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Fundamentação Teórica:
Indicadores são geralmente ácidos ou bases, orgânicos e fracos, que possuem a propriedade
de ter uma cor na sua forma não ionizada e outra cor na sua forma ionizada. Têm estrutura
geralmente complexa, porque é necessário haver muitas duplas ligações (C = C, C = O, N = N, etc.)
conjugadas para a molécula absorver e refletir luz visível apresentar-se colorida. Como exemplo,
considere a fenolftaleína na Figura 3.
Observe como, na forma incolor, as ligações duplas de cada anel não estão conjugadas com
as duplas dos outros anéis, mas na forma vermelha há conjugação entre todas as duplas (se você não
sabe, informe-se sobre o que são duplas conjugadas).
Note que, confirmando o que foi dito acima, neste caso ambas as estruturas têm muitas
duplas conjugadas, e ambas as formas são coloridas.
Devido à complexidade dessas fórmulas, é comum que se evite escrevê-las inteiras quando
se estudam os indicadores, preferindo-se representar de maneira abreviada (HIn para indicadores
que são ácidos e InOH para indicadores que são bases).
Desta forma, como mostrado na Equação 1, em solução ácida (grande concentração de H+) o
equilíbrio está deslocado para a esquerda: a concentração de HIn é alta e a concentração de In- é
baixa, resultando na cor A. Se formos adicionando base a essa solução, a concentração de H+ vai
sendo reduzida e o equilíbrio vai sendo deslocado para a direita, fazendo com que finalmente
comece a predominar a cor B. Este assunto, que parece muito simples, costuma trazer mais confusão
do que o estudante espera. É recomendável que você tente escrever no seu caderno a equação (1)
sem olhar para o texto, colocando as cores e tentando concluir qual cor predominará em solução
ácida e em solução básica, conferindo depois suas conclusões com o texto acima. Tente colocar isso
no relatório concretizado no caderno.
No experimento, você poderá observar ainda que alguns indicadores, como a fenolftaleína e
o violeta de metila, quando em solução fortemente alcalina, podem perder sua cor após algum
tempo.
Tomemos como exemplo a fenolftaleína; ao ser adicionada a uma solução de NaOH 1 mol/L
ela fica vermelha no momento da adição, mas rapidamente torna-se incolor, porque sofre a
transformação mostrada na Figura 5.
Essa transformação é reversível; basta adicionar um pouco de ácido (em quantidade apenas
suficiente para deixar a solução menos alcalina, mas sem deixá-la ácida) para a fenolftaleína voltar a
ficar vermelha.
Os indicadores podem ser usados tanto em solução como impregnados em papel. Quando
estão em papel, para verificar a “acidez” de uma solução podemos mergulhar a tira de papel na
solução e retirar em seguida, ou podemos pingar uma gota da solução no papel (este método não é
muito apropriado para trabalhos quantitativos, principalmente os de maior precisão, que não
permitem que a gente saia por aí perdendo gotas das soluções).
O papel indicador mais comum é o papel de tornassol, que contém somente um indicador e
permite apenas verificar se uma solução é ácida ou básica, sem nenhuma indicação quantitativa de
acidez ou basicidade. Tanto em solução como em papel, os indicadores podem ser usados na forma
de misturas de vários indicadores, que adquirem várias colorações diferentes conforme o pH,
permitindo uma avaliação bastante razoável do pH de uma solução.
Os papéis com vários indicadores são chamados de papéis indicadores universais. Os mais
eficientes são compostos de vários (geralmente 4, às vezes 6) quadradinhos de papel presos na ponta
de uma tira plástica; cada quadradinho é impregnado com uma mistura diferente de indicadores. Ao
mergulhar a tira numa solução, cada quadradinho adquire uma cor diferente e, comparando a
combinação de cores com uma referência impressa, podemos avaliar o pH da solução com precisão
de 1 unidade (este é o tipo mais comum), ou 0,5 ou até 0,2 unidades de pH.
○ Substâncias com propriedades básicas: sabão em barra, sabão em pó, creme dental, cal de
construção, fermento químico, água sanitária, limpa forno, comprimido antiácido, leite de
magnésia, bicarbonato de sódio, solução para desentupir pia, cinza de fogão, sal amoníaco,
sabonete líquido, desinfetante, soda cáustica (ou solução diluída);
○ Substâncias com propriedades ácidas: vinagre, ácido muriático (limpa piso), limão, laranja, suco
de frutas cítricas, refrigerante incolor, suco em pó, comprimido efervescente (Vit C), ácido
sulfúrico (diluído);
○ Substâncias com propriedades neutras: shampoo (adulto), shampoo (infantil), água da torneira,
detergente neutro para louças, sal de cozinha.
Dê preferência para 2 produtos ácidos, 2 alcalinos e 1 neutro para cada equipe, para permitir que
cada equipe visualize as cores durante os testes com as soluções.
Procedimentos:
Objetivos:
Fundamentação teórica:
“Pedra” e água não costumam gerar gases que incendeiam quando em contato com uma
faísca. Porém, existe uma rocha que em contato com a água libera um gás inflamável. Ela se chama
carbeto de cálcio (CaC2), conhecida popularmente como carbureto. Carbeto de cálcio é produzido
industrialmente em um forno de arco elétrico carregado com uma mistura de cal e carvão a
aproximadamente 2000 °C. O processo é representado pela equação:
A pedra de carbureto, é um sólido branco acinzentado que, em contato com a água, reage
imediatamente produzindo gás acetileno e óxido de cálcio. O gás acetileno é inflamável e ao entrar
em contato com o oxigênio e uma faísca, incendeia. As pedras de carbureto foram muito utilizadas
para produzir o gás acetileno nas soldas oxiacetileno. Também pode ser utilizada para iluminação e
estima-se que 300g de carbureto rende aproximadamente 5 horas de luz. A equação química que
representa o processo envolvido na produção do acetileno e do óxido de cálcio é a seguinte:
Os dois produtos formados na reação inicial com a água, reagem em seguida. O acetileno
sofre reação de combustão e o óxido de cálcio reage com a água para formar o hidróxido de cálcio,
uma base forte. A formação da base pode ser atestada pela adição de fenolftaleína à água que passa
de incolor para rósea. A reação da água com o óxido de cálcio está pela equação abaixo:
Procedimentos: Cuidados iniciais - ambiente arejado, visto que a combustão pode gerar um pouco
de fuligem durante a realização.
Atenção: Nas etapas abaixo, após colocar a pedra de carbeto na água, recomenda-se riscar o fósforo
imediatamente e jogar sobre a água para acender. O carbeto ao entrar em contato com água e forma
acetileno que é combustível, se demorar para acender e iniciar a queima pode gerar grandes
labaredas. Recomenda-se também que não fiquem muito próximos do experimento nesta etapa e
cuidem dos cabelos e dos jalecos de poliéster. Anote a pressão e a temperatura do dia do
experimento.
Objetivos específicos:
Fundamentação Teórica:
Os ésteres constituem aditivos de alimentos que conferem sabor e aroma artificiais aos
produtos industrializados. Você conhecerá agora os ésteres que imitam o sabor de frutas em sucos,
chicletes e balas.
http://dx.doi.org/10.1016/j.eq.2015.07.003
Materiais e Reagentes: tubos de ensaio, pinça de madeira, estante para tubos, etanol, isopropanol,
n-butanol, ácido sulfúrico, ácido acético, água gelada e água aquecida.
Procedimentos:
Atenção: após colocar o tubo no banho-maria não direcionar a boca do tubo para as pessoas,
inclusive você, e não olhar sobre o tubo.
Objetivo:
Fundamentação teórica:
Dependendo do tipo de álcool que reage, a oxidação dos álcoois pode originar aldeídos,
cetonas, ácidos carboxílicos, gás carbônico e água. Os álcoois podem sofrer oxidação quando
expostos a algum agente oxidante, como uma solução aquosa de dicromato de potássio (K2Cr2O7) ou
de permanganato de potássio (KMnO4) em meio ácido.
Um oxigênio nascente [O] que estiver no meio irá atacar o carbono ligado ao grupo funcional
do álcool (hidroxila – OH), formando um composto muito instável, chamado de diol gêmino, que
possui duas hidroxilas ligadas a um mesmo carbono. Por ser instável, esse composto libera água e dá
origem a um novo produto.
Esse produto irá depender do tipo de álcool oxidado, se é primário, secundário, terciário ou
se é o metanol.
Em álcoois primários como o etanol, o carbono da hidroxila está ligado a apenas um átomo
de carbono, ou seja, os dois outros ligantes são hidrogênios, havendo dois lugares para o oxigênio
nascente atacar. Primeiramente, haverá a formação de um aldeído, como mostrado a seguir na
Figura 2.
Figura 2 – Esquema de mecanismo de reação de oxidação do álcool primário por oxigênio nascente.
Mas, a oxidação continua, porque os reagentes utilizados para oxidar o álcool são mais fortes
do que os usados para oxidar um aldeído. Então, outro oxigênio nascente ataca o carbono da
carbonila e produz um ácido carboxílico. A seguir, temos um exemplo, a oxidação do etanol,
primeiramente o etanal e depois a ácido etanoico (ácido acético). Todo esse processo pode ser
mostrado na equação da Figura 3. Esse processo é a transformação do vinho em vinagre.
Materiais e reagentes: etanol, béquer, permanganato de potássio, ácido forte, tubo de ensaio ou
proveta, pegador de madeira, bastão de vidro, vidro de relógio ou placa de Petri, e algodão.
A varinha mágica
1) No vidro de relógio ou placa de Petri coloque H2SO4 e KMnO4 de modo que a distância entre eles
seja muito pequena ou que o contato ocorra numa região muito pequena.
2) Embebede uma mecha de algodão em álcool e deixe-a sobre a bancada.
3) Passe a ponta do bastão de vidro no ácido sulfúrico e permanganato até misturá-los.
4) Leve a ponta do bastão de vidro até o algodão embebido.
5) No instante em que o bastão encostar no algodão, o álcool entra em combustão (você pode
apagar a chama e repetir o processo várias vezes).
1 Li e compreendi o roteiro? ( )A ( )B ( )C ( )D