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RESUMO

Apresentamos neste experimento como que os indicadores se manifestam em


meios ácidos e básicos, além de investigar o caráter metálico dos elementos químicos
e as características básicas e ácidas de alguns óxidos.

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1 INTRODUÇÃO

O estudo dos elementos químicos desenvolveu-se de tal forma que se tornou


necessário classificá-los de acordo com suas propriedades. Como o corpo das
observações químicas cresceu e a lista dos elementos expandiu, foram feitas
tentativas para encontrar padrões regulares no comportamento químico. Esses
esforços culminaram no desenvolvimento da tabela periódica em 1869. A observação
experimental tornou evidente que certos elementos têm propriedades muito
semelhantes, o que permitiu reuni-los em grupos de forma que fosse possível prever
e entender várias de suas propriedades e o seu comportamento. Assim surgiu a
Tabela Periódica baseada nas propriedades químicas e físicas dos elementos.
A maneira na qual os elétrons são distribuídos entre os vários orbitais de um
átomo é chamada configuração eletrônica. A mais estável configuração eletrônica, ou
estado fundamental, de um átomo é aquela na qual os elétrons estão nos estados
mais baixos possíveis de energia.
Os elementos podem ser agrupados de modo mais amplo nas categorias de
metais, não-metais e semimetais.
Propriedades características dos metais e não-metais:
Os metais têm brilho, são bons condutores de calor e eletricidade, tendem a
formar cátions em soluções aquosas, os metais sólidos são maleáveis e dúcteis,
muitos óxidos metálicos são sólidos iônicos básicos.
Os metais tendem a ter baixas energias de ionização e, portanto, tendem a
formar íons positivos com relativa facilidade. Como resultado, os metais são oxidados
quando sofrem reações químicas.
Os não-metais não tem brilho, são pobres em condutibilidade de calor e
eletricidade, tendem a formar ânions ou oxiânions em soluções aquosas, os não-
metais sólidos são geralmente quebradiços; alguns são duros e outros macios, muitos
óxidos não-metálicos são substâncias moleculares que formam soluções ácidas. Por
causa de suas afinidades eletrônicas, os não-metais tendem a ganhar elétrons quando
reagem com metais.
Os compostos de metais e não-metais tendem a ser substâncias iônicas. Por
exemplo, muitos óxidos metálicos e haletos metálicos são sólidos iônicos.
Ácidos e Bases

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Um ácido é um composto que contém hidrogênio e reage com a água para
formar íons hidrogênio.
Uma base é um composto que produz íons hidróxido na água.
Os ácidos e bases mudam a cor de certos corantes conhecidos como
indicadores. Um indicador ácido-base é uma substância colorida que pode por si
mesma existir na forma ácida ou básica. As duas tem cores diferentes; assim o
indicador fica de uma cor em um ácido e de outra em uma base. Um dos indicadores
mais conhecidos é o tornassol, um corante vegetal obtido de um líquen. Soluções de
ácidos em água tornam o tornassol vermelho e as soluções de bases em água,
também conhecidas como soluções alcalinas, o deixam azul.
Muitas titulações ácido-base fortes são realizadas usando fenolftaleína como
indicador porque ela varia drasticamente de cor entre o pH < 8 e pH > 9,8. Mudança
na aparência de uma solução contendo o indicador fenolftaleína quando a base é
adicionada; antes do ponto final, a solução é incolor. À medida que se aproxima do
ponto final, uma cor rosa-claro se forma onde a base e adicionada. No ponto final, cor
rosa clara se estende por toda a solução após agitação. Quanto mais base for
adicionada, mais se intensifica da cor rosa, chamada solução padrão.
Outro dos indicadores mais comuns está o alaranjado de metila, que muda de
cor em um intervalo de pH 3,1 à 4,4. Abaixo do pH 3,1 ele está na forma ácida, que é
vermelha. No intervalo entre 3,1 e 4,4 ele é gradualmente convertido para a sua forma
básica, que tem a cor amarela. No pH 4,4 a conversão está completa e a solução é
amarela

2 OBJETIVO

Mostrar a utilidade da tabela periódica e seus conceitos que há envolve tais


como, eletropositividade, classificação dos elementos e a partir disso associar caráter
metálico e características ácidas e básicas, distorção de nuvem, além de reforçar
através da prática conceitos já estudados.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para o desenvolvimento deste experimento foram utilizados os seguintes


instrumentos: proveta (25 ml, brand), proveta (10 ml, uniglas), bastão de vidro, 12

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tubos de ensaio (fornecidos pelo laboratório), béquer (50 ml, qualividros), pisseta de
água destilada (fornecido pelo laboratório), tornassol vermelho e tornassol azul
(fornecidos pelo laboratório), conta gotas, espátula e estante para tubos de ensaio.

Para realizar a prática experimental foi essencial conter: MgO (fornecido pelo
laboratório sem informações adicionais de pureza e procedência), 𝐻2 𝑆𝑂4 (0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 ,
fornecido pelo laboratório sem informação adicional de procedência), CaO (fornecido
pelo laboratório sem informação adicional de pureza e procedência), 𝑃4 𝑂10 (P.A,
fornecido pelo laboratório sem informação adicional de procedência), NaOH
(0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 , fornecido pelo laboratório sem informação adicional de procedência),
indicador fenolftaleína (fornecido pelo laboratório sem informação adicional de pureza
e procedência) e indicador alaranjado de metila (fornecido pelo laboratório sem
informação adicional de pureza e procedência).

Experimento 3.1- Propriedades químicas dos óxidos: Caráter ácido e básico

Em uma proveta graduada de 10 ml adicionou-se 3 ml de água destilada, com


o auxílio do conta gotas ajustou-se o menisco. Ajustado o menisco transferiu-se a
água destilada para um tubo de ensaio. Este procedimento foi repetido por cinco vezes
em cinco tubos diferentes, nos respectivos tubos 1, 2, 3, 4 e tubo 5. No tubo 1,
adicionou-se uma ponta de espátula de MgO e com o auxílio do bastão de vidro agitou-
se até a dissolução. No tubo 2 adicionou-se apenas 3 ml de água destilada. Com
auxílio do bastão de vidro retirou-se uma gota do tubo 1, depositou a gota no papel
tornassol vermelho, averiguou-se os resultados e anotou. Lavou-se o bastão de vidro
e com o auxílio do mesmo retirou uma gota do tubo com água destilada (tubo 2). Em
seguida adicionou-se 2 gotas de fenolftaleína em ambos os tubos, após as medições
dos tubos 1 e 2, observou-se e anotou. Logo após, agitando o tubo, adicionou-se com
o auxílio do conta gotas, 6 gotas de 𝐻2 𝑆𝑂4 (0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 ) no tubo 1. Aferiu-se a
alteração de cor e anotou-se. Lavou-se o conta gotas na pia, com água o suficiente
para retirar os resíduos da solução.

Adicionou-se no tubo 3 uma ponta de espátula de CaO. Com auxílio do bastão


de vidro agitou-se até a dissolução. Retirou-se uma gota da solução com o bastão de
vidro e mediu-se o pH da solução, no papel tornassol vermelho, anotou-se as
mudanças. Com o conta gotas, adicionou-se 2 gotas de indicador fenolftaleína.
Observou-se e anotou-se as modificações. Adicionou-se prontamente 6 gotas de
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𝐻2 𝑆𝑂4 (0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 ) com o auxílio do conta gotas, observou-se as mudanças e anotou.
Lavou-se o conta gotas na pia, com água o suficiente para retirar os resíduos da
solução.

Cuidadosamente e rapidamente retirou-se uma ponta de espátula de 𝑃4 𝑂10 e


adicionou-se no tubo de ensaio 4, com auxílio do bastão de vidro agitou-se até a
dissolução. No tubo 5 adicionou-se apenas 3 ml de água destilada. Com auxílio do
bastão de vidro retirou-se uma gota do tubo 4 e depositou-se no papel tornassol azul.
Em seguida adicionou-se 2 gotas de alaranjado de metila em ambos os tubos,
observou-se e anotou-se os resultados. Logo após por intermédio do conta gotas,
adicionou-se 40 gotas de NaOH (0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 ) , observou-se e anotou-se os dados
obtidos em uma tabela. Após o término do experimento despejou-se as soluções
contidas nos respectivos tubos de ensaio na pia, pois, a concentração fornecida
incialmente era pequena e com o enxágue dos mesmos seriam ainda menores, não
resultando em riscos ambientais.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Experimento 3.1 – Propriedades químicas dos óxidos: Caráter ácido e básico

As bases são substâncias que neutralizam ácidos

Fenolftaleína- coloração avermelhada ou rosa forte em meios básicos, porém incolor


em meio ácido.

Papel de tornassol- adquire coloração azul em meio básico e vermelho em meio ácido

Alaranjado de metila- coloração vermelha em meio ácido e amarelo- alaranjado em


meio básico.

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Tabela 4.1 – Avaliação da natureza de diferentes óxidos (referente ao experimento
3.1)

Óxido Cor em Indicador Cor pH Natureza Observações


𝐇𝟐 𝐎 empregado observada do óxido

𝐌𝐠𝐎 Azul Fenolfitaleí Rosa Básico Básico Adicionado


na 𝐻2 𝑆𝑂4
alteração de
cor para
incolor
𝐂𝐚𝐎 Azul Fenolfitaleí Rosa Básico Básico Adicionado
na 𝐻2 𝑆𝑂4
alteração de
cor para
incolor
𝐏𝟒 𝐎𝟏𝟎 Vermelho Alaranjado Vermelho Ácido Ácido Adicionado
de metila claro Forte NaOH não
houve
alteração.

MgO + H2 O → Mg(OH)2

A reação se solubilizou em água, com a adição de fenolftaleína tem-se


coloração rosa forte característico de meio básico.

𝑀𝑔𝑂(𝑠) + 𝐻2 𝑆𝑂4 → 𝑀𝑔𝑆𝑂4 + 𝐻2 𝑂

Com 6 gotas de ácido sulfúrico 0,1 mol 𝐿−1 a reação passa a estar em meio
ácido mudando a coloração de rosa para momentaneamente transparente.

A reação ocorre momentaneamente, pois, a característica básica do óxido é


mais forte, não sendo suficiente para que haja alteração definitiva de cor.

CaO + H2 O → Ca(OH)2

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O óxido se solubilizou em água, com a adição de fenolftaleína tem-se coloração
rosa forte característico de estar em meio básico.

𝐶𝑎𝑂 + 𝐻2 𝑆𝑂4 → 𝐶𝑎𝑆𝑂4 + 𝐻2 𝑂

Adicionando ácido sulfúrico o meio desta solução modifica-se, passando básico


para ácido, e um meio visível é que a coloração partiu de rosa forte para transparente.

𝑃4 𝑂10 + 12𝑁𝑎𝑂𝐻 → 4𝑁𝑎3 𝑃𝑂4 + 6𝐻2 𝑂

É uma reação do tipo dupla troca. 𝑃4 𝑂10 é um óxido ácido não houve alteração
até as 40 gotas.

5 CONCLUSÃO

Com a realização desta prática observarmos através de indicadores ácido-base


o caráter das soluções e com eles determinamos as faixas prováveis de pH de uma
solução quando ácida pH < 7, neutra pH = 7 e alcalina pH > 7 pois, não são
precisos. Equiparando-se com o teórico nossos resultados são satisfatórios
acrescentado em nossos conhecimentos básicos para basear-se em futuras
titulações.

REFERÊNCIAS

1. IUPAC - Chemical Safety Matters .Cambridge University Press, 1992.


2. P. Atikins, L Jones, Princípios de Química - Questionando a Vida Moderna
e o Meio Ambiente. 3ª edição. São Paulo: Bookman, 2007.
3. T. L. Brown, H. E. LeMay, B. E. Bursten, J. R. Burdge, Química a Ciência
Central. 9ª edição. São Paulo: Person, 2012.

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