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Manutenção biológica do pH

No âmbito da unidade curricular de Biologia Vegetal

Trabalho realizado por: Docente: Dr. Álvaro Vaz


Ana Nunes, 48983 Curso: Química Industrial
Mariana Oliveira, 49062 Ano Letivo: 2022/23
Rita Bernardes, 48444

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Índice

Objetivo…………………...……………………..……………………….3
Introdução…………………...……………………..…………………….3
Materiais e Reagentes……………..………...…………………………3
Procedimento experimental………………...……………………….…5
Tratamento de resultados………….………...…………………………6
Conclusão……………………………...……...…………………………7

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Objetivo
Esta prática laboratorial tem como objetivo o estudo de pigmentos extraídos de
extratos vegetais tendo em conta a variação de pH.

Introdução

As antocianinas são compostos naturais e hidrossolúveis derivados dos


flavonóides. Encontram-se presentes nos tecidos superiores das flores (folhas,
caule,...), livres no citoplasma, dando origem à cor da flor. Essa cor varia consoante
diversos fatores, tais como a variação do pH, a presença de metais pesados e outros
compostos incolores que atuam como copigmentos.
Estruturalmente, as antocianinas são compostos complexos constituídos por
uma aglicona, um grupo de açúcares e por um grupo de ácidos orgânicos. Devido às
suas propriedades anti-oxidantes e anti-inflamatórios são muitas vezes utilizadas na
indústria alimentar, farmacêutica e cosmética.
Estes compostos podem estar presentes em diversas famílias de plantas
cultivadas: Vitaceae (uva), Rosaceae (cereja, ameixa, framboesa e morango),
Solanaceae (batata), Ericaceae (mirtilo), Cruciferae (repolho roxo, rabanete),...
Nesta atividade vamos estudar os pigmentos extraídos de pétalas de uma flor,
de uma beterraba e de um repolho roxo.

Materiais e Reagentes
● Tubos de ensaio;
● Almofariz;
● Papel de filtro;
● Medidor de pH;
● Funil;
● Pipetas de Pasteur;
● Água destilada;
● Detergente caseiro;
● Vinagre;
● Tampão tris-maleato;
● HCl 7M;

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● NaOH 10M;
● Beterraba;
● Repolho roxo;
● Pétalas de flor.

Ácido Clorídrico:
● Fórmula Molecular: HCl
● Massa Molar: 36,458 g/mol
● Densidade: 1 g/cm3 a 20 °C
● Ponto de fusão: -30 °C
● Ponto de ebulição: >100°C
● Advertências de perigo: H290; H315; H319; H335
● Recomendações de prudência: P302+P352; P305+P351+P338
● Pictogramas:

Hidróxido de Sódio:
● Fórmula Molecular: NaOH
● Massa Molar: 39,997 g/mol
● Densidade: 2,13 g/cm3
● Ponto de fusão: 318°C
● Ponto de ebulição: 1388°C
● Advertências de perigo: H290; H314
● Recomendações de prudência: P223; P280; P303+P361+P353;
P305+P351+P338; P310
● Pictogramas:

Procedimento Experimental

Parte 1- Extração

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1. Macerar a beterraba, repolho roxo ou as pétalas de flores coloridas num
almofariz;
2. Adicionar alguns ml de água destilada;
3. Filtrar o extracto através de um papel de filtro ou uma porção de gaze,
recuperando o filtrado.

Figura 1: Extratos da beterraba, repolho e pétalas

Parte 2- Teste com produtos domésticos

1. Adicionar algumas gotas de vinagre às soluções aquosas


obtidas;
2. Adicionar, à mesma solução, algumas gotas de detergente caseiro;
3. Determinar o pH das amostras obtidas;
4. Verificar se os efeitos observados são reversíveis

Parte 3- Teste dos extractos com diferentes tampões para diferentes valores de pH

1. Colocar 5 tubos com cerca de 2 ml de tampão Tris-Maleato com pH entre 5 e 9;


2. Adicionar algumas gotas dos extractos anteriormente obtidos até obter uma cor
3. visível;

Fig.2- Repolho+Tris-Maleato Fig.3- Beterraba+Tris-Maleato Fig.4- Pétalas+Tris-Maleato

4. Comparar as diferentes colorações obtidas;


5. Ao tubo com o tampão com o pH mais baixo adicionar algumas gotas de HCl
7M
6. Ao tubo com o tampão com o pH mais elevado adicionar algumas gotas de
NaOH 10M.

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Fig. 5 - Tubos (pH=5) com HCl Fig. 6- Tubos (pH=9) com NaOH

Tratamento de Resultados

Parte 2

Tabela 1- Teste da reversibilidade

Beterraba Repolho Roxo Pétalas de flores

Vinagre+Detergente Irreversível Irreversível Irreversível

Detergente+Vinagre Reversível Reversível Reversível

Parte 3

Tabela 2- pH dos extratos com vinagre e detergente

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Beterraba Repolho Roxo Pétalas de flores

pH c/ Detergente 12,75 12,65 12,72

pH c/ Vinagre 2,75 3,48 2,65

Conclusão

Com a finalização desta atividade laboratorial, concluímos que os extratos de


beterraba e repolho roxo mudam de cor consoante o pH a que são sujeitos, sendo este
último o que sofre uma maior variação da cor. Isto deve-se ao facto de haver uma
maior quantidade de antocianinas no repolho. Embora não seja muito rigoroso,
podemos concluir que o repolho pode funcionar bem como um indicador ácido-base,
uma vez que é de fácil obtenção e preparação e sofre variações acentuadas de
coloração consoante o pH.
Na parte 3 foi testada a reversibilidade de compostos com pH ácido (extratos
com vinagre) ao adicionar um composto básico (detergente) e de compostos com pH
básico (extratos com detergente) ao adicionar um composto ácido (vinagre). Dado o
apresentado na tabela 1, facilmente concluímos que ao adicionar vinagre aos extratos
com detergente a reação é reversível dado que a cor obtida fica igual à cor inicial. O
contrário já não acontece, uma vez que a célula vegetal já se encontra acidificada pelo
vinagre.

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