavoura de solo Solos lavrados após o início das chuvas. Lavourado solo
práticas de alagado nem se rega, o solo não é Marachas são feitas alagado. Técnicas de transplante
Maneio submerso para conter a água mas ou sementeira directa.
Intencionalmente. sem uso de qualquer Gestão dos níveis
Sementeira “a lanço” ou em linha método de maneio da água ao longo do
em solo seco antes ou durante o activo da água. período de crescimento
período de chuvas. Transplantação de da cultura.
plântulas ou sementeira Monda mecânica de
directa em solo seco plantas infestantes.
ou lavrados sob
alagamento (puddling)
Condições para o crescimento do arroz
Tipos de solo
O arroz pode crescer principalmente nos solos com boa
capacidade de retenção da água são os mais indicados e, portanto,
os solos argilosos com valores elevados de matéria orgânica são
os ideais. Todavia, solos com elevado teor em limo são também
adequados. Solos arenosos não são os melhores para a produção
do arroz .(MILLER et al., 1992).
Cont.

O pH do solo: O arroz desenvolve-se melhor em solos com Ph


entre 6 e 7, ou seja, solos de pH quase neutro, nem muito ácidos
nem muito alcalinos. Contudo, o arroz da zona baixa pode ser
cultivado em solos com valores de pH entre 4 e 8.
 
Condições climáticas

A filhamento é o aparecimento de novos rebentos a partir da base


do caule da planta do arroz. O arroz precisa de um clima quente
e húmido e com muita luminosidade.

Pluviosidade: Em média, são necessários 200 mm de chuva por


mês para o arroz da planície/zona baixa e 100 mm de chuva por
mês para o arroz da zona alta.
Cont.

Temperatura: Se as temperaturas forem muito elevadas (acima dos


35°C) as flores não formam sementes. Se as temperaturas forem muito
baixas (abaixo de 15°C) o crescimento é lento e as plantas deixam de
florir. O intervalo óptimo de temperatura varia entre 20°C e 30°C
apesar do arroz tolerar temperaturas diurnas de até 40°C.
A temperatura óptima para a floração é de 22 a 23°C e para a
formação de grão é de 20 a 21°C.
Cont.

Luminosidade: O arroz desenvolve-se melhor em dias de


elevada intensidade luminosa, especialmente nos últimos 45 dias
até à colheita, em que pelo menos 6 horas de luz diária são
necessárias.
Preparação do terreno
Os Método de preparação do viveiro são :
Lavoura;
Gradagem;
Destruir torrões e remover capim antes de humedecer;
Pôr água e continuar com nivelamento final cuidadosamente;
Devem ser feitas valetas entre as camas, e as camas devem ser
planas e niveladas.
Cont.

Os objectivos a atingir pela preparação do terreno para o cultivo


arroz incluem o controlo das infestantes, criação de uma boa cama
para as plantas do arroz se desenvolverem, obtenção de uma boa
estrutura do solo e incorporação dos resíduos das culturas no solo.
A preparação do solo também varia dependendo se o arroz é inicialmente
produzido num viveiro e depois transplantado ou se é directamente semeado
no campo de cultivo.
Sementeira de arroz

A semente do arroz pode ser aplicada ao solo directamente como grão


seco ou como semente pré-germinada ou, de forma alternativa, a
germinação das plantas poderá ocorrer num viveiro sendo depois
transplantadas para o campo.
Sementeira directa: Esta prática é sempre utilizada no caso do arroz da
zona alta mas também pode ser utilizada no arroz da zona baixa. No arroz da
zona alta, a sementeira do grão seco pode ser feita “a lanço” ou através da sementeira
em linha. No caso da sementeira em linha, as sementes podem ser colocadas em
covacho ou em sulcos.
Contagem das sementes
A contagem das sementes germinadas deve ser efectuada ao
quinto dia. Para calcular a taxa de germinação utiliza-se a
seguinte formula:

 
Espaçamento de plantação ideal para diferentes tipos
de variedades e estações do ano.
Variedade Estação Estação Estação húmida: solo Estação
seca: solo seca: solo fértil húmida: solo
fértil pobre pobre

Alta, folhosa, 30 x 30 cm 25 x 25 cm 35 x 35 cm 30 x 30 cm
grande afilhamento,
susceptível à
acama.

Curtas, resistentes à 20 x 20 cm 20 x 15 ou 20 x 20 cm 20 x 15 ou
acama. 20 x 10 cm 20 x 10 cm
Maneio de água no viveiro

a) Logo após a sementeira até 7 dias: dê água todas as manhãs, até


aproximadamente 1-2 cm de altura a partir da superfície do viveiro
b) 7-14 dias: Dê água em cada 2-3 dias usando o mesmo método
descrito a cima.
c) Depois de 15 dias- Período de transplantação: Dê água cada 4-5
dias, e dê água suficiente 1 ou 2 dias antes do arranque das plantas
para transplantação.
.Fertilizantes do arroz

O nitrogénio quando ela é aplicada na cultura a mais entrada naturais que


pode ser a água, fixação biológica.
A aplicação de forma nitrato de potássio tanto de amónio também origina
a lixiviação destes nutrientes.
Fósforo
O fósforo e, solo alagados aumenta a biodisponibilidade de
fósforo .também pode se aplicar fosfatos naturais.
O potássio deve ser aplicado com cloretos de potássio .
Colheita de arroz
Os agricultores precisam de reconhecer o momento ideal de
colheita: o arroz está pronto a colher quando 80% da panícula
está dura e apresenta cor acastanhada. O arroz está pronto para a
colheita cerca de 4 semanas após a floração.
Cont
Colheita manual colheita mecanizada
Armazenamento do arroz

•O grão de arroz é muito vulnerável a pestes incluindo insectos


(tais como o escaravelho cor-de-ferrugem da farinha, Tribolium
castaneum), roedores, aves e também fungos.
Os armazéns de grão de arroz deverão ter um piso anti-húmidade e paredes
e telhados impermeabilizados. É preferível ter a possibilidade de vedar o
armazém de forma a se poder efectuar fumigações no caso de necessidade.
Maneio de resídos de arroz

Segundo PERES, J.R.R, . (1994, 83 p.) as palha do arroz e o restolho


contém cerca de 40% de nitrogénio (N), 33% de fósforo (P), 85% de
potássio (K), 44% de enxofre (S) e 85% de sílica (Si) absorvidos pela planta.
A incorporação da palha no solo devolve portanto uma grande parte dos
nutrientes retirados pela cultura. A palha deve ser espalhada uniformemente
pelo solo de forma a evitar “focos” de concentração de nutrientes.
Cont.

No caso de se combinar a utilização de fertilizantes químicos


com a incorporação da palha no solo, as reservas de N, P e K
serão mantidas ou mesmo aumentadas, o mesmo acontece com os
micronutrientes, tais como o Zn, que serão também devolvidos ao
solo.
Cont.
Transporte de palha do arroz para fins de -
Um monte de palha pronto a ser queimado alimentação animal
Obrigado pela atenção dispensada..

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