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1 EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
A demanda de água varia de 800 a 1.750mm distribuída durante o ano. Chuvas intensas no
período de picos de floração, dificultam a polinização, em virtude do grão de pólen estourar em
contato com a umidade e diminuem a atividade dos insetos polinizadores. Períodos secos
prolongados determinam queda de folhas.
O maracujá cresce em condições tropicais, praticamente, durante todo o ano. Regiões que
correspondem a um comprimento do dia acima de 11 horas diárias de luz apresentam as
melhores condições para o florescimento. A escassez de florescimento pode ocorrer nos
meses de inverno, quando os dias são mais curtos.
Os solos para o cultivo do maracujazeiro devem ser profundos (> 60 cm), bem drenados, ricos
em matéria orgânica, de textura média (areno-argilosos) e com relevo plano a ligeiramente
inclinado.
Adubação Orgânica
A adubação orgânica é uma prática importante, pois exerce efeitos benéficos sobre as
propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. As quantidades a serem aplicadas nas
covas de plantio, principalmente em solos arenosos e de baixa fertilidade, variam de acordo
com o tipo de adubo orgânico empregado, ou seja, esterco de curral (20 a 30 litros), esterco de
galinha e torta de mamona (5 a 10 litros), podendo-se utilizar também outros compostos
disponíveis na região ou propriedade. Se possível, aplicar anualmente a mesma quantidade de
adubo orgânico em cobertura.
Adubação Mineral
3 ESPÉCIES
Passiflora edulis Sims. Conhecido como maracujá roxo. Fruto púrpura quando maduro, polpa
doce e aromática. Propagação por sementes ou estacas. Pode ser utilizado como anti-
helmíntico.
Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg. Conhecido como maracujá amarelo ou azedo. Os
frutos são amarelos quando maduros. É a espécie mais cultivada.
Passiflora alata Dryand. Conhecido como maracujá doce. Frutos ovóides, amarelos ou laranja
brilhantes quando maduros. Propagação por estacas e sementes. Possui propriedade anti-
helmíntica.
4 PROPAGAÇÃO
O maracujazeiro pode ser propagado por meio de sementes, estaquia e enxertia. Para as
condições brasileiras, o uso de sementes é o meio de propagação mais utilizado, por ser um
método barato e de fácil execução.
13. As sementes podem ser retiradas de qualquer planta de maracujazeiro? Como é feita
a retirada?
Não. As sementes utilizadas devem ser retiradas de plantas vigorosas, produtivas, precoces,
resistentes a doenças e pragas, originárias de frutos grandes, maduros e com grande
percentagem de suco. Um aspecto importante a ser mencionado é que o fruticultor deve retirar
sementes de vários frutos colhidos em diferentes plantas e não de muitos frutos de poucas
plantas. Isso diminui o problema de incompatibilidade da lavoura.
Para a retirada de sementes, os frutos devem ser colhidos maduros. Com o auxílio de uma
colher, as sementes são retiradas, colocadas em uma peneira e lavadas em água corrente,
para retirar a mucilagem que as envolve. Logo após, deve-se formar uma camada fina de
sementes sobre folhas de jornal ou sobre pano, que absorve o excesso de umidade, deixando-
se secar à sombra. Também pode ser usado um despolpador, adaptado a um liqüidificador,
que retira a mucilagem de maneira que não danifica as sementes.
16. O mesmo substrato pode ser utilizado para a produção de mudas em tubetes? Qual a
vantagem desse tipo de muda?
Não. Deve-se utilizar substratos leves, sem adição de terra, formados pela mistura de diversos
tipos de resíduos orgânicos como turfa, vermiculita, esterco, casca de árvores e
vermicomposto. Nestes casos, por ser o volume do tubete muito pequeno, a complementação
mineral é necessária. As mudas produzidas em tubetes são transportadas com maior
facilidade, gasta-se menos substrato, ocupa menos espaço no viveiro e utiliza menos mão-de-
obra. Entretanto, a muda tem que estar bem enraizada para permitir a retirada da mesma com
o substrato aderido às raízes.
Deve ser instalado em local de fácil acesso, em terreno de boa drenagem, plano ou levemente
ondulado, distante de outros plantios de maracujazeiro ou estradas e próximos a fontes de
água de boa qualidade. Os viveiros podem ser feitos a céu aberto, com cobertura alta
(aproximadamente 2 m) ou com cobertura baixa (aproximadamente 80 cm do solo), que é
ainda mais econômica e protege apenas os canteiros. Qualquer que seja a cobertura utilizada,
deverá permitir que as mudas recebam 50% de radiação solar. Esta cobertura deve ser
eliminada à medida que as mudas se aproximam da época de plantio, o que indica que
coberturas fixas não são apropriadas.
5 PLANTIO
O plantio das mudas no campo deve ser efetuado quando as mesmas estiverem com 15 a 25
cm ou até 30cm de altura, o que pode ocorrer de 45 a 70 dias após a semeadura. Nessa
ocasião tem início a emissão das gavinhas. Sob condições de irrigação os plantios de
maracujazeiro podem ser feitos em qualquer época. Sem irrigação, as mudas devem ser
levadas para campo no início das chuvas e plantadas em dias nublados ou chuvosos.
Sim. Pode ser consorciado com milho, feijão e leguminosas para adubação verde. Não deve
ser consorciado com cucurbitáceas pois essas plantas são hospedeiras dos pulgões, que
transmitem o vírus do endurecimento dos frutos
23. Como deve ser feito o controle das plantas daninhas no pomar de maracujazeiro?
A melhor prática tem sido a eliminação das plantas daninhas nas linhas de plantio por meio de
capinas manuais e, nas entrelinhas com o uso de roçadeira. Nas faixas paralelas às linhas de
plantio, durante a colheita, o controle deve ser bem feito, uma vez que os frutos são colhidos no
chão. A capina por meio de implementos mecânicos, feita próxima à planta (menos de 1 m de
distância), não é recomendável em função dos danos causados às raízes, uma vez que estas
se concentram na sua maioria na faixa de 15 a 45cm de distância do caule. Não existem
herbicidas registrados para a cultura até o momento.
6 CONDUÇÃO
7 PODA
Cerca de 15 dias após o plantio inicia-se a operação de poda de formação, eliminando-se todos
os brotos laterais, deixando-se apenas o ramo mais vigoroso, que será conduzido por um tutor
até o fio de arame. Quando a planta ultrapassar o arame (cerca de 10 cm) deve-se eliminar o
broto terminal para forçar a emissão de brotos laterais que serão conduzidos para os dois lados
do arame. Posteriormente estes brotos deverão ser despontados a fim de forçar o
desenvolvimento das gemas laterais que formarão os ramos produtivos. As ramificações que
surgem dos dois ramos laterais em direção ao solo devem ficar livres para facilitar o arejamento
e a penetração de luz, fatores muito importantes no processo produtivo e na diminuição do
ataque de pragas e doenças.
Devido aos diversos fatores que afetam a fisiologia da planta do maracujazeiro a exemplo do
movimento de fotoassimilados e das relações fonte-dreno não estarem devidamente
estudadas, os resultados de trabalhos abordando a poda de renovação são contraditórios.
8 POLINIZAÇÃO
Sim. A polinização é um dos aspectos importantes a ser observado para se produzir maracujá
contribuindo para se obter boa produtividade, frutos maiores e mais pesados. A polinização só
ocorre em flores com estigmas parcial ou totalmente curvos.
Os agentes polinizadores que têm se mostrado mais eficientes são as mamangavas, abelhas
do gênero Xylocopa que, devido ao seu grande porte, ao visitarem a flor do maracujazeiro,
encostam seu dorso nos estames onde estão os grãos de pólen, fazendo a retirada dos
mesmos e levando-os para o estigma, efetuando desta maneira a polinização. O maracujazeiro
apresenta alto insucesso na polinização pelo vento, devido ao grande peso e a viscosidade do
grão de pólen.
A polinização artificial deve ser realizada no período da tarde, haja visto que as flores do
maracujá amarelo abrem-se num período que vai das 12:30 às 15:00 horas, permanecendo
abertas até às 18:00 horas. Duas a três pessoas podem efetuar a polinização de flores em um
hectare por tarde ou cerca de 50 a 60 flores por minuto.
Em algumas situações, embora os percevejos estejam presentes, podem não causar prejuízos,
em virtude da presença de inimigos naturais que mantêm-nos em baixa população. Em
pequenas áreas, recomenda-se a catação das posturas, ninfas e adultos. Os produtos
recomendados para o controle dos percevejos basicamente são os mesmos para lagartas.
A redução da população desses ácaros pode ser realizada com controle biológico natural pela
presença de inimigos naturais, destacando-se ácaros predadores conhecidos como fitoseídeos.
Para a cultura do maracujá atualmente não existem produtos químicos registrados pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para o controle de ácaros. Algumas
referências existentes na literatura quanto ao uso de acaricidas em maracujazeiro são
baseadas em resultados experimentais.
10 DOENÇAS
Causadas por Bactérias: Crestamento bacteriano, causado por Xanthomonas campestris pv.
passiflorae. Murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum.
Causadas por Vírus: Endurecimento dos Frutos; Mosaico do Pepino; Mosaico Amarelo;
Clareamento das Nervuras; Enfezamento; Pinta Verde/Definhamento Precoce.
Para o controle das viroses são recomendadas medidas de controle preventivo: evitar o plantio
em áreas com histórico de ocorrência da doença; formar mudas em áreas distantes de plantios
afetados; manter o pomar limpo de plantas invasoras, possíveis hospedeiras de viroses e
vetores e erradicar as plantas afetadas. O controle da pinta verde tem sido realizado através de
pulverizações com acaricidas.
2. Como deve ser feito o preparo das terras para o plantio da bananeira?
Em áreas mecanizadas, a limpeza da área pode ser feita por máquinas, evitando-se remover a
camada superficial do solo, rica em matéria orgânica. Em seguida faz-se a aração a uma
profundidade mínima de 20 centímetros, seguida da gradagem e coveamento ou sulcamento
para plantio. Áreas que vêm sendo cultivadas com pastagens ou que apresentam subsolos
compactados ou endurecidos devem ser subsoladas a 50-70 centímetros de profundidade,
para melhorar a infiltração de água, facilitar o aprofundamento das raízes e controlar as plantas
daninhas, como também incorporar o calcário aplicado na superfície do terreno. Vale lembrar
que o solo deve ser revolvido o mínimo possível, devendo ser preparado nem muito úmido e
nem muito seco, com umidade suficiente para não levantar poeira e nem aderir aos
implementos; além disso, deve-se usar máquinas e implementos o menos pesados possíveis e
acompanhar as curvas de nível do terreno.
3. Que cuidados devem ser adotados para evitar a erosão e o desgaste das terras
cultivadas com bananeira?
A utilização dos resíduos da bananeira para formação da cobertura morta do solo, na própria
cultura, representa grande aplicação de matéria orgânica, pois aproximadamente dois terços da
parte vegetativa da bananeira são devolvidos ao solo, nas desfolhas normais e pelos
pseudocaules e folhas cortadas no momento da colheita do cacho. A produção de matéria seca
chega a atingir 10 a 15 t/ha/ano. O ideal seria espalhar este material sobre toda a área do
bananal, formando uma cobertura com aproximadamente cinco centímetros de espessura.
Mas, como esse material decompõe-se muito rapidamente, o volume de resíduos normalmente
produzido no bananal é insuficiente para uma cobertura contínua de toda a área. Uma
alternativa encontrada foi reduzir a área coberta. Em bananais plantados em fileiras simples,
pode-se alternar uma entrelinha coberta com resíduos com outra descoberta e assim por
diante. No caso de bananeiras plantadas em fileiras duplas, pode-se depositar os resíduos
apenas no espaçamento largo. Em áreas irrigadas pode-se alternar as entrelinhas irrigadas
com entrelinhas utilizando cobertura morta.
Uma outra maneira de cobrir o solo e incorporar resíduos vegetais é cultivar plantas
melhoradoras do solo (feijão-de-porco, crotalárias, leucena e outras) nas entrelinhas do
bananal, semeadas no início do período das águas e ceifadas ao final deste, deixando-se os
resíduos na superfície do solo, como cobertura morta, isto em condições de sequeiro. Em
áreas irrigadas o plantio de tais culturas pode ser feito em qualquer época do ano, e a ceifa
deve ser feita no início da floração ou mesmo no início da produção de vagens, neste caso por
estar o material vegetal mais lenhoso e, conseqüentemente, mais resistente à decomposição,
permanecendo por mais tempo cobrindo o solo.
2 VARIEDADES
O subgrupo Cavendish agrega um conjunto de cultivares que são muito sensíveis às mutações
e apresentam frutos delgados, longos, encurvados e muito doces após o completo
amadurecimento. Uma das variações mais importantes no subgrupo Cavendish relaciona-se
com o porte, responsável pela classificação das variedades em cinco classes. O subgrupo
Gros Michel caracteriza-se por apresentar cultivares com bainhas internas verdes ou rosadas
e frutos cujos atributos são, após o amadurecimento, a cor amarela e brilhante, o agradável
sabor, a polpa consistente e a extremidade em forma de gargalo de garrafa. No subgrupo
Prata, as características principais das variedades são o porte alto, o cacho de cor verde
amarela e brilhante e os frutos pequenos com seção transversal em forma de pentágono, casca
de espessura média e cor amarela após o amadurecimento e polpa creme a rósea pálida. O
subgrupo Terra apresenta variedades com pseudocaule verde claro a arroxeado com
pequenas manchas marrons escuras próximas à roseta foliar, pecíolos com margens
vermelhas, frutos grandes que são consumidos fritos ou cozidos em virtude do teor de amido,
porte alto, médio ou baixo e rizoma que tende a elevar-se à superfície do solo, reduzindo a
fixação das plantas, que podem tombar. As cultivares do subgrupo Figo apresentam
pseudocaule praticamente sem manchas com a base do pecíolo fechada e pigmentação
brilhante na face interna da bráctea masculina.
A ‘Pacovan’ é mais vigorosa e um pouco mais alta que a ‘Prata Comum’ e apresenta frutos
aproximadamente 40% maiores, o que lhe confere uma maior produtividade, e com quinas
persistentes mesmo após o amadurecimento.
Enquanto a bananeira da Terra apresenta porte alto (4 a 5 metros) e geralmente requer o uso
de escoras no cultivo, a bananeira D’Angola possui porte menor (cerca de 3 metros) e
dispensa a prática do escoramento, permitindo assim a redução dos custos de produção. A
bananeira D’Angola apresenta ainda frutos mais consistentes (polpa mais firme) que os frutos
da bananeira da Terra, no entanto seu potencial de produtividade é inferior àquele da
bananeira da Terra. A bananeira da Terra é também mais vigorosa, possuindo pseudocaule
com diâmetro maior, e apresenta mais pencas (9 a 12) e mais frutos (86 a 132), enquanto a
bananeira D’Angola não é tão vigorosa, possuindo pseudocaule com diâmetro menor, e
apresenta menor número de pencas (6 a 8) e de frutos (26 a 32). A bananeira D’Angola é,
contudo, mais precoce que a bananeira da Terra, possibilitando a colheita do cacho em um
intervalo de tempo menor.
As cultivares do subgrupo Figo diferem entre si basicamente pela coloração da polpa do fruto e
pelo porte. A cultivar ‘Figo Cinza’ apresenta porte que varia de 3,5 a 4 metros, engaço longo
(50 a 60 centímetros), 6 a 8 pencas e frutos de no máximo 20 centímetros, com quinas
salientes e polpa doce, macia, saborosa e creme pálida após o amadurecimento, consumidos
cozidos ou fritos. É uma cultivar muito resistente à seca, à Sigatoka amarela e à Sigatoka
negra, mas susceptível ao mal-do-Panamá e à broca. A cultivar ‘Figo Vermelho’ é muito
semelhante à cultivar ‘Figo Cinza’, apresentando no entanto frutos sem a presença de cera na
casca e com polpa cuja coloração tende para o vermelho, fato que se constata também nos
pecíolos. A cultivar ‘Figo Anão’ apresenta frutos idênticos aos frutos da cultivar ‘Figo Cinza’,
mas possui porte inferior a 2 metros e também folhas menores, porém brilhantes. Devido ao
porte baixo, pode proporcionar uma maior produtividade, além de simplificar o manejo.
3 ADUBAÇÃO
Sim. A calagem tem a função de neutralizar elementos tóxicos, como alumínio e excesso de
manganês, elevar o pH do solo e contribuir para o aumento da disponibilidade de nitrogênio
(N), fósforo (P), potássio (K), enxofre (S) e molibdênio (Mo). Além disso, fornece cálcio (Ca) e
magnésio (Mg) para as plantas, eleva a saturação por bases, equilibra a relação K:Ca:Mg
(0,3:2:1 e 0,5:3:1), bem como melhora a atividade microbiana do solo.
A aplicação de calcário, quando recomendada pela análise química do solo, deve ser a
primeira prática a ser realizada, com antecedência mínima de 30 dias do plantio. O calcário
deve ser aplicado a lanço em toda a área, após a aração e incorporado por meio da gradagem.
Caso não seja possível o uso de máquina, a incorporação pode ser efetuada na época da
primeira capina. Recomenda-se o uso do calcário dolomítico, que contém Ca e Mg, evitando
assim o desequilíbrio entre K e Mg e, conseqüentemente, o surgimento do "azul da bananeira"
(deficiência de Mg induzida pelo excesso de K).
10. O amarelecimento das folhas da bananeira pode ser devido à falta de nutrientes?
No entanto, outros problemas podem levar ao amarelecimento das folhas. Assim, uma
observação da planta como um todo deve ser realizada, e também do sistema radicular, para
verificar se este está em bom estado. Além disso, recomenda-se uma análise química do solo e
das folhas, para confirmar a deficiência ou não.
11. Como é feita a amostragem das folhas da bananeira para análise química?
As folhas são os órgãos da planta que estão em maior atividade química, e por isto são
amostradas para análises. A folha amostrada deve ser uma folha madura, ou seja, nem nova
nem velha demais. Segundo a norma internacional, recomenda-se amostrar a terceira folha a
contar do ápice , com a inflorescência no estádio de todas as pencas femininas descobertas
(sem brácteas) e não mais de três pencas de flores masculinas. Coleta-se 10 a 25 cm da parte
interna mediana do limbo, eliminando-se a nervura central. O estádio de desenvolvimento é
importante para que se possa comparar os resultados com aqueles das tabelas com os teores
padrões de referência.
4 IRRIGAÇÃO
13. Os resultados das necessidades hídricas da bananeira de uma região úmida podem
ser extrapolados para condições menos úmidas e semi-áridas?
Não. Eles podem até servir de ponto de partida, mas a evaporação do solo e a própria
transpiração da bananeira em condições mais secas e semi-áridas são mais intensas. Tem-se
achado coeficientes de cultura máximo para a bananeira próximo de 0,85 em condições de
Tabuleiros Costeiros do Recôncavo Baiano, contra 1,25 em condições mais secas.
14. Quais as quantidades de água que a bananeira precisa para desenvolver e produzir
quantidades ótimas de frutos?
Pode-se estimar para dias ensolarados e de baixa umidade relativa do ar que a planta
consome 30 litros/dia; 20 litros/dia em dia semi-cobertos e 15 litros em dia completamente
nublado. Deve-se, também, levar em conta a fase de crescimento da planta, isto é, na fase de
floração e frutificação tais valores podem ser maiores.
16. Qual o tipo de muda recomendada para se implantar um bananal? Por que?
Apesar de convencionalmente se utilizar vários tipos de mudas, dos quais o chifrão é o mais
adequado, é interessante que elas sejam oriundas de viveiros estabelecidos exclusivamente
com a finalidade de produção de material propagativo de boa qualidade. No caso da
inexistência de viveiros, as mudas devem ser obtidas de bananal com plantas bem vigorosas e
em ótimas condições fitossanitárias. Mais recentemente, a micropropagação ou propagação
em laboratório tem permitido a obtenção de mudas que alternativamente podem ser utilizadas
para a implantação de novos bananais, já que apresentam as seguintes vantagens:
Possuem uma qualidade fitossanitária superior, devido a ausência de pragas e doenças, o que
permite reduzir a agressão ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores rurais, em função da
reduzida utilização de pesticidas. Inclusive, esta diminuição no emprego de pesticidas implicará
na redução dos custos de produção.
Permitem maior uniformidade dos tratos culturais, resultante da padronização das mudas o que
possibilita concentrar os períodos de colheita em épocas de preços mais favoráveis.
Resultam em maior longevidade do bananal, que passa a ter uma vida média de 10 anos,
contra os 5 anos normalmente alcançados, quando se utilizam mudas de propagação
convencional. Essa longevidade é decorrente da sanidade da muda micropropagada, que
desde os primeiros estágios de desenvolvimento, no solo, consegue usufruir de todos os
demais insumos empregados no sistema produtivo de bananas de qualidade.
São ações conjuntas, estabelecidas durante a condução do cultivo que visam proporcionar
melhorias no manejo e na exploração racional da cultura.
Os tratos culturais, em seu conjunto, constituem ações de grande importância para a cultura e,
devem ser realizados sempre que possível em ações conjuntas, visando maior eficiência na
condução do bananal e redução dos custos operacionais, geralmente acrescidos quando estas
medidas são realizadas isoladamente. Os tratos mais comumente empregados são: 1-capina;
2-controle cultural; 3-desbaste; 4-desfolha; 5-eliminação da ráquis masculina (coração); 6-
ensacamento do cacho; 7-escoramento e; 8-corte do pseudocaule.
Os cachos são colhidos manualmente e colocados no solo forrado com palhas de banana a
beira dos carreadores. Em seguida são transportados através de cabos aéreos até o galpão de
embalagem onde serão despencados, lavados, selecionados e embalados, rumo ao mercado
consumidor.
Para o plantio de sequeiro, os períodos mais favoráveis, são geralmente aqueles que
coincidem com o final da época seca, com chuvas espaças, já que as necessidades hídricas da
bananeira são menores nos primeiros três meses após o plantio. Já os plantios irrigados,
podem ser realizados em qualquer época do ano.
23. Qual o critério mais prático para a colheita dos cachos da bananeira?
A idade do cacho a partir da emissão do coração. Para tanto, as plantas são marcadas com
fitas plásticas de diferentes cores. Uma cor para cada data de emissão do coração.
24. O que fazer para evitar escoriações (arranhões) na casca da banana durante a
colheita?
Não deixar que o cacho tombe no chão; usar berço com almofada de espuma (transporte
manual); forrar a carroceria do caminhão, trator ou caçamba com almofadas de espuma ou
usar cabos aéreos que conduzem os cachos diretamente para a casa de embalagem.
6 FITOSSANIDADE - DOENÇAS
Usar rizomas obtidos de plantas sadias para a formação de mudas. Estabelecer os viveiros
distantes de plantios de bananeira. Treinar pessoal para identificação e erradicação das plantas
com sintomas de viroses. Manter o pomar e o viveiro, assim com a área em volta deles livre de
plantas daninhas. Eliminar as plantações velhas de bananeiras, assim como plantas isoladas.
Utilizar variedades com resistência a viroses.
Sim. Fazendo-se cultura de tecidos com meristemas obtidos de plantas infectadas com viroses
é possível obter plantas sadias. Manter as plantas infectadas em temperaturas elevadas
durante algumas semanas também permite a produção de plantas sadias. Mas todas as
plantas obtidas precisam ser testadas para verificar se o tratamento foi eficiente para eliminar
as viroses presentes.
28. Quando e onde a Sigatoka-negra foi constatada pela primeira vez no Brasil?
A Sigatoka-negra foi constatada pela primeira vez no Brasil em fevereiro de 1998, nos
municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, Estado do Amazonas. Esta é uma área de
tríplice fronteira entre Colômbia, Peru e Brasil.
Atualmente todos os Estados da região Norte já foram afetados pela doença e também o Mato
Grosso, na região Centro-Oeste. Esta situação permanece inalterada desde o início do ano
2001.
Para o controle da doença deve-se utilizar sistemas integrados, que agregam práticas culturais
como desfolha sanitária, controle de ervas daninhas, controle da drenagem do solo, nutrição
adequada, variedades resistentes e atomização com fungicidas, para se atingir níveis
adequados de controle.
O controle da maioria das doenças é basicamente preventivo mesmo que esteja sendo
utilizado um fungicida sistêmico. Por esta razão, as folhas mais novas devem ser o alvo nas
aplicações de fungicidas, porque as infecções ocorrem nas folhas mais novas da planta e,
portanto a proteção deve ser sobre elas para evitar novas infecções e paralisar o
desenvolvimento de infecções novas, que tenham sido estabelecidas.
35. Se o produtor suspeitar que seu bananal esteja afetado pela Sigatoka-negra, qual
deve ser o seu procedimento?
Como se trata de uma doença quarentenária , seria interessante levar o fato ao conhecimento
da Secretaria de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), localizada no seu Estado, para que as providências necessárias para
uma vistoria técnica seja tomada. Não sendo possível o contato com o ministério o mesmo
pode ser feito com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas- BA, pelo telefone
(75) 621 8000.
36. O que se pode esperar com relação à expansão e/ou manutenção da bananicultura
no Brasil após a introdução da Sigatoka-negra?
Com certeza o Brasil não deixará de produzir banana por causa da Sigatoka-negra, mas os
produtores terão que se adequarem a uma situação, que passará a exigir mais profissionalismo
no setor. A maior alteração deverá ocorrer na pequena produção, que, em razão das
dificuldades para se fazer o controle da doença, terá como principal opção o uso das
variedades resistentes, como já vem ocorrendo na região Norte, principalmente no Amazonas.
Isto poderá levar a uma alteração no quadro das variedades mais plantadas no país.
37. Do ponto de vista estratégico o que está sendo feito para enfrentar a Sigatoka-negra
no Brasil?
7 FITOSSANIDADE - NEMATÓIDES
38. Quais são os nematóides que causam maiores danos à cultura da bananeira?
39. O que pode acontecer quando a infecção por nematóide de galha for severa?
A planta fica incapaz de absorver água e nutrientes do solo. Seu ciclo de vida é reduzido.
Sendo que o estádio vegetativo pode ser muito prolongado Com o porte reduzido, folhas
amareladas e frutos pequenos sua produção é bastante comprometida.
8 FITOSSANIDADE - PRAGAS
43. Como são preparadas e como podem ser utilizadas as iscas tipo telha e tipo queijo?
46. Quais os danos e prejuízos provocados pelos tripes? Como é feito o controle?
9 PÓS-COLHEITA
Etileno, Azetil, Etil 5 e Etefon. Etileno: 1% do volume livre da câmara, isto é, volume da câmara
menos o volume ocupado pelas caixas contendo as bananas. Azetil e Etil 5: 1% do volume
livre da câmara. Etefon: 2.000 mg/L do princípio ativo do produto comercial (Ethrel ou similar).
10 VALOR NUTRITIVO E PROCESSAMENTO
49. Quais os principais nutrientes da banana? Por que a banana é uma fruta indicada
para a dieta de crianças e idosos?
A banana é uma fruta indicada para a dieta de crianças e idosos por apresentar textura macia,
baixa acidez e por conter nutrientes prontamente assimiláveis pelo organismo.
50. O processamento altera o valor nutricional da banana? Por que a banana descascada
escurece?
O processamento da banana pode alterar seu valor nutricional. A desidratação da banana, para
a elaboração de produtos como banana-passa e farinha de banana, tem o efeito de concentrar
nutrientes. Produtos açucarados, como a bananada, e fritos, como "chips" de banana,
apresentam maior valor energético que o da banana in natura, pela concentração dos
nutrientes da fruta e acréscimo de outros, provindos de ingredientes como açúcar e óleo,
respectivamente. Sempre que o processamento envolve um tratamento térmico, ocorre a
degradação de vitaminas, principalmente a vitamina C.
11 COLHEITA E RENDIMENTO
O período até o início da colheita do maracujá, varia de 6 a 9 meses após o plantio definitivo no
primeiro ano, a depender da região e suas condições climáticas. Plantios efetuados nos meses
mais próximos do verão, permitem início de colheita mais precoce (6 meses) enquanto que,
nos meses mais frios a colheita é mais tardia. O maracujazeiro tem longo período de safra,
variável de oito meses no Sudeste (dez meses no Nordeste) até doze meses no Norte.
O rendimento da cultura depende de fatores como o clima, solo, espaçamento, tratos culturais,
adubação e controle fitossanitário. Pode-se estimar em termos médios, num plantio bem
conduzido um rendimento de até 45 t de fruta/ha/ano. A média nacional está estimada em torno
de 10t/ha/ano devido a baixa tecnologia empregada pela maioria dos produtores.
12 PRODUTOS
O maracujá é uma fruta de aroma e acidez acentuados. O pH do suco de maracujá varia de 2,8
a 3,3, a acidez de 2,9 a 5,0%, os sólidos solúveis de 12,5 a 18,0%, os açúcares totais de 8,3 a
11,6%, os açúcares redutores de 5,0 a 9,2%, o ácido ascórbico de 7,0 a 20,0 mg/100g, a
niacina de 1,5 a 2,2 mg/100g e o potássio de 140,0 a 278mg/100g.
48. Quais os produtos que podem ser obtidos com frutos de maracujá?
Suco Simples e Concentrado; Suco em Pó; Néctar; Licor; Vinho de Maracujá e Geléia.
13 ASPECTOS ECONÔMICOS
Tomando por base o preço médio recebido pelos produtores de R$ 0,35/kg, estima-se que um
hectare de maracujá gera uma receita bruta de R$ 10.500,00. No cálculo da receita está sendo
considerado o rendimento médio de 10 e 20 toneladas, respectivamente, no primeiro e
segundo ano. Com esses níveis de rendimento médio, o custo por quilo de maracujá,
considerando-se todo o ciclo de cultivo do pomar, ou seja, dois anos, é equivalente a R$ 0,14.