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Escola Secundária da Moita

Ano letivo 2022/2023

AL- Preparação de um indicador ácido-


base

Disciplina de Química A, lecionada pela professora Ana Bela


Rodrigues

Carolina Lopes, Maria Rodrigues, Maria Fonseca e Rafaela


Carrilho
Data de realização: 22/03/2023

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Índice
1. Objetivo geral........................................................................................................3
2. Introdução Teórica................................................................................................3
2.1. Ácido-base...................................................................................................................3
2.2Indicadores ácido-base..................................................................................................4
3. Planeamento e execução........................................................................................6
3.1. Materiais......................................................................................................................6
3.2. Planeamento e execução..............................................................................................7
4. Analise de resultados:..........................................................................................13
4.1. Escala de pH..............................................................................................................15
5. Conclusão............................................................................................................15
6. Apreciação global do trabalho..............................................................................16
7. Webgrafia e bibliografia......................................................................................16

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1. Objetivo geral

Para esta atividade foi-nos proposto utilizar um tipo de flores como indicador
ácido-base, no nosso caso utilizamos pétalas de rosas como indicador. Assim, sabendo o
pH das substâncias escolhidas para a atividade seria possível determinar uma escala de
pH com as diferentes tonalidades de cor que obtivemos após o contacto com o indicador
que fizemos.

2. Introdução Teórica

2.1. Ácido-base

Evolução Histórica 
O termo ácido foi associado ao sabor azedo, enquanto a base foi associada a
materiais amargos e escorregadios ao tato.
Antoine Laurent Lavoisier (Séc. XVIII) supunha que todos os ácidos continham
oxigénio.
Humphrey Davy (Séc. XIX) demonstrou que existem substâncias ácidas sem oxigénio,
como, por exemplo, o HCl (aq). Assim surgiu a ideia de que o princípio acidificante
poderia ser atribuído ao hidrogénio.
Justus von Liebig (Séc. XIX) considerou que todos os ácidos deveriam ser
“compostos de hidrogénio em que este pode ser facilmente substituído por um metal”.
Svante August Arrhenius (Séc. XIX) admitiu a existência de iões em soluções aquosas (
teoria iónica) e propôs uma nova teoria:
 O ácido é uma substância que contém hidrogénio e que, dissolvida em água, dá
origem a iões hidrogénio, H+ .
 A base é uma substância que contém OH e que, dissolvida em água, se dissocia
produzindo iões hidróxido, OH-.

Reações ácido-base 
Uma reação ácido-base é uma reação que ocorre entre um ácido e uma base e
segundo a teoria de Bronsted-Lowry explicam-se a partir da transferência de iões

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hidrogénio, entre substâncias. Para que um ácido possa ceder um ião hidrogénio, é
necessário que outra substância (uma base) aceite esse ião.

Escala de Sorensen
O pH, um conceito introduzido por Sorensen, fornece indicação sobre o maior
ou menor grau de acidez, ou de alcalinidade, de soluções aquosas, ou sobre a sua
neutralidade. Na escala de Sorensen, a 25ºC, o valor de pH de uma solução neutra é
7.Se o pH for menor do que 7 a solução será ácida e será básica se for maior do que 7.

2.2Indicadores ácido-base

Existem vários métodos possíveis para a determinação do pH de uma solução


aquosa. Um destes vários métodos é a utilização de indicadores ácido-base.
Os indicadores ácido-base são substâncias naturais e sintéticas que variam de cor
de acordo com o pH do meio. Um pigmento natural é uma substância extraída por
processos físico-químicos e bioquímicos. É possível descobrir o pH de uma solução a
partir do extrato de flores e este processo foi introduzido, nos séculos XVI,I por Robert
Boyle, este preparou um licor violeta e observou que o extrato desta flor adquiriu a cor
vermelha em solução ácida e verde em solução básica, assim foram obtidos os primeiros
indicadores.
As flores apresentam um conjunto de cores, que resulta da variação do pH da
presença dos diversos tipos de pigmentos naturais. Estes pigmentos presentes nas flores
podem ser obtidos a partir da extração por solventes como a acetona, o álcool e a água.
A extração de pigmentos pelo álcool é a mais eficiente, pois fornece uma maior
distinção da variação de cores do meio, quando acrescidos os indicadores. Esta se
constituiu da maceração das pétalas de flores em álcool etílico.
Quando estes indicadores são colocados em contacto com uma solução ácida,
eles ganham determinada cor, mas quando são colocados em meio básico assumem
outra cor.
Normalmente são constituídos por um ácido fraco ou uma base fraca que entra em
equilíbrio com a sua base ou ácido conjugado, respetivamente. O ácido fraco tem uma
cor e a sua base conjugada tem outra, o mesmo acontece com a base fraca e o seu ácido
conjugado. 

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Os indicadores mais conhecidos são a Fenolftaleína que em meios ácidos fica
incolor e em meios básicos adquire a cor carmim, tendo a sua zona de viragem entre os
valores de pH 8,0 e 9,6, o Alaranjado de metilo que em meios muito ácidos adquire a
cor vermelho e tem a sua zona de viragem entre os valores de pH 3,1 e 4,6 tornando-se
num tom alaranjado e por último o Azul de bromotimol que em soluções ácidas tem a
cor amarelo e a sua zona de viragem é entre os valores de pH 6,0 e 7,6 tornando-se azul.
A determinação da cor é bastante subjetiva e por isto os indicadores ácido-base não são
aconselháveis para determinações precisas de um valor de pH.
Estes indicadores são bastante utilizados em titulações, técnicas que são utilizadas em
estudos quantitativos de reações de neutralização ácido-base.

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3. Planeamento e execução

3.1. Materiais
 Pétalas de rosa;
 Balão de fundo redondo;
 Manta de aquecimento;
 Gobelés necessários;

 1 almofariz com pistilo;


 Tesoura;
 Papel de filtro;
 Vareta de vidro;
 Funil de vidro;
 Etanol;
 Ácido Clorídrico;
 Cloreto de sódio;
 Limão;
 Leite;
 Shampoo;
 Sumo;
Fig. 1- Materiais
 Lixivia;
 Água destilada;
 Vinagre;
 Limpa vidros;
 Pasta de dentes;
 Indicadores tipo;
 Etiquetas e caneta.

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3.2. Planeamento e execução

A. Preparação da solução que dará origem ao indicador:


1. Após a separação das pétalas de rosa, com a ajuda de uma tesoura cortar aos
bocados todas as pétalas e se for preciso macerar no almofariz.

2. Com as pétalas todas mais ou menos uniformes, colocar dentro do balão de


fundo redondo e aquecê-lo na manta de aquecimento. Juntar etanol até cobrir todas as
pétalas.

Fig. 2- aquecimento das


pétalas

3. Quando os pigmentos da rosa já se encontrarem quase todos retirados das


pétalas, apresentando cor rosa claro deve-se retirar o balão do aquecimento. Deve-se ter
em atenção a temperatura do balão.

Fig. 3- pétalas já com pouco


pigmento

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4. Depois do balão arrefecer, utilizando papel de filtro, vareta de vidro e um
funil deve-se decantar a solução para um gobelé, filtrando-a.

Fig. 4- indicador

B. Preparação das soluções que irão ser estudadas:


1. Etiquetar os tubos onde irão ser colocadas as substâncias em estudo.

2. Preparar a solução aquosa de ácido clorídrico, medir o seu pH utilizando


indicadores tipo.

3. Realizar o procedimento anterior mas para o Hidróxido de sódio.

4. Preparar cada amostra de substâncias para estudo e colocar no tubo


etiquetado corretamente.

Fig. 5- amostras para estudo

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5. Para cada tubo de uma solução, com a ajuda de pipetas de Pasteur colocar
cerca de 4 a 5 gotas da solução de rosas, servindo de indicador ácido-base.
-As seguintes imagens mostram a cor de cada amostra antes e depois de colocar o
pigmento indicador ácido-base.

Solução aquosa de ácido clorídrico:

Solução de limão:

Solução de vinagre:

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Solução de Shampoo:

Solução de leite:

Solução de sumo:

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Solução de água destilada:

Solução de limpa vidros:

Solução de pasta de dentes:

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Solução de lixivia:

Solução aquosa de hidróxido de sódio:

6. Armazenar tanto as amostras como a solução indicadora de pétalas de rosa.

Fig. 6- armazenamento do
indicador

7. Registo de cores e resultados observados.

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4. Analise de resultados:
Solução estudada PH Cor aparente Registo
fotográfico

Ácido Clorídrico <1 Vermelho

Limão 2,17 Rosa avermelhado

Vinagre 2,9 a 3 Vermelho escuro

Shampoo 5,5 Rosa Choque

Leite 6,4 Rosa claro

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Sumo 6,7 Salmão

Água destilada 7 Rosa velho

Limpa vidros 7,5 Verde

Pasta de dentes 10 Verde acinzentada

Lixivia 13 Amarelo

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Hidróxido de 14 Amarelo torrado/
sódio castanho

4.1. Escala de pH (não feita à medida):

5. Conclusão
Assim, concluímos que é de facto possível a realização de um indicador ácido-
base pelo extrato de pigmentos de flores, neste caso de uma rosa. Funcionando
igualmente bem quanto os indicadores tipo como a fenolftaleína etc. Podendo ser-nos
bastante útil a escala de cores acima apresentada para a realização de outras pesquisas
com outras substâncias de estudo onde o pH nos é desconhecido.

6. Apreciação global do trabalho

Com base na análise geral do trabalho é de frisar que como apenas soubemos da
existência de água destilada no laboratório após a realização do estudo com água da
torneira igualamos o seu pH a 7, embora pudesse não ser exatamente de pH 7, enquanto

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o correto é realizar a experiência com o tubo de água destilada onde o seu pH é
exatamente
7.
Em relação às amostras escolhidas para a experiência, deveriam ter sido mais
para podermos fazer uma escala de cores de pH mais detalhada e de ainda mais certezas.
Para esta experiência deveria ter sido calculado o ponto de viragem do indicador,
por uma titulação ácido-base, mas o tempo foi reduzido e seguimos para férias. Porém
temos em mente fazê-lo por forma de concluir o nosso estudo e aprendizagem nesta
experiência.
Contudo, foi uma atividade laboratorial que correu como previsto, sem
percalços. As cores de diferença dos pH foi notória e acabou por ser uma grande
aprendizagem para a disciplina.

7. Webgrafia e bibliografia
https://www.youtube.com/watch?v=vUhICv7dwyo – vídeo base da experiência.

http://farmaciaminhavida.blogspot.com/2013/03/obtencao-de-indicador-de-ph-
colorido.html

https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/indicadores-acido-base.htm

FOGAÇA, Jennifer. “Indicadores ácido-base”.

PRADO, Marcos. “Obtenção de indicador de pH colorido com pétalas de rosas”. 

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