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Técnico em Química

Concomitante 1

Kamilla Lopes
Estéfany Silva
Laura Maria

Prática 16- Medidas de pH de soluções salinas

Itaperuna
29/11/2019
Introdução

Em química, pH é uma escala numérica adimensional utilizada para especificar


a acidez ou basicidade de uma solução aquosa. A rigor, o pH é definido como
o cologaritmo da atividade de íons hidrônio. Podemos aproximar o cálculo do pH
usando a concentração molar o íon hidrônio ao invés da atividade
hidrogeniônica.
A água pura apresenta pH 7 a 25 °C, pois apresenta a mesma quantidade de
íons hidrônio e hidróxido vindos da auto ionização da água. As soluções com
valores de pH menor que 7 são ácidas pois apresentam quantidade maior
quantidade de íons hidrônio e soluções com valores maiores do que 7
são básicas pois apresentam quantidades de íons hidrônio em relação aos íons
hidróxido. Embora não seja habitual, a escala pode assumir valores abaixo de
zero (negativos) ou acima de catorze quando se tratando de bases ou ácidos
muito fortes. pH é um número e não deve ser confundido com as qualidades
neutro, ácido ou básico. Podemos dizer que o pH está baixo ou que o meio está
ácido, mas não podemos dizer que o pH está ácido. As medidas de pH são
importantes em diversas outras áreas de conhecimento além da química,
como agricultura, agronomia, aquicultura,
biologia, engenharias (alimentícia, ambiental, civil, florestal, química, materiais),
medicina, tratamento e purificação de água e muitas outras aplicações.
O termo "pH" foi introduzido, em 1909, pelo bioquímico dinamarquês Søren Peter
Lauritz Sørensen com o objetivo de facilitar seus trabalhos no controle de
qualidade de cervejas (à época trabalhava no Laboratório Carlsberg,
da cervejaria homônima). A grafia original tinha o "H" como subscrito: pH.
Não há consenso sobre a origem exata do "p" em "pH" sendo especulativa. Já
foi sugerido que vem do alemão Potenz, que significa "poder de concentração",
ou do francês puissance (que também significa "poder" ou "potencial", baseado
no fato de que o Laboratório Carlsberg era francófono). Às vezes é referido
do latim pondus hydrogenii. Também sugere-se que Sørensen usava as letras
"p" e "q" (comuns na matemática) simplesmente para se referir à "solução de
teste" e à "solução de referência". Portanto, o uso do termo potencial do hidrônio
e termos correlatos não é recomendado por não ser oficial, não estar nos livros
didáticos e também por gerar confusão em relação ao potencial
padrão do hidrônio.
Atualmente, o "p" minúsculo é usado na química para se referir
a cologaritmos decimais (como em pKa, que expressa uma constante de acidez).
Um indicador de pH, também chamado indicador ácido-base, é um composto
químico que é adicionado em pequenas quantidades a uma solução, permitindo
conhecer se seu pH se encontra acima ou abaixo de uma determinada faixa de
valores que varia conforme o indicador escolhido. Estes corantes são dotados
de propriedades halocrômicas, que é a capacidade de mudar de coloração em
função do pH do meio.
Os indicadores de pH são frequentemente ácidos ou bases fracas. Quando
adicionados a uma solução, os indicadores de pH ligam-se aos íons H+ ou OH-.
A ligação a estes íons provoca uma alteração da configuração eletrônica destes
indicadores e, consequentemente, altera-lhes a cor.
Dada a subjectividade em determinar a mudança de cor, os indicadores de pH
não são aconselháveis para determinações precisas do valor do pH. Um medidor
de pH, denominado pHmetro, é frequentemente usado em aplicações em que é
necessário um maior rigor na determinação do pH da solução.
Os indicadores de pH são frequentemente utilizados em titulações, na Química
Analítica. Na Bioquímica podem ser utilizados com o objetivo de determinar a
extensão de uma reação química.
O pHmetro ou medidor de pH é um aparelho usado para medição de pH.
Constituído basicamente por um eletrodo e um circuito potenciômetro. O
aparelho é calibrado (ajustado) de acordo com os valores referenciado em cada
soluções de calibração. Para que se conclua o ajuste é então calibrado em dois
ou mais pontos. Normalmente utiliza-se tampões de pH 7,000 e 4,005. Uma vez
calibrado estará pronto para uso. A leitura do aparelho é feita em função da
leitura da tensão (usualmente em milivolts) que o eletrodo gera quando
submerso na amostra. A intensidade da tensão medida é convertida para uma
escala de pH. O aparelho faz essa conversão, tendo como uma escala usual de
0 a 14 pH. Seu uso é comum em qualquer setor da ciência que trabalhe com
soluções aquosas. É utilizado na agricultura, tratamento e purificação da água,
fabricação de papel, indústria petroquímica, na produção e desenvolvimento
de medicamentos, fabricação de alimentos, entre outros.

Objetivos

Determinar o pH de soluções salinas por meio de diferentes indicadores de pHe


com auxílio de pHmetro

Materiais e reagentes

8 tubos de ensaio NaCl Na(HPO4)


Na2CO3 NaHCO3 AlCl3
FeCl3 NH4Cl Água destilada
Papel tornassol Papel indicador de pH Azul de bromotimol
PHmetro

Procedimento experimental

1. Com uma bateria de 8 tubos de ensaio limpos, adicionamos a cada um


dos tubos 3 mL de cada solução já preparada: Na2CO3, FeCl3, NaCl,
NaHCO3, NH4Cl, Na(HPO4), AlCl3 e água destilada. Testamos o pH de
cada uma das soluções com papel tornassol, papel indicador universal e
azul de bromotimol
2. Determinamos o pH por meio de um pHmetro
Resultados e discussão

Com uma bateria de 8 tubos de ensaio limpos, adicionamos a cada um dos tubos
3 mL de cada solução já preparada: Na2CO3, FeCl3, NaCl, NaHCO3, NH4Cl,
Na(HPO4), AlCl3 e água destilada. Testamos o pH de cada uma das soluções
com papel tornassol, papel indicador universal e azul de bromotimol e os
resultados estão presentes na Tabela 1.

Tabela 1: resultado dos teste de pH


Sal aquoso pH (papel Coloração Caráter Coloração do
indicador) com azul de (ácido, básico papel
bromotimol ou neutro) tornassol
NaCl 6 Amarela Ácido Não mudou
Na(HPO4) 7 Azul Básico Roxa
NaHCO3 9 Azul Básico Roxa
Na2CO3 12 Azul Básico Azul
AlCl3 3 Amarelo Ácido Não mudou
FeCl3 3 Amarelo Ácido Não mudou
NH4Cl 5 Amarelo Ácido Não mudou
Água 5 Amarelo Ácido Não mudou
destilada

O azul de bromotimol é um ácido orgânico fraco; em meio ácido (nesse caso,


abaixo de 6,0), apresenta coloração amarela, enquanto que em meio básico
(acima de 7,6), a cor muda para azul. A mudança da cor ácida para a básica ou
da básica para a ácida acontece em certos intervalos de pH, denominados faixas
ou intervalos de viragem, que no caso do azul de bromotimol é de 6,0 a 7,6.
Quando o valor do pH está dentro da faixa de viragem, forma-se uma cor
intermediária (esverdeada). Essa alteração da coloração apenas pode ser
percebida pela visão humana quando varia aproximadamente duas unidades de
pH. Uma das utilizações mais clássicas da solução de azul de bromotimol como
indicadora ácido-base é a determinação do pH da água de aquários, piscinas,
criadouros e tanques de peixes.

Papel tornassol é um indicador solúvel em água extraído de certos líquens.


Torna-se vermelho em condições de baixo pH (ácidas), azul em condições de
alto pH (básicas) e roxo em condições neutras.
A mudança de cor ocorre ao longo da faixa de pH 4,5 - 8,3 (25 ºC). A faixa
extensa de mudança de cor faz com que o tornassol seja inadequado
para titulações, mas ele é comumente usado como um indicador pouco preciso
da acidez ou de alcalinidade de uma solução. Pode ser usado dissolvido em
solução ou em forma de papel de tornassol (papel absorvente embebido de
solução de tornassol). O papel de tornassol, em específico, pode ser usado
colocando-o diretamente na solução ou pingando gotas da solução no papel. A
mudança de cor não é irreversível.
Conclusão

Com essa prática foi possível determinar o pH de soluções salinas com o auxilo
de indicadores de pH e pHmetro. Conhecendo cada indicador de pH e suas
características, e o funcionamento do pHmetro.

Referencias
VOGEL, A. I. Análise Inorgânica Quantitativa. 4a. ed. Guanabara Dois, RJ. 1981.
OHLWEILER, O. A., Química analítica quantitativa, 3a ed., Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A., Rio de Janeiro, 1982, vol. 1 e vol. 2.
Skoog, D.A.; West D.M., Holler F.J., Crouch S.R. (2006). «21 - Potenciometria». Fundamentos de
Química Analítica. [S.l.]: Editora Thomson. pp. 584–585

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