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Amendoim

Região de cultivo e centro de origem do amendoim


Centro de Origem: Americo do Sul
Provavelmente na região entre os vales dos
rios Paraguay e Paraná. Perú
Bolívia
Brasil

40º N

Equador

40º S
O género Arachis
 Caracteristicas diferenciais:

Formação do ginóforo.

Geocarpia.
Familia: Leguminosae
 Sub-familia: Papilionidae
 Secção: Arachis
O género Arachis (2)
A rach is h yp og aea

ssp . h yp og aea ssp . fastig iata

var. h yp og aea var. h irsu ta var. fastig iata var. vu lg aris


Tip o V irg in ia Tip o P eru vian o Tip o V alen cia Tip o S p an ish
R u n n ers
Tipos mais cultivados
 Virginia e Spanish são os mais
cultivados.

 Depois Valencia.
Em África, S e E Asia cultiva-se virginia
e spanish.
 Virginia é cultivado onde a duração da estação é
maior, chove mais e adicionam-se inputs.
 Spanish associado a estações mais curtas,
necessidade de tolerancia à seca, preferência do
consumidor.
Principais características de
Virgínia & Spanish
Característica Virgínia Spanish

Hábito de Prostrado a erecto Erecto


Crescimento
Sementes/ 1-3 1-2
vagem
Ciclo 130 - 160 90 - 110

Dormência dormente Não dormente


Produção e adaptação do
amendoim
 Posição na produção mundial: 13o (com base em
produto seco); 12o com base no produto fresco
total (considerar 60-75% descasque).
 Adaptação:

40º N a 40º S.

Deve ter humidade óptima na zona das vagens.

Temperatura média diária melhor de 30º C.

Minimo de 1000 mm de chuva por ano, 500 mm
durante a estação de crescimento.
Adaptação
 Cultura de estação quente.
 Muito susceptível à geada.
 Melhores solos são leves de arenosos a franco-
arenosos.
 Em solos pesados o risco de perda de vagens à
colheita é grande.
 Solos ligeiramente ácidos pH 6.0-6.5.
 Solos com bom suprimento de cálcio e moderada
quantidade de matéria organica são preferíveis.
Temperatura
 Muito importante para o desenvolvimento do
amendoim
 Temperatura óptima de 25-35oC.
 Abaixo de 20oC o crescimento é retardado.
 Acima de 35oC afecta-se negativamente a
floração. Pólen morre aos 33oC.
 Temperatura do solo inferior a 18oC a
emergência é reduzida e a densidade de plantas
baixa.
Temperatura (2)
 Temperatura óptima para a germinação de 25-
28oC.
 Temperatura óptima para o crescimento e
floração de 28-34oC.
 Temperatura óptima para a formação de vagens
de 24oC.
 Aumentando a temperatura de 24 para 32 oC o
rendimento de semente diminui em 45%.
Fotoperiodo
 Inicio da floração não influenciado.
 Fotoperiodo afecta o número e produção
de grãos grandes.
 Maiores fotoperiodos levam ao
alongamento do tempo de floração.
 Afacta a taxa de floração (emissão de
novas flores).
Necessidades de água
 Mínimo de 450 mm de água necessários
durante o crescimento.
 Picos de necessidades de água: Floração,
formação dos ginóforos e enchimento de
vagens (começa 6-8 semanas de após a
sementeira).
 Os tipos erectos são geralmente mais
eficientes no uso da água.
Necessidades de água
 O stress no cedo não afecta o rendimento
de vagens.
 Regas profundas levam a maiores
rendimentos.
Necessidades de água
 Na maturação interromper as regas para
evitar a germinação das vagens.
 Regas no início do ciclo podem levar a uma
maior susceptibilidade à seca.
 Factores indicadores de adaptação à seca:

Redução da transpiração.

Aumento do Indíce de Colheita.

Aumento da partição de carbohidratos.
Ciclo da cultura
 Fase vegetativa – da germinação,
passando pela fase de roseta,
alongamento do caule. Termina com o
início da floração.
 Fase de floração – do início da floração
até cerca de 40 dias antes da colheita.
 Fase de maturação – compreende o
engrossamento das vagens, enchimento do
grão, até à maturação e colheita.
Ciclo
 O início da formação das vagens ocorre 7-
10 dias depois do início do alongamento
dos ginóforos.
Uso alimentar do amendoim
 Uso como ingrediente em comidas
 Snacks.
 Matéria prima para a indústria
Usos não alimentares do
amendoim
 Bolo como parte de rações animais.
 Planta de amendoim como forrageira.
 Pasto para porcos em campos de
amendoim.
Amendoim em Moçambique
Grandes regiões produtoras
Região Sul Norte

Tipo de produção Alimentar comercial

Caracteristicas das Ciclo curto (90-120 dias) Ciclo longo (120-180 dias)
variedades

Grão pequeno Grão grande

Erectas Semi-erectas a prostradas

Sementes não dormentes Sementes dormentes

Rendimento baixo (200-300 Rendimento alto (500-700


kg/ha) kg/ha)

Tipo Spanish Tipo Virginia


Hábitos de crescimento

Erecto Prostrado
Principais factores limitantes
 Chuvas irregulares & erracticas, começam tarde,
terminam cedo, chuvas caem fora de época e
seca
 Pragas, doenças e infestantes.
 Falta de semente de boa qualidade.
 Cultivo de variedades locais não melhoradas.
 Baixa fertilidade do solo (solo arenoso).
 Falta de oportunidade de comercialização.
Principais factores limitantes (2)
 Falta de pessoal técnico e de extensão.
 Práticas culturais deficientes.
Factores que afectam a produção

1. Práticas culturais deficientes.



Atraso na data de sementeira devido a:
• Data de início das chuvas (Sul).
• Outras culturas são prioritárias.

Densidade de plantação baixa (70000-120000
plantas/ha):
• Alto preço da semente.
• Carência de sementes.
Factores que afectam a produção (2)

1. Práticas culturais deficientes (2).



Conservação de solo e humidade do solo
(água):
• Sul:
– Chuvas irregulares.
– Fraca retenção.
• Norte:
– Erosão (devido ás chuvas).
– Baixa fertilidade.
Factores que afectam a produção (3)
1. Práticas culturais deficientes (3).

Consociação e rotação:
• Aumenta da população e consequente falta (aparente) de
terras.
– Redução ou eliminação do pousio.
• Consociação.
– Maior produção total.
– Maior segurança da colheita.
– Menor densidade de plantas.
– Efeitos negativos da competição interespecífica.
Factores que afectam a produção (4)

2. Pragas, doenças e infestantes:



Atraso das sachas (falta de mão de obra).

Térmites (Norte).

Nemátodos

Larva mineira.

Virus da roseta (80% incidência na sementeira
tardia).
• Diminuição generalizada do rendimento.
Factores que afectam a produção (5)

3. Falta de semente.

Desorganização e ineficácia da
comercialização.

Anos seguidos de seca e cheia.

Inexistência dum sector de produção de
sementes.
• Diminuição das áreas de cultivo.
Factores que afectam a produção (6)

4. Irregularidade das chuvas.



Particularmente no Sul as chuvas são muito
erráticas. Nunca se tem a certeza do seu
início, duração ou quantidade.
• Afecta todas as culturas.
Factores que afectam a produção (7)

5. Problemas de mercado.

Preço baixo na compra ao produtor.

Falta de produtos de troca.
• Pouco interesse em vender.
• Armazenamento para o auto-consumo.
• Diminuição das áreas.
• Menos produto mercantil.
Factores que afectam a produção (9)

7. Uso de cultivares não melhorados.



Sementes são geralmente produzidas
localmente para auto-consumo.

Introdução de cvs não testados.
• Diminuição do potencial produtivo.
• Perda da qualidade do amendoim.
Factores que afectam a produção (10)

8. Baixa fertilidade do solo.



Resultado da maior pressão sobre a terra
derivada do crescimento da população.

Intensificação da agricultura (eliminação do
pousio).

Solo ficam mais pobres.
9. Falta de pessoal técnico e de extensão.
Sectores produtivos
Sector Familiar

 ~ 99% da área total cultivada com amendoim


 Fornece a maior parte da produção.
 Pratica uma agricultura de subsistência
 Rendimentos baixos
 Cultivo em consociação usando variedades
tradicionais
Sectores produtivos
Sector Moderno (grandes agricultores):
 Menor área cultivada
 Uso de alta tecnologia e elevado uso de
"inputs"
 Altos rendimentos.
 Produção para a comercialização incluindo
a produção de sementes.
Zoneamento
 Cultivado principalmente ao longo da zona
costeira.
ZONA SUL:
 Regiões mais secas.
 Províncias de Inhambane, Gaza e Maputo.
 Estação chuvosa mal definida (Novembro/ início
de Dezembro a Março/ finais de Abril).
 Padrão de distribuição da precipitação ao longo
da estação chuvosa é irregular e errática.
Zoneamento (2)
ZONA SUL (2):
 Cultivam-se variedades de ciclo curto de
tipo Spanish (cultivo puro ou consociação
com milho).
 Cultivado em solos arenosos e pobres.
 Destinando-se essencialmente à
alimentação humana.
Zoneamento (3)
ZONA NORTE:
 Províncias de Cabo Delgado, Nampula e
Zambézia.
 Estação chuvosa bem definida e prolongada
(Novembro/ início de Dezembro a Março/ finais
de Abril).
 Cultivam-se essencialmente variedades de ciclo
longo de tipo Virgínia (puro ou consociado com
mandioca.
 Destina-se principalmente à venda.
Amendoim no Norte;
o sector familiar (1994)
 Pouco interesse sobre pousio e rotações. A
extensão deveria trabalhar neste ambito.
 Tendência para o aumento da área de
produção.
 Cultivo puro em cerca de 1/3 das
machambas
 É muitas vezes considerado como cultura
secundária na consiciação.
Amendoim no Norte;
o sector familiar (1994) (2)
 Geralmente consociado com a mandioca.
 Deve se encorajar sistemas locais de
produção de sementes.
Adaptabilidade varietal
 Bebiano Branco: Melhor adaptada às
condições do Sul do país, em particular
para o sector familiar.
 Natal Comum: Melhor adaptada às
condições do Sul do país, em particular
para o sector moderno.
Variedades recomendadas
 Sul: Bebiano Branco.
 Norte: RMP 12.

Evitar variedades de ciclo longo no Sul devido
a falta de chuvas e curto periodo de
crescimento.

Evitar cvs de ciclo curto no Norte
especialmente devido á não dormência das
sementes e a possibilidade de ocorrência de
chuvas na colheita.
Épocas de sementeira
 Sul:

Inhambane: 15/7 a 15/8.

Gaza: 1-30/8.

Maputo: 15/8 a 15/9.
 Norte:

1/11 a 15/12.
Datas de sementeira
 Geralmente semeado tardiamente, o que
reduz os rendimentos. Algumas das razões
incluem:

A terra não é preparada a tempo.

Não existe semente disponível.

Outras culturas (ex. milho) tem maior
prioridade.

Início tardio das chuvas.
Datas de sementeira (2)
 Para o Sul de Moçambique:

Rendimentos máximos (com tipo "Spanish") - semear
entre 31 de Agosto e 6 de Setembro,

Recomenda-se a sementeira nos meses de Agosto e
Setembro - tanto para o sector familiar como para o
moderno com capacidade de irrigação.

Devido à ocorrência de chuvas erráticas, recomenda-
se que a cultura seja semeada logo com as primeiras
chuvas.
Datas de sementeira (3)
 Para o Sul de Moçambique (2):

Sementeira muito cedo, antes de Agosto, leva
a abaixamentos de rendimento devido às
baixas temperaturas registadas.

Semeando tarde, depois de Setembro, leva a
reduções do rendimento devido ao aumento da
incidência de pragas e doenças.
Profundidade de sementeira
 Óptima: 5 e 11 cm.
 Superfícial: risco de dessecacão em solos
leves
 Profundo: Baixa emergência em solos
pesados.
 Com o risco do stress hídrico; evitar
semear nas profundidades extremas (2 e
15 cm).
Profundidade de sementeira
 Sem compactação do solo após a sementeira, as
profundidades extremas (2 e 15 cm) são
particularmente prejudiciais.
 Mais profundo em solos mais leves e nos casos
em que se podem prevêr problemas de
deficiência de humidade do solo.
Densidade de plantas e
compassos
 Recomenda-se o uso de compassos de 45-60 cm
entre linhas e 10 cm entre plantas.
 A melhor opção é a sementeira em Zig-Zag ou
compasso de 60 x 10 cm, desde que se usem
densidades semelhantes.
Densidades (2)
 Compasso de 30x10 cm melhor do que 45x10cm
particularmente com sementeiras tardias.
 Quando se semeia tardiamente, embora o
rendimento máximo seja obtido com uma
densidade próxima ao compasso 45x10 cm,
poucas variações do rendimento de vagens
(kg/ha) se registam com densidade a variar de
166 666 plantas/ha a 333 333 plantas/ha.
Densidades (3)
 Sector familiar semeando na época óptima uso
da densidade de 222 222 plantas/ha (45x10 cm).
 Recomenda-se, para o Sector familiar semeando
tarde, o uso da densidade de 333 333 plantas/ha
(30x10 cm).
 Recomenda-se, para o Sector comercial para
todas as datas de sementeira, o uso da
densidade de 333 333 plantas/ha (30x10 cm).
Densidade de plantação
 Erectas: 220000 plantas/ha (45x10 cm).
 Prostradas: 112000 a 167000 plantas/ha
(45x20 cm, 60x10 cm).
 Semear em linhas é aconselhável para
facilitar o controlo de infestantes.
 Semear em linhas ou em zig-zag não tráz
benefícios directos no rendimento. O factor
critico é a densidade, não a geometria.
Adubação
 Não responde ao N.
 Adubação nitrogenada reduz a fixação do
N2 atmosférico
 P é vantajoso em zonas com deficiência
(terrenos novos, muito explorados,
machambas de camponeses).
 Em campos onde se aplicou P
anteriormente, geralmente não existe
resposta positiva à adubação com P.
Nutrição
 Fósforo aumenta significativamente o
rendimento.
 + de 40 kg P2O5/ha não aumentou o
rendimento.
 Recomenda-se adubar com 40 kg P2O5/ha
sob a forma de superfosfato simples, por
conter cálcio na sua composição quimica.
Nutrição
 Recomenda-se a adubação localizada, 10
cm abaixo e 5 cm ao lado da semente, por
garantir rendimentos de vagens mais
elevados, necessitando de pouca mão-de-
obra adicional.
 Rhizobium localmente disponível fixa N2
Adubação (2)
 A adubação 40 Kg P2O5/ha na forma de
Superfosfato Simples pode trazer
aumentos de rendimento
 Em solos pobres adubar com 20 kg N/ha
(na forma de Ureia) + 40 Kg P2O5/ha (na
forma de Superfosfato Simples)
Adubação NP (3)
 A adubação azotada não tem efeitos positivos
sobre o rendimento de vagens.
 O aumento da dose de fósforo até 40 kg P2O5/ha
provoca aumentos significativos do rendimento de
vagens da ordem dos 20%.
 A adubação localizada garante rendimentos que
superam os da adubação a lanço em 10% a 28%.
 Quando se aplica o fósforo de forma localizada, o
nível óptimo sobe de 40 kg P2O5/ha para 60 kg
P2O5/ha.
Adubação NP (4)
 Não se recomenda fazer adubações
azotadas.
 Em caso de disponibilidade financeira,
adubar com 40 kg P2O5/ha sob a forma de
Superfosfato Simples.
 Todas as adubações devem ser feitas de
forma localizada.
Consociação
 Consociação amendoim+milho:

Não é rentável.

Geralmente produz-se mais se cultivados puro.
 Consociação amendoim+mandioca:

Bons resultados.
Consociação (2)
 Tanto o rendimento de amendoim como do milho
tendem a reduzir quando consociados.
 Aumentando a densidade de amendoim e reduzindo
a densidade de milho (AAM1 e AAAM1), resulta no
aumento do rendimento do amendoim, redução do
rendimento do milho e LER(total) máximo e superior
a 1,0, o que é vantajoso para o produtor.
 A combinação é mais vantajosa em anos com boa
precipitação, fornecendo rendimentos e LER's mais
elevados.
Consociação (3)
 Em anos maus (precipitação fraca) o milho tende
a colapsar enquanto que o amendoim se
mantém, salvando o sistema do falhanço total.
 Tanto para o amendoim como para o milho,
semeados puros ou em consociação, semear em
zig-zag parece não ter grande importancia na
redução dos rendimentos.
 Semear uma semente de milho por covacho é
mais rentável que 3.
Consociação (4)
 Semear em linhas facilita a sacha, rega e
controlo de erosão, mas leva a maiores gastos de
força de trabalho, facilitando o ataque de
pássaros e ratos. Assim, deve-se ter cuidado
com as recomendações relacionadas com o
método de sementeira, pois os camponeses
costumam ter restrições de força de trabalho.
 As variedades Bebiano Branco e ICGM 286
foram reconhecidas como bem adaptadas à
consociação.
Consociação (9)
 Para obter rendimento máximo, deve-se usar um cv
tipo Spanish (especialmente Bebiano Branco), este
deve ser semeado entre 31/Agosto e 6/Setembro.
 Caso haja disponibilidade de rega, é preferível
semear cedo (de Agosto a Setembro) um cv tipo
Spanish (Bebiano Branco).
 A actual prática dos camponeses de semear com as
primeiras chuvas, é altamente recomendável devido
ao padrão errático das chuvas no Sul de
Moçambique.
Uso de água (2)
 A densidade de plantas no RMP 12 foi
negativamente influenciada pela redução
da dotação de água, o que não aconteceu
com o Bebiano Branco.
 O RMP 12 produziu sistematicamente
maior número e peso de vagens por planta
que o Bebiano Branco, em qualquer dos
níveis de água testados.
Uso de água (3)
 As necessidades de água do RMP 12 são
maiores que as do Bebiano Branco.
 O Bebiano Branco está mais adaptado a
condições de humidade mais baixas (com
níveis de stress hídrico moderado).
Pragas em Moçambique
 Larvas: bastante comum - é necessário
determinar a sua importancia e impacto
económico.

espécies mais comuns são a Helicoverpa
armigera e a Spodoptera litoralis.
 Trips: o género mais comum é o
Scirtothrips sp.

não parece ter importancia económica real.
Pragas em Moçambique (2)
 Térmites: aparecem um pouco por todo o país,
sendo graves em áreas específicas.

atacam os tecidos vivos das vagens causando
escarificação, e dos ginóforos reduzindo ou mesmo
cortando a ligação da vagem com a planta,

causam sérios problemas no arranque.

os danos são mais intensos em solos leves e após
periodos de seca intermédia, de 10 a 20 dias.

um problema associado é a infecção secundária com
Aspergillus flavus, o produtor da aflatoxina.
Pragas em Moçambique (3)
 Afideos: Aphis craccivora é o vector do
vírus da roseta.

observações de campo indicam - maiores
populações quando ocorrem periodos secos.

incidência é menor com maiores densidades
de plantas.
Pragas em Moçambique (4)
 Hilda patruelis: é um sugador.

sintomas de ataque foram observados no Sul de
Moçambique, em particular na região do Umbelúzi.

entram nos campos a partir das áreas circunvizinhas,
atacando plantas ao acaso.

plantas uma vez atacadas secam rapidamente e
morrem em 5-6 dias.
 Outros: ratos, corvos, toupeiras, macacos, mites,
roscas e nemátodos.
Pragas em Moçambique (5)
 Minador da folha do amendoim (groundnut leaf minor):

Aproaerema modicella.

Afecta os estádios de plantula, vegetativo, floração, e frutificação.

Ataca as folhas.

Fase destruidora – larva.

Penetra a epiderme e mina o mesófilo.

Acabal for abandonar as minas e formar um refúgio dobrando as folhas
(2 ou mais foliolos) e fechando com seda.

Reportadas perdas de até 65%.

Controlo quimico, biológico, resistência.
Doenças em Moçambique
 Mancha precoce, mancha temporã ou mancha
castanha: é causada pela Cercospora arachidicola.

causa manchas sub-circulares, castanhas, na página superior das
folhas.

por vezes forma um halo em redor da lesão.

causadora de rápida defoliação.

tende a aparecer no fim do ciclo da cultura, aumentando a sua
incidência até à colheita.

a sua influência sobre o rendimento tende a ser pequena.

os ensaios realizados não permitiram a quantificação dos níveis
de perdas.
Doenças em Moçambique (2)
 Mancha tardia ou mancha preta: é
causada pela Phaeoisariopsis personata.

forma manchas escuras, circulares, na página
inferior das folhas.

causadora de rápida defoliação.

mais comum na Zona Norte de Moçambique.
Doenças em Moçambique (3)
 Ferrugem: é causada pela Puccinia arachidis.

forma pústulas alaranjadas na página inferior das
folhas.

é muitas vezes confundida, pelos produtores, como um
sinal de maturação da cultura, pois tende a provocar
altos indices de folhas mortas e secas.

embora seja frequente nos campos de amendoim, os
ensaios ainda não permitiram a quantificação das
perdas causadas por esta doença.
Doenças em Moçambique (4)
 Roseta: é uma virose,

atrofia, ananisa e faz com que as plantas
infectadas não tenham qualquer produção.

a extensão dos danos causados não é
propriamente conhecida.

sabe-se que quanto maior for a densidade,
menor é a velocidade de espalhamento da
doença, causando menores danos totais.

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