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7a Semana Internacional de Fruticultura e Agroindustria

7th International Week of Fruti Crop and Agroindustry


Centro de Convenções Edson Queiroz
Convention Center Edson Queiroz
Fortaleza – Ceará – Brasil
Fortaleza – Ceará – Brazil
25 a 28 de Setembro de 2000
25 to 28 September 2000

Técnicas de Cultivo do Maracujá


Techniques of Cultivation of the Passion fruit

Instituto de Desenvolvimento da Fruticultura


e Agroindústria - Instituto FRUTAL
Institute of Development of the Horticulture
and Agroindustry – FRUTAL Institute
7a Semana Internacional de Fruticultura e Agroindustria – 25 a 28 de
Setembro de 2000 Fortaleza – Ceará - Brasil

Copyright  Frutal 2000

Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:


Sindicato dos Produtores de Frutas do Estado do Ceará (SINDIFRUTA) - Instituto
de desenvolvimento da Fruticultura e Agroindustria (FRUTAL)
Av. Barão de Studart, 2360 – Sala 1304 – Dionisio Torres
Fone (0xx85) 246-8126– Fax. (0xx85) 246.7450
60.120-002 – Fortaleza –CEARÁ -BRASIL
E-Mail: geral@sindifruta.com.br.
Site: www.sindifruta. com.br.

Tiragem: 150 exemplares

Editor
Ronaldo de Oliveira Sales
Diagramação
Marcus Aurélio Silva de Menezes
Capa/ Arte
Athos de Propaganda
Montagem e Digitação
Michelle Cunha Sales

Ficha catalográfica elaborada pela seção de aquisição e tratamento da informação.


Diretoria de serviço de biblioteca e documentação – FCA - UFC – Fortaleza – CE

S 47 Semana Internacional da Fruticultura e Agroindústria (7.:2000: Fortaleza).

Curso ....../ Editado por, Ronaldo de Oliveira Sales. - Fortaleza: FRUTAL, 2000.
29p. : il.
Inclui bibliografia

Conteúdo: Técnicas de Cultivo do Maracujá

1. Fruticultura – Curso. 2. Cultivo do Maracujá – Curso – 3 Instituto de


Desenvolvimento da Fruticultura e Agroindústria. 4. Sales, Ronaldo de Oliveira.
5. Título

CDD. 634

O conteúdo dos artigos científicos publicados nestes anais são de autorização e


responsabilidade dos respectivos autores.
7a Semana Internacional de Fruticultura e Agroindustria
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APRESENTAÇÃO

Visando dar continuidade ao seu objetivo de estimular, afirmar e disseminar os


conhecimentos no campo da Ciência e Tecnologia de Alimentos mais especificamente a
fruticultura tropical irrigada, o Instituto de Desenvolvimento da Fruticultura e
Agroindústria – Instituto Frutal com apoio do Sindicato dos Produtores de Frutas do
Estado do Ceará – Sindifruta e a Sociedade Brasileira de Fruticultura, realizarão de 25 a
28 de setembro no Centro de Convenções Edson Queiroz, em Fortaleza-CE, o XVI
Congresso Brasileiro de Fruticultura, e a 7a Semana Internacional da Fruticultura e
Agroindústria – Frutal 2000. Estes eventos estão compostos por uma intensa
programação envolvendo cursos, palestras técnicas, painéis, conferencias, câmaras
técnicas, sessões de pôsteres, para que possamos discutir fatores ligados ao setor
coordenados sob a responsabilidade dos maiores pesquisadores de renome nacional e
internacional que influenciam no sistema agroalimentar brasileiro.
Ao todo serão ofertados 11 cursos técnicos nos mais diversos segmentos da
Fruticultura, constituindo-se numa oportunidade ímpar não só para a reciclagem de
conhecimentos, inovações tecnológicas da fruticultura e agroindústria, como também
para a troca de informações técnico–científicas e fortalecimento da fruticultura nacional.
Desta forma, temos a convicção de que os cursos e serem ministrados,
possibilitarão o aumento de intercâmbio entre os participantes, proporcionando-lhe
assim um enriquecimento promissor de informações para o melhoramento de suas
culturas.
A realização da Frutal 2000 conta também com o patrocínio do Governo do
Estado, através da Secretaria de Agricultura Irrigada do Estado do Ceará (SEAGRI),
Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Serviço de Apoio as Micro e Pequenas
Empresas do Estado do Ceará - SEBRAE/CE, Federação da Agricultura do Estado do
Ceará - FAEC, FIEC/SESI/SENAI/IEL, Sindicato dos Produtores de Frutas do Estado
do Ceará - SINDIFRUTA, Embrapa Agroindústria Tropical - EMBRAPA, Banco do
Nordeste, Ministério de Integração Nacional - Governo Federal, Banco do Brasil,

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Departamento Nacional de Obras Contra a Seca -DNOCS, Companhia de


Desenvolvimento do Vale do São Francisco - CODEVASF, Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste SUDENE, ISRATEC-CEARÁ Irrigação, Belgo-Mineira
Bekaert, Bayer, AGRIPEC - Química e Farmacêutica S/A, Companhia Docas do Ceará,
Assembléia Legislativa, Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará - EMATERCE, Agência de Promoção
de Exportações - APEX, Prática Eventos, Athos de Propaganda, Victory Assessoria de
Comunicação Integrada e 4 Ventos – Viagens e Turismo.
Apresentamos também os nossos agradecimentos ao Prof. Ronaldo de Oliveira
Sales que com seu apoio irrestrito na editoração científica dos cursos, nos permitiram
alcançar os objetivos a que nos havíamos proposto.
Programe-se, pois no FRUTAL 2000 que espera contar com mais de 30.000
visitantes e uma feira com stands, apresentando-lhes o que há de mais moderno e
inovador no setor da fruticultura e agronegócio.
É portanto, com muita satisfação que a comissão executiva da frutal 2000 coloca
este acervo bibliográfico à disposição da sociedade brasileira.

Coordenador Técnico
Antonio Erildo Lemos Pontes

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COMISSÃO EXECUTIVA DA FRUTAL 2000

Presidente
Euvaldo Bringel Olinda

Coordenador Geral
Afonso Batista de Aquino

Coordenador Técnico
Antonio Erildo Lemos Pontes

COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA FRUTAL 2000


Afonso Batista de Aquino
Instituto FRUTAL

Altamir Guilherme Martins


FINOBRASA

Antonio Erildo Lemos Pontes


SINDIFRUTA

Cleiton Oliveira César


DNOCS

Enid Câmara Vasconcelos


Prática Eventos

Erimá Cabral do Vale


SDR/CE

Euvaldo Bringel Olinda


SINDIFRUTA

Francisco de Souza Marques


DFA

Francisco Nivardo Ximenes Guimarães


FIEC

Hermano José de Carvalho Custódio


BANCO DO BRASIL

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João Nicédio Alves Nogueira


OCEC

José de Arimatéia Duarte Freitas


EMBRAPA/CNPAT

José de Souza Paz


SDR/CE

José dos Santos Sobrinho


FAEC/SENAR

José Ismar Girão Parente


SECITECE

José Maria Freire


CHAVES S/A

José Nilo Meira


BANCO DO NORDESTE

Marcílio Freitas Nunes


CEASA S/A

Núbia Pena Batista


ATHOS DE PROPAGANDA

Raimundo Nonato Távora Costa


UFC/CCA

Raimundo Reginaldo Braga Lobo


SEBRAE/CE

João Pratagil Pereira de Araújo


SEAGRI/CE

Francisco Linhares Arruda Ferreira Gomes


SEAGRI/CE

Manuel Elderi Pimenta de Oliveira


EMATERCE

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 01
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 02
ESPÉCIES E VARIEDADES 03
ÉPOCA DO PLANTIO 04
ESCOLHA DA ÁREA 04
CORREÇÃO DA ACIDEZ E PREPARO DO SOLO 05
SEMENTES 05
FORMAÇÃO DE MUDAS 06
PLANTIO 10
ESPAÇAMENTO 11
ESPALDEIRAMENTO 11
CONDUÇÃO 12
ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO/SAFRINHA (POR PLANTA) 13
ADUBAÇÃO DE PRODUÇÃO 13
TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO 15
POLINIZAÇÃO 15
COLHEITA 15
ANEXO I (RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DA MOSCA
DOS BOTÕES FLORAIS) 17
RESUMO DO CURRICULUM VITAE 22

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CULTURA DO MARACUJAZEIRO
ASPECTOS AGRONÔMICOS DA PRODUÇÃO

JOSÉ RAFAEL DA SILVA1

1. INTRODUÇÃO

A cultura do maracujazeiro ganhou destaque no Brasil a partir do início da


década de 70, embora nos anos 50 já existissem indústrias processadoras e envasadoras
de suco de maracujá.
A crescente importância deste cultivo, seja pelo incremento de área plantada
como pela abertura de novos mercados, tem sido acompanhada, nos últimos 8 anos, pela
divulgação de resultados de experimentos e destinação de novas verbas para pesquisas,
possibilitando ao fruticultor, a obtenção de um cabedal de conhecimentos que diminuam
o risco desta atividade produtiva, tornando-a mais previsível, obedecidas as leis de
mercado. Ainda assim muitas perguntas permanecem sem respostas, pois não são
muitos os grupos de pesquisadores que se dedicam a essa Passifloracea, além do que as
conhecidas e enormes diferenças regionais , necessitam de tratamentos diferenciados, o
que significa a formação de grupos locais visando a adaptação e a criação de novas
tecnologias.
Assim sendo, o principal objetivo deste encontro é a troca de informações sobre
a cultura, visando a melhoria dos processos produtivos do cultivo do maracujazeiro.

1
Engenheiro Agrônomo, M.sc - Grupo Flora Brasil -ARAGUARI-MG – TeleFax:34.242.1357 -
e-mail: jrafael@cdlnet.com.br

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2. Importância Econômica

As estatísticas disponíveis mostram um crescimento acentuado da área


plantada e da produção de maracujá no Brasil, a partir de 1990. Os dados do IBGE
mostram que em 1989 o Brasil produziu 258.584 toneladas, numa área de 28.259
hectares, passando para 317.236 toneladas em 1990, chegando a 418.246 toneladas em
1992, decrescendo ligeiramente nos anos seguintes, para depois voltar aos mesmos
patamares em 1996. Também fica claro a ocorrência de ciclos , alternando período de
crescimento, estagnação e redução da produção. Evidentemente estes ciclos estão
ligados aos preços praticados tanto pelas indústrias quanto pelos atacadistas,
obedecendo a lei da oferta e procura. É interessante lembrar que as variações de
preços sazonais não determinam alternância de ciclos produtivos, mas tem sido
responsável por significativas transformações técnicas no cultivo do maracujazeiro, ou
seja, tem determinado a época de plantio e o espaçamento para os pomares implantados
em regiões que apresentam condições climáticas que permitam a produção dentro do
período de entre safra da região Sudeste, normalmente de fins de agosto até fins de
novembro.
Vale ressaltar que a região Sudeste é, atualmente, a maior produtora e também a
maior consumidora de maracujá.
No tocante as exportações de sucos, o Brasil deixou uma confortável situação de
maior exportador, quando em 1988 exportou 8.382 toneladas de suco concentrado a 50º
BRIX, para a de importador, a partir de 1997.
Atualmente, os cerca de 33.000 hectares cultivados com o maracujazeiro, estão
espalhados por quase todos os estados brasileiros, sendo os mais importantes São Paulo,
Minas Gerais, Bahia, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina , Espírito Santo e Goiás.
Outro aspecto que chama a atenção é o fato de que na maioria das regiões
brasileiras, o maracujazeiro esteja sendo cultivado em pequenas áreas, cerca de 2
hectares, e em pequenas propriedades, sendo importante gerador de renda, dado o
elevado valor, além de propiciar um período longo de colheita, e faturamento, dentro do

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ano. O período produtivo pode variar de 6 meses por ano nas regiões mais ao Sul do
pais, até o ano todo nas regiões ao Norte. A vida útil do pomar tem variado muito, de
acordo com a produtividade, condições climáticas e tratos culturais, mais dificilmente
tem superado 2 anos.

3. Espécies e Variedades

Pelo nome comum de maracujá são conhecidas várias espécies frutíferas ou


ornamentais taxonomicamente classificadas dentro da família Passiflorácea, gênero
Passiflora. Embora existam discordâncias entre os diversos autores quanto ao número
de espécies pertencentes a família e mesmo ao número de espécies pertencentes ao
gênero Passiflora, pode-se aceitar como existindo cerca de 400 espécies, das quais 150
são nativas do Brasil e cerca de 60 possuem frutos comestíveis.
Várias espécies tem cultivo e consumo razoavelmente acentuado em regiões
específicas, entre as quais podemos citar Passiflora quadrangularis Linn., P. mollissima
Bailey, P. nitida HBK, P. caerulea Linn., P. laurifolia Linn., P. coccinea Aubl., P.
cincinnata Mast., P. ligularis Juss., P. incarnata Linn.
No Brasil são três as espécies consideradas principais e responsáveis por
praticamente 100% da área plantada, sendo elas o P. alata Dryand., popularmente
chamado de maracujá doce, P. edulis Sims., conhecido como maracujá roxo e P.
edulis Sims f. flavicarpa Degener., conhecido como maracujá amarelo ou azedo, e
responsável por 95% da área cultivada comercialmente no Brasil.
Existe grande variabilidade de formas, tamanho, teor de açúcar, acidez,
rendimento de suco, tolerância à pragas e doenças, cor de polpa e outras características
de interesse nas três principais espécies cultivadas no Brasil, sendo que para o maracujá
doce e para o maracujá roxo ainda não existem, comercialmente, variedades. Para o
maracujá amarelo já existem algumas seleções e híbridos, com sementes disponíveis
comercialmente, sendo os principais:

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Híbridos IAC: Série de híbridos desenvolvidos pelo IAC, sendo as principais


características a uniformidade dos frutos, bom rendimento de suco e teor de açúcares,
polpa alaranjada, boa produtividade e vigor.
Seleção Sul Brasil: Também selecionado nas condições de São Paulo, visando
principalmente o mercado de fruta fresca, apresenta a maioria dos frutos grandes,
ovalados, com peso médio de 230g, boa produtividade e vigor. No entanto, apresenta
baixo rendimento de suco e teor de açúcares.
Seleção Maguary ou Araguari: Desenvolvido nas condições do Triângulo
Mineiro, apresenta como principais características o alto rendimento de suco e teor de
açúcares, além da boa produtividade e rusticidade. Como foi desenvolvido para atender
o mercado industrial, apresenta frutos desuniformes em tamanho e cor de casca .
Seleções EMBRAPA: A EMBRAPA vem desenvolvendo algumas
variedades e híbridos, os quais deverão ter sementes comercialmente disponíveis em
breve e, entre eles, tem chamado a atenção o Roxo Australiano e o Vermelho.
Outros institutos de pesquisa e empresas produtoras de sementes também
deverão disponibilizar, em breve, suas variedades, ainda em desenvolvimento.

4- Época de Plantio

Com base nos resultados experimentais, manter a época tradicional de plantio,


que vai do início até meados da estação das chuvas. Se por algum motivo o plantio não
puder ser realizado neste período deverá ocorrer somente a partir de fevereiro, indo até
meados de março.
Para plantios irrigados não há restrições de época.

5- Escolha da Área

A cultura desenvolve bem na maioria dos solos, no entanto, sendo possível,


escolha solos areno-argilosos, profundos , com pH entre 6 e 6,5 e bem drenados. Não

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tolera solos encharcados, sendo que , a conhecida morte prematura das plantas está
intimamente associada com as condições físicas e químicas inadequadas do solo, entre
elas, solos rasos e encharcados e com excesso de adubação química no leito de plantio.
Dar preferência às áreas ligeiramente inclinadas, protegidas do vento e que já tenham
sido cultivadas anteriormente com outras culturas. Em áreas não protegidas,
recomenda-se o estabelecimento de quebra-ventos com capim camerum. Em relevos
ondulados preferir a face Leste para estabelecimento da cultura.
Tendo-se em conta, que solos com todas estas boas características, não são
facilmente encontrados, deve-se ter em mente que todas as providências para uma
adequada correção e aplicação de fertilizantes devem ser tomadas, visando lograr boa
produtividade.

6- Correção da Acidez e Preparo do Solo

De acordo com análise, do total de necessidade de calagem, aplicar 100% sob a


forma de calcário, 60 dias antes do plantio, incorporando com gradagem.
Posteriormente (10 dias) fazer uma aração profunda.
O tipo de calcário a ser utilizado, será determinado pelos teores de cálcio e
magnésio do solo.
Método de Correção: Saturação das bases (80%) com calcário 100% PRNT, para
correção a 30 cm de profundidade.

7- Sementes

Utilizar sementes adquiridas, de fonte idônea, tendo atenção para a finalidade do


plantio (In Natura ou industrial), sendo que, para as regiões onde ainda não estão
disponíveis informações sobre o comportamento das variedades, recomenda-se que o
plantio seja estabelecido com uma mistura das mesmas.

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8- Formação de Mudas

8.1- Em sacos Plásticos

8.1.1- Preparo do substrato

Para 1 m³ :

• 42 latas (20 litros) de solo leve de superfície.


• 08 latas (20 litros) de esterco de curral.
• 5,0 Kg de Superfosfato Simples.
• 0,5 Kg de Cloreto de Potássio.
• Tratar a mistura com Brometo de Metila utilizando uma lata
de uma libra para até 3 m³.
• Utilizar sacos de polietileno de 11 x 21cm até 14 x 28 x
0,002cm
• Colocar 3 sementes por recipiente, enterradas de 0,5 a 1,0 cm
de profundidade.
• Para germinação, cobrir os recipientes com capim seco sem
semente ou saco de estopa. Depois da germinação, deixar as
mudas descobertas e ao sol.
• Fazer o desbaste quando as mudas atingirem 5 cm de altura
deixando uma muda por recipiente.

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8.1.2- Irrigação de Canteiro

• Do semeio à germinação : 2 vezes / dia


• Da germinação até 15 dias : 1 vez / dia
• Dos 15 dias até transplantio : em dias alternados ou
Conforme necessidade.

8.1.3- Tratos Fitossanitários após a germinação

O controle das doenças e pragas na fase de viveiro deve ser feito


preventivamente.
Iniciar os tratamentos (pulverizações) logo após o desbaste, e
persistir semanalmente até o transplantio.
Vários defensivos tem sido testados para uso em mudas, a maioria
ainda não é registrado para a cultura, sendo os melhores
resultados obtidos com os seguintes produtos:

Fungicidas : Dacobre (40g) ; Cercobin (20g) ; Cerconil (40g) ;


Benlate (20g) ; Folicur (25g) ; Score (6ml).

Bactericida : Agrimicina (40g)

Inseticidas : Azodrin (20ml) ; Cartap (30ml) ; Malation (30ml)


; Decis (8ml); Turbo (3ml); Confidor (6g).

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OBS.: 1- O Cobre Sandoz BR (30g) e o Recop (30g) também devem ser utilizados
na fase de viveiro.

2- Todas indicações de quantidades mostradas entre parêntesis são


para diluição em 20 litros de água (pulverizador costal).

3- O esquema acima deve ser seguido em condições normais. Caso


haja persistência de alguma praga ou doença, efetuar os tratamentos
com produtos específicos.

4- 15 dias após a germinação, e semanalmente, pulverizar SOLAN


com micronutrientes,1 ml por litro de água.

8.2- Em Tubetes

Utiliza-se tubos cônicos plásticos (tubetes), de 12 x 3cm até 15 x 4cm.


O substrato é adquirido de fonte idônea e já vem desinfectado e
convenientemente adubado. No entanto, quase sempre, exige adubação complementar,
que deve ser realizada semanalmente, de meados para o fim do ciclo de produção da
muda. Os cuidados com a irrigação devem ser rigorosos, uma vez que as perdas de
água são maior nesse sistema. Os demais procedimentos são iguais àqueles praticados
para a formação de mudas em sacos plásticos.
As principais vantagens da formação de mudas em tubetes, estão na facilidade
de manuseio, transporte das mudas, transplantio e sanidade.
A principal desvantagem é o alto custo inicial.

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Cuidados com mudas produzidas em tubetes:

1- Preferencialmente, retire as mudas do viveiro no mesmo dia em


que for plantar, ou, no máximo no dia anterior.
2- Se por algum motivo for atrasar o plantio, após Ter retirado as
mudas do viveiro, tenha os seguintes cuidados:
• Coloque as mudas sobre tela suspensa (semelhante às condições do viveiro), nunca
deixe no chão ou dentro das caixas.
• Molhar as mudas 2 x ao dia.
• Manter as mudas em local ventilado e ao sol.
• Pulverizar semanalmente, conforme recomendação técnica (defensivos e adubos
foliar).
3- Molhar bem as mudas 02 (duas) horas antes de começar o plantio.
4- Não utilizar os tubos para a abertura do local de plantio.
5- Utilizar 01 (uma) pessoa para distribuir as mudas e pelo menos 02
(duas) para plantar, de modo que as mudas, dentro dos tubos não
fiquem expostas ao sol.
6- Cuide para que a muda não fique “solta” na terra (ar na raiz) ou
“apertada” demais.
7- A muda deve ser plantada no mesmo nível de terreno, nunca faça
“bacia”.
8- Para retirar as mudas dos tubetes, basta puxar pelo caule.
9- Distribuir e plantar as mudas, preferencialmente em dias
nublados, chuvosos ou nas horas mais frescas do dia.

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9- Plantio

9.1 - Cova
Abrir covas com dimensões de 50 x 50 x 50 cm.

9.2 - Em Sulcos

Sulcos com profundidade de 40 cm, no mínimo.

9.3 - Adubação de plantio (10 dias antes do transplantio)


Quantidade por covas.

- Esterco de curral curtido...................................20 litros


- Superfosfato Simples / termofosfato.................Conforme tabela 1
- FTE BR 12 ou FMA BR 12...........................50g.

9.4- Transplantio

Mudas sadias com 15 a 20 cm (do colo à gema apical), cortando-se 1 cm


do fundo do recipiente. As mudas produzida em tubetes, não devem
sofrer corte de raiz.

O transplantio deve ser efetuado à tarde, em horas mais frescas, ou em


dias nublados.

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10- ESPAÇAMENTO

PARA CULTIVOS CONDUZIDOS EM ESPALDEIRA VERTICAL:

Cultura Mecanizada : 3,5m entre linhas x 5,0m entre plantas.

Cultura sem Mecanização : 2,5m entre linhas x 5,0m entre plantas.

Obs.: O espaçamento entre plantas pode variar em função da época de plantio,


finalidade e condições fitossanitárias.

PARA CULTIVOS CONDUZIDOS EM LATADA OU CARAMANCHÃO

Diversos espaçamentos tem sido adotados, sendo mais comuns 5x5m, 5x 4m,
6 x 3m e 4 x 4m. A escolha de um deve considerar fatores como época de
plantio, clima e equipamentos / implementos disponíveis.

11- Espaldeiramento

Espaldeira Vertical

Sistema tradicional e mais difundido de condução do maracujazeiro, permite


alcançar excelentes produtividades com o uso de polinização manual, frutos de melhor
classificação e facilita os tratamentos fitossanitários.

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É construído utilizando moirões ou postes de madeira com 2,0m de altura livre


(2,60m de altura total), espaçados de 5,0, com um ou dois fios de arame, preso na parte
superior do poste ( o 2º fio deve ser colocado 40 cm abaixo do superior) (figura 1).
Os postes de madeira podem ser substituídos até 50%, e alternadamente por
“bambu gigante”.
São indicados os arames Zincados ou aqueles próprios para fruticultura já
disponíveis no mercado.

Figura 1: Espaldeira vertical com 2 fios de arame

ESPALDEIRA TIPO LATADA (CARAMANCHÃO OU PARREIRA)

Alguns locais no Brasil, tem adotado a condução em latada, em função das


melhores produtividades obtidas, comparativamente à espaldeira vertical, sem o
uso da polinização manual.
Os detalhes da construção de latadas estão no anexo III.

12- CONDUÇÃO

ESPALDEIRA VERTICAL

Conduzir 1 (um) ramo principal até o arame através de tutor (cordão), deixando
no total, dois ramos laterais (ou quatro, quando se usa dois fios de arame) simétricos.
Os demais brotos que surgirem no ramo principal, devem ser cortados. (figura 2)

Figura 2: Condução e desbrota

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LATADA OU CARAMANCHÃO

Conduzir 1 (um) ramo principal até o aramado através de tutor (cordão), deixar
quatro ramos laterais o mais próximo possível dos arames e eliminar o ápice do ramo
principal.

13- ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO / SAFRINHA (Por Planta)

1ª aplicação : 30 dias após o transplantio:


Sulfato de Amônio ou Nitrocálcio = 50g
Cloreto de Potássio = 50g

2ª aplicação : 60 dias após o transplantio:


Sulfato de Amônio ou Nitrocálcio = 100g
Cloreto de Potássio = 100g

3ª aplicação : 90 dias após o transplantio:


Sulfato de Amônio ou Nitrocácio = 100g
Cloreto de Potássio = 100g

14- ADUBAÇÃO DE PRODUÇÃO

1ª aplicação : meados de setembro


2ª aplicação : início de outubro, após ocorrência de chuva
3ª aplicação : meados de novembro
4ª aplicação : início de janeiro

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5ª aplicação : meados de fevereiro


6ª aplicação : meados de março

1ª aplicação : (incorporado em sulcos de 1,0 x 0,2 x 0,2m, afastado 60 cm da


planta).
Esterco de Curral : 10 litros
Superfosfato Simples /
Termofosfato : Conforme tabela(de uma só vez)
FTE BR 12 : 50g

Demais aplicações : Adubos nitrogenados e potássicos em cobertura,


Conforme tabela 1.
Tabela 1 : Recomendações de adubação para produção do maracujazeiro,
conforme a expectativa de produtividade e resultados de análise de
solo.(QUAGGIO & PIZA JR., 1998).

Produtividade P resina, mg dm• ³ K + trocável, mmol


cdm• ³
_____________________________
____________________________________________
esperada Nitrogênio 0-12 13-30 >30 0-0,7 0,8- 1,6-
>3,0
1,5 3,0

t/ha N, kg ha• ¹ ...... P• 0• • kg ha• ¹ ...... ........ K• 0, kg ha• ¹


...............
<15 60 40 20 10 180 130 80 40
15-20 80 60 40 10 240 180 120 60
20-25 100 80 40 20 300 230 160 80
25-30 120 100 50 40 360 280 200 100
30-35 140 120 80 60 420 330 240 120
>35 160 140 100 80 480 380 280 140

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15 - TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO

12.1 - Pragas.

Ver tabela I e anexo I

12.2 - Doenças

Ver tabela II e anexo II

16- POLINIZAÇÃO

As flores abrem-se após as 12:00 h e fecham-se após as 18:00h, estando viáveis


somente neste período.
Para obtenção de uma boa produtividade é imprescindível que se efetue a
polinização MANUAL.
Preservar a Mamangava e incrementar sua população através da construção de
abrigos usando preferencialmente tocos secos de tambú ou outra madeira para a
nidificação do inseto.
Incrementar o plantio de espécies que produzam flores atrativas para “abelha
européia” e Mamangavas (manjericão, girassol, crotalaria).

17- COLHEITA

Indústria

Efetuar a colheita semanalmente de todos os frutos caídos e os desgarrados não


caídos.

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Após colheita, manter os frutos ensacados à sombra.


Remeter ao comprador o mais rápido possível.
Frutos atacados por pragas / doenças ou imprestáveis para comercialização,
deverão ser retirados da lavoura e enterrados.
Frutos caídos ainda verdes devem permanecer na lavoura até definição da cor da
casca.
Evitar o pisoteio das embalagens.

Mercado “In Natura”

Colher de acordo com os dias favoráveis de comercialização nos CEASAS ou


outros centros atacadistas, normalmente 2 a 3 vezes por semana.
Os frutos devem ser retirados da planta com aproximadamente 70% da casca
amarelada.
Evitar manuseio excessivo e quedas bruscas das embalagens.
Os utensílios utilizados na colheita (sacos, caixas ou outros) não devem ser
misturados com aqueles de transporte. Evite transitar ou utilizar em seu pomar
embalagens provenientes de outros pomares ou, e principalmente, vindas de
centros de comercialização.

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ANEXO I

RECOMENDAÇÃO PARA OCONTROLE DA MOSCA


DOS BOTÕES FLORAIS

1- Usar frascos caça-moscas na proporção de 04 frascos / ha para


detectar a presença do inseto na área de plantio. Utilizar como
atrativo suco de maracujá (três partes), açúcar cristal (uma parte)
e água (seis partes).

2- Logo que sejam encontrados os primeiros adultos nos frascos,


iniciar o controle através de isca envenenada.

3- A aplicação deve ser feita aspergindo a solução inseticida sobre a


folhagem do maracujazeiro, no período da manhã.

4- Durante o período de maior emissão de botões florais pulverizar a


cada 7 (sete) dias.

5- Pulverizar a isca apenas de um lado da linha. Deve-se alternar as


linhas em cada aplicação.

6- A aplicação deve ser feita em 20% das linhas de plantio da


cultura, sendo que em todas as aplicações as plantas de bordadura
da lavoura devem ser pulverizadas.

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7- Preparar a isca acrescentando-se em 100 litros de água, 7 litros de


melaço ou 5 kg de açúcar e 200 ml de LEBAYCID EC.

8- Catar, sempre que possível, os botões florais caídos no chão.

9- Estabelecer barreiras vegetais, utilizando-se de espécies não


hospedeiras da mosca, como exemplo: capins ou eucalipto.

QUADRO I

CONTROLE DE PRAGAS NO MARACUJAZEIRO


PRAGA NOME CO. NOME QUANT. P/ CARÊNCIA PROCEDI-
MERCIAL TÉCNICO 100 l ÁGUA (DIAS) MENTOS
LAGARTA THURICIDE B. 150 g 0 1
DAS CARTAP Thuringiens 150 g 14
FOLHAS THIOBEL Is 150 g 14
CARTAP
CARTAP
MOSCA DO LEBAYCID FENTION 200 ML + 21 2
BOTÃO 5 Kg. DE
FLORAL OU AÇÚCAR
DAS OU
FRUTAS MELAÇO
VAQUINHA CARTAP CARTAP 150 g 14 1
PERCEVEJO THIOBEL CARTAP 150 g 14
TRIPS
PULGÕES

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PROCEDIMENTOS: 1- Aplicar o inseticida quando os danos da praga forem


Evidentes.

2- Pulverizar a isca somente em 20% do pomar


(linhas alternadas).

OBS.: * Efetuar as pulverizações com os inseticidas pela manhã até às 09:00 h, ou à


noite, após 18:00 h, visando proteger os insetos polinizadores.
* Para pulverização de plantas adultas utilizar o volume 1,0 litro de calda
• Para os acaricidas usar 03 litros de solução por planta.

QUADRO II

CONTROLE DE DOENÇAS DO MARACUJAZEIRO

DOENÇA NOME NOME TÉCNICO QUATIDADE CARÊNC. PROCEDI-


COMERCIAL POR 100 L (DIAS) MENTO
DE ÁGUA
BACTERIOSE COBRE ÓXIDO CUPROSO 240 g 07
SANDOZ OU OXICLORETO DE 300 g 07
RECOP OU COBRE
AGRIMICINA OXITETRACICLINA 240g 07 01
+ SULFATO DE
ESTREPTOMICINA

ANTRACNOS COBRE ÒXIDO CUPROSO 240 g 07


E SANDOZ
VERRUGOSE OU RECOP OXICLORETO DE 300 g 07 01
COBRE
SOLAN BIOESTIMULANTE 150 ml - 02

EXTRAVON - 20 ml - 03
HAITEN - 15 ml -

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PROCEDIMENTOS

1- Iniciar as pulverizações após o aparecimento dos primeiros sintomas da doença.


fazer aplicações semanais durante 03 (três) semanas seguidas. Após isto manter
o pomar em observação e somente repetir o tratamento quando houver
reincidência da doença.
2- O Bioestimulante SOLAN deve ser acrescentado em todas as pulverizações e
fungicidas e/ou bactericidas, para melhorar a eficiência dos mesmos.
Independente de sua aplicação conjunta, deve ser aplicado sozinho uma vez por
mês.
3- Espalhante adesivo deve ser usado em todas as aplicações.

Observação : O volume de cada fungicida e / ou bactericida recomendado para


aplicação é de 500 l / ha até a safrinha e, após esta, 1.000 l / ha .

È muito importante que os tratamentos se iniciem tão logo


apareça os primeiros sintomas.

Os “Produtos Técnicos” acima recomendados, poderão ser


substituídos na sua formulação comercial, desde que os similares
sejam registrados para a cultura do maracujazeiro.

ARAME : Para pomares instalados em locais sujeitos a ventos,


recomendamos a utilização de 2 fios de arame, especial para

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fruticultura, tipo FRUTIFIO ou no caso de optar por apenas 1 fio,


utilizar arame Z – 700 ou, preferencialmente, ZZ-800.

LITERATURA SUGERIDA E CONSULTADA :

RUGGIERO, C. – MARACUJÁ - Do Plantio à Colheita, Anais do 5º


Simpósio Brasileiro sobre a Cultura do Maracujazeiro - Jaboticabal – 1998.

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RESUMO DO CURRICULUM VITAE

1. Dados Pessoais

Nome: José Rafael da Silva

Profissão: Eng. Agrônomo formado pela Universidade de Brasília – DF em 1982

Curso de Pós – Graduação M.Sc. pela Universidade de Viçosa – MG em 1984.

Professor Bolsista programa DCR / CNPq – UNB 1984 – 1985.

Gerente de Pesquisa Agrícola Maguary 1986 – 1996.

Atualmente consultor técnico – Produtor de sementes e mudas.

2. Atividade Principal

Cultura do Maracujazeiro

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