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Perguntas e Respostas: Banana

Solo: escolha, preparo, manejo e conservação


Variedades
Adubação
Irrigação e Fertirrigação
Manejo
Colheita e Pós-Colheita
Valor Nutritivo

SOLO: ESCOLHA, PREPARO, MANEJO E CONSERVAÇÃO

1. Quais as terras mais indicadas para o cultivo da bananeira?

As terras ideais para o cultivo da bananeira são as aluviais profundas, ricas em matéria
orgânica, bem drenadas e com boa capacidade de retenção de água. Mas a bananeira é
cultivada e se adapta a diferentes tipos de terras, devendo-se preferir aquelas planas ou
com declividades abaixo de 8%, onde são menores os riscos de erosão. É importante
que as terras sejam profundas, com mais de um metro sem qualquer impedimento; terras
com profundidade inferior a 25 centímetros são consideradas inadequadas para a cultura
pois, em terras rasas, é pequena a quantidade de raízes que cresce em profundidade,
fazendo com que as plantas fiquem sujeitas a tombamento. A granulometria do solo
deve ser média a pouco argilosa, não devendo ser muito arenosa, que geralmente
apresenta baixa quantidade de nutrientes e baixa capacidade de retenção de água,
aumentando os custos de produção pela necessidade de adubações mais freqüentes e de
práticas visando melhorar o suprimento de água; também não deve ser muito argilosa,
pela maior dificuldade de preparo para o plantio, pelos riscos de encharcamento e pelo
maior impedimento ao crescimento das raízes. Áreas pouco drenadas e sujeitas a
encharcamentos devem ser evitadas, pois as raízes da bananeira apodrecem rapidamente
e morrem após mais de três dias de excesso de umidade no solo. Para economizar a
aplicação de calcário e de adubos, deve-se preferir as terras cuja análise química revele
a riqueza em nutrientes para a bananeira.

2. Como deve ser feito o preparo das terras para o plantio da bananeira?

O preparo adequado do solo é importante para o bom desenvolvimento das raízes da


bananeira, o que facilita a absorção de água e nutrientes e melhora a produção.

Em áreas manualmente trabalhadas, inicialmente faz-se a limpeza das mesmas,


executando-se a derrubada ou roçagem do mato, destoca, encoivaramento e queima das
coivaras. A destoca pode ser feita gradativamente ano a ano, após o plantio. O preparo
do solo resume-se ao coveamento manual. Este sistema tradicional tem como vantagem
preservar o solo e manter a matéria orgânica distribuída uniformemente no mesmo.

Em áreas mecanizadas, a limpeza da área pode ser feita por máquinas, evitando-se
remover a camada superficial do solo, rica em matéria orgânica. Em seguida faz-se a
aração a uma profundidade mínima de 20 centímetros, seguida da gradagem e
coveamento ou sulcamento para plantio. Áreas que vêm sendo cultivadas com pastagens
ou que apresentam subsolos compactados ou endurecidos devem ser subsoladas a 50-70
centímetros de profundidade, para melhorar a infiltração de água, facilitar o
aprofundamento das raízes e controlar as plantas daninhas, como também incorporar o
calcário aplicado na superfície do terreno. Vale lembrar que o solo deve ser revolvido o
mínimo possível, devendo ser preparado nem muito úmido e nem muito seco, com
umidade suficiente para não levantar poeira e nem aderir aos implementos; além disso,
deve-se usar máquinas e implementos o menos pesados possíveis e acompanhar as
curvas de nível do terreno.

3. Que cuidados devem ser adotados para evitar a erosão e o desgaste das terras
cultivadas com bananeira?

A bananeira normalmente é cultivada em áreas com declives acentuados, exigindo a


adoção de cuidados especiais para a conservação do solo, principalmente no primeiro
ciclo da cultura, quando o solo permanece descoberto durante grande parte do ano,
devendo-se evitar que a água da chuva escorra com velocidade, provocando a erosão e o
empobrecimento do solo. Nesse caso, é necessário adotar práticas como reduzir o uso de
máquinas para evitar a aceleração do processo de erosão, plantar em curvas de nível,
usar cordões em contorno, terraços ou banquetas, usar renques de vegetação, alternância
de capinas e a cobertura do solo (morta ou viva); esta última prática é a que,
isoladamente, mais responde pelo controle da erosão, além de reduzir a evaporação da
água do solo, de amenizar a temperatura do solo e de incorporar grande quantidade de
nutrientes.

A utilização dos resíduos da bananeira para formação da cobertura morta do solo, na


própria cultura, representa grande aplicação de matéria orgânica, pois aproximadamente
dois terços da parte vegetativa da bananeira são devolvidos ao solo, nas desfolhas
normais e pelos pseudocaules e folhas cortadas no momento da colheita do cacho. A
produção de matéria seca chega a atingir 10 a 15 t/ha/ano. O ideal seria espalhar este
material sobre toda a área do bananal, formando uma cobertura com aproximadamente
cinco centímetros de espessura. Mas, como esse material decompõe-se muito
rapidamente, o volume de resíduos normalmente produzido no bananal é insuficiente
para uma cobertura contínua de toda a área. Uma alternativa encontrada foi reduzir a
área coberta. Em bananais plantados em fileiras simples, pode-se alternar uma
entrelinha coberta com resíduos com outra descoberta e assim por diante. No caso de
bananeiras plantadas em fileiras duplas, pode-se depositar os resíduos apenas no
espaçamento largo. Em áreas irrigadas pode-se alternar as entrelinhas irrigadas com
entrelinhas utilizando cobertura morta.

Uma outra maneira de cobrir o solo e incorporar resíduos vegetais é cultivar plantas
melhoradoras do solo (feijão-de-porco, crotalárias, leucena e outras) nas entrelinhas do
bananal, semeadas no início do período das águas e ceifadas ao final deste, deixando-se
os resíduos na superfície do solo, como cobertura morta, isto em condições de sequeiro.
Em áreas irrigadas o plantio de tais culturas pode ser feito em qualquer época do ano, e
a ceifa deve ser feita no início da floração ou mesmo no início da produção de vagens,
neste caso por estar o material vegetal mais lenhoso e, conseqüentemente, mais
resistente à decomposição, permanecendo por mais tempo cobrindo o solo.

VARIEDADES

4. Qual a melhor variedade de banana a ser plantada?


A escolha de uma variedade ou cultivar deve levar em consideração alguns aspectos
importantes como:

1- preferência do mercado consumidor;


2- maior produtividade;
3- tolerância as principais pragas e/ou doenças;
4- tolerância à seca;
5- tolerância ao frio;
6- porte; e
7- disponibilidade de material propagativo.

5. Quais as principais características dos subgrupos Cavendish, Gros Michel,


Prata, Terra e Figo?

O subgrupo Cavendish agrega um conjunto de cultivares que são muito sensíveis às


mutações e apresentam frutos delgados, longos, encurvados e muito doces após o
completo amadurecimento. Uma das variações mais importantes no subgrupo
Cavendish relaciona-se com o porte, responsável pela classificação das variedades em
cinco classes. O subgrupo Gros Michel caracteriza-se por apresentar cultivares com
bainhas internas verdes ou rosadas e frutos cujos atributos são, após o amadurecimento,
a cor amarela e brilhante, o agradável sabor, a polpa consistente e a extremidade em
forma de gargalo de garrafa. No subgrupo Prata, as características principais das
variedades são o porte alto, o cacho de cor verde amarela e brilhante e os frutos
pequenos com seção transversal em forma de pentágono, casca de espessura média e cor
amarela após o amadurecimento e polpa creme a rósea pálida. O subgrupo Terra
apresenta variedades com pseudocaule verde claro a arroxeado com pequenas manchas
marrons escuras próximas à roseta foliar, pecíolos com margens vermelhas, frutos
grandes que são consumidos fritos ou cozidos em virtude do teor de amido, porte alto,
médio ou baixo e rizoma que tende a elevar-se à superfície do solo, reduzindo a fixação
das plantas, que podem tombar. As cultivares do subgrupo Figo apresentam
pseudocaule praticamente sem manchas com a base do pecíolo fechada e pigmentação
brilhante na face interna da bráctea masculina.

6. Quais as principais diferenças entre as variedades dos subgrupos Gros Michel e


Cavendish? E entre as cultivares Pacovan e Prata Comum?

As variedades do subgrupo Gros Michel demonstram uma alta susceptibilidade ao mal-


do-Panamá e apresentam as bainhas internas do pseudocaule com matiz rosada, ao
passo que as variedades do subgrupo Cavendish demonstram resistência ao mal-do-
Panamá e apresentam as bainhas internas do pseudocaule com uma intensa cor
vermelha.

A ‘Pacovan’ é mais vigorosa e um pouco mais alta que a ‘Prata Comum’ e apresenta
frutos aproximadamente 40% maiores, o que lhe confere uma maior produtividade, e
com quinas persistentes mesmo após o amadurecimento.

7. Quais as principais diferenças entre a bananeira da Terra e a bananeira


D’Angola? E as principais características das cultivares do subgrupo Figo?
Enquanto a bananeira da Terra apresenta porte alto (4 a 5 metros) e geralmente requer o
uso de escoras no cultivo, a bananeira D’Angola possui porte menor (cerca de 3 metros)
e dispensa a prática do escoramento, permitindo assim a redução dos custos de
produção. A bananeira D’Angola apresenta ainda frutos mais consistentes (polpa mais
firme) que os frutos da bananeira da Terra, no entanto seu potencial de produtividade é
inferior àquele da bananeira da Terra. A bananeira da Terra é também mais vigorosa,
possuindo pseudocaule com diâmetro maior, e apresenta mais pencas (9 a 12) e mais
frutos (86 a 132), enquanto a bananeira D’Angola não é tão vigorosa, possuindo
pseudocaule com diâmetro menor, e apresenta menor número de pencas (6 a 8) e de
frutos (26 a 32). A bananeira D’Angola é, contudo, mais precoce que a bananeira da
Terra, possibilitando a colheita do cacho em um intervalo de tempo menor.

As cultivares do subgrupo Figo diferem entre si basicamente pela coloração da polpa do


fruto e pelo porte. A cultivar ‘Figo Cinza’ apresenta porte que varia de 3,5 a 4 metros,
engaço longo (50 a 60 centímetros), 6 a 8 pencas e frutos de no máximo 20 centímetros,
com quinas salientes e polpa doce, macia, saborosa e creme pálida após o
amadurecimento, consumidos cozidos ou fritos. É uma cultivar muito resistente à seca,
à Sigatoka amarela e à Sigatoka negra, mas susceptível ao mal-do-Panamá e à broca. A
cultivar ‘Figo Vermelho’ é muito semelhante à cultivar ‘Figo Cinza’, apresentando no
entanto frutos sem a presença de cera na casca e com polpa cuja coloração tende para o
vermelho, fato que se constata também nos pecíolos. A cultivar ‘Figo Anão’ apresenta
frutos idênticos aos frutos da cultivar ‘Figo Cinza’, mas possui porte inferior a 2 metros
e também folhas menores, porém brilhantes. Devido ao porte baixo, pode proporcionar
uma maior produtividade, além de simplificar o manejo.

ADUBAÇÃO

8. Quanto de adubo deve ser colocado nas bananeiras?

A bananeira é uma planta muito exigente em nutrientes, principalmente potássio (K) e


nitrogênio (N). No entanto, para se saber exatamente quanto de adubo deve ser
colocado, o primeiro passo é amostrar o solo para análise química. Este resultado
fornecerá a quantidade de nutrientes e/ou elementos tóxicos presentes no solo. Assim,
por meio de tabelas de adubação, constantes nos manuais de cada Estado, é possível
fazer a recomendação dos adubos.

A quantidade de nitrogênio varia de 100 a 400 kg de N/ha, dependendo da


produtividade esperada. A primeira aplicação deve ser feita em cobertura, em torno de
30 a 45 dias após o plantio. Deve ser parcelado no mínimo em três a quatro aplicações,
pois o nitrogênio é facilmente perdido no solo. As fontes nitrogenadas mais utilizadas
são a uréia (450 g de N/kg) e o sulfato de amônio (200 g de N/kg e 230 g de S/kg).

A quantidade recomendada de fósforo varia de 0 a 160 kg de P2O5/ha, dependendo do


teor do nutriente no solo e da produtividade esperada. Quando indicado, deve ser
aplicado no plantio, misturado à terra de enchimento da cova. Se necessário, repetir
anualmente, em cobertura, após nova análise química do solo. As fontes mais utilizadas
de adubo fosfatado são: superfosfato simples (180 g de P2O5, 110 g de S e 190 g de
Ca/kg) e o superfosfato triplo (410 g de P2O5/kg).
A quantidade de potássio varia de 0 a 750 kg de K2O/ha, dependendo dos teores do
nutriente encontrados no solo e da produtividade esperada. A primeira aplicação deve
ser feita em cobertura, no 3o ou 4o mês após o plantio. Caso o teor de K no solo seja
inferior a 59 mg/dm3, iniciar a aplicação aos 30 dias, juntamente com a primeira
aplicação de N. Pode ser aplicado sob as formas de cloreto de potássio (600 g de
K2O/kg), sulfato de potássio (500 g de K2O e 160 g de S/kg). Solos com teores de K
acima de 234 mg/dm3 dispensam a adubação potássica.

9. A calagem é importante na cultura da bananeira?

Sim. A calagem tem a função de neutralizar elementos tóxicos, como alumínio e


excesso de manganês, elevar o pH do solo e contribuir para o aumento da
disponibilidade de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), enxofre (S) e molibdênio
(Mo). Além disso, fornece cálcio (Ca) e magnésio (Mg) para as plantas, eleva a
saturação por bases, equilibra a relação K:Ca:Mg (0,3:2:1 e 0,5:3:1), bem como melhora
a atividade microbiana do solo.

A aplicação de calcário, quando recomendada pela análise química do solo, deve ser a
primeira prática a ser realizada, com antecedência mínima de 30 dias do plantio. O
calcário deve ser aplicado a lanço em toda a área, após a aração e incorporado por meio
da gradagem. Caso não seja possível o uso de máquina, a incorporação pode ser
efetuada na época da primeira capina. Recomenda-se o uso do calcário dolomítico, que
contém Ca e Mg, evitando assim o desequilíbrio entre K e Mg e, conseqüentemente, o
surgimento do "azul da bananeira" (deficiência de Mg induzida pelo excesso de K).

10. O amarelecimento das folhas da bananeira pode ser devido à falta de


nutrientes?

O potássio (K) é o nutriente mais absorvido pela bananeira, correspondendo a


aproximadamente 41% do total de nutrientes da planta; além disso, 54% são exportados
pelos frutos. A deficiência deste nutriente é muito comum no campo e se caracteriza,
inicialmente, pelo amarelecimento rápido das folhas mais velhas. Como é um nutriente
móvel na planta, os primeiros sintomas aparecem nas folhas mais velhas.

No entanto, outros problemas podem levar ao amarelecimento das folhas. Assim, uma
observação da planta como um todo deve ser realizada, e também do sistema radicular,
para verificar se este está em bom estado. Além disso, recomenda-se uma análise
química do solo e das folhas, para confirmar a deficiência ou não.

11. Como é feita a amostragem das folhas da bananeira para análise química?

As folhas são os órgãos da planta que estão em maior atividade química, e por isto são
amostradas para análises. A folha amostrada deve ser uma folha madura, ou seja, nem
nova nem velha demais. Segundo a norma internacional, recomenda-se amostrar a
terceira folha a contar do ápice , com a inflorescência no estádio de todas as pencas
femininas descobertas (sem brácteas) e não mais de três pencas de flores masculinas.
Coleta-se 10 a 25 cm da parte interna mediana do limbo, eliminando-se a nervura
central. O estádio de desenvolvimento é importante para que se possa comparar os
resultados com aqueles das tabelas com os teores padrões de referência.
Contudo, se o problema ocorrer em outro estádio de desenvolvimento, colete uma
amostra também de uma planta sem o problema, para ser utilizada como padrão de
referência.

Sugere-se proceder a análise foliar anualmente, para se fazer ajustes no programa de


adubação e, principalmente, avaliar a necessidade de aplicação de micronutrientes.

IRRIGAÇÃ

12. A banana responde de maneira diferente aos métodos de irrigação existentes?

Se os métodos de irrigação existentes (superfície, aspersão, localizada) fornecerem a


quantidade de água que a cultura precisa, não é de se esperar respostas diferentes pela
bananeira. Entretanto, fatores como a área de solo molhada pelos emissores, no caso da
irrigação localizada, pode afetar a resposta pela redução do volume de solo explorado
pelo sistema radicular. Também a umidade do dossel, como no caso da aspersão, pode
favorecer doenças fúngicas e afetar a resposta da cultura.

13. Os resultados das necessidades hídricas da bananeira de uma região úmida


podem ser extrapolados para condições menos úmidas e semi-áridas?

Não. Eles podem até servir de ponto de partida, mas a evaporação do solo e a própria
transpiração da bananeira em condições mais secas e semi-áridas são mais intensas.
Tem-se achado coeficientes de cultura máximo para a bananeira próximo de 0,85 em
condições de Tabuleiros Costeiros do Recôncavo Baiano, contra 1,25 em condições
mais secas.

14. Quais as quantidades de água que a bananeira precisa para desenvolver e


produzir quantidades ótimas de frutos?

Pode-se estimar para dias ensolarados e de baixa umidade relativa do ar que a planta
consome 30 litros/dia; 20 litros/dia em dia semi-cobertos e 15 litros em dia
completamente nublado. Deve-se, também, levar em conta a fase de crescimento da
planta, isto é, na fase de floração e frutificação tais valores podem ser maiores.

MANEJO E TRATOS CULTURAIS

15. Quais as exigências da bananeira quanto as condições climáticas? O Brasil


apresenta condições favoráveis ao cultivo da bananeira?

A bananeira é uma planta tipicamente tropical, portanto, necessita de calor constante,


precipitação bem definida, luminosidade e elevada umidade relativa. Sim, o Brasil
apresenta condições para a exploração comercial da bananeira em quase toda a sua área
territorial, destacando-se as regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste, grande parte do
Sudeste e alguns microclimas na região Sul.

16. Qual o tipo de muda recomendada para se implantar um bananal? Por que?

Apesar de convencionalmente se utilizar vários tipos de mudas, dos quais o chifrão é o


mais adequado, é interessante que elas sejam oriundas de viveiros estabelecidos
exclusivamente com a finalidade de produção de material propagativo de boa qualidade.
No caso da inexistência de viveiros, as mudas devem ser obtidas de bananal com plantas
bem vigorosas e em ótimas condições fitossanitárias. Mais recentemente, a
micropropagação ou propagação em laboratório tem permitido a obtenção de mudas que
alternativamente podem ser utilizadas para a implantação de novos bananais, já que
apresentam as seguintes vantagens:

Possuem uma qualidade fitossanitária superior, devido a ausência de pragas e doenças, o


que permite reduzir a agressão ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores rurais, em
função da reduzida utilização de pesticidas. Inclusive, esta diminuição no emprego de
pesticidas implicará na redução dos custos de produção.

Permitem maior uniformidade dos tratos culturais, resultante da padronização das


mudas o que possibilita concentrar os períodos de colheita em épocas de preços mais
favoráveis.

Resultam num ritmo de crescimento uniforme dos parâmetros de desenvolvimento e


apresentam períodos de florescimento e colheita relativamente breves em comparação
com as mudas convencionais.

São mais produtivas que as mudas de propagação convencional, resultado de um


rigoroso processo de seleção e clonagem das plantas matrizes que apresentaram maiores
produtividades. As mudas produzidas por micropropagação têm uma produção pelo
menos 30% superior às mudas convencionais.

Resultam em maior longevidade do bananal, que passa a ter uma vida média de 10 anos,
contra os 5 anos normalmente alcançados, quando se utilizam mudas de propagação
convencional. Essa longevidade é decorrente da sanidade da muda micropropagada, que
desde os primeiros estágios de desenvolvimento, no solo, consegue usufruir de todos os
demais insumos empregados no sistema produtivo de bananas de qualidade.

17. O que são tratos culturais?

São ações conjuntas, estabelecidas durante a condução do cultivo que visam


proporcionar melhorias no manejo e na exploração racional da cultura.

18. Quais os principais tratos culturais?

Os tratos culturais, em seu conjunto, constituem ações de grande importância para a


cultura e, devem ser realizados sempre que possível em ações conjuntas, visando maior
eficiência na condução do bananal e redução dos custos operacionais, geralmente
acrescidos quando estas medidas são realizadas isoladamente. Os tratos mais
comumente empregados são: 1-capina; 2-controle cultural; 3-desbaste; 4-desfolha; 5-
eliminação da ráquis masculina (coração); 6-ensacamento do cacho; 7-escoramento e; 8-
corte do pseudocaule.

19. Qual a influência da variação da altitude na duração do ciclo biológico da


bananeira?
As variações na altitude provoca alterações no ciclo biológico da bananeira. Em regiões
tropicais com altitudes que variam de (0 à 300m) acima do nível do mar, o ciclo de
produção de bananeiras, principalmente do subgrupo Cavendish, variou de 8 a 10
meses. Comparações realizadas experimentalmente, evidenciaram um aumento de 30 a
45 dias no ciclo de produção, para cada 100 metros de acréscimo em altitude.

20. Como são transportados os cachos em cultivos tecnificados?

Os cachos são colhidos manualmente e colocados no solo forrado com palhas de banana
a beira dos carreadores. Em seguida são transportados através de cabos aéreos até o
galpão de embalagem onde serão despencados, lavados, selecionados e embalados,
rumo ao mercado consumidor.

21. Qual a melhor época para o plantio da banana?

Para o plantio de sequeiro, os períodos mais favoráveis, são geralmente aqueles que
coincidem com o final da época seca, com chuvas espaças, já que as necessidades
hídricas da bananeira são menores nos primeiros três meses após o plantio. Já os
plantios irrigados, podem ser realizados em qualquer época do ano.

22. Como escolher o melhor espaçamento para o plantio da bananeira?

O espaçamento a ser utilizado para o cultivo da bananeira deve considerar a combinação


de alguns fatores como:

1- porte da cultivar;
2- condições edafoclimáticas;
3- nível tecnológico do cultivo;
4- destino da produção.

Considerando esses fatores, os espaçamentos de plantio, no Brasil e no mundo, mais


comuns nos cultivos comerciais são: 2,0 x 2,0 m; 2,5 x 2,0 m; e 2,5 x 2,5 m, para as
cultivares de porte baixo a médio; 3,0 x 2,0 m; 3,0 x 2,5 m; para as cultivares de porte
semi-alto e 3,0 x 3,0 m; 3,0 x 4,0 m para as cultivares de porte alto.

23. Qual o critério mais prático para a colheita dos cachos da bananeira?

Para a colheita do cacho toma-se como base a emissão da inflorescência (coração). O


tempo da emissão da inflorescência à colheita depende da variedade, das condições de
clima e solo, podendo variar de 85 a 150 dias. Assim, para se obter homogeneidade na
maturação dos frutos colhidos, as plantas com inflorescência recém emitida podem ser
marcadas, por exemplo com fitas plásticas coloridas, e colhidas após um período em
dias pré-definido. Contudo, do ponto de vista prático, muitos agricultores fazem a
observação do ponto de colheita pelo desaparecimento das quinas dos frutos, por
exemplo, nas bananeiras Cavendish e tipo Maçã. Em bananeiras tipo Prata as quinas não
desaparecem totalmente.

24. O que fazer para evitar escoriações (arranhões) na casca da banana durante a
colheita?
Não deixar que o cacho tombe no chão; usar berço com almofada de espuma (transporte
manual); forrar a carroceria do caminhão, trator ou caçamba com almofadas de espuma
ou usar cabos aéreos que conduzem os cachos diretamente para a casa de embalagem.

FITOSSANIDADE - DOENÇAS

25. Quais são as principais viroses que ocorrem em bananais brasileiros?

São o mosaico do bananeira causado pelo vírus do mosaico do pepino (Cucumber


mosaic virus, CMV), e as estrias da bananeira provocada pelo vírus das estrias da
bananeira (Banana streak virus, BSV).

26. Quais são as medidas gerais para controle de viroses da bananeira?

Usar rizomas obtidos de plantas sadias para a formação de mudas. Estabelecer os


viveiros distantes de plantios de bananeira. Treinar pessoal para identificação e
erradicação das plantas com sintomas de viroses. Manter o pomar e o viveiro, assim
com a área em volta deles livre de plantas daninhas. Eliminar as plantações velhas de
bananeiras, assim como plantas isoladas. Utilizar variedades com resistência a viroses.

27. É possível curar uma planta infectada por viroses?

Sim. Fazendo-se cultura de tecidos com meristemas obtidos de plantas infectadas com
viroses é possível obter plantas sadias. Manter as plantas infectadas em temperaturas
elevadas durante algumas semanas também permite a produção de plantas sadias. Mas
todas as plantas obtidas precisam ser testadas para verificar se o tratamento foi eficiente
para eliminar as viroses presentes.

28. Quando e onde a Sigatoka-negra foi constatada pela primeira vez no Brasil?

A Sigatoka-negra foi constatada pela primeira vez no Brasil em fevereiro de 1998, nos
municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, Estado do Amazonas. Esta é uma área
de tríplice fronteira entre Colômbia, Peru e Brasil.

29. Como o patógeno se dissemina?

Os esporos sexuados do patógeno (ascosporos) se disseminam principalmente levados


pelo vento, podendo atingir a longas distâncias, enquanto o esporo assexuado se
dissemina principalmente sendo deslocado por água de chuva, um processo de
disseminação mais importante dentro do próprio bananal. Todavia, ambos podem ser
transportados em folhas infectadas, geralmente utilizadas como proteção aos frutos
durante a comercialização; podem ser levados ainda aderidos a superfícies diversas ou
em plantas infectadas carregadas pelos rios durante as enchentes na Amazônia.

30. Qual a situação atual de disseminação da Sigatoka-negra no Brasil?

Atualmente todos os Estados da região Norte já foram afetados pela doença e também o
Mato Grosso, na região Centro-Oeste. Esta situação permanece inalterada desde o início
do ano 2001.
31. Qual a perda de produção que a Sigatoka-negra pode causar?

A Sigatoka-negra é extremamente agressiva podendo causar perdas de 100% na


produção das variedades suscetíveis dos subgrupos Cavendish, Prata, Gros Michel e
Maçã. No subgrupo Terra, que também é suscetível, as perdas têm sido menores,
situando-se na casa dos 70% da produção.

32. Quais as formas de controle da doença?

Para o controle da doença deve-se utilizar sistemas integrados, que agregam práticas
culturais como desfolha sanitária, controle de ervas daninhas, controle da drenagem do
solo, nutrição adequada, variedades resistentes e atomização com fungicidas, para se
atingir níveis adequados de controle.

33. A Sigatoka-negra é mais agressiva de que a Sigatoka-amarela?

É mais agressiva pelas seguintes razões: O patógeno da Sigatoka-negra (Mycosphaerella


fijiensis) esporula mais abundantemente do que a Mycosphaerella musicada (agente
causal da Sigatoka-amarela); a produção de esporos é mais precoce na Sigatoka-negra e,
em conseqüência, a freqüência de infeção na Sigatoka-negra torna-se bem maior do que
na Sigatoka-amarela.

34. Quais as folhas devem ser protegidas durante a aplicação de fungicidas?

O controle da maioria das doenças é basicamente preventivo mesmo que esteja sendo
utilizado um fungicida sistêmico. Por esta razão, as folhas mais novas devem ser o alvo
nas aplicações de fungicidas, porque as infecções ocorrem nas folhas mais novas da
planta e, portanto a proteção deve ser sobre elas para evitar novas infecções e paralisar o
desenvolvimento de infecções novas, que tenham sido estabelecidas.

35. Se o produtor suspeitar que seu bananal esteja afetado pela Sigatoka-negra,
qual deve ser o seu procedimento?

Como se trata de uma doença quarentenária , seria interessante levar o fato ao


conhecimento da Secretaria de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), localizada no seu Estado, para que as providências
necessárias para uma vistoria técnica seja tomada. Não sendo possível o contato com o
ministério o mesmo pode ser feito com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz
das Almas- BA, pelo telefone (75) 621 8000.

36. O que se pode esperar com relação à expansão e/ou manutenção da


bananicultura no Brasil após a introdução da Sigatoka-negra?

Com certeza o Brasil não deixará de produzir banana por causa da Sigatoka-negra, mas
os produtores terão que se adequarem a uma situação, que passará a exigir mais
profissionalismo no setor. A maior alteração deverá ocorrer na pequena produção, que,
em razão das dificuldades para se fazer o controle da doença, terá como principal opção
o uso das variedades resistentes, como já vem ocorrendo na região Norte,
principalmente no Amazonas. Isto poderá levar a uma alteração no quadro das
variedades mais plantadas no país.
37. Do ponto de vista estratégico o que está sendo feito para enfrentar a Sigatoka-
negra no Brasil?

A principal estratégia de ação para o controle da Sigatoka-negra é a criação e/ou seleção


de variedades resistentes à doença. Este enfoque começou a ser perseguido na Embrapa
Mandioca e Fruticultura por volta de 1985, por meio de um acordo internacional, que
permitiu a avaliação dos nossos genótipos na Costa Rica. Portanto, muito antes da
doença ser introduzida no país. Quando a doença foi constatada em 1998 já haviam
variedades resistentes para serem recomendadas aos produtores. Graças a esta visão de
futuro os produtores brasileiros puderam contar já em 1999 com duas variedades
resistentes que foram a Caipira e Thap Maeo, em 2000 foi recomendada a FHIA 18 e
em 2001 a Pacovan Ken. A utilização de variedades resistentes é a principal arma para a
proteção ambiental e sustentabilidade agrícola.

FITOSSANIDADE - NEMATÓIDES

38. Quais são os nematóides que causam maiores danos à cultura da bananeira?

Radopholus similis (nematóide cavernícola), Meloidogyne spp. (nematóide-das-galhas)


e Helicotylenchus multicinctus (nematóide espiralado) são os mais comuns.

39. O que pode acontecer quando a infecção por nematóide de galha for severa?

A planta fica incapaz de absorver água e nutrientes do solo. Seu ciclo de vida é
reduzido. Sendo que o estádio vegetativo pode ser muito prolongado Com o porte
reduzido, folhas amareladas e frutos pequenos sua produção é bastante comprometida.

40. Quais os sintomas característicos do ataque do nematóide cavernícola?

Os sintomas característicos do ataque de Radopholus similis estão relacionados com a


formação de galerias, extensas áreas necróticas, no córtex e no rizoma da bananeira em
virtude da alimentação e migração do nematóide nos tecidos parasitados. Em
conseqüência, as raízes perdem sua capacidade de absorção e sustentação. Além disso,
as plantas atacadas ficam mais susceptível à doenças fúngicas e ficam mais suscetíveis
ao tombamento.

FITOSSANIDADE - PRAGAS

41. Quais os prejuízos provocados pela broca-do-rizoma?

As larvas se alimentam do rizoma, construindo galerias em toda sua extensão, o que


enfraquece a planta. Seu ataque provoca redução no peso dos cachos e no peso dos
frutos, tombamento, morte de plantas e favorecimento à penetração de doenças.

42. Como se faz o controle da broca-do-rizoma?

A principal forma de controle é a seleção de mudas sadias (micropropagadas ou


adquiridas em viveiros de produtores idôneos), porém existem diversas alternativas,
como manejo cultural, controle biológico, químico, controle por comportamento e uso
de variedades resistentes. No caso de controle químico, somente poderão ser utilizados
inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
para a cultura da banana, devendo o produtor respeitar todas as recomendações para sua
aplicação.

43. Como são preparadas e como podem ser utilizadas as iscas tipo telha e tipo
queijo?

As iscas telha consistem em pedaços de pseudocaule de 40 a 60 cm de comprimento,


cortados ao meio no sentido longitudinal. As iscas tipo queijo são preparadas cortando-
se o pseudocaule a aproximadamente 30 cm do nível do solo, efetuando-se um novo
corte (parcial ou total) à metade dessa altura. Para amostragem populacional,
recomenda-se 20 iscas/ha. Para controle, esse número é de 50 iscas/ha, podendo variar
de 40 a 100 iscas/ha. Os insetos capturados devem ser coletados manualmente e
posteriormente destruídos, quando não forem utilizados produtos químicos ou inseticida
biológico (fungo Beauveria bassiana) para seu controle. Recomenda-se que as coletas
sejam semanais, com renovação quinzenal das iscas

44. Em que consiste o controle biológico da broca-do-rizoma pelo fungo B.


bassiana?

O fungo entomopatogênico Beauveria bassiana é um dos mais estudados e utilizados


agentes de controle biológico de C. sordidus no Brasil, visto que pode ser facilmente
produzido comercialmente e a um custo relativamente baixo. Para sua utilização em
campo, deve-se preparar uma suspensão contendo o fungo, adicionando-se água e
espalhante adesivo. A suspensão é distribuída por meio de pincelamento ou
pulverização sobre a superfície das iscas de pseudocaule, visando a contaminação dos
insetos adultos da broca-do-rizoma.

45. Como se realiza o controle da broca-do-rizoma por comportamento?

O controle por comportamento preconiza o emprego de armadilhas contendo substância


similar ao feromônio, a qual atrai adultos da broca-do-rizoma para um recipiente
contendo água e detergente (3%), do qual o inseto não consegue sair. Recomenda-se o
uso de 4 armadilhas/ha para o monitoramento da broca, devendo-se renovar o sachê
contendo o produto a cada 30 dias.

46. Quais os danos e prejuízos provocados pelos tripes? Como é feito o controle?

Os danos causados pelo tripes-da-ferrugem são decorrentes da oviposição e alimentação


dos insetos na epiderme de frutos jovens, principalmente na área de contato entre os
dedos. Inicialmente, as áreas atacadas são esbranquiçadas. À medida que o fruto se
desenvolve, a epiderme perde o brilho e torna-se marrom avermelhada e áspera
(ferrugem). Em casos de forte infestação, a epiderme pode apresentar pequenas
rachaduras em função da perda de elasticidade. No caso do tripes-da-flor, os danos
manifestam-se nos frutos em desenvolvimento, na forma de pontuações marrons e
ásperas ao tato. Embora os danos provocados pelos tripes não afetem a polpa da banana,
prejudicam a aparência do fruto, reduzindo seu valor comercial.
Para o controle dos tripes-da-ferrugem, deve-se efetuar o ensacamento do cacho e a
remoção das plantas invasoras, tais como Commelina sp. e Brachiaria purpurascens,
hospedeiras alternativas dos insetos. No caso dos tripes-da-flor, recomenda-se a
utilização de sacos impregnados com inseticida, no momento da emissão do cacho. O
emprego desses sacos deve ser feito conforme recomendações do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A remoção do coração também auxilia
a reduzir a população do inseto.

PÓS-COLHEITA

47. Qual a temperatura e umidade relativa do ar para a conservação de bananas?

Doze graus centígrados e 90% de umidade relativa do ar.

48. Quais os produtos utilizados e as concentrações recomendadas para antecipar e


uniformizar a maturação de bananas?

Etileno, Azetil, Etil 5 e Etefon. Etileno: 1% do volume livre da câmara, isto é, volume
da câmara menos o volume ocupado pelas caixas contendo as bananas. Azetil e Etil 5:
1% do volume livre da câmara. Etefon: 2.000 mg/L do princípio ativo do produto
comercial (Ethrel ou similar).

VALOR NUTRITIVO E PROCESSAMENTO

49. Quais os principais nutrientes da banana? Por que a banana é uma fruta
indicada para a dieta de crianças e idosos?

A banana madura contém uma pequena quantidade de amido e grande quantidade de


açúcares, sendo, portanto, um alimento de elevado valor energético. Além de
carboidratos, contém quantidades consideráveis das vitaminas A (retinol), B1 (tiamina),
B2 (riboflavina) e C (ácido ascórbico) e dos minerais potássio, fósforo, cálcio e ferro.

A banana é uma fruta indicada para a dieta de crianças e idosos por apresentar textura
macia, baixa acidez e por conter nutrientes prontamente assimiláveis pelo organismo.

50. O processamento altera o valor nutricional da banana? Por que a banana


descascada escurece?

O processamento da banana pode alterar seu valor nutricional. A desidratação da


banana, para a elaboração de produtos como banana-passa e farinha de banana, tem o
efeito de concentrar nutrientes. Produtos açucarados, como a bananada, e fritos, como
"chips" de banana, apresentam maior valor energético que o da banana in natura, pela
concentração dos nutrientes da fruta e acréscimo de outros, provindos de ingredientes
como açúcar e óleo, respectivamente. Sempre que o processamento envolve um
tratamento térmico, ocorre a degradação de vitaminas, principalmente a vitamina C.

Na presença de oxigênio (com a exposição causada pelo descascamento, corte ou


desestruturação da banana), são desencadeadas reações entre compostos fenólicos e
enzimas (polifenoloxidases) presentes na banana, que causam seu escurecimento. O
escurecimento enzimático pode ser evitado por tratamento físico (térmico), químico ou
pela combinação de ambos. O tratamento térmico consiste na aplicação de vapor de
água por curto período de tempo (branqueamento). O tratamento químico consiste na
aplicação de agentes antioxidantes, como os ácidos ascórbico e cítrico, por imersão dos
frutos em solução diluída.

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